Roteiro - Espectros da Extinção - Actualizado

Oi a todos!

Para o meu primeiro tópico (o da apresentação não conta ) coloco aqui o primeiro capítulo de um roteiro que estou a fazer.

Digam o que acham!


Em 2013 o mundo encontra-se a passar por uma das crises socioeconómicas mais graves desde a II guerra mundial. Na europa, o euro não resistiu às especulações e acabou por arrastar diversos países para a banca rota total. Em Portugal, a qualidade de vida caiu tremendamente e o custo de vida triplicou. No meio deste cenário, Luís e Alex, amigos desde tenra idade, vão-se desenrascando, trabalhando numa empresa de Markting em Lisboa. No meio de um cenário tão negro, seria difícil imaginar algo pior.
Contudo, esse algo existe: uma pandemia viral que torna os seres humanos em meros espectros do que somos, levando-nos a um cenário onde a extinção do Homem é assustadoramente possível.

Capítulo I
O INÍCIO

Deitado no sofá cama, ainda com a roupa do dia anterior, Alex é acordado pelo seu amigo e colega de casa Luís, a tempo de evitar que mais um fio de baba molhasse a almofada.

Luís (à porta do quarto) - Acorda, man! São 10h00, pá! E fecha a boca!

Alex senta-se na cama, ainda com um olho fechado, ajeita o cabelo e a roupa amarrotada e balbucia qualquer coisa indecifrável.

Luís, em tom moralista - Sim, ‘tá bem. ‘Bora, que estamos atrasados e o contracto não é a termo definitivo, pá! E não nos estás a ver a arranjar um novo trabalho assim tão rápido, pois não?

Alex - Epa, mas vais tirar alguém da forca ou quê?

Cheira os sovacos da t-shirt que tem vestida e calça os ténis. Mete um pouco de desodorizante e come um pouco de bolo, que estava na mesa-de-cabeceira com ar pouco saudável.

Saem os dois de casa e ficam a olhar o céu com tons alaranjados, típicos de um fim de tarde, mas estranhos para aquela hora.

Após receber um murro no braço direito, de Luís, ouve um “Vamos” e entram no Smart for 2 amarelo de Alex.

Luís lamuria-se - Odeio este calor… 41º em Lisboa, em Abril?..

Alex refila - Pareces a minha tia meu, pá..sempre a queixar-te..

Soltaram uma forte gargalhada, ignorando que algo estava diferente no trânsito… Havia menos tráfego e todos os sinais estavam intermitentes.

Chegam à OnTopic, empresa de publicidade onde trabalham. Entram no edifício e cumprimentam o senhor Zé, o porteiro rechonchudo, sempre vestido com um fato bem engomado e uma boina alentejana, que, no entanto, vidrado na televisão e com as mãos a tremer, ignorou-os.

Alex e Luís: Boas, senhor Zé.

Da televisão ouvia-se:

"... as pessoas empurram-se de uma maneira frenética , o esta zona da cidade parece o caos. Há já alguns feridos com gravidade…”.

Alex, em tom irónico - Olha…Queres ver que o Justin Bieber está cá…

Entram no elevador e sobrem ao 6º andar para começar mais uma jornada de trabalho.
Pouco tempo depois de se sentarem, cada um em seu posto, veem entrar Iris, a eterna paixão de Alex.

Iris - Então, moços.. Já viram as noticias?

Luis com o jornal desportivo online aberto diz: Quê?? O Benfica perdeu 3-2?!

Iris aproxima-se dele e, metendo-lhe a mão no ombro, comenta: Eu estou a falar de notícias a sério.. Liga aí a TV..

Alex liga a televisão, por comando, e veem o pivot jornalístico numa informação especial.

“A informação ainda não é oficial. Mas fontes da tv6 revelaram que a vacinação começou a produzir efeitos secundários mortais. A população está em pânico e tem recorrido, de forma anárquica, aos serviços de saúde e linhas de informação à procura de uma resposta…”

Luís, com tom preocupado, diz - Mau…

Alex – Mas que vacinação?

Iris – A que criaram para o vírus de que se falou muito há tempos…desenvolvido para curar algumas doenças tipo
alzheimer.

Alex – Mas começaram a vacinar as pessoas esta semana, não foi?

