Roteiro - Julgamento
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Roteiro - Julgamento
"Procuro desenhista"
Último roteiro q eu vo fzr esse ano. Espero q esteja bom
Julgamento - Capítulo 01: O começo do fim
- Então detetive Oliveira, o que estava pensando antes de chegar aqui? - Perguntou Luís.
- Eu tava pensando em formas de encurralar você, como eu ia chegar por trás e dar um tiro que ia passar pelo teu olho e varar tua cabeça. - Respondeu Oliveira.
- Hum... Quão irônico é isso hem?
- ...
- Não é um fã de ironia?
- Não.
- Eu também não, mas você tem que admitir que ela está bem presente, no dia a dia e tudo mais. - O assassino abaixou a arma. - Cigarro?
- Não, não fumo mais. Me diz aí agora, o que você tá fazendo? Se entrega logo cara, é impossivel sair daqui vivo.
- Não se preocupe, eu não pretendo sair daqui vivo. Mas você sabe que se eu quisesse, eu poderia. Afinal, você já sabe da minha capacidade de cometer múltiplos assassinatos quando estou usando proteção.
- Sim sim, sou familiar a essa sua capacidade. - O detetive se sentou no sofá. - Aliás, além de pensar em te matar assim que chegasse aqui, eu tava justamente pensando nessa sua capacidade. Tava pensando no assassinato do Loyola.
- Oh sim, homem horrível. O começo do fim, não?
- Humrum - O detetive fez que sim com a cabeça. Memórias então, vieram a sua cabeça, se lembrando de um dia que ele lembrava-se vagamente se era dia 15 ou 22 de Setembro do ano antes daquele. Mas do dia em si, lembrava-se perfeitamente.
"Setembro de 2011,
Carlos recebeu uma ligação as 5 da manhã. Atendeu, era um chamado do seu trabalho. Ele não gostava muito de seu trabalho na policia federal, mas gostava muito de dinheiro. Gostava mais de dinheiro do que não gostava do seu trabalho. Levantou-se vestiu as roupas e foi ao trabalho.
Os outros agentes de policia não simpatizavam muito com ele, os outros, ao contrário dele, faziam questão de ir trabalhar, gostavam do trabalho. A única pessoa com quem ele conversava era uma policial de 20 anos, Helena, que nem parecia ser policial. Parecia mais uma bailarina voadora que espalha amor por onde passa, enquanto come algodão doce cor-de-rosa. Carlos perguntou:
- Que foi que rolou?
- Nossa, cadê sua animação?
- Você é a única pessoa que eu conheço que tem animação as 5 da matina.
- Vamo acordar, vamo acordar, que já passou a hora de dormir.
- Pra quem?
- Pra mim, por exemplo. Mas deixa isso pra lá, aqui teve homicidio.
- E porque que a gente que tá aqui? Isso não é trabalho pra policia civil, ou militar, esses assim?
- Talvez fosse, se não fosse pelo fato que já é o quinto assassinato do mês que o assassino matou e escreveu na vitima: "Culpado". Dá uma olhada lá dentro. - Oliveira entrou dentro da casa. Era uma casa grande, quase uma mansão. Bem organizada. Seria até bonita se não tivesse uma marca de sangue na parede e se a cabeça do dono da casa não estivesse fora do seu corpo.
- Oh, deu um frio na espinha. Tinha marcas de arrombamento? - Comentou Oliveira, examinando o corpo.
- Não.
- Golpe único no pescoço. Caralho, isso foi feito com uma lâmina afiada pra porra! Só um golpe, direto, rápido, mas de maneira nenhuma limpo.
- É, o assassino não tava nem aí pra sujeira.
- E aí, o que é que se sabe sobre o felizardo aqui?
- Marcone Ferreira, de familia rica, 20 anos. Algumas acusações de estupro, das quais ele saiu com a ficha mais limpa do que detergente fervido a 500 graus.
- Nenhuma condenação?
- Não. Também foi acusado por ter formado uma seita que louvava Ctulhu.
- Ctulhu? Não é um sei-lá-o-quê ficticio criado pelo Lovecraft, aquele escritor?
- É esse mesmo. Era dito que na seita que ele tinha formado eles faziam sacrificios os humanos.
- Ele foi preso?
- Não. O resto dos participantes da seita foram, mas ele saiu ileso.
- O filho da puta era mais liso que sabonete esfregado por sabão. Faz o seguinte, me passa uma lista de pessoas.
- Que tinham motivos pra matar ele?
- Seria mais dificil procurar as que não queriam matar ele. Mas tudo bem, procura quem ia querer matar ele, e me passa uma lista das outras pessoas com o nome "Culpado" escrito. O que é aquilo ali? - Oliveira apontou para um papel no chão.
- Sei lá, deixa eu ver.
"Depois de cinco, o jogo começa. Biblioteca vazia, parede insegura. A morte de um é o inicio de outras. A morte não persegue culpados, eu ao contrário da morte, não falho. Faltam 30."
S.M.F
- Isso é estranho. - Falou Helena.
- Sim, muito estranho. Faltam 30 o quê?
- Eu sei lá. É melhor entregar pro chefe.
- Entrega lá. Vou ver se "Biblioteca vazia, parede insegura" diz respeito a biblioteca da casa. - Oliveira foi até a biblioteca da casa. Não teve que olhar muito entre as estantes pra ver uma rachadura.
- Helena, chegue mais cá.
- O que é?
- A quantas horas a vitima morreu?
- Quatro horas.
- Algum vizinho notou alguma coisa?
- Não, tava todo mundo dormindo.
- Onde ele tava quando morreu?
- Na poltrona. Ele não teve tempo de sair de lá.
- Pois eu acho que ele teve, só que não conseguiu. Já fizeram exame toxicologico nele?
- Não.
- Peraê, acho que eu já saquei mais ou menos o que rolou. Vou ali pelo lado de fora. - Oliveira saiu da casa, viu a rachadura pelo lado de fora. Olhou por ela. Entrou na casa novamente. Olhou para o pescoço do homem morto.
- Leninha, saca só.
Helena se aproximou. - O que foi?
- Essa marca aqui. Eu acho que foi um dardo e que foi soprado pela rachadura. Era provavelmente só um dardo venenoso, o veneno provavelmente alguma substância paralisante poderosa. Facilitou o trabalho do assassino.
- E como ele entrou?
- Ainda não sei. Tá dificil. Diz pro Bruno mandar fazer um toxicologico no infeliz aí.
- Já mandei, Sr. Oliveira. - Falou Bruno, o chefe daquela divisão.
- Se importa se eu também for? - Perguntou Oliveira.
- Não, pode ir. Mas você fica, Helena. Tem que dar uma olhada vê se acha mais coisas na casa. - Depois de ouvir isso, Oliveira foi perguntar a Antônio o resultado dos exames.
