Carpe mors (releitura)
+6
Pedro La Ruína
Rafael Hüntz
goldslash
Dariks
juanito
kreby
10 participantes
Página 2 de 4 • 1, 2, 3, 4
Carpe mors (releitura)
Relembrando a primeira mensagem :
Bom galera, após um bom tempo sem postar nada que preste, eu decidi fazer uma coisa que a muito tempo tenho vontade, uma re-leitura de carpe mors!!!
Como eu acho que minhas histórias ficam melhores quando são escritas em primeira pessoa, vou tentar fazer essa história da seguinte forma, cada fragmento vai ser narrado por um dos personagens, porém, assim que o ciclo for fechado, a narração volta ao primeiro personagem.
Cada personagem vai começar sua narração um pouco antes da parte que terminou a narração do personagem anterior, não sei se vou manter uma ordem certa das narrações dos personagens, mas a cada ciclo, cada personagem vai narrar apenas uma vez... Acho que é uma ótima forma de treinar perspectiva de vários personagens ao mesmo tempo... não sei ao certo qual a frequência que irei postar os fragmentos... talvez um por semana... então, vamos ao 1° fragmento... como sempre conto com vocês para o feedback e correções!!
Bom galera, após um bom tempo sem postar nada que preste, eu decidi fazer uma coisa que a muito tempo tenho vontade, uma re-leitura de carpe mors!!!
Como eu acho que minhas histórias ficam melhores quando são escritas em primeira pessoa, vou tentar fazer essa história da seguinte forma, cada fragmento vai ser narrado por um dos personagens, porém, assim que o ciclo for fechado, a narração volta ao primeiro personagem.
Cada personagem vai começar sua narração um pouco antes da parte que terminou a narração do personagem anterior, não sei se vou manter uma ordem certa das narrações dos personagens, mas a cada ciclo, cada personagem vai narrar apenas uma vez... Acho que é uma ótima forma de treinar perspectiva de vários personagens ao mesmo tempo... não sei ao certo qual a frequência que irei postar os fragmentos... talvez um por semana... então, vamos ao 1° fragmento... como sempre conto com vocês para o feedback e correções!!
Carpe mors (releitura).
1° Fragmento – Augusto.
1° Fragmento – Augusto.
- Spoiler:
Dia 24 de dezembro 3:15 am, em algum posto de gasolina a beira da pista, o barulho forte do ônibus parando me acordou, a porta da cabine se abriu e de lá, o motorista colocou a cabeça.
Motorista – 15 minutos!
O aperto do ônibus faz as articulações doerem, então sai para me esticar, acendi um cigarro e dei uma boa tragada.
As pessoas acham estranho o fato de eu pagar duas passagens para poder levar meu violão sempre ao meu lado, mas elas não sabem que é dele que retiro meu sustento, então não me importo com o que elas falam.
Retirei ele da capa e ao tocar o acorde “Sol” percebi que a corda “Si” estava desafinada.
Enquanto afinava pacientemente a corda, via o rosto das pessoas, fazendo caras e bocas de preconceitos, talvez por meu cabelo estilo Kurt Cobain, talvez por minhas calças jeans rasgadas, talvez minha camiseta do Iron Maden ou simplesmente por que elas sentem prazer de menosprezar os outros, é a sociedade hipócrita que diz: Ou você se encaixa ou você não serve!
Um casal de velhos passou por mim falando alto.
Homem – Ah, minhas costas doem, que oras a gente chega a Brasília?
Mulher – O moço da rodoviária disse que por volta das 6 horas da manhã!
Homem – Não sei se minhas costas vão agüentar...
Após terminar de afinar, o guardei de volta na capa e fiquei aproveitando meu cigarro, vi saindo do ônibus uma mulher magra de cabelos pretos e cacheados, que veio em minha direção.
Mulher – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Ela pegou dois cigarros do maço, um ela guardou na bolsa e o outro ela acendeu.
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Mulher – a propósito, obrigada!
Após dizer isso ela foi ao banheiro, ela não me disse o seu nome, mas eu sabia que logo a gente ia acabar se falando de novo.
Só a vi de novo quando deu a hora do ônibus partir.
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Muito bom!
Também gostei da perspectiva da Maria.
Esse roteiro em primeira pessoa e com vários personagens é bem desafiador.
Gostei da ideia
Também gostei da perspectiva da Maria.
Esse roteiro em primeira pessoa e com vários personagens é bem desafiador.
Gostei da ideia
ChenLong- Mensagens : 644
Data de inscrição : 18/05/2012
Idade : 35
Localização : Rio Grande do Sul - RS
Re: Carpe mors (releitura)
Gente, realmente estou feliz por estarem acompanhando ai essa minha versão... adoro críticas positivas kkkkk
Por favor continuem, pois ainda tem muita água para passar por de baixo da ponte!!!
O 5° fragmento ficou um pouco maior, pois não teve como contar tudo o que eu queria com menos espaço... se isso se tornar muito constante, então tentarei fazer dois fragmentos de cada personagem.... ao longo do tempo eu vou tentar me adaptar as regras!!
Por favor continuem, pois ainda tem muita água para passar por de baixo da ponte!!!
O 5° fragmento ficou um pouco maior, pois não teve como contar tudo o que eu queria com menos espaço... se isso se tornar muito constante, então tentarei fazer dois fragmentos de cada personagem.... ao longo do tempo eu vou tentar me adaptar as regras!!
Carpe mors (releitura).
1° Fragmento – Augusto.
1° Fragmento – Augusto.
- Spoiler:
Dia 24 de dezembro 3:15 am, em algum posto de gasolina a beira da pista, o barulho forte do ônibus parando me acordou, a porta da cabine se abriu e de lá, o motorista colocou a cabeça.
Motorista – 15 minutos!
O aperto do ônibus faz as articulações doerem, então sai para me esticar, acendi um cigarro e dei uma boa tragada.
As pessoas acham estranho o fato de eu pagar duas passagens para poder levar meu violão sempre ao meu lado, mas elas não sabem que é dele que retiro meu sustento, então não me importo com o que elas falam.
Retirei ele da capa e ao tocar o acorde “Sol” percebi que a corda “Si” estava desafinada.
Enquanto afinava pacientemente a corda, via o rosto das pessoas, fazendo caras e bocas de preconceitos, talvez por meu cabelo estilo Kurt Cobain, talvez por minhas calças jeans rasgadas, talvez minha camiseta do Iron Maden ou simplesmente por que elas sentem prazer de menosprezar os outros, é a sociedade hipócrita que diz: Ou você se encaixa ou você não serve!
Um casal de velhos passou por mim falando alto.
Homem – Ah, minhas costas doem, que oras a gente chega a Brasília?
Mulher – O moço da rodoviária disse que por volta das 6 horas da manhã!
Homem – Não sei se minhas costas vão agüentar...
Após terminar de afinar, o guardei de volta na capa e fiquei aproveitando meu cigarro, vi saindo do ônibus uma mulher magra de cabelos pretos e cacheados, que veio em minha direção.
Mulher – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Ela pegou dois cigarros do maço, um ela guardou na bolsa e o outro ela acendeu.
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Mulher – a propósito, obrigada!
Após dizer isso ela foi ao banheiro, ela não me disse o seu nome, mas eu sabia que logo a gente ia acabar se falando de novo.
Só a vi de novo quando deu a hora do ônibus partir.
2° fragmento – Carla.
- Spoiler:
- O ônibus estava parado, eu estava com vontade de fumar, mas não tinha nenhum cigarro comigo, estava voltando para capital, pois tinha ido para casa dos meus pais no interior visitar meu filho, Allan, infelizmente não posso levar ele comigo graças a vida que levo...
Alguém do lado de fora do ônibus estava tocando violão, ao olhar pela janela, vi que ele estava fumando.
Carla – Bem, não custa nada perguntar.
Na minha frente desceu um casal de idosos, chatos e barulhentos como todos os velhos são, não dei muita atenção para o que eles falavam, com certeza estavam reclamando de alguma coisa.
Fui até o roqueiro de cabelos loiros e cara de mau, até achei ele bonito, mas no geral os roqueiros são sempre pessoas sem muito dinheiro, então não posso me dar ao luxo.
Carla – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Peguei dois cigarros do maço, queria guardar um para mais tarde, apesar de ser proibido fumar no ônibus, mesmo que no banheiro, eu não sei se iria aguentar até chegar à Brasília.
Já estava de saída quando ele disse:
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Não quis ser indelicada, mas não iria dar intimidade a ele por nada, não sem ele pagar o preço.
Carla – a propósito, obrigada!
Depois disso, fui até o banheiro e fiquei por lá um bom tempo, quando saí o ônibus já estava por partir, então subi e passei por ele sem nem mesmo olhar para seu rosto.
Dei uma cochilada, mas acordei com o senhor que sentava na poltrona atrás de mim tossindo muito, peguei meu celular para ver as horas, era por volta das 5: 45 am, logo chegaríamos ao nosso destino, mas eu não agüentava mais, fui até o banheiro e acendi o cigarro que havia guardado.
Estava bem tranqüila sentada no vaso quando percebi que o ônibus estava parando.
Carla – Droga, o que será que está acontecendo agora?
Sai do banheiro e ou buchichos das pessoas falando sobre um acidente na estrada.
O motorista tinha decido, assim como alguns dos passageiros, a maioria estava tentando olhar pela janela.
