I Don't Know (roteiro)
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I Don't Know (roteiro)
I Don’t Know
Sinopse: Um adolescente contando o mistério que rege a sua vizinhança, e com seus únicos amigos, ele vai tentar descobrir o autor do tal mistério... Pode parecer algo inofensivo, mas você irá mudar de ideia assim que presenciar o "mistério"...
- CAPÍTULO 1:
Não sei bem ao certo o que está acontecendo aqui. Não sei o motivo por ter me envolvido com algo assim. E o porquê de isso tudo acontecer menos ainda eu sei.
Mas do que adianta eu dizer essas coisas agora... Primeiro devo-lhes contar desde o início, ou pelo menos quando tudo isso começou, através desse diário, ou relatório, como vocês preferirem. Apenas peço que não se incomodem com a mudança de foco narrativo que usarei no decorrer dos capítulos. Acho que isso ajudará no entendimento de vocês ao final.
Então, comecemos...
One: Penúltimo Dia
Bem... Penúltimo dia de aula antes das férias de fim de ano é nada mais irritante. Por mais cansados e ansiosos que estejamos, sabemos que ainda haverá o dia seguinte de mais tortura no ensino médio. Não é como se eu odiasse o colégio. Também não tenho notas ruins. Apenas não gosto dele. Viveria bem, e aprenderia, melhor se eu estudasse sozinho em casa. Mas, meus pais não se atreveriam e estragar a imagem deles com um filho que não frequenta o colégio mais sofisticado de toda a cidade, como os filhos dos “amigos” deles, e blá blá...
Então. Bastante sol fazia no penúltimo dia de aula, e isso dificultava ao triplo tudo que eu tinha de aguentar. A voz irritante do professor de álgebra, explicando pela centésima vez Matrizes, para um garoto. Não gosto muito de pensar isso, mas acho que gente burra tinha que comer capim ao invés de dificultar mais a minha vida no colégio.
É, eu sei, isso pode ter soado cruel. Geralmente não sou assim. Isso tudo é o efeito do penúltimo dia de aula. Se algum de vocês estiver lendo ai, o que eu escrevi, e for um adolescente de aproximadamente 17 anos, irá entender muito bem, e me apoiar no que digo.
Ah, quase ia me esquecendo. Também tinha uma garota muito estranha que me olhava bastante. E quando eu a encarava ela não desviava o olhar, eu tentava vencê-la nessa competição imaginária, mas não conseguia. Quando digo que algo é estranho, é mesmo. Ela tinha uma verruga enorme (há que diga que aquilo era uma nova espécie de vida nascendo) posicionada bem em seu queixo, que era igualmente enorme.
Bem, esse dia, como vários outros, eu passei aula todo feito ninja. Usando minha técnica secreta de ouvir música com fones de ouvido sem que menos o professor percebesse. A música era uma bem calminha, e eu via a maioria das bocas se mexendo e apenas um “lá lá lá lá” saindo dali. Eu queria mesmo naquele momento era morrer, opa! Digo, dormir, eu queria naquele momento mesmo era dormir.
Mas repensando melhor, a primeira frase teria sido bem melhor, em vista da minha situação de agora. Não, não, não nos adiantemos ainda.
Bem, leitor, você que resistiu a ler só meus pensamentos soltos e sórdidos, lhe digo “parabéns”. Digo que isso foi um teste; não quero que uma pessoa do tipo que desiste no meio leia o diário que eu planejo escrever em pelo menos três dias, bem rápido porque eu não tenho muito tempo faltando.
Quando relembro desse dia que eu acabei de descrever para você (para quem não entendeu: O penúltimo dia de aula), levanto grandes suspeitas que ele seja o culpado de tudo. A pressão social, o calor, o colégio. Tudo isso pode ter sido como uma faca que rompeu que me partiu, e me fez estar nessa situação escrevendo isso à vocês.
Então, voltemos ao presente, ou melhor, passado.
O sino, finalmente, tinha gritado com sua voz que não era muito pior que a de toda a multidão falando ao mesmo tempo. Então, meu amigo coreano, veio até a mim. Ah, mas antes de eu falar o que conversamos, vamos esclarecer uma coisa que é bem comum, que eu passei grande parte da minha vida vendo personagens assim. Personagens que não têm amigos. Por favor, qualquer ser humano têm amigos, mesmo que não sejam reais, eles têm alguém com quem conversar, porque se não têm arrumam logo uma forma de tirar uma vida.
O homem é um ser social, querendo ou não. Eu não queria, mas isso é obrigatório, é a natureza...
Voltemos ao meu amigo coreano.