- E aê Tonhim, que foi que deu?
- Bem, foi encontrado nele uma mistura de Tubocurarina e outra substância desconhecida. Só isso é outra coisinha.
- O quê?
- No esofago dele. Tinha um potinho com isso, acho que é pra você.
- Hum?! Uma carta de baralho?! - Oliveira leu o que estava escrito na carta: "Bem vindo ao jogo, Oliveira."
Último roteiro q eu vo fzr esse ano. Espero q esteja bom
Julgamento - Capítulo 01: O começo do fim
- Então detetive Oliveira, o que estava pensando antes de chegar aqui? - Perguntou Luís.
- Eu tava pensando em formas de encurralar você, como eu ia chegar por trás e dar um tiro que ia passar pelo teu olho e varar tua cabeça. - Respondeu Oliveira.
- Hum... Quão irônico é isso hem?
- ...
- Não é um fã de ironia?
- Não.
- Eu também não, mas você tem que admitir que ela está bem presente, no dia a dia e tudo mais. - O assassino abaixou a arma. - Cigarro?
- Não, não fumo mais. Me diz aí agora, o que você tá fazendo? Se entrega logo cara, é impossivel sair daqui vivo.
- Não se preocupe, eu não pretendo sair daqui vivo. Mas você sabe que se eu quisesse, eu poderia. Afinal, você já sabe da minha capacidade de cometer múltiplos assassinatos quando estou usando proteção.
- Sim sim, sou familiar a essa sua capacidade. - O detetive se sentou no sofá. - Aliás, além de pensar em te matar assim que chegasse aqui, eu tava justamente pensando nessa sua capacidade. Tava pensando no assassinato do Loyola.
- Oh sim, homem horrível. O começo do fim, não?
- Humrum - O detetive fez que sim com a cabeça. Memórias então, vieram a sua cabeça, se lembrando de um dia que ele lembrava-se vagamente se era dia 15 ou 22 de Setembro do ano antes daquele. Mas do dia em si, lembrava-se perfeitamente.
"Setembro de 2011,
Carlos recebeu uma ligação as 5 da manhã. Atendeu, era um chamado do seu trabalho. Ele não gostava muito de seu trabalho na policia federal, mas gostava muito de dinheiro. Gostava mais de dinheiro do que não gostava do seu trabalho. Levantou-se vestiu as roupas e foi ao trabalho.
Os outros agentes de policia não simpatizavam muito com ele, os outros, ao contrário dele, faziam questão de ir trabalhar, gostavam do trabalho. A única pessoa com quem ele conversava era uma policial de 20 anos, Helena, que nem parecia ser policial. Parecia mais uma bailarina voadora que espalha amor por onde passa, enquanto come algodão doce cor-de-rosa. Carlos perguntou:
- Que foi que rolou?
- Nossa, cadê sua animação?
- Você é a única pessoa que eu conheço que tem animação as 5 da matina.
- Vamo acordar, vamo acordar, que já passou a hora de dormir.
- Pra quem?
- Pra mim, por exemplo. Mas deixa isso pra lá, aqui teve homicidio.
- E porque que a gente que tá aqui? Isso não é trabalho pra policia civil, ou militar, esses assim?
- Talvez fosse, se não fosse pelo fato que já é o quinto assassinato do mês que o assassino matou e escreveu na vitima: "Culpado". Dá uma olhada lá dentro. - Oliveira entrou dentro da casa. Era uma casa grande, quase uma mansão. Bem organizada. Seria até bonita se não tivesse uma marca de sangue na parede e se a cabeça do dono da casa não estivesse fora do seu corpo.
- Oh, deu um frio na espinha. Tinha marcas de arrombamento? - Comentou Oliveira, examinando o corpo.
- Não.
- Golpe único no pescoço. Caralho, isso foi feito com uma lâmina afiada pra porra! Só um golpe, direto, rápido, mas de maneira nenhuma limpo.
- É, o assassino não tava nem aí pra sujeira.
- E aí, o que é que se sabe sobre o felizardo aqui?
- Marcone Ferreira, de familia rica, 20 anos. Algumas acusações de estupro, das quais ele saiu com a ficha mais limpa do que detergente fervido a 500 graus.
- Nenhuma condenação?
- Não. Também foi acusado por ter formado uma seita que louvava Ctulhu.
- Ctulhu? Não é um sei-lá-o-quê ficticio criado pelo Lovecraft, aquele escritor?
- É esse mesmo. Era dito que na seita que ele tinha formado eles faziam sacrificios os humanos.
- Ele foi preso?
- Não. O resto dos participantes da seita foram, mas ele saiu ileso.
- O filho da puta era mais liso que sabonete esfregado por sabão. Faz o seguinte, me passa uma lista de pessoas.
- Que tinham motivos pra matar ele?
- Seria mais dificil procurar as que não queriam matar ele. Mas tudo bem, procura quem ia querer matar ele, e me passa uma lista das outras pessoas com o nome "Culpado" escrito. O que é aquilo ali? - Oliveira apontou para um papel no chão.
- Sei lá, deixa eu ver.
"Depois de cinco, o jogo começa. Biblioteca vazia, parede insegura. A morte de um é o inicio de outras. A morte não persegue culpados, eu ao contrário da morte, não falho. Faltam 30."
S.M.F
- Isso é estranho. - Falou Helena.
- Sim, muito estranho. Faltam 30 o quê?
- Eu sei lá. É melhor entregar pro chefe.
- Entrega lá. Vou ver se "Biblioteca vazia, parede insegura" diz respeito a biblioteca da casa. - Oliveira foi até a biblioteca da casa. Não teve que olhar muito entre as estantes pra ver uma rachadura.
- Helena, chegue mais cá.
- O que é?
- A quantas horas a vitima morreu?
- Quatro horas.
- Algum vizinho notou alguma coisa?
- Não, tava todo mundo dormindo.
- Onde ele tava quando morreu?
- Na poltrona. Ele não teve tempo de sair de lá.
- Pois eu acho que ele teve, só que não conseguiu. Já fizeram exame toxicologico nele?
- Não.
- Peraê, acho que eu já saquei mais ou menos o que rolou. Vou ali pelo lado de fora. - Oliveira saiu da casa, viu a rachadura pelo lado de fora. Olhou por ela. Entrou na casa novamente. Olhou para o pescoço do homem morto.
- Leninha, saca só.
Helena se aproximou. - O que foi?
- Essa marca aqui. Eu acho que foi um dardo e que foi soprado pela rachadura. Era provavelmente só um dardo venenoso, o veneno provavelmente alguma substância paralisante poderosa. Facilitou o trabalho do assassino.
- E como ele entrou?
- Ainda não sei. Tá dificil. Diz pro Bruno mandar fazer um toxicologico no infeliz aí.
- Já mandei, Sr. Oliveira. - Falou Bruno, o chefe daquela divisão.