Eu desci, já estava com o cigarro apagado mas ao chegar fora do ônibus eu o acendi de novo, ao longe vi um homem vindo mancando no meio da rua, aparentemente o caminhão tinha tentado desviar desse homem e acabou perdendo o controle e saio fora da pista, mas devido a dimensão do caminhão, a carga estava bloqueando a passagem, impedindo assim a gente seguir viagem.
3° fragmento – Carlos.
- Spoiler:
- Eu vinha tranquilamente pela estrada até alcançar um ônibus que estava indo na mesma direção que eu, eu geralmente não gosto de dirigir durante a madrugada, mas como tinha que entregar um software que a pouco terminei de programar, não tive muita escolha, mas quando for o dono da minha própria empresa de programação, isso nunca mais vai acontecer!
Decidi não ultrapassar o ônibus, é melhor chegar um pouco mais tarde do que não chegar, estranhamente, o ônibus foi reduzindo a velocidade, ameacei ultrapassá-lo, foi quando vi um caminhão tombado na pista, impedindo assim a passagem, tanto de quem vem de lá pra cá, quanto de cá pra lá.
Reparei que um homem vinha mancando em nossa direção, assim como vários passageiros do ônibus eu também desci do meu carro e fui olhar mais de perto.
Uma mulher desceu do ônibus e parou do meu lado e acendeu um cigarro, aquele cheiro insuportável me fez chegar mais perto do acidente, o motorista do ônibus correu em direção ao homem que vinha mancando.
Motorista – Você está bem?
Eu nem poderia imaginar o que aconteceria logo em seguida.
Uma voz sai do meio do mato.
Voz – Não se aproxime desse homem!
Quando olhei para o motorista novamente, ele estava com a mão no ombro do homem que estava mancando, logo depois, o homem ferido se virou bruscamente e mordeu o braço do motorista, arrancando um pedaço, o motorista se jogou no chão com a mão segurando a ferida, se debatendo de dor.
Nisso, um homem segurando um facão em uma mão e carregando uma garotinha na outra, saiu do meio do mato.
Ele parou, colocou a menina no chão e disse:
Homem que saio do mato – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Ver aquela menina tão nova segurando uma arma pra mim foi meio que um choque, mas foi um choque ainda maior quando o homem que acabou de sair do meio do mato pegou o seu facão correu até onde o motorista estava e arrancou a cabeça do homem que havia mordido o motorista sem qualquer hesitação, após isso ele olhou para o motorista e disse:
Pedro – Me desculpe.
O grito de medo e suplica do motorista nunca mais vai me deixar dormir.
4° fragmento – Maria.
- Spoiler:
- Estava frio, como todas as noites, eu não conseguia dormir, mesmo com o Pedro me abraçando e ter me enrolado na única coberta que a gente tinha.
O relógio da catedral marcava 4:00 am.
Alguns jovens saiam da balada, tropeçando em suas próprias pernas, passaram pela gente falando palavrões e obscenidades alto, um deles até veio em nossa direção e vomitou do nosso lado, Pedro se levantou bravo.
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes puxou um revolver e mirou em Pedro.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Todos riam, menos eu e o Pedro.
Do fundo do beco, uma mulher vinha se escorando nas paredes, seus cabelos cobriam seu rosto e ela andava meio desengonçada, no momento achei que ela estava bêbada também, mas eu estava errada!
Ela foi se aproximando do rapaz que tinha acabado de vomitar, ele a viu chegando e começou a falar:
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Ele limpou a boca e deu uma boa apalpada no peito daquela mulher, apertou de um jeito que até eu senti dor, o Pedro segurava seu facão, que estava atrás de mim, caso eles tentassem alguma coisa, mas parecia que eles tinham encontrado outra pessoa para encher o saco.
A mulher não teve reação alguma com relação ao rapaz que apertava seus seios, apenas colocou uma mão do lado direito do pescoço do rapaz, colocou a outra segurando o ombro dele.
Rapaz 2– Nossa você é bem forte!
Após isso ela o mordeu no pescoço com tanta força que os esguichos de sangue respingaram em meu rosto.
Rapaz 2 - Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Ele caiu no chão e o outro que segurava a arma começou a atirar, era estranho, ela parecia sentir os tiros, mas não demonstrava dor, sempre seguindo em direção a eles, ela acabou atacando o rapaz que segurava a arma, os outros correram desesperadamente.
O rapaz que havia sido mordido por primeiro foi pouco a pouco parando de se debater no chão, quando finalmente ele parou de se mexer, tive a certeza de que ele estava morto.
5° Fragmento – Pedro.
- Spoiler:
- Eu não queria que a Maria sentisse frio, então eu a cobri e a abracei, para que meu corpo pudesse a manter aquecida.
Alguns filhinhos de papai apareceram e um deles começou a vomitar perto de Maria, eu fiquei muito bravo, até onde vai o desrespeito desses moleques malditos!
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes resolveu bancar o herói e puxou um revolver e mirando em mim, eu poderia cortá-lo no meio com o facão que estava guardado atrás da Maria, pra mim seria mais fácil do que cortar um tablete de manteiga, mas eu queria poupar ela desse tipo de cena, mesmo assim o garoto insistia em me provocar.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Aqueles pivetes estavam se divertindo, mas era por muito pouco tempo.
Percebi que uma mulher vinha se aproximando, aqueles garotos, ao vê-la encontraram algo mais interessante para fazer do que maltratar mendigos.
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Enquanto ele se aproveitava daquela mulher, eu segurava meu facão pronto pra defender a Maria, caso fosse necessário.
Rapaz2 – Nossa você é bem forte!
Eu estava olhando pro garoto que segurava a arma quando o outro garoto começou a gritar.
Rapaz2 – Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Por medo o garoto começou a atirar na mulher que foi avançando em sua direção até que se jogou em cima do garoto com a arma, ele gritava pedindo ajuda, mas seus companheiros já tinham saído correndo.
Os dois moleques estavam mortos, vi o medo muito evidente nos olhos da Maria.
Aquela mulher se levantou e se virou para a nossa direção, não poderia permitir que ela fizesse o mesmo comigo ou com a Maria, com toda minha força, atingi ela no meio do crânio.
Ela caiu, mas estranhamente os dois rapazes que acabaram de morrer por ela se levantaram, eu esperava que fosse um sonho, mas infelizmente não era.
Após matar os dois, dei a arma para a Maria e saímos em busca de algum abrigo, quanto mais a gente andava, mais dessas coisas a gente encontrava, eles só morriam com golpes fortes na cabeça.
Pedro – Acho que não tem lugar seguro aqui em Guará...
Depois disso, fomos em direção a pista, foi quando vi ao longe um caminhão perder a direção por causa de um desses monstros, vi também um ônibus parando por perto, então corri para tentar evitar o pior.
Vi um homem chegando perto daquele monstro sem saber o risco que corria e tentei avisá-lo.
Pedro – Não se aproxime desse homem!
Infelizmente eu cheguei tarde de mais, o homem que parecia ser o motorista do ônibus se debatia no chão enquanto aquele monstro se alimentava de sua carne.
Antes de seguir em direção daquela coisa, coloquei a Maria no chão e disse.
Pedro – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Eu deixei a Maria com a arma que pegamos com aquele moleque, infelizmente eu não podia mais privar ela daquela realidade cruel a qual todos estávamos presos.
Antes de matar o motorista eu só pude dizer:
Pedro – Me desculpe.
Ele já não era mais humano.
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Kreby está ficando cada vez melhor e devo agradecer a você, eu estava querendo criar um terror para o inicio do cap. 2 de ToI, mas sempre que eu escrevia o resultado era terrível (no sentido barroco de tosco da coisa), então desde a semana passada comecei a pesquisar mais coisas sobre o tema, encontrei muita coisa interessante, mas ainda não tinha encontrado aquela ideia, até que decido ler os novos fragmentos dessa nova versão de Carpe Mors, Catarina me aparece com a ideia, obrigado Kreby, além de me divertir com seus fragmentos, estou aprendendo com eles. Eu percebi que meu erro nessa introdução do cap. 2, é que esqueci que o terror é um gênero bem intimista, o medo não vem da ambientação macabra ou do que tem atrás dela, mas vem de dentro do protagonista... O que realmente trás ansiedade e medo ao leitor é o destino do personagem, se ele vai sobreviver ou não, se ele vai conseguir derrotar o medo e depois de passar por todo o terror, sair de lá, humano, com qualquer trauma superado.
Pedro La Ruína- Mensagens : 906
Data de inscrição : 06/05/2012
Idade : 32
Localização : GO
Re: Carpe mors (releitura)
Pedro La Ruína escreveu:Kreby está ficando cada vez melhor e devo agradecer a você, eu estava querendo criar um terror para o inicio do cap. 2 de ToI, mas sempre que eu escrevia o resultado era terrível (no sentido barroco de tosco da coisa), então desde a semana passada comecei a pesquisar mais coisas sobre o tema, encontrei muita coisa interessante, mas ainda não tinha encontrado aquela ideia, até que decido ler os novos fragmentos dessa nova versão de Carpe Mors, Catarina me aparece com a ideia, obrigado Kreby, além de me divertir com seus fragmentos, estou aprendendo com eles. Eu percebi que meu erro nessa introdução do cap. 2, é que esqueci que o terror é um gênero bem intimista, o medo não vem da ambientação macabra ou do que tem atrás dela, mas vem de dentro do protagonista... O que realmente trás ansiedade e medo ao leitor é o destino do personagem, se ele vai sobreviver ou não, se ele vai conseguir derrotar o medo e depois de passar por todo o terror, sair de lá, humano, com qualquer trauma superado.