Iris – Sim, mas pelos vistos está qualquer coisa a correr mal…

Televisão: “Apesar da aparente boa reação à vacinação, esta adulterou o vírus e está a preocupar as entidades de saúde mundiais, por causa da sua possibilidade de contágio. Em Portugal estima-se que haja, já, 240 infetados. Esteja atento aos sintomas: alterações na marcha, alucinações, falta de coordenação, espasmos musculares, convulsões e delírios…”

O Diretor Geral entra na empresa – Caros senhores e senhoras, graças ao pânico que tem estado a invadir o dia de hoje, vamos fechar a empresa à tarde, podendo os funcionários dirigirem-se aos serviços de saúde, se necessitarem.

Iris – Bem, isto está mais grave do que o que pensei… Vou acabar o que tenho que fazer então. Ate já..

Luís levanta a mão a acenar, enquanto Alex, num tom de galã, diz – Ate já, rosa sedutora!

Iris, de costas, mostra-lhe o dedo do meio no ar.

Luís – Rosa sedutora?? (ri-se) Tens que ouvir menos Tony Carreira, pá!

Duas horas e meia depois, saem do trabalho. Luís e Alex entram no carro, enquanto Iris arranca na sua scooter.

Ligam o rádio: "... e quando aquela imagem se transformar em sangue a água tornar-se-á negra e caminhará o demónio na terra adoecendo os homens…”

Luís olha para o rádio: “Doente já andas tu, pá… Radicais do caraças”.

Arrancam em silêncio. Apercebem-se agora da ausência de veículos nas ruas.

Luís: Pá, parece que o vírus anda mesmo aí…

Ao fundo vêm uma criança à beira da estrada. Ao aproximarem-se dela, abrandam a velocidade. A menina tem pouco mais que 7 anos e está sozinha.

Luís – Pára aí, Alex.

Param mesmo ao lado da criança e reparam que ela está com violentos tremores no corpo.

Luís – Olá! Estás aqui sozinha?

A criança não responde.

Luís: É melhor levá-la para o Hospital.

Alex – Epa…Lembraste dos sintomas?

Luís: E que sugeres? Que a deixemos aqui?

Alex: Mas o carro tem dois lugares, Luís.

Luís: Ela vai ao meu colo.

Sai do carro, pega na criança e senta-a ao seu colo, no carro e aceleram.
Durante o caminho, a criança começa a ter espasmos violentos e a gemer.

Alex – Segura na miúda, pá!

Os olhos da criança fecham-se de repente, causando um silêncio temoroso.


Fim do primeiro capítulo.


Abraço

Mi gusta de tu historia só que mi no entedestes la Pá de luis que hablas la toda huera

ta com cara de lightnovel.

E não entendi esse sotaque ae.
De vc é, xará?

No geral, achei legal.

flws

Pá, desodorizante, refila... O zoomorphic é português de Portugal pessoal. Até agora não está mal, depende pra que rumo a história vai seguir. Quero ver o cap.02, pá!

perinete escreveu:Mi gusta de tu historia só que mi no entedestes la Pá de luis que hablas la toda huera

Oi perinete! Gracias por el comentario. "Pá" es una expresión de uso frecuente en Portugal ... el estilo de "man" .. o "dude" en los USA.

Genghis escreveu:ta com cara de lightnovel.

E não entendi esse sotaque ae.
De vc é, xará?

No geral, achei legal.

flws

Viva, Genghis!
Como o junior_bascombe falou, sou de Portugal Daí o sotaque! Mas, felizmente, o que nos separa é mais um oceano do que outra coisa, e deu para entenderes o que escrevi! Obrigado!

junior_bascombe escreveu:Pá, desodorizante, refila... O zoomorphic é português de Portugal pessoal. Até agora não está mal, depende pra que rumo a história vai seguir. Quero ver o cap.02, pá!

Obrigado pelas palavras, junior_bascombe! Vou tentar colocar o capítulo 2 ainda hoje!


A verdade é que decidi colocar aqui a história para vocês lerem e criticarem porque tenho algum receio de perder o meu verdadeiro objectivo e tornar o roteiro demasiado...plástico. Porquê?

Porque a história tem a ver com o mundo zombie, pelo qual sou apaixonado desde que vi os primeiros filmes de George Romero. Entretanto participei numa curta metragem portuguesa, de zombies, chamada I'll See You in My Dreams (vejam que vale a pena ) e no vídeoclip da música de Moonspell, com o mesmo nome.

A minha pancada pelo mundo zombie é velho! Mas só agora fui convidado por um desenhista para escrever um roteiro neste estilo...e não quero cair no cliché nem na imitação de nada.

