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Roteiro Windstown

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Mensagem por junior_bascombe Qua Out 19, 2011 10:22 pm

Eae pessoal. Apresentando mais um roteiro sem desenhista aqui. Três idéias me surgiram desde que Heaven Fences começou a ser desenhado. Uma delas, eu vou apresentar aqui agora pra vocês. Se tiver algum desenhista interessado, fala aê.

Cap.01 Windstown: César Winston

César acordou meio atordoado naquele dia. Teve um mal pressentimento. Teve vontade de ficar em casa, de não ir na empresa fazer seu trabalho monótono. Mas foi mesmo assim. Chegando lá, leu o mesmo letreiro que lia todos os dias: "Light Energy Corp.". Entrou, foi para sua sala no setor de energias alternativas da empresa, e ficou esperando receber ordens, como era seu trabalho diário. Dez minutos depois, foi chamado para a sala do chefe. Se surpreendeu, quando alguém era chamado para a sala do chefe, algo grande estava ocorrendo ou estava pra ocorrer. Ao chegar lá, viu outros nove funcionários esperando pelo chefe também. Um deles era um amigo de César, era um que se chamava Ramon. O chefe, Raschello, entrou na sala:
- Bem, creio que vocês todos estejam se perguntando o porquê de estarem aqui. Bem, é melhor que eu desfaça logo esse mistério e termine esse suspense. Vocês são os melhores analisadores de espaço eólico da empresa. Vocês foram chamados aqui para analisar um lugar muito especial, uma pequena cidade italiana chamada Windstown.
- Por que essa cidade em especial? - Perguntou César.
- Na verdade, a cidade não é especial. O especial de tudo é o fato de nossos últimos pesquisadores terem ido lá e não terem retornado. Vocês vão investigar o ocorrido, e, se possível, analisar a locação para ver se é um bom lugar para se instalar os ventiladores.
- Quando nós vamos partir? - Perguntou Ramon.
- Hoje mesmo. Não vai ser preciso que façam malas ou qualquer coisa do tipo. Provavelmente só vão passar algumas horas lá. Ao chegarem lá, vão ter alguns carros esperando por vocês. Obrigado, estão dispensados até as 16 horas. - Raschello acompanhou até a porta, deixando-os para sair. Ramon falou com César:
- Aquilo foi estranho?
- Foi, muito estranho. - Respondeu César.
- É bom que ele não tenha metido a gente em enrascada.
- É bom que não mesmo.
- Mas pra qualquer emergência, eu tenho isso. - Disse Ramon, mostrando sua 45.
- Abaixa essa porra! Tá doido? Porque que cê carrega essa porra por aí mesmo?
- Eu já fui roubado bem umas trezentas, uso ela pra defesa pessoal.
- Vai levar ela pra viagem?
- Mas claro! Sabe-se lá o que é que tem naquele lugar.
- É verdade... Falou, vou pra minha sala.
- Eu também vou pra minha.
César então ficou na sua sala, esperando ser chamado para a viagem. As 16 em ponto, foi chamado para a viagem.
- Bem, vocês já sabem o que terão que fazer. Podem entrar no avião, que ele irá decolar daqui a pouco.
A viagem ocorreu normalmente. Ao chegarem na cidade, cada um recebeu um rádio e encontraram 4 carros. O chefe os falou pelo rádio:
- Então, duas pessoas ficam em um só carro. Depois de entrarem na cidade, esperem que eu vou guiá-los. Câmbio, desligo. - César entrou dentro de um carro e chamou Ramon.
- Vamos no Mustang. - Falou César.
- É, parece ser o melhor desses.
Passaram duas horas andando de carro rumo ao Norte até verem uma placa: "Você está entrando em Windstown", então receberam mais uma mensagem de rádio do chefe:
- Não vão precisar que eu os guie. É só seguirem ao Norte e atravessarem a cerca quebrada. Câmbio, desligo.
Seguiram então ao Norte, atravessaram a cerca.
- Esse lugar é estranhão...
- É mesmo... Estrada de terra... Casas meio acabadas... Eu não sei o que é que tá faltand... - Ouviram uma explosão. Tinha sido um dos outros carros. Viram-no voando pelo ar antes de cair virado de cabeça pra baixo.
- Porra, o que foi... - Ramon falou enquanto o carro deles também sofria com o explosão que ocorreu num dos pneus do carro, fazendo com que eles capotassem antes de ficarem de cabeça pra baixo também.
César acordou, olhou no relógio de pulso, já eram 20:40. Saiu se arrastando do seu carro. Pôs a mão na cabeça e pôde sentir um corte, viu o sangue na sua mão. Pegou o rádio do bolso, para pedir ajuda
- Raschello, você tá aí? Câmbio.
- César? Porque vocês não estavam respondendo? Câmbio.
- Ocorreu um acidente. Eu acho - Olhou para um buraco na terra. - Que foi causado por minas terrestres. Câmbio.
- Droga, então a área é minada. Escute, não saia daí. Estou mandando reforços. Câmbio, desligo.
César arrancou uma manga da camisa e amarrou ao redor da cabeça, como uma bandana, para parar o sangramento. César então olhou para os lados, e mas para frente de onde os carros estavam, ele conseguiu ver uma pessoa.
- Ei você, poderia fazer um favor pra mim? Poderia pedir ajuda para alguém aí? - Então, ele viu o homem se virar pra ele, e de lá mesmo, dar um salto enorme por cima dele.
O homem ficou na cabeça dele, segurando no pescoço e tentando mordê-lo.
- Sai de cima, seu filho da puta! Sai, me solta, ahhh! - Ele jogou o homem no muro ao lado. Mas o homem se levantou rapidamente. César entrou pra dentro do carro e pegou a arma no bolso de Ramon. Se virou para o homem e descarregou a arma nele. O homem, como se não tivesse sentido os tiros, saltou sobre César de novo, mas dessa vez, César saiu da frente, e o homem caiu sobre uma mina. César ficou atordoado, louco, com aquilo que tinha acabado de ocorrer. Pegou o rádio de novo:
- Eiiii, ainda tá ai?
- Tô aqui, porque?
- Eu acabei de ser atacado por um... Um homem! Eu acho...
- Mas como ele te alcançou, atravessou as minas?
- O filho da puta pulou lá de longe em cima de mim! Tava tentando me morder! Arranhou minha cara inteira!
- Cara, você tá é delirando. Num se preocupa não que já tem uma equipe a caminho. Câmbio desligo.
- Eiii, seu filho da puta! Não desliga! Merda! - Joga o rádio no chão. - Droga.
César pegou alguns cartuchos de bala que ainda estavam no bolso de Ramon. Pegou também uma lanterna que estava no banco. Olhou para o lugar de onde o homem tinha vindo. Viu que haviam mais pessoas se aproximando. Correu para o muro, ignorando o fato de que poderiam haver minas no caminho. Deu o salto mais alto que conseguiu e atravessou o muro. Agora já dentro da cidade, carregou a arma e ligou a lanterna.