Eu tive que ler umas duas vezes pra ver se não estava entendendo errado...kkkk
Ler comentários como esse, assim como os do gold, do dariks, dentre outras pessoas que respeito muito e admiro aqui na dp me deixa muito feliz e ao ler que estou conseguindo acrescentar ideias e/ou qualquer tipo de informação útil, poxa... me deixa sem palavras... Ainda mais eu, que não estudo nada sobre isso, apenas escrevo o que gosto, do jeito que gosto.
Obrigado a todos que estão lendo e já leram outras coisas que eu escrevi aqui no fórum!
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
não posso negar que foi divertido, y, mas se houvesse outro Carpe Mors, eu não participaria, tenho estado ocupado com a faculdade e com a HBQ.
Pedro La Ruína- Mensagens : 906
Data de inscrição : 06/05/2012
Idade : 32
Localização : GO
Re: Carpe mors (releitura)
cara, cria um tópico pra isso e vê quantas pessoas aderem sua ideia!!
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Opa, tava esperando alguém sugerir isso! Bora bora bora, sou louco por esses games, me sinto totalmente arrependido por não ter participado(não sei porque não participei) de Carp Mors na época
Re: Carpe mors (releitura)
Excepcional! Melhorando em tudo a cada capítulo - tanto a história quanto o modo que ela é contada. Gostei da parte em que você mostrou que o Pedro estava olhando para um lado distinto do que a Maria olhava( e descreveu no capítulo anterior)... tipo, cara, genial. Muito bom mesmo. Você está sabendo mesmo como fazer o que está fazer. heh
Muito bom, cada vez mais estimulante, empolgante. Muito cool, evoluis-te muito, cara. Me sinto cada vez mais frustrado por não ter participado de Carpe Mors .-.
Espero ansiosamente pelo próximo da releitura.
Até.
Muito bom, cada vez mais estimulante, empolgante. Muito cool, evoluis-te muito, cara. Me sinto cada vez mais frustrado por não ter participado de Carpe Mors .-.
Espero ansiosamente pelo próximo da releitura.
Até.
Re: Carpe mors (releitura)
Carpe mors (releitura).
- 1° Fragmento – Augusto:
Dia 24 de dezembro 3:15 am, em algum posto de gasolina a beira da pista, o barulho forte do ônibus parando me acordou, a porta da cabine se abriu e de lá, o motorista colocou a cabeça.
Motorista – 15 minutos!
O aperto do ônibus faz as articulações doerem, então sai para me esticar, acendi um cigarro e dei uma boa tragada.
As pessoas acham estranho o fato de eu pagar duas passagens para poder levar meu violão sempre ao meu lado, mas elas não sabem que é dele que retiro meu sustento, então não me importo com o que elas falam.
Retirei ele da capa e ao tocar o acorde “Sol” percebi que a corda “Si” estava desafinada.
Enquanto afinava pacientemente a corda, via o rosto das pessoas, fazendo caras e bocas de preconceitos, talvez por meu cabelo estilo Kurt Cobain, talvez por minhas calças jeans rasgadas, talvez minha camiseta do Iron Maden ou simplesmente por que elas sentem prazer de menosprezar os outros, é a sociedade hipócrita que diz: Ou você se encaixa ou você não serve!
Um casal de velhos passou por mim falando alto.
Homem – Ah, minhas costas doem, que oras a gente chega a Brasília?
Mulher – O moço da rodoviária disse que por volta das 6 horas da manhã!
Homem – Não sei se minhas costas vão agüentar...
Após terminar de afinar, o guardei de volta na capa e fiquei aproveitando meu cigarro, vi saindo do ônibus uma mulher magra de cabelos pretos e cacheados, que veio em minha direção.
Mulher – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Ela pegou dois cigarros do maço, um ela guardou na bolsa e o outro ela acendeu.
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Mulher – a propósito, obrigada!
Após dizer isso ela foi ao banheiro, ela não me disse o seu nome, mas eu sabia que logo a gente ia acabar se falando de novo.
Só a vi de novo quando deu a hora do ônibus partir.
- 2° fragmento – Carla:
- O ônibus estava parado, eu estava com vontade de fumar, mas não tinha nenhum cigarro comigo, estava voltando para capital, pois tinha ido para casa dos meus pais no interior visitar meu filho, Allan, infelizmente não posso levar ele comigo graças a vida que levo...
Alguém do lado de fora do ônibus estava tocando violão, ao olhar pela janela, vi que ele estava fumando.
Carla – Bem, não custa nada perguntar.
Na minha frente desceu um casal de idosos, chatos e barulhentos como todos os velhos são, não dei muita atenção para o que eles falavam, com certeza estavam reclamando de alguma coisa.
Fui até o roqueiro de cabelos loiros e cara de mau, até achei ele bonito, mas no geral os roqueiros são sempre pessoas sem muito dinheiro, então não posso me dar ao luxo.
Carla – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Peguei dois cigarros do maço, queria guardar um para mais tarde, apesar de ser proibido fumar no ônibus, mesmo que no banheiro, eu não sei se iria aguentar até chegar à Brasília.
Já estava de saída quando ele disse:
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Não quis ser indelicada, mas não iria dar intimidade a ele por nada, não sem ele pagar o preço.
Carla – a propósito, obrigada!
Depois disso, fui até o banheiro e fiquei por lá um bom tempo, quando saí o ônibus já estava por partir, então subi e passei por ele sem nem mesmo olhar para seu rosto.
Dei uma cochilada, mas acordei com o senhor que sentava na poltrona atrás de mim tossindo muito, peguei meu celular para ver as horas, era por volta das 5: 45 am, logo chegaríamos ao nosso destino, mas eu não agüentava mais, fui até o banheiro e acendi o cigarro que havia guardado.
Estava bem tranqüila sentada no vaso quando percebi que o ônibus estava parando.
Carla – Droga, o que será que está acontecendo agora?
Sai do banheiro e ou buchichos das pessoas falando sobre um acidente na estrada.
O motorista tinha decido, assim como alguns dos passageiros, a maioria estava tentando olhar pela janela.
Eu desci, já estava com o cigarro apagado mas ao chegar fora do ônibus eu o acendi de novo, ao longe vi um homem vindo mancando no meio da rua, aparentemente o caminhão tinha tentado desviar desse homem e acabou perdendo o controle e saio fora da pista, mas devido a dimensão do caminhão, a carga estava bloqueando a passagem, impedindo assim a gente seguir viagem.
- 3° fragmento – Carlos:
- Eu vinha tranquilamente pela estrada até alcançar um ônibus que estava indo na mesma direção que eu, eu geralmente não gosto de dirigir durante a madrugada, mas como tinha que entregar um software que a pouco terminei de programar, não tive muita escolha, mas quando for o dono da minha própria empresa de programação, isso nunca mais vai acontecer!
Decidi não ultrapassar o ônibus, é melhor chegar um pouco mais tarde do que não chegar, estranhamente, o ônibus foi reduzindo a velocidade, ameacei ultrapassá-lo, foi quando vi um caminhão tombado na pista, impedindo assim a passagem, tanto de quem vem de lá pra cá, quanto de cá pra lá.
Reparei que um homem vinha mancando em nossa direção, assim como vários passageiros do ônibus eu também desci do meu carro e fui olhar mais de perto.
Uma mulher desceu do ônibus e parou do meu lado e acendeu um cigarro, aquele cheiro insuportável me fez chegar mais perto do acidente, o motorista do ônibus correu em direção ao homem que vinha mancando.
Motorista – Você está bem?
Eu nem poderia imaginar o que aconteceria logo em seguida.
Uma voz sai do meio do mato.
Voz – Não se aproxime desse homem!
Quando olhei para o motorista novamente, ele estava com a mão no ombro do homem que estava mancando, logo depois, o homem ferido se virou bruscamente e mordeu o braço do motorista, arrancando um pedaço, o motorista se jogou no chão com a mão segurando a ferida, se debatendo de dor.
Nisso, um homem segurando um facão em uma mão e carregando uma garotinha na outra, saiu do meio do mato.
Ele parou, colocou a menina no chão e disse:
Homem que saio do mato – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Ver aquela menina tão nova segurando uma arma pra mim foi meio que um choque, mas foi um choque ainda maior quando o homem que acabou de sair do meio do mato pegou o seu facão correu até onde o motorista estava e arrancou a cabeça do homem que havia mordido o motorista sem qualquer hesitação, após isso ele olhou para o motorista e disse:
Pedro – Me desculpe.
O grito de medo e suplica do motorista nunca mais vai me deixar dormir.
- 4° fragmento – Maria:
- Estava frio, como todas as noites, eu não conseguia dormir, mesmo com o Pedro me abraçando e ter me enrolado na única coberta que a gente tinha.
O relógio da catedral marcava 4:00 am.
Alguns jovens saiam da balada, tropeçando em suas próprias pernas, passaram pela gente falando palavrões e obscenidades alto, um deles até veio em nossa direção e vomitou do nosso lado, Pedro se levantou bravo.
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes puxou um revolver e mirou em Pedro.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Todos riam, menos eu e o Pedro.
Do fundo do beco, uma mulher vinha se escorando nas paredes, seus cabelos cobriam seu rosto e ela andava meio desengonçada, no momento achei que ela estava bêbada também, mas eu estava errada!