Por isso, para mim, a vossa opinião é mesmo muito importante! E ideias também!


Abraços

De frente para a fachada do Hospital a sombra das suas silhuetas paira no alcatrão. Luís carrega a menina ao colo, parecendo estar morta.

O cenário é desolador. Nas escadas da entrada, um velhinho, sentado, segura no corpo da esposa. Uma mãe corre, com os dois filhos agarrados pelas mãos, a chorar. Um casal de namorados consola-se mutuamente. Mais a cima, na entrada, um aglomerar de pessoas barafusta com os nervos à flor da pele.

De um lado para o outro correm os enfermeiros e médicos, pedindo calma às pessoas.

Alex, de ar incrédulo – Mas que se está a passar?

O sol avermelhado bate nos vidros. Uma ligeira brisa de vento bate-lhes na face.

Luís – Anda. Temos que a levar para dentro.

Sobem em passo apressado e, depois de alguns empurrões conseguem falar com uma jovem enfermeira que passa apressada:

Luís – Desculpe!

Enfermeira – Tem que esperar pela sua vez, desculpe!

Luís – Espere! Encontrámos esta menina na rua, sozinha. Tremia, já teve vários ataques..até que desfaleceu..

A enfermeira pára e olha a menina com ar penoso.

Enfermeira – Metam-na aqui.

Abre a porta do quarto e aponta para uma cama. Lá dentro, estavam mais três crianças em estado semelhante. O ambiente era sombrio e escuro.

Luís – Deixamo-la ficar aqui?...

Enfermeira – Sim… Ela está infetada. Não há muito mais a fazer.

Fecha a porta e agarra-se a Luís a chorar.
Espantado e meio embaraçado, acolhe-a carinhosamente.

Luís – Tenha calma…

Alex aproxima-se e, num tom de voz baixo, pergunta: É assim tão grave?

A enfermeira enxuga as lágrimas – Só aqui neste hospital já se contaram 300 pessoas até agora… Algumas delas crianças, como a que vocês trouxeram.
Afasta-se, um pouco mais lúcida e, envergonhada, olha para Luís – Desculpe… Não é hábito perder assim o controlo…

Luís – Não se preocupe. Sou o Luís..

A enfermeira sorrindo timidamente responde – Bia…

Alex – Então mas confirma-se que é o vírus de que se anda a falar?

Bia – Começa no vírus, sim…

Alex – Começa…?

Bia – Sim… Alguns foram infetados pela vacina… Outros parece que foram…mordidos…

Luís – Quê!?

Bia – Sim… A vacina foi dada, praticamente, só a pessoas de idade… As crianças, por exemplo, foram infetadas de outra maneira… Não repararam na menina que trouxeram?

Alex – Viste alguma coisa, tu, Luís?

Luís – Não!

Bia – Venham, cá..

Abrem a porta do quarto e caminham vagarosamente, como se tivessem medo de acordar aquelas crianças. Aproximaram-se da menina e viram o lençol da cama, perto dos pés, ensanguentado. Bia tira-lhe os ténis.
O estado do pé era assustadoramente deplorável. Alex e Luís ficaram perplexos.

Alex – Minha nossa Senhora…

Olham em redor e reparam, agora, nas restantes crianças, com braços e pernas mordidas.
Saem da sala em choque.

Bia – O choque passa depois de verem umas dezenas…

Nos corredores a confusão está cada vez maior.

Alex – Mas quem é que anda a morder esta gente?

Bia – Eles…

Alex – Eles quem?

Bia – Os infetados…

Luís – Estás a dizer que as pessoas tornam-se canibais?

Bia – Canibais são pessoas vivas… Estas não estão propriamente vivas…

Alex – Quê?? Romero on the house?!

Bia – Desculpa?

Luís – Zombies…são zombies?

Bia – Tens melhor nome para lhes dar?

Depois de uns segundos de silêncio…

Bia – Bem, tenho que ir ajudar nesta confusão…

Luís – E ficas bem?

Bia – Não sei…

Luís tira um cartão da empresa e escreve o número de telemóvel.

Luís – Qualquer coisa, apita… Ok?

Bia sorriu e acenou afirmativamente.

Entretanto, Alex, que se sentara no banco em frente à porta do quarto onde a menina ficou, vê a maçaneta a rodar por dentro, lentamente.