- Se importa se eu também for? - Perguntou Oliveira.
- Não, pode ir. Mas você fica, Helena. Tem que dar uma olhada vê se acha mais coisas na casa. - Depois de ouvir isso, Oliveira foi perguntar a Antônio o resultado dos exames.
- E aê Tonhim, que foi que deu?
- Bem, foi encontrado nele uma mistura de Tubocurarina e outra substância desconhecida. Só isso é outra coisinha.
- O quê?
- No esofago dele. Tinha um potinho com isso, acho que é pra você.
- Hum?! Uma carta de baralho?! - Oliveira leu o que estava escrito na carta: "Bem vindo ao jogo, Oliveira."
Última edição por junior_bascombe em Seg Dez 12, 2011 4:34 pm, editado 1 vez(es)
junior_bascombe- Mensagens : 340
Data de inscrição : 23/06/2011
Idade : 26
Localização : Pio XII - MA
Re: Roteiro - Julgamento
Perfect!!! Bem criativo e interessante!! Combinaria com desenhos de mangá realístico. O texto tátraquilo e não é cansativo. Parabéns é bem difícil de fazer um bom roteiro de mistério(policial).
Acho que alguman mudanças nas falas se enquadraria melhor no gênero, como substituir gírias, tipo que não combina muito com o personagem(se ele for mais velho, essa foi minha impressão). E tambêm substituir palavras como "tava" por "estava". Fora essas notações está muito bom, se eu tivesse tempo me ofereceria pra desenhar.
Espero por continuações!! Quero ler também em HQ, vlw!!
Acho que alguman mudanças nas falas se enquadraria melhor no gênero, como substituir gírias, tipo que não combina muito com o personagem(se ele for mais velho, essa foi minha impressão). E tambêm substituir palavras como "tava" por "estava". Fora essas notações está muito bom, se eu tivesse tempo me ofereceria pra desenhar.
Espero por continuações!! Quero ler também em HQ, vlw!!
Re: Roteiro - Julgamento
dariks escreveu:Perfect!!! Bem criativo e interessante!! Combinaria com desenhos de mangá realístico. O texto tátraquilo e não é cansativo. Parabéns é bem difícil de fazer um bom roteiro de mistério(policial).
Acho que alguman mudanças nas falas se enquadraria melhor no gênero, como substituir gírias, tipo que não combina muito com o personagem(se ele for mais velho, essa foi minha impressão). E tambêm substituir palavras como "tava" por "estava". Fora essas notações está muito bom, se eu tivesse tempo me ofereceria pra desenhar.
Espero por continuações!! Quero ler também em HQ, vlw!!
Coloquei girias e algumas expressões como tava pra dar a ideia de informalidad. O personagem principal e sua amiga, são jovens (e brasileiros... ), são... prodigios, diria eu. Dá pra reparar o contraste quando o chefe da divisão (Bruno) fala de maneira mais ou menos formal. Vlw por ter gostado do meu roteiro, esse sendo o ultimo q eu vo fzr esse ano, dei uma esforçada extra nele
junior_bascombe- Mensagens : 340
Data de inscrição : 23/06/2011
Idade : 26
Localização : Pio XII - MA
Cap.02
Julgamento - Cap.02 - Incompleto
- Sim, aquele miserável eu matei foi com gosto - Disse Luís, olhando pela janela vendo a polícia pedir mais uma vez para que ele se rendesse.
- É, você já me disse isso. - Falou Oliveira.
- Mas é que eu queria deixar bem claro mesmo. Mas se bem que a mulher que eu matei antes daquele cara, também não era peça boa.
- A príncipio parecia ser.
- Mas não era, e essa é a questão. Você sabe que eu não mato pessoas aleatoriamente. Mas sim, ela aparentava ser uma doce e jovem enfermeira, não uma víbora que envenava as pessoas. Ela matava como a covarde que era. Sim, e ali você investigou só depois que seus colegas de trabalho desocuparam o lugar. Foi ali você começou a investigar sozinho, não foi?
- É. E foi ali que a minha vida começou a se desfazer. Fiquei meio maluco. - O detetive voltou a flutuar em suas memórias.
"23 de Setembro de 2011,
Carlos Oliveira acordou mais uma vez pronto para ir ao seu trabalho. Agora estava meio assustado com o que tinha acontecido no dia anterior. O recebimento da carta de baralho. O assassino era provavelmente alguém que lhe conhecia. Sentou-se na mesa e afogou em pensamentos sobre quem poderia ser o assassino. Depois de um tempo decidiu se acalmar e foi ao trabalho, foi para a central. Chegando lá encontrou-se com seu chefe, Bruno.
- Ah não, hoje você não vai trabalhar, é muito perigoso pra você... - Bruno continuou falando, mas Carlos simplesmente decidiu parar de escutar. Enquanto Bruno falava, ele pensava que nunca tinha descoberto qual era o posto de Bruno.
- ...Entendeu? - Perguntou Bruno. Carlos fez que sim com a cabeça.
- Cadê a Helena? - Perguntou Carlos.
- Ela também está de folga. O assassino sabe quem é você e provavelmente conhece ela também. Vamos manter ela afastada também.
- Mas peraí, porque que eu não posso trabalhar mesmo, em outros casos por exemplo?
- Você não me ouviu falar? Pode ser alguém daqui da central mesmo.
- Ah, tá. Vou dar uma passada na casa da Helena. - Carlos se levantou e foi embora da central, o cheiro de café que pendia sobre o lugar já estava lhe deixando enjoado.
Chegou a casa de Helena. Era uma casa legal, ao contrário de seu apartamento. Era uma casa pintada de rosa, combinava com Helena. Carlos bateu na porta, Helena abriu, com sono e de camisola (e aparentava ter raiva também, provavelmente porque adorava seu trabalho e não gostava de ser dispensada):
- Carlos, que é que cê tá fazendo aqui?
- Eu vou investigar o tal do assassino que supostamente "me conhece".
- Ele te conhece mesmo, não é suposição.
- Que se foda, se eu vou morrer pelo menos quero saber quem vai me matar antes.
- Você tem um jeito estranho de pensar... A maioria das pessoas e iria encher a casa de armas e balas...
- Aí eu demonstraria desespero.
- Você está desesperado.
- Sim, mas eu num quero mostrar isso pra ele. Ele pode me espionar. Talvez esteja me espionando agora. Sim, mas eu vim aqui foi pra te chamar pra me ajudar.
- Quando?
- Pode ser agora.
- Tá, vou tomar um banho e me arrumar. Entra aí e fecha a porta, senão o assassino vai lhe ver sentando no sofá.
- Não faça piadas com isso, as marcas da minha bunda podem ser decisivas na investigação do meu assassinato. - Oliveira fechou a porta e se sentou.