Ela foi se aproximando do rapaz que tinha acabado de vomitar, ele a viu chegando e começou a falar:
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Ele limpou a boca e deu uma boa apalpada no peito daquela mulher, apertou de um jeito que até eu senti dor, o Pedro segurava seu facão, que estava atrás de mim, caso eles tentassem alguma coisa, mas parecia que eles tinham encontrado outra pessoa para encher o saco.
A mulher não teve reação alguma com relação ao rapaz que apertava seus seios, apenas colocou uma mão do lado direito do pescoço do rapaz, colocou a outra segurando o ombro dele.
Rapaz 2– Nossa você é bem forte!
Após isso ela o mordeu no pescoço com tanta força que os esguichos de sangue respingaram em meu rosto.
Rapaz 2 - Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Ele caiu no chão e o outro que segurava a arma começou a atirar, era estranho, ela parecia sentir os tiros, mas não demonstrava dor, sempre seguindo em direção a eles, ela acabou atacando o rapaz que segurava a arma, os outros correram desesperadamente.
O rapaz que havia sido mordido por primeiro foi pouco a pouco parando de se debater no chão, quando finalmente ele parou de se mexer, tive a certeza de que ele estava morto.
- 5° Fragmento – Pedro:
- Eu não queria que a Maria sentisse frio, então eu a cobri e a abracei, para que meu corpo pudesse a manter aquecida.
Alguns filhinhos de papai apareceram e um deles começou a vomitar perto de Maria, eu fiquei muito bravo, até onde vai o desrespeito desses moleques malditos!
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes resolveu bancar o herói e puxou um revolver e mirando em mim, eu poderia cortá-lo no meio com o facão que estava guardado atrás da Maria, pra mim seria mais fácil do que cortar um tablete de manteiga, mas eu queria poupar ela desse tipo de cena, mesmo assim o garoto insistia em me provocar.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Aqueles pivetes estavam se divertindo, mas era por muito pouco tempo.
Percebi que uma mulher vinha se aproximando, aqueles garotos, ao vê-la encontraram algo mais interessante para fazer do que maltratar mendigos.
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Enquanto ele se aproveitava daquela mulher, eu segurava meu facão pronto pra defender a Maria, caso fosse necessário.
Rapaz2 – Nossa você é bem forte!
Eu estava olhando pro garoto que segurava a arma quando o outro garoto começou a gritar.
Rapaz2 – Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Por medo o garoto começou a atirar na mulher que foi avançando em sua direção até que se jogou em cima do garoto com a arma, ele gritava pedindo ajuda, mas seus companheiros já tinham saído correndo.
Os dois moleques estavam mortos, vi o medo muito evidente nos olhos da Maria.
Aquela mulher se levantou e se virou para a nossa direção, não poderia permitir que ela fizesse o mesmo comigo ou com a Maria, com toda minha força, atingi ela no meio do crânio.
Ela caiu, mas estranhamente os dois rapazes que acabaram de morrer por ela se levantaram, eu esperava que fosse um sonho, mas infelizmente não era.
Após matar os dois, dei a arma para a Maria e saímos em busca de algum abrigo, quanto mais a gente andava, mais dessas coisas a gente encontrava, eles só morriam com golpes fortes na cabeça.
Pedro – Acho que não tem lugar seguro aqui em Guará...
Depois disso, fomos em direção a pista, foi quando vi ao longe um caminhão perder a direção por causa de um desses monstros, vi também um ônibus parando por perto, então corri para tentar evitar o pior.
Vi um homem chegando perto daquele monstro sem saber o risco que corria e tentei avisá-lo.
Pedro – Não se aproxime desse homem!
Infelizmente eu cheguei tarde de mais, o homem que parecia ser o motorista do ônibus se debatia no chão enquanto aquele monstro se alimentava de sua carne.
Antes de seguir em direção daquela coisa, coloquei a Maria no chão e disse.
Pedro – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Eu deixei a Maria com a arma que pegamos com aquele moleque, infelizmente eu não podia mais privar ela daquela realidade cruel a qual todos estávamos presos.
Antes de matar o motorista eu só pude dizer:
Pedro – Me desculpe.
Ele já não era mais humano.
- 6° Fragmento – Striker:
- O relógio no meu pulso estava manchado de sangue marcavam 5:30 am, até que enfim aqueles braceletes que meu pai deixou pra mim foram úteis, eles rasgavam a carne daqueles defuntos que perambulavam por ai tão fácil que era quase prazeroso, infelizmente, cada vez aparecia mais e mais desses defuntos, e por mais que eu seja forte, bonito, inteligente, interessante, elegante e... Eu já falei forte? Bom que seja, eu não dou conta de todas essas coisas sozinho.
Assim que tive uma oportunidade, peguei uma moto e parti, infelizmente a moto que peguei fazia muito barulho e isso acabou atraindo vários deles, apenas queria fugir, mas quando dei por mim, havia um caminhão impedindo minha passagem, tinha também um ônibus, um carro e várias pessoas olhando em direção do acidente, não, na verdade, todos estavam olhando para um homem que estava executando alguém que estava caído no chão, ele segurava um facão e parecia um mendigo.
Como estava distraído com aquela cena, não vi que um desses defuntos estava se arrastando pela pista e acabei o atropelando e com isso perdi um pouco o controle da moto e acabei batendo no carro que estava perto do ônibus.
Carlos – Meu carro! O que você fez seu maluco?!
Striker – Ora! Você deveria estar feliz de Striker estar aqui! Striker acaba de salvar sua vida, um desses defuntos estava vindo por traz de vocês e vocês nem iam perceber, fora que logo ali atrás vem uma horda e Striker está aqui pra ajudá-los!
Carlos – Quem diabos é Striker?
Striker – Mas sou eu mesmo! Eu poderia te dar um autógrafo, mas o tempo ruge!
Carlos – Eu tenho que salvar meu notebook!
O rapazinho foi todo desesperado e pegou sua bolsa, só com isso ele ficou todo ofegante.
Striker – Deixe isso para lá, rapazinho, Striker está aqui e está decidido! Vocês todos estão a salvo!!
Carlos – Não, agora com esse barulho e com esse fogo, mais dessas coisas vão vir pra cá!
Striker – Ops!
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Striker, uhrg!! q
hueheu Dariks gostou desse personagem todo "bobão" fortão e tals. hehe Dariks entendeu como striker é.
Dariks acha interessante como cada personagem se interliga através dos acontecimentos da história. Dariks gosta muito disso.
Dariks gostou do fragmento. Dariks espera mais.
hue Até.
hueheu Dariks gostou desse personagem todo "bobão" fortão e tals. hehe Dariks entendeu como striker é.
Dariks acha interessante como cada personagem se interliga através dos acontecimentos da história. Dariks gosta muito disso.
Dariks gostou do fragmento. Dariks espera mais.
hue Até.
Re: Carpe mors (releitura)
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Mazah Dariks 3º pessoa hein.
Tá parecendo o Yoda(acho q assim q se escreve) ou é um treinamento secreto?Mwhaha
Striker era o personagem do nathan alguma coisa, ele curtia bastante mechas senão me engano.
O Bacana é isso várias pessoas com pensamentos e gostos diferentes na mesma história, deixa ela bem complexa KK. Varios personagens bacanas sairam daí.
To gostando de ver.
Tá parecendo o Yoda(acho q assim q se escreve) ou é um treinamento secreto?Mwhaha
Striker era o personagem do nathan alguma coisa, ele curtia bastante mechas senão me engano.
O Bacana é isso várias pessoas com pensamentos e gostos diferentes na mesma história, deixa ela bem complexa KK. Varios personagens bacanas sairam daí.
To gostando de ver.
goldslash- Mensagens : 2685
Data de inscrição : 12/04/2012
Idade : 32
Localização : é o termo usado em geografia e áreas afins para designar a posição de algo num espaço físico.
Re: Carpe mors (releitura)
Não pulei nenhum personagem, se você ler lá o carpe mors antigo, vai ver que é mais ou menos nessa ordem que os personagens aparecem.
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Vou tentar postar de agora em diante terça, quintas e sábados!! Vamos ver se consigo manter essa frequência!!
Carpe mors (releitura).
- 1° Fragmento – Augusto:
Dia 24 de dezembro 3:15 am, em algum posto de gasolina a beira da pista, o barulho forte do ônibus parando me acordou, a porta da cabine se abriu e de lá, o motorista colocou a cabeça.
Motorista – 15 minutos!
O aperto do ônibus faz as articulações doerem, então sai para me esticar, acendi um cigarro e dei uma boa tragada.
As pessoas acham estranho o fato de eu pagar duas passagens para poder levar meu violão sempre ao meu lado, mas elas não sabem que é dele que retiro meu sustento, então não me importo com o que elas falam.
Retirei ele da capa e ao tocar o acorde “Sol” percebi que a corda “Si” estava desafinada.
Enquanto afinava pacientemente a corda, via o rosto das pessoas, fazendo caras e bocas de preconceitos, talvez por meu cabelo estilo Kurt Cobain, talvez por minhas calças jeans rasgadas, talvez minha camiseta do Iron Maden ou simplesmente por que elas sentem prazer de menosprezar os outros, é a sociedade hipócrita que diz: Ou você se encaixa ou você não serve!
Um casal de velhos passou por mim falando alto.
Homem – Ah, minhas costas doem, que oras a gente chega a Brasília?
Mulher – O moço da rodoviária disse que por volta das 6 horas da manhã!
Homem – Não sei se minhas costas vão agüentar...