Alex, confuso aponta – Luís…


Fim do segundo capítulo.

serio gostei muito da tua historia!!! quando_se começa ler não da pra parar de ler!! eu quero ver em mangá

Afs posta o capitulo 3 e 4 pois só um capitulo não tem graça, se fosse em manga pó se ia ganhar dinheiro em cara

Obrigado a todos! Ainda não posso colocar o III capítulo porque ainda não o concluí!

Já avancei com a ideia para um desenhador...mas ver se ele aceita a proposta!

Abraços

Desculpa ae a minha ignorância Zoomorphic

hehehe

Genghis ahahah..não há problema nenhum, não é!

E que achas da história? Critica!

Achei muito boa, zoo.

cara mi gusta de mais da sua historia meu quero mais capitulos

Ficou bom, lembra-me "Eu sou a lenda". Também gosto muito da cultura pop dos zumbis, fiz um roteiro de zumbis que em breve termino chamado " Windstown". Poderia me dar umas dicas porque eu acho que a minha não ficou tão boa. Abraços.

Obrigado a todos!

junior..a principal dia é ver filmes do Romero.. :p

Bem, amigos..venho informar-vos que, à partida, não vou colocar mais capítulos da história..mas é por uma boa causa! A história vai ganhar vida em Comic!

Quando tiver mais novidades, venho informar!


Abraço

OMG OMG POR FAVOR POSTA LOGO ELE EM QUADRINHOS JA SO SEU FÃ NUMERO 1 CARA


ME DA UM AUTOGRAFO

uU

Oi, pessoal!

Há grandes novidades sobre o roteiro... Finalmente está a ganhar vida através das mãos de um grande desenhista e as primeiras páginas estão quase prontas!

abraço

Olá, novamente, meus amigos!!

Nestes últimos meses tenho vindo, juntamente com um desenhista fantástico, dado vida à HQ, e acho que está a ficar com um estilo bem diferente do habitual!

Mas porque nós queres ser sempre melhores, vinha pedir a vossa ajuda para uma coisa.

Como é que vocês continuariam a história a partir do Capítulo II (que eu meti aqui)?

Eu já tenho o roteiro acabado, mas estou interessado em fazer algumas melhorias, se possível. E a vossa opinião vai ser muito útil!


abraços!

O=== nem sei man seu roteiro ficou muito bom n faço nem ideia d como continuar

Não precisam de criar uma continuação de roteiro, apenas umas ideias! Serão muito bem vindas!

hm... só pra saber qnd a maçaneta gira o alex tava fora do quarto onde as crianças estavam ou dentro do quarto???

aaaaaaa ele tava do lado d fora vacilei tipo eu tentaria prender eles no hospital saka os pacientes que foram infectados começam a querer morder as pessoas do hospital tipo na parte da porta eu colocaria tipo todo mundo paraçizado olhando a maçaneta ai a porta abre e de repente a menina cai no chao com a repiraçao ofegante ai eles levam ela d volta para a cama ou talvez eu colocaria alguma criança saindo como se fosse 1 zumbi msm sei la

tipo pq quando a porta abre não sai uma enfermeira que é um zumbi, tipo mas e se dosse zumbis inteligentes ai eles podiam tipo se disfarça.
a enfermeira entra na sala ae um paciente vai la e pergunta se o parente ta bem e ae a enfermeira zumbi da o bote e ae começa e tbm os zumbis inteligentes podem cercar o hospital ou sei laa, viajei agora hehehehe

É fantástico ver como uma história pode levar a mil novas histórias!

Vou tentar guiar-vos um pouco para o meu roteiro para ver se as vossas sugestões conseguem seguir um pouco a linha principal da história.

Ora:
- Os meus zombies são burros (a ideia original de zombies, diz-nos que eles são burros).

- O terceiro capítulo começa com o Alex, o Luís e a Íris, sentados perto de um rio, com muitos corpos na água e no chão. Falta a Bia...
Eu dou a ideia de que se passaram alguns meses, desde a cena do Hospital, e entretanto a Bia e o Luís têm uma relação amorosa. Mas agora, o Luís não sabe da Bia...

O que lhe poderia ter acontecido? Desapareceu...como? Estará viva? Morta? Valerá a pena fazer com o Luís a vá procurar?

O=== complicou + ainda muhahaha tipo depois d alguns meses eles ja devem ter aprendido muito sobre a situaçao em q eles estavam e considerando os corpos no chao e no rio eles aprenderam como parar esses ''zimbis'' ne? nossss man fiquei + perdido com sua dica muahahahah