- Mas então... - Falou Helena, do banheiro. - Como você pretende continuar a investigação se você não sabe o próximo passo do assassino nem pode entrar na cena do crime?
- Você não conseguiu a lista?
- Não
- Ah sei lá, deve ter saído alguma matéria nos jornais sobre os assassinatos antes desse. Aí nós vamos lá. Vou pesquisar na internet, cadê seu PC?
- Tá no meu quarto. Liga lá que daqui a pouco eu vou aí olhar com você?
- Ahnnn, daqui a pouco você vem aqui "olhar" comigo né?
- Cala a boca e vai logo! - Helena jogou um recipiente plástico que acertou certeiramente na testa de Carlos. Ela tinha uma ótima pontaria.
Carlos procurou em alguns jornais da internet sobre os assassinatos. Achou os quatro assassinatos antecedentes, um de um homem da alta sociedade carioca, outro de um homem que era assassino de aluguel, mais outro de militar, e outro de uma enfermeira. O único que tinha a localização informada na noticia era o da enfermeira. Tinha sido no hospital em que ela trabalhava. Helena entrou no quarto de toalha.
- E ai, que foi que você achou? - Perguntou Helena se secando.
- Antes de tudo, queria dizer que nunca tinha visto que você era tão gostosa. A roupa da policia te deixa gorda.
- Cala a boca. Que foi que você achou?
- Vi um aqui que tem a localização. "Rua do Vale, número 164, Hospital do Sossego". Simbora?
- Eu vou logo me vestir.
- Se importa se eu ficar aqui no quarto?
- Me importo.
- Pois eu não.
- Vaza logo.
Em uma hora estavam no hospital. Era um hospital particular, mas parecia mais uma casa de tortura da inquisição espanhola. Entraram e Carlos falou com a atendente.
- Com licença, nós somos da polícia. Estamos procurando pelo quarto em que Paula Andrade, a enfermeira daqui, foi assassinada.
- No terceiro quarto depois da escada no segundo andar. - Respondeu a enfermeira, com descaso. Carlos e Helena seguiram para o quarto. Estava com muito sangue espalhado.
- Caramba, só não tem sangue no teto. - Comentou Helena.
- Em alguns lugares parece ter ficado propositalmente. Essa marca aqui tem a forma de uma seringa, e essa aqui tem a forma de uma cova. É uma pena que o corpo não tá aqui, eu queria dar uma analisada.
- Eu acho que um amigo meu me contou sobre esse caso. Ele falou que o corpo dela tava na forma de uma seta. Quebraram a parede pra ver se tinha alguma coisa atrás, dentro. Não tinha nada. Procuraram nos quartos, nada também. Presumiram que o corpo tinha sido colocado lá sem nenhum proposito.
- Em que direção ela tava apontando?
- Pra direita. - Falou Helena, vendo Carlos saindo do quarto na direção que o corpo apontava. Foi até o último quarto naquela direção. Helena o seguiu.
- O que foi? - Perguntou Helena.
- Procuraram alguma coisa nesse quarto?
- Em todos os quartos do hospital.
- Hum... A janela. Está na direção que ela tava apontando. Será se era praquele prédio ali da frente que ela tava apontando? Eles procuraram naquele prédio, naquele quarto com a janela virada pra esse?
- Não sei. Acho que não.
- Então é pra lá que a gente vai."
- Sim, aquele miserável eu matei foi com gosto - Disse Luís, olhando pela janela vendo a polícia pedir mais uma vez para que ele se rendesse.
- É, você já me disse isso. - Falou Oliveira.
- Mas é que eu queria deixar bem claro mesmo. Mas se bem que a mulher que eu matei antes daquele cara, também não era peça boa.
- A príncipio parecia ser.
- Mas não era, e essa é a questão. Você sabe que eu não mato pessoas aleatoriamente. Mas sim, ela aparentava ser uma doce e jovem enfermeira, não uma víbora que envenava as pessoas. Ela matava como a covarde que era. Sim, e ali você investigou só depois que seus colegas de trabalho desocuparam o lugar. Foi ali você começou a investigar sozinho, não foi?
- É. E foi ali que a minha vida começou a se desfazer. Fiquei meio maluco. - O detetive voltou a flutuar em suas memórias.
"23 de Setembro de 2011,
Carlos Oliveira acordou mais uma vez pronto para ir ao seu trabalho. Agora estava meio assustado com o que tinha acontecido no dia anterior. O recebimento da carta de baralho. O assassino era provavelmente alguém que lhe conhecia. Sentou-se na mesa e afogou em pensamentos sobre quem poderia ser o assassino. Depois de um tempo decidiu se acalmar e foi ao trabalho, foi para a central. Chegando lá encontrou-se com seu chefe, Bruno.
- Ah não, hoje você não vai trabalhar, é muito perigoso pra você... - Bruno continuou falando, mas Carlos simplesmente decidiu parar de escutar. Enquanto Bruno falava, ele pensava que nunca tinha descoberto qual era o posto de Bruno.
- ...Entendeu? - Perguntou Bruno. Carlos fez que sim com a cabeça.
- Cadê a Helena? - Perguntou Carlos.
- Ela também está de folga. O assassino sabe quem é você e provavelmente conhece ela também. Vamos manter ela afastada também.
- Mas peraí, porque que eu não posso trabalhar mesmo, em outros casos por exemplo?
- Você não me ouviu falar? Pode ser alguém daqui da central mesmo.
- Ah, tá. Vou dar uma passada na casa da Helena. - Carlos se levantou e foi embora da central, o cheiro de café que pendia sobre o lugar já estava lhe deixando enjoado.
Chegou a casa de Helena. Era uma casa legal, ao contrário de seu apartamento. Era uma casa pintada de rosa, combinava com Helena. Carlos bateu na porta, Helena abriu, com sono e de camisola (e aparentava ter raiva também, provavelmente porque adorava seu trabalho e não gostava de ser dispensada):
- Carlos, que é que cê tá fazendo aqui?
- Eu vou investigar o tal do assassino que supostamente "me conhece".
- Ele te conhece mesmo, não é suposição.
- Que se foda, se eu vou morrer pelo menos quero saber quem vai me matar antes.
- Você tem um jeito estranho de pensar... A maioria das pessoas e iria encher a casa de armas e balas...
- Aí eu demonstraria desespero.
- Você está desesperado.
- Sim, mas eu num quero mostrar isso pra ele. Ele pode me espionar. Talvez esteja me espionando agora. Sim, mas eu vim aqui foi pra te chamar pra me ajudar.
- Quando?
- Pode ser agora.
- Tá, vou tomar um banho e me arrumar. Entra aí e fecha a porta, senão o assassino vai lhe ver sentando no sofá.
- Não faça piadas com isso, as marcas da minha bunda podem ser decisivas na investigação do meu assassinato. - Oliveira fechou a porta e se sentou.