Após terminar de afinar, o guardei de volta na capa e fiquei aproveitando meu cigarro, vi saindo do ônibus uma mulher magra de cabelos pretos e cacheados, que veio em minha direção.
Mulher – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Ela pegou dois cigarros do maço, um ela guardou na bolsa e o outro ela acendeu.
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Mulher – a propósito, obrigada!
Após dizer isso ela foi ao banheiro, ela não me disse o seu nome, mas eu sabia que logo a gente ia acabar se falando de novo.
Só a vi de novo quando deu a hora do ônibus partir.
- 2° fragmento – Carla:
- O ônibus estava parado, eu estava com vontade de fumar, mas não tinha nenhum cigarro comigo, estava voltando para capital, pois tinha ido para casa dos meus pais no interior visitar meu filho, Allan, infelizmente não posso levar ele comigo graças a vida que levo...
Alguém do lado de fora do ônibus estava tocando violão, ao olhar pela janela, vi que ele estava fumando.
Carla – Bem, não custa nada perguntar.
Na minha frente desceu um casal de idosos, chatos e barulhentos como todos os velhos são, não dei muita atenção para o que eles falavam, com certeza estavam reclamando de alguma coisa.
Fui até o roqueiro de cabelos loiros e cara de mau, até achei ele bonito, mas no geral os roqueiros são sempre pessoas sem muito dinheiro, então não posso me dar ao luxo.
Carla – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Peguei dois cigarros do maço, queria guardar um para mais tarde, apesar de ser proibido fumar no ônibus, mesmo que no banheiro, eu não sei se iria aguentar até chegar à Brasília.
Já estava de saída quando ele disse:
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Não quis ser indelicada, mas não iria dar intimidade a ele por nada, não sem ele pagar o preço.
Carla – a propósito, obrigada!
Depois disso, fui até o banheiro e fiquei por lá um bom tempo, quando saí o ônibus já estava por partir, então subi e passei por ele sem nem mesmo olhar para seu rosto.
Dei uma cochilada, mas acordei com o senhor que sentava na poltrona atrás de mim tossindo muito, peguei meu celular para ver as horas, era por volta das 5: 45 am, logo chegaríamos ao nosso destino, mas eu não agüentava mais, fui até o banheiro e acendi o cigarro que havia guardado.
Estava bem tranqüila sentada no vaso quando percebi que o ônibus estava parando.
Carla – Droga, o que será que está acontecendo agora?
Sai do banheiro e ou buchichos das pessoas falando sobre um acidente na estrada.
O motorista tinha decido, assim como alguns dos passageiros, a maioria estava tentando olhar pela janela.
Eu desci, já estava com o cigarro apagado mas ao chegar fora do ônibus eu o acendi de novo, ao longe vi um homem vindo mancando no meio da rua, aparentemente o caminhão tinha tentado desviar desse homem e acabou perdendo o controle e saio fora da pista, mas devido a dimensão do caminhão, a carga estava bloqueando a passagem, impedindo assim a gente seguir viagem.
- 3° fragmento – Carlos:
- Eu vinha tranquilamente pela estrada até alcançar um ônibus que estava indo na mesma direção que eu, eu geralmente não gosto de dirigir durante a madrugada, mas como tinha que entregar um software que a pouco terminei de programar, não tive muita escolha, mas quando for o dono da minha própria empresa de programação, isso nunca mais vai acontecer!
Decidi não ultrapassar o ônibus, é melhor chegar um pouco mais tarde do que não chegar, estranhamente, o ônibus foi reduzindo a velocidade, ameacei ultrapassá-lo, foi quando vi um caminhão tombado na pista, impedindo assim a passagem, tanto de quem vem de lá pra cá, quanto de cá pra lá.
Reparei que um homem vinha mancando em nossa direção, assim como vários passageiros do ônibus eu também desci do meu carro e fui olhar mais de perto.
Uma mulher desceu do ônibus e parou do meu lado e acendeu um cigarro, aquele cheiro insuportável me fez chegar mais perto do acidente, o motorista do ônibus correu em direção ao homem que vinha mancando.
Motorista – Você está bem?
Eu nem poderia imaginar o que aconteceria logo em seguida.
Uma voz sai do meio do mato.
Voz – Não se aproxime desse homem!
Quando olhei para o motorista novamente, ele estava com a mão no ombro do homem que estava mancando, logo depois, o homem ferido se virou bruscamente e mordeu o braço do motorista, arrancando um pedaço, o motorista se jogou no chão com a mão segurando a ferida, se debatendo de dor.
Nisso, um homem segurando um facão em uma mão e carregando uma garotinha na outra, saiu do meio do mato.
Ele parou, colocou a menina no chão e disse:
Homem que saio do mato – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Ver aquela menina tão nova segurando uma arma pra mim foi meio que um choque, mas foi um choque ainda maior quando o homem que acabou de sair do meio do mato pegou o seu facão correu até onde o motorista estava e arrancou a cabeça do homem que havia mordido o motorista sem qualquer hesitação, após isso ele olhou para o motorista e disse:
Pedro – Me desculpe.
O grito de medo e suplica do motorista nunca mais vai me deixar dormir.
- 4° fragmento – Maria:
- Estava frio, como todas as noites, eu não conseguia dormir, mesmo com o Pedro me abraçando e ter me enrolado na única coberta que a gente tinha.
O relógio da catedral marcava 4:00 am.
Alguns jovens saiam da balada, tropeçando em suas próprias pernas, passaram pela gente falando palavrões e obscenidades alto, um deles até veio em nossa direção e vomitou do nosso lado, Pedro se levantou bravo.
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes puxou um revolver e mirou em Pedro.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Todos riam, menos eu e o Pedro.
Do fundo do beco, uma mulher vinha se escorando nas paredes, seus cabelos cobriam seu rosto e ela andava meio desengonçada, no momento achei que ela estava bêbada também, mas eu estava errada!
Ela foi se aproximando do rapaz que tinha acabado de vomitar, ele a viu chegando e começou a falar:
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Ele limpou a boca e deu uma boa apalpada no peito daquela mulher, apertou de um jeito que até eu senti dor, o Pedro segurava seu facão, que estava atrás de mim, caso eles tentassem alguma coisa, mas parecia que eles tinham encontrado outra pessoa para encher o saco.
A mulher não teve reação alguma com relação ao rapaz que apertava seus seios, apenas colocou uma mão do lado direito do pescoço do rapaz, colocou a outra segurando o ombro dele.
Rapaz 2– Nossa você é bem forte!
Após isso ela o mordeu no pescoço com tanta força que os esguichos de sangue respingaram em meu rosto.
Rapaz 2 - Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Ele caiu no chão e o outro que segurava a arma começou a atirar, era estranho, ela parecia sentir os tiros, mas não demonstrava dor, sempre seguindo em direção a eles, ela acabou atacando o rapaz que segurava a arma, os outros correram desesperadamente.
O rapaz que havia sido mordido por primeiro foi pouco a pouco parando de se debater no chão, quando finalmente ele parou de se mexer, tive a certeza de que ele estava morto.
- 5° Fragmento – Pedro:
- Eu não queria que a Maria sentisse frio, então eu a cobri e a abracei, para que meu corpo pudesse a manter aquecida.
Alguns filhinhos de papai apareceram e um deles começou a vomitar perto de Maria, eu fiquei muito bravo, até onde vai o desrespeito desses moleques malditos!
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes resolveu bancar o herói e puxou um revolver e mirando em mim, eu poderia cortá-lo no meio com o facão que estava guardado atrás da Maria, pra mim seria mais fácil do que cortar um tablete de manteiga, mas eu queria poupar ela desse tipo de cena, mesmo assim o garoto insistia em me provocar.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Aqueles pivetes estavam se divertindo, mas era por muito pouco tempo.
Percebi que uma mulher vinha se aproximando, aqueles garotos, ao vê-la encontraram algo mais interessante para fazer do que maltratar mendigos.
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Enquanto ele se aproveitava daquela mulher, eu segurava meu facão pronto pra defender a Maria, caso fosse necessário.
Rapaz2 – Nossa você é bem forte!
Eu estava olhando pro garoto que segurava a arma quando o outro garoto começou a gritar.
Rapaz2 – Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Por medo o garoto começou a atirar na mulher que foi avançando em sua direção até que se jogou em cima do garoto com a arma, ele gritava pedindo ajuda, mas seus companheiros já tinham saído correndo.
Os dois moleques estavam mortos, vi o medo muito evidente nos olhos da Maria.
Aquela mulher se levantou e se virou para a nossa direção, não poderia permitir que ela fizesse o mesmo comigo ou com a Maria, com toda minha força, atingi ela no meio do crânio.
Ela caiu, mas estranhamente os dois rapazes que acabaram de morrer por ela se levantaram, eu esperava que fosse um sonho, mas infelizmente não era.
Após matar os dois, dei a arma para a Maria e saímos em busca de algum abrigo, quanto mais a gente andava, mais dessas coisas a gente encontrava, eles só morriam com golpes fortes na cabeça.
Pedro – Acho que não tem lugar seguro aqui em Guará...
Depois disso, fomos em direção a pista, foi quando vi ao longe um caminhão perder a direção por causa de um desses monstros, vi também um ônibus parando por perto, então corri para tentar evitar o pior.
Vi um homem chegando perto daquele monstro sem saber o risco que corria e tentei avisá-lo.
Pedro – Não se aproxime desse homem!