- Penúltimo dia é o pior de todos, concorda? – disse ele.
O que me fazia conversar com esse cara, era que ele às vezes parecia ler o que eu pensava, ou será que lia de verdade? Nós tínhamos uma conexão, disso eu tenho certeza...
- Exato. O pior. Mas pelo menos ele terminou. – eu disse, e pelo que ainda lembro, uma gota de suor doce, correu do canto direito da minha testa contornado o meu rosto até minha boca.
Nós começamos a andar para sair do colégio o mais rápido possível. Eu e ele tínhamos um trato que nunca foi citado por nenhum dos dois; de que se batesse o sinal de saída, quando cruzássemos a fronteira entre a sala e o corredor, não falaríamos nada até sair daquele campo, ou seja, quando saíssemos da sala de aula só nos dirigiríamos a palavra quando nos certificássemos que tínhamos saído do colégio.
Seguimos assim por cerca de 2 minutos, até que saímos, junto com diversas pessoas iguais, pelo portão enorme do colégio.
- Vou à sua casa antes de ir para minha, ok? E você me passa hoje aquele jogo, do carinha quadrado... – ele disse, quebrando o silêncio.
- Ah, beleza. Mas você vai embora rápido, porque deve tá tudo uma bagunça lá... – eu disse prosseguindo coma conversa.
- Ah é! Manolete! Você vai ter seus dias de graça, ficar sozinho! A casa inteiramente para você por longos meses! Cara queria eu ter sua sorte! – ele disse de uma maneira bem animada, mas isso eu já me acostumara; ele se empolga facilmente.
- Ah, é. Mas vai ser um tédio aquela droga. Ainda mais nesse verão infernal...
- Que tédio o quê! – ele disse e pulou na minha frente, fazendo com que eu parasse de andar. – Eu tive uma ideia. Vamos pegar umas mulheres na rua, levar pra sua casa e fazer a festa! Hein, o que me diz?
Um dos motivos de eu considerar esse cara meu amigo é esse senso de humor dele. É igual ao meu, porém o meu é repreendido, talvez por eu mesmo. Digamos que eu penso e ele fala.
Mas não que eu tenha pensado em levar umas mocinhas lá pra casa na ausência dos meus pais, não... Que isso?! Longe de mim!
- Não. Sem chances... – respondi finalmente.
Eu tentei, mas não aguentei. Ri demais da cara dele, pode parecer brincadeira, mas ele estava falando sério.
- Pare de rir, eu estou falando sério, cara... – disse ele meio cabisbaixo.
Eu passei meu braço no ombro dele, e me dependurei. Prosseguimos andando, agora descendo a ladeira, que quase não pode ser considerada ladeira...
- Eu planejo me matar de jogar, você pode ir a hora que quiser. Depois a gente anda de bicicleta pela cidade e tudo mais. Eu deixo até você arrumar umas confusões como sempre. Mexer com mulher dos outros e depois correr dos malucos, pra fugir da morte dolorosa, haha... – eu disse rindo ainda da cara dele
- Beleza, me parece bom... – ele disse recuperando o sorriso no rosto
Agora resumindo. Conversamos sobre coisas inúteis elevadas ao cubo, e depois dele pegar o game, foi embora para sua casa, e eu fiquei no meu computador, em um chat que eu encontrei.
Para quem nunca entrou nesse tipo de chat, só digo que continuem assim, por que isso não presta, só entra maluco. Mas não generalizemos. Dessa vez foi diferente.
Meu user padrão era Strange22.
O Chat começou como sempre. Chegou a 25 pessoas online, e quando a madrugada foi chegando, esse número se reduziu para 1. Eu. Eu me preparava para desconectar quando aquilo apareceu.
“ANOTHERMAN acabou de se conectar...”
- Podia ser uma garota, pelo menos... – foi meu primeiro pensamento reflexivo.
Vamos puxar mais uma aba aqui para eu explicar o que seria o pensamento reflexivo. É aquele pensamento involuntário, que é mais forte que você. Que pensa antes de você pensar em pensar ele. Sabe, meu caro, esse é o único que reflete o que você é de verdade. Mas chega de filosofia.
Eu, para começar a conversa, usei aquela frase, carregada de expectativas e incentivo.
- Oi – eu digitei
- É como se eu não fosse eu, você me entende? – digitou o tal ANOTHERMAN
-? – digitei.
Na verdade eu queria tê-lo mandado dormir, ou procurar uma pessoa na rua pra desabafar sua vida. Chat lá é lugar de desabafar?
- Eu sei que você me entende, parte minha parece ter sido arrancada, talvez a minha outra metade...