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Mensagem por Haunter Qui Out 20, 2011 2:09 pm

Muito boa veio Very Happy
Você tem talento pra histórias.
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Mensagem por junior_bascombe Qui Out 20, 2011 5:00 pm

Haunter escreveu:Muito boa veio Very Happy
Você tem talento pra histórias.

Vlw kra, eu dou meu melhor quando vo fzr uma historia Cool
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Mensagem por Haunter Qui Out 20, 2011 5:53 pm

junior_bascombe escreveu:
Haunter escreveu:Muito boa veio Very Happy
Você tem talento pra histórias.

Vlw kra, eu dou meu melhor quando vo fzr uma historia Cool
Aquele cara era um zumbi né? albino
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Mensagem por junior_bascombe Qui Out 20, 2011 10:40 pm

Haunter escreveu:
junior_bascombe escreveu:
Haunter escreveu:Muito boa veio Very Happy
Você tem talento pra histórias.

Vlw kra, eu dou meu melhor quando vo fzr uma historia Cool
Aquele cara era um zumbi né? albino

+ ou -
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Mensagem por paulohugo Sex Out 21, 2011 3:19 pm

mais um bom roteiro seu cara , peço logo desculpa pela demora do capitolo 4 de heaven f. e acho q so vou conseguir termina la em novembro , mais a qualidade ta muito boa.
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Mensagem por junior_bascombe Seg Nov 14, 2011 4:16 pm

Windstown - Cap.02 - "Male Corparazione"...