Infelizmente eu cheguei tarde de mais, o homem que parecia ser o motorista do ônibus se debatia no chão enquanto aquele monstro se alimentava de sua carne.
Antes de seguir em direção daquela coisa, coloquei a Maria no chão e disse.
Pedro – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Eu deixei a Maria com a arma que pegamos com aquele moleque, infelizmente eu não podia mais privar ela daquela realidade cruel a qual todos estávamos presos.
Antes de matar o motorista eu só pude dizer:
Pedro – Me desculpe.
Ele já não era mais humano.
- 6° Fragmento – Striker:
- O relógio no meu pulso estava manchado de sangue marcavam 5:30 am, até que enfim aqueles braceletes que meu pai deixou pra mim foram úteis, eles rasgavam a carne daqueles defuntos que perambulavam por ai tão fácil que era quase prazeroso, infelizmente, cada vez aparecia mais e mais desses defuntos, e por mais que eu seja forte, bonito, inteligente, interessante, elegante e... Eu já falei forte? Bom que seja, eu não dou conta de todas essas coisas sozinho.
Assim que tive uma oportunidade, peguei uma moto e parti, infelizmente a moto que peguei fazia muito barulho e isso acabou atraindo vários deles, apenas queria fugir, mas quando dei por mim, havia um caminhão impedindo minha passagem, tinha também um ônibus, um carro e várias pessoas olhando em direção do acidente, não, na verdade, todos estavam olhando para um homem que estava executando alguém que estava caído no chão, ele segurava um facão e parecia um mendigo.
Como estava distraído com aquela cena, não vi que um desses defuntos estava se arrastando pela pista e acabei o atropelando e com isso perdi um pouco o controle da moto e acabei batendo no carro que estava perto do ônibus.
Carlos – Meu carro! O que você fez seu maluco?!
Striker – Ora! Você deveria estar feliz de Striker estar aqui! Striker acaba de salvar sua vida, um desses defuntos estava vindo por traz de vocês e vocês nem iam perceber, fora que logo ali atrás vem uma horda e Striker está aqui pra ajudá-los!
Carlos – Quem diabos é Striker?
Striker – Mas sou eu mesmo! Eu poderia te dar um autógrafo, mas o tempo ruge!
Carlos – Eu tenho que salvar meu notebook!
O rapazinho foi todo desesperado e pegou sua bolsa, só com isso ele ficou todo ofegante.
Striker – Deixe isso para lá, rapazinho, Striker está aqui e está decidido! Vocês todos estão a salvo!!
Carlos – Não, agora com esse barulho e com esse fogo, mais dessas coisas vão vir pra cá!
Striker – Ops!
- 7° Fragmento – Leon:
- Leon – Que dia longo...
Finalmente estava tirando minha folga do quartel que estava sendo adiada há algum tempo, as primeiras coisas que me vieram à cabeça foram: tomar algumas bebidas, fazer um sexo e brigar com alguém; eu não queria mais nada, então fui direto ao bar que sempre vou.
Barman – Olha se não é o jovem Leon, como estão as coisas?
Leon – Uma bela duma droga, como de costume, me manda um mata leão ai pra eu começar bem a folga!
Barman – Claro, está na mão, vou deixar a garrafa aqui caso precise dela!
Leon – É cara, você me conhece bem.
Bebi como se hoje fosse o fim do mundo, o que eu não sabia é que realmente era.
Eu acordei no banheiro do bar, abraçado com o vaso que estava todo vomitado, minha cabeça doía e eu estava um pouco tonto, decidi fazer o que a gente faz neste tipo de situação... Lavar o rosto, enxaguar a boca, olhar pro espelho e dizer:
Leon – Tá lindo!
Ao sair do banheiro ouvi barulho de freada e logo em seguida um estrondo muito forte, fui até o lado de fora do bar, estranhamente, não tinha mais ninguém no bar, nem mesmo o dono e mesmo assim estava tudo aberto.
Olhei para a direção que veio o barulho e lá estava um caminhão atravessado na pista, passado algum tempo ouvi mais um acidente, foi nessa hora que decidi ir ver o que estava acontecendo.
Por causa do horário talvez, não tinha muitos carros parados, do meu lado tinha uma van e mais dois carros populares, eu ainda não tinha entendido, achei muito estranho os veículos estarem vazios, dei a volta no caminhão e vi um ônibus, um carro e uma moto que tinha batido no carro.
Havia discussões, as pessoas estavam nervosas, tinha uma garotinha segurando um revolver e um cara um facão.
De dentro do ônibus saiu um outro cara segurando numa mão um violão e na outra uma arma, decidi me impor naquela baderna.
Leon – Eu sou militar, por favor...
Antes que eu terminasse a frase, um tiro veio em minha direção, eu pude ouvir o zumbido quando a bala passou rente a minha orelha, só depois percebi que um corpo tinha caído logo atrás de mim.
Me virei para ver, era um homem de meia idade, quando voltei a olhar na direção daquela bagunça, eles estavam vindo em minha direção.
Leon – Parem se não eu atiro!!
Aquele homem segurando o facão era realmente muito rápido antes que eu pudesse perceber, ele já estava muito próximo de mim, com um movimento muito rápido, ele baixou minha arma ao mesmo tempo em que encostou aquele facão em minha garganta, fui completamente rendido, eu suei frio e engoli seco.
Pedro – Venha com a gente, e eu explicarei tudo.
Muita gente entrou no ônibus, 15 pessoas vieram em minha direção, subimos todos na van, e eu fui dirigindo.
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
kreby meu amor...ta mto bom... creo que ta sendo meio complicado escrever sendo que sao varias narrações do mesmo fato..mais to anciosa pra ver..posta mais hahah espero
bom trabalho,vc cada vez melhor
bom trabalho,vc cada vez melhor
Gracii- Mensagens : 9
Data de inscrição : 16/02/2013
Idade : 34
Re: Carpe mors (releitura)
É, estou dando algumas modificadas em geral, para que possa dar uma acertada melhor na historia.. estou começando a escrever o 19° fragmento e até agora, os personagens que tem seus pontos de vista explorados são :
Delta 2. Zubat. Rocky. Elizabete. Lancelot. Isabela. Leon. Striker. Pedro. Maria. Carlos. Carla. Augusto.
Mas pretendo incluir os pontos de vista de mais alguns como "O Poder", o doutor (que não lembro o nome agora) e mais alguns que surgiram nessa história!!
Delta 2. Zubat. Rocky. Elizabete. Lancelot. Isabela. Leon. Striker. Pedro. Maria. Carlos. Carla. Augusto.
Mas pretendo incluir os pontos de vista de mais alguns como "O Poder", o doutor (que não lembro o nome agora) e mais alguns que surgiram nessa história!!
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Carpe mors (releitura).
- 1° Fragmento – Augusto:
Dia 24 de dezembro 3:15 am, em algum posto de gasolina a beira da pista, o barulho forte do ônibus parando me acordou, a porta da cabine se abriu e de lá, o motorista colocou a cabeça.
Motorista – 15 minutos!
O aperto do ônibus faz as articulações doerem, então sai para me esticar, acendi um cigarro e dei uma boa tragada.
As pessoas acham estranho o fato de eu pagar duas passagens para poder levar meu violão sempre ao meu lado, mas elas não sabem que é dele que retiro meu sustento, então não me importo com o que elas falam.
Retirei ele da capa e ao tocar o acorde “Sol” percebi que a corda “Si” estava desafinada.
Enquanto afinava pacientemente a corda, via o rosto das pessoas, fazendo caras e bocas de preconceitos, talvez por meu cabelo estilo Kurt Cobain, talvez por minhas calças jeans rasgadas, talvez minha camiseta do Iron Maden ou simplesmente por que elas sentem prazer de menosprezar os outros, é a sociedade hipócrita que diz: Ou você se encaixa ou você não serve!
Um casal de velhos passou por mim falando alto.
Homem – Ah, minhas costas doem, que oras a gente chega a Brasília?
Mulher – O moço da rodoviária disse que por volta das 6 horas da manhã!
Homem – Não sei se minhas costas vão agüentar...
Após terminar de afinar, o guardei de volta na capa e fiquei aproveitando meu cigarro, vi saindo do ônibus uma mulher magra de cabelos pretos e cacheados, que veio em minha direção.
Mulher – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Ela pegou dois cigarros do maço, um ela guardou na bolsa e o outro ela acendeu.
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Mulher – a propósito, obrigada!
Após dizer isso ela foi ao banheiro, ela não me disse o seu nome, mas eu sabia que logo a gente ia acabar se falando de novo.
Só a vi de novo quando deu a hora do ônibus partir.
- 2° fragmento – Carla:
- O ônibus estava parado, eu estava com vontade de fumar, mas não tinha nenhum cigarro comigo, estava voltando para capital, pois tinha ido para casa dos meus pais no interior visitar meu filho, Allan, infelizmente não posso levar ele comigo graças a vida que levo...
Alguém do lado de fora do ônibus estava tocando violão, ao olhar pela janela, vi que ele estava fumando.
Carla – Bem, não custa nada perguntar.
Na minha frente desceu um casal de idosos, chatos e barulhentos como todos os velhos são, não dei muita atenção para o que eles falavam, com certeza estavam reclamando de alguma coisa.
Fui até o roqueiro de cabelos loiros e cara de mau, até achei ele bonito, mas no geral os roqueiros são sempre pessoas sem muito dinheiro, então não posso me dar ao luxo.