- Mas então... - Falou Helena, do banheiro. - Como você pretende continuar a investigação se você não sabe o próximo passo do assassino nem pode entrar na cena do crime?
- Você não conseguiu a lista?
- Não
- Ah sei lá, deve ter saído alguma matéria nos jornais sobre os assassinatos antes desse. Aí nós vamos lá. Vou pesquisar na internet, cadê seu PC?
- Tá no meu quarto. Liga lá que daqui a pouco eu vou aí olhar com você?
- Ahnnn, daqui a pouco você vem aqui "olhar" comigo né?
- Cala a boca e vai logo! - Helena jogou um recipiente plástico que acertou certeiramente na testa de Carlos. Ela tinha uma ótima pontaria.
Carlos procurou em alguns jornais da internet sobre os assassinatos. Achou os quatro assassinatos antecedentes, um de um homem da alta sociedade carioca, outro de um homem que era assassino de aluguel, mais outro de militar, e outro de uma enfermeira. O único que tinha a localização informada na noticia era o da enfermeira. Tinha sido no hospital em que ela trabalhava. Helena entrou no quarto de toalha.
- E ai, que foi que você achou? - Perguntou Helena se secando.
- Antes de tudo, queria dizer que nunca tinha visto que você era tão gostosa. A roupa da policia te deixa gorda.
- Cala a boca. Que foi que você achou?
- Vi um aqui que tem a localização. "Rua do Vale, número 164, Hospital do Sossego". Simbora?
- Eu vou logo me vestir.
- Se importa se eu ficar aqui no quarto?
- Me importo.
- Pois eu não.
- Vaza logo.
Em uma hora estavam no hospital. Era um hospital particular, mas parecia mais uma casa de tortura da inquisição espanhola. Entraram e Carlos falou com a atendente.
- Com licença, nós somos da polícia. Estamos procurando pelo quarto em que Paula Andrade, a enfermeira daqui, foi assassinada.
- No terceiro quarto depois da escada no segundo andar. - Respondeu a enfermeira, com descaso. Carlos e Helena seguiram para o quarto. Estava com muito sangue espalhado.
- Caramba, só não tem sangue no teto. - Comentou Helena.
- Em alguns lugares parece ter ficado propositalmente. Essa marca aqui tem a forma de uma seringa, e essa aqui tem a forma de uma cova. É uma pena que o corpo não tá aqui, eu queria dar uma analisada.
- Eu acho que um amigo meu me contou sobre esse caso. Ele falou que o corpo dela tava na forma de uma seta. Quebraram a parede pra ver se tinha alguma coisa atrás, dentro. Não tinha nada. Procuraram nos quartos, nada também. Presumiram que o corpo tinha sido colocado lá sem nenhum proposito.
- Em que direção ela tava apontando?
- Pra direita. - Falou Helena, vendo Carlos saindo do quarto na direção que o corpo apontava. Foi até o último quarto naquela direção. Helena o seguiu.
- O que foi? - Perguntou Helena.
- Procuraram alguma coisa nesse quarto?
- Em todos os quartos do hospital.
- Hum... A janela. Está na direção que ela tava apontando. Será se era praquele prédio ali da frente que ela tava apontando? Eles procuraram naquele prédio, naquele quarto com a janela virada pra esse?
- Não sei. Acho que não.
- Então é pra lá que a gente vai."
junior_bascombe- Mensagens : 340
Data de inscrição : 23/06/2011
Idade : 26
Localização : Pio XII - MA
Julgamento- Cap.03
Mas um capítulo do roteiro "Julgamento" pessoal. Me digam ae se curtiram ou não, e pq curtiram ou não pra eu corrigir alguma coisa.
Julgamento - Cap.03 - Nossos Erros
"23 de Setembro de 2011,
Carlos e Helena entraram no prédio. Era um prédio abandonado, possivelmente era uma antiga pousada. O lugar ainda tinha alguns móveis velhos, e as teias de aranhas que os cobriam davam ao lugar um tom de sinistro.
- Cadê a música do Scooby Doo quando a gente precisa? - Comentou Carlos.
- Shhh... Acho que eu tô ouvindo alguém no segundo andar. - Falou Helena, subindo às escadas.
- Tá beleza, vamo nessa. - Ambos subiram as escadas, chegando em frente a um quarto de onde saía um barulho de alguém provavelmente amordaçado, pois podia se ouvir "Hm! Hm!". Carlos fez uma contagem de 1, 2 e 3 com os dedos, depois da contagem chutaram a porta juntos, abrindo-a. Lá dentro estava um homem com um revólver na mão, e uma mulher no chão amordaçada e baleada. Essa sangrava muito. Depois de ver a cena, Carlos apontou sua pistola para o homem armado:
- Solte a arma e bota a porra das mãos atrás da cabeça!
- Espera, não é o que você tá pensando! - Falou o homem. Ele atirou na direção de Carlos e Helena. Carlos atirou na cabeça do homem duas vezes. Carlos tirou a mordaça da mulher baleada.
- Tinha outro homem, ele tinha uma máscara de metal... Urgh... - A mulher desmaiou.
- Liga pro Bruno! - Gritou Carlos. Então ele ouviu um celular tocando. Olhou para o chão, viu o celular, pegou-o e atendeu. O celular desligou. Junto com ele estava amarrado um bilhete. Antes de ler o bilhete, Carlos fungou uma ou duas vezes e disse:
- Que cheiro é esse de bombinha de São João? - Fungou atrás do cheiro e chegou ao cano da arma do bandido morto. Carlos então leu o bilhete e logo depois saiu correndo.
- Ei pra onde você tá indo?! Vai me deixar aqui sozinha?! - Perguntou Helena. Carlos a ignorou e continuou correndo. Helena pegou o bilhete e leu:
'Obrigado Detetive Carlos Oliveira, você me ajudou a finalizar mais um dos meus 'crimes',
na sua concepção, mas julgamentos, na minha. Obrigado por ter cumprido um dos meus objetivos.
Você não vai se arrepender, eu prometo.'
S.M.F
Carlos correu pra fora do prédio antigo. Olhou para os lados, na esquina da rua viu um homem com uma máscara de metal e com uma camisa e calças largas, próximo a um carro, olhando pra ele.
- Ei você, parado! - O homem ignorou Carlos e entrou no carro. Carlos pegou a arma e disparou contra o homem já dentro do carro.
- Parado porra!!! - Carlos descarregou as balas no carro furiosamente. As balas atravessavam o vidro do carro, mas o homem parecia não sentir as balas. O homem atingiu Carlos com o carro.
- Ah, droga! Filho da puta!"
- Aquela foi a primeira vez que eu matei alguém. Você, me fez matá-lo. Eu já atirado pra ferir, pra parar alguém. Mas aqueles tiros mataram aquele homem. - Falou Carlos.