- Do que você está falando?
- Você acha mesmo que eu devia sair e contar isso a alguém estranho?
Eu estranhei totalmente aquilo, era como se ele soubesse o que eu tinha pensando, então me veio à mente uma suspeita de quem fosse aquela pessoa.
- Suk? O que você está fazendo acordado agora? Só pra ficar zoando da minha cara? – só podia ser ele. Ele era o único que eu conheço com uma ligação comigo intensa o suficiente para chegar, a saber, o que eu penso.
Ah, eu ainda não tinha citado o nome dele. Suk é o tal meu amigo coreano.
Pelo que eu me lembro, esperei a resposta por alguns minutos. Então meu celular tocou, eu atendi.
- Alô?
- Mesmo que você negue você sabe...
A voz eu não consegui saber se era mesmo masculina ou feminina, sei que não era do Suk. Ainda hoje não sei como era a voz, acho que eu não soube que voz era aquela por nunca tê-la ouvido saindo de fora.
A ligação caiu, e eu procurei no registro de chamadas o número, mas era restrito. Então olhei no monitor do computador e estava escrito: “Você sabe quem eu sou” e “ANOTHERMAN se desconectou”, respectivamente.
- Hacker... – foi a segunda coisa que pensei (depois dele ter se desconectado), e eu a escolhi como motivo por ser mais sensata.
Logo depois daquilo fui dormir, mas planejei ligar pro Suk assim que eu acordasse, e perguntar se era ele que tinha me passado o trote. Confesso que me assustei um pouco, e demorei certo tempo para pegar no sono. Mas tudo foi por culpa da primeira coisa que pensei, podemos dizer até que um pensamento reflexivo: Fantasma.
Agora cortando um pouco a história, que não teve um inicio muito interessante, e posso até dizer isso do desenvolvimento... Eu queria até continuar a escrever agora, mas quero evitar alongar esse capítulo, e além do mais, os cavalheiros me querem para fazer algo para eles aqui onde estou. Tudo que pareceu incompleto para vocês será completado no decorrer desse meu diário. Bem, então digo que termino o capitulo 1 aqui e agora, e não me responsabilizo por nada que te aconteça com vocês depois de ler a última palavra desse parágrafo.
Última edição por Dariks em Qui Set 13, 2012 12:27 am, editado 4 vez(es)
Re: I Don't Know (roteiro)
E ae pessoas o/ Tá ai, mais um roteiro meu, mas dessa vez eu me inpirei a escrever de um modo diferente e vir variando o foco principal e narrativa, escrevendo em 1ª e também em 3ª pessoa.
Pensei nesse roteiro ontem, e decidi escrever ele. Então... Critiquem a vontade o/
Pensei nesse roteiro ontem, e decidi escrever ele. Então... Critiquem a vontade o/
Re: I Don't Know (roteiro)
O roteiro é bem interessante, se bem que talvez ficasse dificil para alguns desenhistas por estar em forma de diário (alguns tem dificuldade em "transformar" esse tipo de texto em desenho). Só por esse primeiro capítulo ficou muito básico. Acho q era bom vc ter alongado um pouco, ter repassado mais informações sobre o mistério. Esperando segundo capítulo
junior_bascombe- Mensagens : 340
Data de inscrição : 23/06/2011
Idade : 26
Localização : Pio XII - MA
Re: I Don't Know (roteiro)
Gostei bastante .
Olha o meu
https://dpzine.forumeiros.com/t1393-roteiro-desenhista-0-preciso-de-desenhista
Olha o meu
https://dpzine.forumeiros.com/t1393-roteiro-desenhista-0-preciso-de-desenhista
alexsystem- Mensagens : 59
Data de inscrição : 07/04/2012
Re: I Don't Know (roteiro)
junior_bascombe escreveu:O roteiro é bem interessante, se bem que talvez ficasse dificil para alguns desenhistas por estar em forma de diário (alguns tem dificuldade em "transformar" esse tipo de texto em desenho). Só por esse primeiro capítulo ficou muito básico. Acho q era bom vc ter alongado um pouco, ter repassado mais informações sobre o mistério. Esperando segundo capítulo
É eu pensei nisso, também, que caso venha a ser desenhado ficasse difícil pro desenhista, mas acaba sendo eu mesmo o desenhista kkk Mas de qualquer forma, eu foquei mais dele ficar como obra literária msm, mas no próximo capítulo eu vou variar no modo de escrever e por em 3ª pessoa. Acho que vcs vão estranhar um pouco, mas depois vão entender o pq hehe.
vlw man
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