Carla – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Peguei dois cigarros do maço, queria guardar um para mais tarde, apesar de ser proibido fumar no ônibus, mesmo que no banheiro, eu não sei se iria aguentar até chegar à Brasília.
Já estava de saída quando ele disse:
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Não quis ser indelicada, mas não iria dar intimidade a ele por nada, não sem ele pagar o preço.
Carla – a propósito, obrigada!
Depois disso, fui até o banheiro e fiquei por lá um bom tempo, quando saí o ônibus já estava por partir, então subi e passei por ele sem nem mesmo olhar para seu rosto.
Dei uma cochilada, mas acordei com o senhor que sentava na poltrona atrás de mim tossindo muito, peguei meu celular para ver as horas, era por volta das 5: 45 am, logo chegaríamos ao nosso destino, mas eu não agüentava mais, fui até o banheiro e acendi o cigarro que havia guardado.
Estava bem tranqüila sentada no vaso quando percebi que o ônibus estava parando.
Carla – Droga, o que será que está acontecendo agora?
Sai do banheiro e ou buchichos das pessoas falando sobre um acidente na estrada.
O motorista tinha decido, assim como alguns dos passageiros, a maioria estava tentando olhar pela janela.
Eu desci, já estava com o cigarro apagado mas ao chegar fora do ônibus eu o acendi de novo, ao longe vi um homem vindo mancando no meio da rua, aparentemente o caminhão tinha tentado desviar desse homem e acabou perdendo o controle e saio fora da pista, mas devido a dimensão do caminhão, a carga estava bloqueando a passagem, impedindo assim a gente seguir viagem.
- 3° fragmento – Carlos:
- Eu vinha tranquilamente pela estrada até alcançar um ônibus que estava indo na mesma direção que eu, eu geralmente não gosto de dirigir durante a madrugada, mas como tinha que entregar um software que a pouco terminei de programar, não tive muita escolha, mas quando for o dono da minha própria empresa de programação, isso nunca mais vai acontecer!
Decidi não ultrapassar o ônibus, é melhor chegar um pouco mais tarde do que não chegar, estranhamente, o ônibus foi reduzindo a velocidade, ameacei ultrapassá-lo, foi quando vi um caminhão tombado na pista, impedindo assim a passagem, tanto de quem vem de lá pra cá, quanto de cá pra lá.
Reparei que um homem vinha mancando em nossa direção, assim como vários passageiros do ônibus eu também desci do meu carro e fui olhar mais de perto.
Uma mulher desceu do ônibus e parou do meu lado e acendeu um cigarro, aquele cheiro insuportável me fez chegar mais perto do acidente, o motorista do ônibus correu em direção ao homem que vinha mancando.
Motorista – Você está bem?
Eu nem poderia imaginar o que aconteceria logo em seguida.
Uma voz sai do meio do mato.
Voz – Não se aproxime desse homem!
Quando olhei para o motorista novamente, ele estava com a mão no ombro do homem que estava mancando, logo depois, o homem ferido se virou bruscamente e mordeu o braço do motorista, arrancando um pedaço, o motorista se jogou no chão com a mão segurando a ferida, se debatendo de dor.
Nisso, um homem segurando um facão em uma mão e carregando uma garotinha na outra, saiu do meio do mato.
Ele parou, colocou a menina no chão e disse:
Homem que saio do mato – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Ver aquela menina tão nova segurando uma arma pra mim foi meio que um choque, mas foi um choque ainda maior quando o homem que acabou de sair do meio do mato pegou o seu facão correu até onde o motorista estava e arrancou a cabeça do homem que havia mordido o motorista sem qualquer hesitação, após isso ele olhou para o motorista e disse:
Pedro – Me desculpe.
O grito de medo e suplica do motorista nunca mais vai me deixar dormir.
- 4° fragmento – Maria:
- Estava frio, como todas as noites, eu não conseguia dormir, mesmo com o Pedro me abraçando e ter me enrolado na única coberta que a gente tinha.
O relógio da catedral marcava 4:00 am.
Alguns jovens saiam da balada, tropeçando em suas próprias pernas, passaram pela gente falando palavrões e obscenidades alto, um deles até veio em nossa direção e vomitou do nosso lado, Pedro se levantou bravo.
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes puxou um revolver e mirou em Pedro.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Todos riam, menos eu e o Pedro.
Do fundo do beco, uma mulher vinha se escorando nas paredes, seus cabelos cobriam seu rosto e ela andava meio desengonçada, no momento achei que ela estava bêbada também, mas eu estava errada!
Ela foi se aproximando do rapaz que tinha acabado de vomitar, ele a viu chegando e começou a falar:
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Ele limpou a boca e deu uma boa apalpada no peito daquela mulher, apertou de um jeito que até eu senti dor, o Pedro segurava seu facão, que estava atrás de mim, caso eles tentassem alguma coisa, mas parecia que eles tinham encontrado outra pessoa para encher o saco.
A mulher não teve reação alguma com relação ao rapaz que apertava seus seios, apenas colocou uma mão do lado direito do pescoço do rapaz, colocou a outra segurando o ombro dele.
Rapaz 2– Nossa você é bem forte!
Após isso ela o mordeu no pescoço com tanta força que os esguichos de sangue respingaram em meu rosto.
Rapaz 2 - Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Ele caiu no chão e o outro que segurava a arma começou a atirar, era estranho, ela parecia sentir os tiros, mas não demonstrava dor, sempre seguindo em direção a eles, ela acabou atacando o rapaz que segurava a arma, os outros correram desesperadamente.
O rapaz que havia sido mordido por primeiro foi pouco a pouco parando de se debater no chão, quando finalmente ele parou de se mexer, tive a certeza de que ele estava morto.
- 5° Fragmento – Pedro:
- Eu não queria que a Maria sentisse frio, então eu a cobri e a abracei, para que meu corpo pudesse a manter aquecida.
Alguns filhinhos de papai apareceram e um deles começou a vomitar perto de Maria, eu fiquei muito bravo, até onde vai o desrespeito desses moleques malditos!
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes resolveu bancar o herói e puxou um revolver e mirando em mim, eu poderia cortá-lo no meio com o facão que estava guardado atrás da Maria, pra mim seria mais fácil do que cortar um tablete de manteiga, mas eu queria poupar ela desse tipo de cena, mesmo assim o garoto insistia em me provocar.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Aqueles pivetes estavam se divertindo, mas era por muito pouco tempo.
Percebi que uma mulher vinha se aproximando, aqueles garotos, ao vê-la encontraram algo mais interessante para fazer do que maltratar mendigos.
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Enquanto ele se aproveitava daquela mulher, eu segurava meu facão pronto pra defender a Maria, caso fosse necessário.
Rapaz2 – Nossa você é bem forte!
Eu estava olhando pro garoto que segurava a arma quando o outro garoto começou a gritar.
Rapaz2 – Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Por medo o garoto começou a atirar na mulher que foi avançando em sua direção até que se jogou em cima do garoto com a arma, ele gritava pedindo ajuda, mas seus companheiros já tinham saído correndo.
Os dois moleques estavam mortos, vi o medo muito evidente nos olhos da Maria.
Aquela mulher se levantou e se virou para a nossa direção, não poderia permitir que ela fizesse o mesmo comigo ou com a Maria, com toda minha força, atingi ela no meio do crânio.
Ela caiu, mas estranhamente os dois rapazes que acabaram de morrer por ela se levantaram, eu esperava que fosse um sonho, mas infelizmente não era.
Após matar os dois, dei a arma para a Maria e saímos em busca de algum abrigo, quanto mais a gente andava, mais dessas coisas a gente encontrava, eles só morriam com golpes fortes na cabeça.
Pedro – Acho que não tem lugar seguro aqui em Guará...
Depois disso, fomos em direção a pista, foi quando vi ao longe um caminhão perder a direção por causa de um desses monstros, vi também um ônibus parando por perto, então corri para tentar evitar o pior.
Vi um homem chegando perto daquele monstro sem saber o risco que corria e tentei avisá-lo.
Pedro – Não se aproxime desse homem!
Infelizmente eu cheguei tarde de mais, o homem que parecia ser o motorista do ônibus se debatia no chão enquanto aquele monstro se alimentava de sua carne.
Antes de seguir em direção daquela coisa, coloquei a Maria no chão e disse.
Pedro – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Eu deixei a Maria com a arma que pegamos com aquele moleque, infelizmente eu não podia mais privar ela daquela realidade cruel a qual todos estávamos presos.
Antes de matar o motorista eu só pude dizer:
Pedro – Me desculpe.
Ele já não era mais humano.
- 6° Fragmento – Striker:
- O relógio no meu pulso estava manchado de sangue marcavam 5:30 am, até que enfim aqueles braceletes que meu pai deixou pra mim foram úteis, eles rasgavam a carne daqueles defuntos que perambulavam por ai tão fácil que era quase prazeroso, infelizmente, cada vez aparecia mais e mais desses defuntos, e por mais que eu seja forte, bonito, inteligente, interessante, elegante e... Eu já falei forte? Bom que seja, eu não dou conta de todas essas coisas sozinho.
Assim que tive uma oportunidade, peguei uma moto e parti, infelizmente a moto que peguei fazia muito barulho e isso acabou atraindo vários deles, apenas queria fugir, mas quando dei por mim, havia um caminhão impedindo minha passagem, tinha também um ônibus, um carro e várias pessoas olhando em direção do acidente, não, na verdade, todos estavam olhando para um homem que estava executando alguém que estava caído no chão, ele segurava um facão e parecia um mendigo.