- E então o que achou de matar ele? - Perguntou Luís, ajeitando sua máscara de ferro.
- Foi uma sensação horrível.
- Mas isso foi por quê você pensava que ele era inocente. - Comentou Luís, olhando pela janela.
- Eu não acho que faria diferença. Tirei a vida de um ser humano. É uma função que não cabe a mim, decidir quem vive e quem morre.
- Concordo com você. Mas sei que só as próprias pessoas fazem essa decisão. Mas ele tinha feito sua decisão, ao seguir por aquele caminho ele decidiu morrer.
- Mas como você pôde, me manipular para matar alguém?
- A sua reação era previsivel. Só precisei colocar uma bombinha na pistola do infeliz.
- E tem orgulho disso?
- Eu não tenho orgulho de ter matado ninguém. Mas também não tenho a consciência pesada por ter matado eles. Psicopatas, estupradores, bandidos escondidos por uma máscara que muitos outros usam: o poder! Pessoas que realmente mereciam morrer ao contrário de muitos outros!!! - Luís começou a se lembrar de seus tempos na polícia .
"12 de Outubro de 1999,
- Oficial Farias.
- Sargento Fernando. - Respondeu Luís.
- Eu só vim aqui desejar boa sorte.
- Valeu irmão.
- Se cuida lá irmão, eu num quero dar má notícia pra mãe.
- Você não vai, eu prometo. A gente vai sair de lá com cabeça erguida e com os filhos da puta nas mãos.
- Só... toma cuidado. Foi mal eu ter que ir em outra operação.
- Tá beleza mano, tá beleza... Se cuida você também.
- Se preocupa não irmão. Eu vou ficar beleza. - Os irmãos se despediram, indo cada um a seu destino. Luís, rumo a favela "Serra da Coroa", e Fernando saindo para capturar um dono de uma empresa envolvido em tráfico de pessoas. No caminho, Luís lembrou dos alvos: José Marcelo de Sá ("Zé da Coroa") e Sandro Gama ("Sandrinho"). Não tirava os rostos do pensamento.
Desceu do carro correndo com os outros. Olhava rapidamente quem estava armado e abria fogo. Mas os traficantes retornavam os tiros rapidamente. Luís se perdeu do resto dos policiais durante meia hora. Ele estava preso pelos tiros que vinham de todos os lados. Estava deitado atrás de um muro se protegendo dos tiros de fuzis. Olhou para os lados procurando uma saída. Viu uma casa com a porta aberta. Foi o bastante para Luís sair correndo na direção dos tiros até a casa. Enquanto atravessava a rua rapidamente, ouvia as balas cortando o vento como tesouras cortando seda, só que mais rapidamente. Foi atingido na perna. Continuou correndo, decidido a não sentir a dor de maneira nenhuma. Pulou para dentro da casa e se abaixou. O fogo dos traficantes virou-se para a casa. Viu os pedaços da casa caírem quando os tiros a acertavam. Pensou no irmão e na mãe. Pensou na justiça. Parou de pensar quando um tiro lhe varou o ombro. Se esforçou para não sentir a dor desse ferimento também, porém quando via o sangue saindo pelo buraco da bala, lembrava-se de toda a dor novamente. Então pensou na morte, e a esperou pacientemente, de olhos fechados.
Foi tão paciente que não ouviu os tiros cessarem fora de casa. Sentiu alguém balançando-o. Abriu os olhos e viu um dos seus colegas de profissão balançando-o mais e mais. Se levantou ao ouvir um "Levanta porra!!". Saiu da casa, olhou para os lados e não viu mas ninguém armado. Então olhou para uma casa e viu um policial apontando a arma para um homem que apontava outra arma para a cabeça de uma mulher. Familiarizou-se com o rosto do homem. Era "Sandrinho". Num ato de raiva, apontou sua arma e atirou. A bala acertou exatamente na testa de Sandro, que caiu de imediato. A mulher correu.
Luís saiu correndo em direção à casa e entrou lá. Cumprimentou outro de seus colegas, Dário Coelho, que lhe agradeceu pelo bom tiro.
- Obrigado cara, em cheio.
- De nada. Cadê o "Zé da Coroa"?
- Tá lá em cima se cagando de medo. Já largou a arma e já tá algemado. Vamo lá trazer ele pra baixo. - Os dois subiram as escadas e viram o homem ajoelhado.
- Cadê a valentia agora porra?! - Falou Dário, dando tapas na cabeça de "Zé da Coroa". Ouviram barulhos vindos do ármario que estava no cômodo.
- Tem alguém escondido ali seu viadinho?! - Perguntou Dário. O homem nem se moveu. - Fala porra! - Dário esmurrou o homem, que só caiu no chão, calado. - Então, eu acho que é melhor eu ir olhar.
- Por favor, não!! - Falou "Zé da Coroa".
- Ah, e agora você fala cacete?! Pois vamo ver quem é o corno que tá aí dentro! - Dário puxou a porta do armário. Lá dentro estava uma menina, de uns 15 anos. Era a sobrinha de "Zé da Coroa".
- Olha só, bem gostosinha hem? - A garota ia dar um tapa em Dário, mas ele segurou a mão dela e lhe deu um tapa de volta. - Tá doida porra?! Tá pensando o quê?! Quer saber de uma coisa, vamo fazer uma coisa. Você parece gostar dessa vadia, então que tal se eu comer ela na sua frente?
- Por favor, deixa ela em paz! Ela nem sabe o que eu fazia aqui! Ela não tem nada a ver com isso! - Falou o traficante.
- Que se foda, vai se arrepender de tudo que você já fez seu viado! - Dário rasgou a camisa da garota, jogou-a no chão e começou a abrir o zíper.
- Ah não cara, aí você já foi longe demais. - Luís empurrou Dário. - Tu tá louco mermão? A menina num tem nada a ver com isso!
- Cara, isso são tudo uns merdas! É tudo farinha do mesmo saco! Se eu não der uma lição na menina agora, quem garante que ela também num vai virar traficante ou coisa pior? Isso é tudo vagabundo!
- Mermão, tu tá com problema!
- Aê, qual é a tua? Tirou todo meu moral na frente desses pau no cu!
- Moralzinho de bosta esse seu! Chama isso de moral? Você tá querendo estuprar uma menina de 15 anos! Você não tem porcaria de moral nenhum!
- Ó seu cuzão, se continuar nesse seu vacilo, eu vou te quebrar em dois porra.
- Se continuar com esse seu, eu vou quebrar só a sua cara mesmo.
- Vem pra cima então porra! - Nem meio segundo após Dário dizer isso, o punho de Luís encontrava o rosto de Dário. Os dois então caíram no chão entre socos e pontapés, enquanto o traficante e sua sobrinha assistiam, amendrotados.
- Que porra é essa aqui? - O comandante da operação, Alexandre, apareceu nas escadas. Olhou a menina de sutiã no chão.