A cidade tinha aquele jeito de cidade pequena mal acabada do interior. César caminhou pisando em várias plantas que brotavam do asfalto. Viu um menino de costas, acenou com as mãos chamando-o:
- Ei, você aí! - O menino virou-se e César pôde ver sua face. Estava deformada, e os ossos dos pulsos dele saíam pela pele. Ele correu como um cachorro, usando pés e mãos, na direção de César. César gritou, apontado-lhe a arma:
- Parado!! - O menino continuou correndo. Ele saltou sobre César, e ficou lhe arranhando com as unhas e tentando lhe morder. César pegou o menino pelo pescoço e começou a enforcá-lo. Pôde ver os olhos atravessados por finas veias de sangue. O menino morreu.
As mãos de César tremiam quase derrubando a arma. Aquela coisa que tinha visto deixara seu sangue gelado, mas também o deixou a alerta. Tentava se acalmar para pensar na situação mas qualquer barulho o assustava e ele quase disparava a arma. Entrou num mercado que estava com a porta destruída, parece que tinha sido acertada por um carro. Correu para trás do balcão e começou a pensar: "Se controle, nervoso assim você vai acabar atirando e atraindo mais daquelas coisas. Pegue uma arma que não faça barulho, olhe ao redor". Perto do balcão tinha um pé de cabra. Ele pegou-o. "Certo, você já tem uma arma que não faz barulho. Agora esfria a cabeça, come um salgadinho italiano aê. Fica calmo...". Enquanto César pensava, outro daqueles seres estranhos lhe atacou por trás. Ele lhe enforcava e mordeu-lhe a orelha com força, arrancado-a fora.
- Ahhhhh, filho da puta!!! - César ficou tentando acertá-lo de costas mesmo, com o pé-de-cabra, balançando-o para todo lado. Conseguiu acertar na testa daquele ser. O pé-de-cabra ficou preso na cabeça dele, que soltou um urro de dore foi para trás. César também foi para trás. Sacou a pistola e apontou para o monstro e, antes que ele atirasse, chegou um homem que não tinha menos que 26 anos quebrou o crânio do monstro usando uma pá.
- Stai bene? - Perguntou o homem.
César murmurou alguma coisa, mas nem ele mesmo pode se ouvir.
- Come si chiama? Chi sei? - O homem analisava César de cima e baixo, e viu o brasão da Light Energy Corp. na camisa de César.
- Figlio di una cagna! Vai a fottere! Dannato idiota! Che avre dovuto lasciarti morire! - Gritava o homem, enquanto ia pra cima de César, batendo-lhe com a pá.
- Calma, seu filho da puta! Pára com isso! - Falava César enquanto tentava se defender com o Braço.
Enquanto César apanhava, outro homem apareceu dos fundos da loja, e falou para o outro:
- L'uomo, que cosa stai facendo?
- Aiutami a battere questo figlio di puttana. - Respondeu aquele que batia em César.
- Socorro! - Falou César.
- Cara, cê fala brasileiro? Ehi amico, chiuso! - Falou o que tinha entrado pelos fundos, enquanto fazia um sinal de "Pare!" para o que estava batendo em César.
- Obrigado por ter mandado esse brutamontes sair de cima de mim. - Falou César.
- Tá beleza. Meu nome é Cláudio Morello, e o seu? - Cláudio ofereceu a mão a César.
- O meu é César Winston. - César apertou a mão de Cláudio com as forças que ainda lhe restavam.
- Então César, você é da Light Energy?
- Sou.
- Ah. - Cláudio pegou César pelo colarinho, erguendo-o do chão e botando-o contra a parede. - Como você entrou na cidade hem porra?!
- Pelo campo minado!!! - Respondeu César, assustado.
- Mentira seu filho da puta! Tem um helicoptero por aí né? Cadê ele?!
- Eu tô falando sério, não vim de helicoptero nenhum!!!
- Como atravessou o campo minado?!
- Eu tava de carro e consegui sobreviver!!! É sério!!!
- Que bosta. - Cláudio soltou César. - Spiro, porta due patatine e due bibite qui.
- Io non sono il tuo schiavo. - Falou Spiro, que a pouco tempo batia em César.
- Presto, dannazione!
- D'accordo, D'accordo!
- Idiota... Então, você pelo jeito tá ferrado igual a gente né?
- Parece que sim. O que diabos aconteceu por aqui? - Perguntou César.
- Você não sabe?
- Não.
- Xii... Eu ainda tava com esperança que você tivesse a cura, alguma coisa do tipo.