- Senhor, esse animal queria estuprar a menina! - Gritou Luís.
- Senhor, o senhor acha que esse puto merece alguma felicidade na vida? - Falou Dário.
- Mas eu nunca matei ninguém não, senhor! - Retrucou "Zé da Coroa".
- Cala essa boca, não perguntei nada a você. - Falou Alexandre, acertando uma coronhada violenta na cabeça do traficante.
- Cuidado senhor, esse homem também é humano! É uma covardia o senhor acertar o homem desse jeito. - Falou Luís.
- Cale-se você também. Alguém mais sabe que o valentão aí queria estuprar a garota?
- Não senhor.
- Então isso vai ficar por aqui.
- Mas senhor, ele tentou estuprar a menina, e pareceu não ser a primeira vez que ele faz isso.
- Que se foda. A polícia já tem escândalos demais. Mais outro só vai piorar a situação.
- Me desculpe senhor, mas eu vou informar ao superior.
- Se você fizer isso, eu vou me encarregar de não deixar barato.
- O que você quer dizer com isso?
- Se você fizer isso, algo muito ruim pode e vai acontecer.
- Me desculpe, mas eu vou arriscar. E pode fazer a merda que você quiser. Acha que vai escapar fazendo ameaçazinhas de bosta? Eu iria falar, até se você fosse a porra do papa.
- Se eu fosse a porra do papa, você já tava morto. Mas vai fundo, fala pro superior e veja o que é que ele acha. - Ouvindo isso, Luís carregou a menina nos braços e saiu da casa.
- Onde você mora? - Perguntou.
- No centro da cidade. - Falou a menina.
- Você pode andar?
- Posso.
Luís levou a menina até um ponto de ônibus. Sentou-se num banco e sentiu o ódio perpetuar-se em sua mente."
Julgamento - Cap.03 - Nossos Erros
"23 de Setembro de 2011,
Carlos e Helena entraram no prédio. Era um prédio abandonado, possivelmente era uma antiga pousada. O lugar ainda tinha alguns móveis velhos, e as teias de aranhas que os cobriam davam ao lugar um tom de sinistro.
- Cadê a música do Scooby Doo quando a gente precisa? - Comentou Carlos.
- Shhh... Acho que eu tô ouvindo alguém no segundo andar. - Falou Helena, subindo às escadas.
- Tá beleza, vamo nessa. - Ambos subiram as escadas, chegando em frente a um quarto de onde saía um barulho de alguém provavelmente amordaçado, pois podia se ouvir "Hm! Hm!". Carlos fez uma contagem de 1, 2 e 3 com os dedos, depois da contagem chutaram a porta juntos, abrindo-a. Lá dentro estava um homem com um revólver na mão, e uma mulher no chão amordaçada e baleada. Essa sangrava muito. Depois de ver a cena, Carlos apontou sua pistola para o homem armado:
- Solte a arma e bota a porra das mãos atrás da cabeça!
- Espera, não é o que você tá pensando! - Falou o homem. Ele atirou na direção de Carlos e Helena. Carlos atirou na cabeça do homem duas vezes. Carlos tirou a mordaça da mulher baleada.
- Tinha outro homem, ele tinha uma máscara de metal... Urgh... - A mulher desmaiou.
- Liga pro Bruno! - Gritou Carlos. Então ele ouviu um celular tocando. Olhou para o chão, viu o celular, pegou-o e atendeu. O celular desligou. Junto com ele estava amarrado um bilhete. Antes de ler o bilhete, Carlos fungou uma ou duas vezes e disse:
- Que cheiro é esse de bombinha de São João? - Fungou atrás do cheiro e chegou ao cano da arma do bandido morto. Carlos então leu o bilhete e logo depois saiu correndo.
- Ei pra onde você tá indo?! Vai me deixar aqui sozinha?! - Perguntou Helena. Carlos a ignorou e continuou correndo. Helena pegou o bilhete e leu:
'Obrigado Detetive Carlos Oliveira, você me ajudou a finalizar mais um dos meus 'crimes',
na sua concepção, mas julgamentos, na minha. Obrigado por ter cumprido um dos meus objetivos.
Você não vai se arrepender, eu prometo.'
S.M.F
Carlos correu pra fora do prédio antigo. Olhou para os lados, na esquina da rua viu um homem com uma máscara de metal e com uma camisa e calças largas, próximo a um carro, olhando pra ele.
- Ei você, parado! - O homem ignorou Carlos e entrou no carro. Carlos pegou a arma e disparou contra o homem já dentro do carro.
- Parado porra!!! - Carlos descarregou as balas no carro furiosamente. As balas atravessavam o vidro do carro, mas o homem parecia não sentir as balas. O homem atingiu Carlos com o carro.
- Ah, droga! Filho da puta!"
- Aquela foi a primeira vez que eu matei alguém. Você, me fez matá-lo. Eu já atirado pra ferir, pra parar alguém. Mas aqueles tiros mataram aquele homem. - Falou Carlos.
- E então o que achou de matar ele? - Perguntou Luís, ajeitando sua máscara de ferro.
- Foi uma sensação horrível.
- Mas isso foi por quê você pensava que ele era inocente. - Comentou Luís, olhando pela janela.
- Eu não acho que faria diferença. Tirei a vida de um ser humano. É uma função que não cabe a mim, decidir quem vive e quem morre.
- Concordo com você. Mas sei que só as próprias pessoas fazem essa decisão. Mas ele tinha feito sua decisão, ao seguir por aquele caminho ele decidiu morrer.
- Mas como você pôde, me manipular para matar alguém?
- A sua reação era previsivel. Só precisei colocar uma bombinha na pistola do infeliz.
- E tem orgulho disso?
- Eu não tenho orgulho de ter matado ninguém. Mas também não tenho a consciência pesada por ter matado eles. Psicopatas, estupradores, bandidos escondidos por uma máscara que muitos outros usam: o poder! Pessoas que realmente mereciam morrer ao contrário de muitos outros!!! - Luís começou a se lembrar de seus tempos na polícia .
"12 de Outubro de 1999,
- Oficial Farias.
- Sargento Fernando. - Respondeu Luís.
- Eu só vim aqui desejar boa sorte.
- Valeu irmão.
- Se cuida lá irmão, eu num quero dar má notícia pra mãe.
- Você não vai, eu prometo. A gente vai sair de lá com cabeça erguida e com os filhos da puta nas mãos.
- Só... toma cuidado. Foi mal eu ter que ir em outra operação.
- Tá beleza mano, tá beleza... Se cuida você também.
- Se preocupa não irmão. Eu vou ficar beleza. - Os irmãos se despediram, indo cada um a seu destino. Luís, rumo a favela "Serra da Coroa", e Fernando saindo para capturar um dono de uma empresa envolvido em tráfico de pessoas. No caminho, Luís lembrou dos alvos: José Marcelo de Sá ("Zé da Coroa") e Sandro Gama ("Sandrinho"). Não tirava os rostos do pensamento.
Desceu do carro correndo com os outros. Olhava rapidamente quem estava armado e abria fogo. Mas os traficantes retornavam os tiros rapidamente. Luís se perdeu do resto dos policiais durante meia hora. Ele estava preso pelos tiros que vinham de todos os lados. Estava deitado atrás de um muro se protegendo dos tiros de fuzis. Olhou para os lados procurando uma saída. Viu uma casa com a porta aberta. Foi o bastante para Luís sair correndo na direção dos tiros até a casa. Enquanto atravessava a rua rapidamente, ouvia as balas cortando o vento como tesouras cortando seda, só que mais rapidamente. Foi atingido na perna. Continuou correndo, decidido a não sentir a dor de maneira nenhuma. Pulou para dentro da casa e se abaixou. O fogo dos traficantes virou-se para a casa. Viu os pedaços da casa caírem quando os tiros a acertavam. Pensou no irmão e na mãe. Pensou na justiça. Parou de pensar quando um tiro lhe varou o ombro. Se esforçou para não sentir a dor desse ferimento também, porém quando via o sangue saindo pelo buraco da bala, lembrava-se de toda a dor novamente. Então pensou na morte, e a esperou pacientemente, de olhos fechados.
Foi tão paciente que não ouviu os tiros cessarem fora de casa. Sentiu alguém balançando-o. Abriu os olhos e viu um dos seus colegas de profissão balançando-o mais e mais. Se levantou ao ouvir um "Levanta porra!!". Saiu da casa, olhou para os lados e não viu mas ninguém armado. Então olhou para uma casa e viu um policial apontando a arma para um homem que apontava outra arma para a cabeça de uma mulher. Familiarizou-se com o rosto do homem. Era "Sandrinho". Num ato de raiva, apontou sua arma e atirou. A bala acertou exatamente na testa de Sandro, que caiu de imediato. A mulher correu.
Luís saiu correndo em direção à casa e entrou lá. Cumprimentou outro de seus colegas, Dário Coelho, que lhe agradeceu pelo bom tiro.
- Obrigado cara, em cheio.
- De nada. Cadê o "Zé da Coroa"?
- Tá lá em cima se cagando de medo. Já largou a arma e já tá algemado. Vamo lá trazer ele pra baixo. - Os dois subiram as escadas e viram o homem ajoelhado.
- Cadê a valentia agora porra?! - Falou Dário, dando tapas na cabeça de "Zé da Coroa". Ouviram barulhos vindos do ármario que estava no cômodo.
- Tem alguém escondido ali seu viadinho?! - Perguntou Dário. O homem nem se moveu. - Fala porra! - Dário esmurrou o homem, que só caiu no chão, calado. - Então, eu acho que é melhor eu ir olhar.
- Por favor, não!! - Falou "Zé da Coroa".
- Ah, e agora você fala cacete?! Pois vamo ver quem é o corno que tá aí dentro! - Dário puxou a porta do armário. Lá dentro estava uma menina, de uns 15 anos. Era a sobrinha de "Zé da Coroa".
- Olha só, bem gostosinha hem? - A garota ia dar um tapa em Dário, mas ele segurou a mão dela e lhe deu um tapa de volta. - Tá doida porra?! Tá pensando o quê?! Quer saber de uma coisa, vamo fazer uma coisa. Você parece gostar dessa vadia, então que tal se eu comer ela na sua frente?
- Por favor, deixa ela em paz! Ela nem sabe o que eu fazia aqui! Ela não tem nada a ver com isso! - Falou o traficante.
- Que se foda, vai se arrepender de tudo que você já fez seu viado! - Dário rasgou a camisa da garota, jogou-a no chão e começou a abrir o zíper.
- Ah não cara, aí você já foi longe demais. - Luís empurrou Dário. - Tu tá louco mermão? A menina num tem nada a ver com isso!
- Cara, isso são tudo uns merdas! É tudo farinha do mesmo saco! Se eu não der uma lição na menina agora, quem garante que ela também num vai virar traficante ou coisa pior? Isso é tudo vagabundo!
- Mermão, tu tá com problema!
- Aê, qual é a tua? Tirou todo meu moral na frente desses pau no cu!
- Moralzinho de bosta esse seu! Chama isso de moral? Você tá querendo estuprar uma menina de 15 anos! Você não tem porcaria de moral nenhum!
- Ó seu cuzão, se continuar nesse seu vacilo, eu vou te quebrar em dois porra.
- Se continuar com esse seu, eu vou quebrar só a sua cara mesmo.
- Vem pra cima então porra! - Nem meio segundo após Dário dizer isso, o punho de Luís encontrava o rosto de Dário. Os dois então caíram no chão entre socos e pontapés, enquanto o traficante e sua sobrinha assistiam, amendrotados.
- Que porra é essa aqui? - O comandante da operação, Alexandre, apareceu nas escadas. Olhou a menina de sutiã no chão.
- Senhor, esse animal queria estuprar a menina! - Gritou Luís.
- Senhor, o senhor acha que esse puto merece alguma felicidade na vida? - Falou Dário.
- Mas eu nunca matei ninguém não, senhor! - Retrucou "Zé da Coroa".
- Cala essa boca, não perguntei nada a você. - Falou Alexandre, acertando uma coronhada violenta na cabeça do traficante.
- Cuidado senhor, esse homem também é humano! É uma covardia o senhor acertar o homem desse jeito. - Falou Luís.
- Cale-se você também. Alguém mais sabe que o valentão aí queria estuprar a garota?
- Não senhor.
- Então isso vai ficar por aqui.
- Mas senhor, ele tentou estuprar a menina, e pareceu não ser a primeira vez que ele faz isso.
- Que se foda. A polícia já tem escândalos demais. Mais outro só vai piorar a situação.
- Me desculpe senhor, mas eu vou informar ao superior.
- Se você fizer isso, eu vou me encarregar de não deixar barato.
- O que você quer dizer com isso?
- Se você fizer isso, algo muito ruim pode e vai acontecer.
- Me desculpe, mas eu vou arriscar. E pode fazer a merda que você quiser. Acha que vai escapar fazendo ameaçazinhas de bosta? Eu iria falar, até se você fosse a porra do papa.
- Se eu fosse a porra do papa, você já tava morto. Mas vai fundo, fala pro superior e veja o que é que ele acha. - Ouvindo isso, Luís carregou a menina nos braços e saiu da casa.
- Onde você mora? - Perguntou.
- No centro da cidade. - Falou a menina.
- Você pode andar?
- Posso.
Luís levou a menina até um ponto de ônibus. Sentou-se num banco e sentiu o ódio perpetuar-se em sua mente."
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