- Não, eu só vim ver como tavam os pesquisadores.
- Os caras da Light Energy?
- É.
- Eles morreram numa queda de helicoptero. Bem feito, filhos da puta.
- O que foi que eles fizeram de errado?
- Oh nada, só espalharam uma doença na cidade e foram embora.
- Espalharam uma doença na cidade? Como assim? Trouxeram o vírus e começaram a jogar nas pessoas?
- Não foi bem assim. Presta atenção: Há dois anos, Chegaram esses dois pesquisadores e a equipe deles na cidade. Eles abriram uma regional da Light Energy Corp., lá no centro da cidade. Eles tavam fazendo uma pesquisa...
- Sobre energia eólica.
- Não. Sobre energia fóssil. - Cláudio acendeu um cigarro.
- Mas, nossa empresa trata principalmente de energias sustentáveis, esse não é o caso da energia fóssil.
- Eu acho que eles não ligam muito pra isso. Naquele momento eles pareciam interessados mesmo era no dinheiro. Energia fóssil é um método prático de energia, mas além da poluição, tem um problema: Ela se esgota. Pra gerar a energia fóssil, se queima combustível fóssil. Mas combustivel fóssil demora anos para ser criado, porque ele é resultado da fossilização de animais e plantas, alguma merda assim. Muita gente ia pagar muito pra conseguir um método de diminuir o tempo de criação do combustivel fóssil. Era nisso que os pesquisadores estavam trabalhando.
- Como?
- Eles estavam usando diversos métodos para conseguir isso. Mas foi quando ele começou a usar a SNAKE-214 que a coisa saiu do controle.
- O que é a SNAKE-214?
- É uma bactéria. Ela agia sobre corpos em decomposição, fossilizando-os rapidamente. Aqueles pesquisadores finalmente tinham achado o que procuravam, mas acharam ainda mais. A bactéria quando agia com um corpo que ainda tinha tecidos definindos, como um animal congelado a milhões de anos, ela conseguia reparar os tecidos. Depois de um choque, os animais usados como cobaias voltavam a vida. O Smeraldo e o Fábio achavam que iam ficar ricos.
- Quem?
- Era o nome dos pesquisadores: Franchesco Smeraldo e Fábio Pontes. Eles acharam que tinham achado finalmente, a resposta para a vida eterna. Eles disseram para o prefeito daqui, para fazer uma demonstração pública do poder da SNAKE-214. O prefeito, pensando no dinheiro que a cidade ia ganhar, nem pensou duas vezes. A demonstração pública foi feita. Ele aplicou a bactéria numa planta que nasce em lodo, pra poder aplicar no corpo do animal como se fosse uma "pomada" verde. A demonstração correu bem, ele aplicou aquela "pomada" num cachorro morto e ele voltou a vida. O único erro dele foi ter deixado a pomada cair um pouco no chão. No outro dia, já surgiu o primeiro caso de infecção. Apareceu um homem no hospital com deformações ósseas horriveis. Tinha um osso saindo do pescoço dele, ele também tinha os olhos vermelhos, e tinha uma raiva incontrolável. Ele atacou e matou o médico. Os enfermeiros ficaram do outro lado do vidro vendo tudo. Depois o homem vomitou uma coisa verde em cima do médico. Pouco tempo depois, o médico tinha se levantado, com um grande caroço na cabeça e com o osso do cotovelo saindo pelo cotovelo. Eles dois começaram a pular contra o vidro, até que quebraram. Depois disso o pânico se espalhou pela cidade. Os mais poderosos da cidade, fazendeiros, politicos, cercaram a cidade com campos minados cercas eletrificadas; Os pesquisadores iam sair de helicoptero, mais um habitante revoltado metralhou o helicoptero. E desde então, as coisas estão como estão.
- Isso faz quanto tempo?
- Sete meses.
- E alguém conseguiu fugir?
- Além dos poderosos? Ninguém. Eu já tentei de todo jeito possível. Até pelo esgoto. Não dá pra sair daqui. - Cláudio se levanta. - Então, vamos lá nos fundos da loja.
- Porque? - César levantou-se.
- Porque lá tem um pequeno grupo que eu comando. Sinta-se em casa. - Cláudio foi até os fundos da loja, César ficou para trás. César olhou para a rua, e viu um dos infectados empalados. Viu embaixo, escrito no espeto que o segurava:
"MALE CORPORAZIONE!!!"
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