Como estava distraído com aquela cena, não vi que um desses defuntos estava se arrastando pela pista e acabei o atropelando e com isso perdi um pouco o controle da moto e acabei batendo no carro que estava perto do ônibus.
Carlos – Meu carro! O que você fez seu maluco?!
Striker – Ora! Você deveria estar feliz de Striker estar aqui! Striker acaba de salvar sua vida, um desses defuntos estava vindo por traz de vocês e vocês nem iam perceber, fora que logo ali atrás vem uma horda e Striker está aqui pra ajudá-los!
Carlos – Quem diabos é Striker?
Striker – Mas sou eu mesmo! Eu poderia te dar um autógrafo, mas o tempo ruge!
Carlos – Eu tenho que salvar meu notebook!
O rapazinho foi todo desesperado e pegou sua bolsa, só com isso ele ficou todo ofegante.
Striker – Deixe isso para lá, rapazinho, Striker está aqui e está decidido! Vocês todos estão a salvo!!
Carlos – Não, agora com esse barulho e com esse fogo, mais dessas coisas vão vir pra cá!
Striker – Ops!
- 7° Fragmento – Leon:
- Leon – Que dia longo...
Finalmente estava tirando minha folga do quartel que estava sendo adiada há algum tempo, as primeiras coisas que me vieram à cabeça foram: tomar algumas bebidas, fazer um sexo e brigar com alguém; eu não queria mais nada, então fui direto ao bar que sempre vou.
Barman – Olha se não é o jovem Leon, como estão as coisas?
Leon – Uma bela duma droga, como de costume, me manda um mata leão ai pra eu começar bem a folga!
Barman – Claro, está na mão, vou deixar a garrafa aqui caso precise dela!
Leon – É cara, você me conhece bem.
Bebi como se hoje fosse o fim do mundo, o que eu não sabia é que realmente era.
Eu acordei no banheiro do bar, abraçado com o vaso que estava todo vomitado, minha cabeça doía e eu estava um pouco tonto, decidi fazer o que a gente faz neste tipo de situação... Lavar o rosto, enxaguar a boca, olhar pro espelho e dizer:
Leon – Tá lindo!
Ao sair do banheiro ouvi barulho de freada e logo em seguida um estrondo muito forte, fui até o lado de fora do bar, estranhamente, não tinha mais ninguém no bar, nem mesmo o dono e mesmo assim estava tudo aberto.
Olhei para a direção que veio o barulho e lá estava um caminhão atravessado na pista, passado algum tempo ouvi mais um acidente, foi nessa hora que decidi ir ver o que estava acontecendo.
Por causa do horário talvez, não tinha muitos carros parados, do meu lado tinha uma van e mais dois carros populares, eu ainda não tinha entendido, achei muito estranho os veículos estarem vazios, dei a volta no caminhão e vi um ônibus, um carro e uma moto que tinha batido no carro.
Havia discussões, as pessoas estavam nervosas, tinha uma garotinha segurando um revolver e um cara um facão.
De dentro do ônibus saiu um outro cara segurando numa mão um violão e na outra uma arma, decidi me impor naquela baderna.
Leon – Eu sou militar, por favor...
Antes que eu terminasse a frase, um tiro veio em minha direção, eu pude ouvir o zumbido quando a bala passou rente a minha orelha, só depois percebi que um corpo tinha caído logo atrás de mim.
Me virei para ver, era um homem de meia idade, quando voltei a olhar na direção daquela bagunça, eles estavam vindo em minha direção.
Leon – Parem se não eu atiro!!
Aquele homem segurando o facão era realmente muito rápido antes que eu pudesse perceber, ele já estava muito próximo de mim, com um movimento muito rápido, ele baixou minha arma ao mesmo tempo em que encostou aquele facão em minha garganta, fui completamente rendido, eu suei frio e engoli seco.
Pedro – Venha com a gente, e eu explicarei tudo.
Muita gente entrou no ônibus, 15 pessoas vieram em minha direção, subimos todos na van, e eu fui dirigindo.
- 8° Fragmento – Isabela:
- Eu já estava cansada de ser perseguida por repórteres tentando revirar a minha vida para fazerem suas carreiras, era desgastante e humilhante, eu não suportava mais aquela pressão sobre minha cabeça.
Quando eu vi aquele senhor perto da minha casa, Lancelot de Saleil, famoso repórter investigativo, esse homem tem um histórico de furos de reportagens inigualáveis, se esse homem começasse a fuçar em minha vida eu nunca mais iria ter paz.
Meu relógio marcava 5:30 da manhã, mexi em uma das gavetas do meu closet, e de lá, peguei uma das poucas
lembranças que tenho de meu pai, aquela arma era bonita, pequena e mortal, assim como eu gostaria de ser.
Eu o abordei antes que pudesse entrar em áreas movimentadas, não estava nada confiante, eu tremia e minhas mãos soavam muito, mesmo assim ele me olhava sem nenhum medo, aquela atitude me irritava.
Isabela – Vamos!
Lancelot – E pra onde deveríamos ir?
Isabela – Pra qualquer lugar longe daqui!
Mas antes que pudéssemos sair, um grito veio de uma rua por perto.
Lancelot – Acho que você vai ter que esperar um pouco.
Ele disse isso e logo saiu em disparada com aquele carro velho.
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Bom... como esses fragmentos sairam um pouco menor do que o de costume, eu decidi postar mais um ai ... espero que gostem!!
Carpe mors (releitura).
- 1° Fragmento – Augusto:
Dia 24 de dezembro 3:15 am, em algum posto de gasolina a beira da pista, o barulho forte do ônibus parando me acordou, a porta da cabine se abriu e de lá, o motorista colocou a cabeça.
Motorista – 15 minutos!
O aperto do ônibus faz as articulações doerem, então sai para me esticar, acendi um cigarro e dei uma boa tragada.
As pessoas acham estranho o fato de eu pagar duas passagens para poder levar meu violão sempre ao meu lado, mas elas não sabem que é dele que retiro meu sustento, então não me importo com o que elas falam.
Retirei ele da capa e ao tocar o acorde “Sol” percebi que a corda “Si” estava desafinada.
Enquanto afinava pacientemente a corda, via o rosto das pessoas, fazendo caras e bocas de preconceitos, talvez por meu cabelo estilo Kurt Cobain, talvez por minhas calças jeans rasgadas, talvez minha camiseta do Iron Maden ou simplesmente por que elas sentem prazer de menosprezar os outros, é a sociedade hipócrita que diz: Ou você se encaixa ou você não serve!
Um casal de velhos passou por mim falando alto.
Homem – Ah, minhas costas doem, que oras a gente chega a Brasília?
Mulher – O moço da rodoviária disse que por volta das 6 horas da manhã!
Homem – Não sei se minhas costas vão agüentar...
Após terminar de afinar, o guardei de volta na capa e fiquei aproveitando meu cigarro, vi saindo do ônibus uma mulher magra de cabelos pretos e cacheados, que veio em minha direção.
Mulher – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Ela pegou dois cigarros do maço, um ela guardou na bolsa e o outro ela acendeu.
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Mulher – a propósito, obrigada!
Após dizer isso ela foi ao banheiro, ela não me disse o seu nome, mas eu sabia que logo a gente ia acabar se falando de novo.
Só a vi de novo quando deu a hora do ônibus partir.
- 2° fragmento – Carla:
- O ônibus estava parado, eu estava com vontade de fumar, mas não tinha nenhum cigarro comigo, estava voltando para capital, pois tinha ido para casa dos meus pais no interior visitar meu filho, Allan, infelizmente não posso levar ele comigo graças a vida que levo...
Alguém do lado de fora do ônibus estava tocando violão, ao olhar pela janela, vi que ele estava fumando.
Carla – Bem, não custa nada perguntar.
Na minha frente desceu um casal de idosos, chatos e barulhentos como todos os velhos são, não dei muita atenção para o que eles falavam, com certeza estavam reclamando de alguma coisa.
Fui até o roqueiro de cabelos loiros e cara de mau, até achei ele bonito, mas no geral os roqueiros são sempre pessoas sem muito dinheiro, então não posso me dar ao luxo.
Carla – tem um cigarro para mim?
Augusto – Claro, aqui, pegue!
Peguei dois cigarros do maço, queria guardar um para mais tarde, apesar de ser proibido fumar no ônibus, mesmo que no banheiro, eu não sei se iria aguentar até chegar à Brasília.
Já estava de saída quando ele disse:
Augusto – A propósito, meu nome é Augusto.
Não quis ser indelicada, mas não iria dar intimidade a ele por nada, não sem ele pagar o preço.
Carla – a propósito, obrigada!
Depois disso, fui até o banheiro e fiquei por lá um bom tempo, quando saí o ônibus já estava por partir, então subi e passei por ele sem nem mesmo olhar para seu rosto.
Dei uma cochilada, mas acordei com o senhor que sentava na poltrona atrás de mim tossindo muito, peguei meu celular para ver as horas, era por volta das 5: 45 am, logo chegaríamos ao nosso destino, mas eu não agüentava mais, fui até o banheiro e acendi o cigarro que havia guardado.
Estava bem tranqüila sentada no vaso quando percebi que o ônibus estava parando.
Carla – Droga, o que será que está acontecendo agora?
Sai do banheiro e ou buchichos das pessoas falando sobre um acidente na estrada.
O motorista tinha decido, assim como alguns dos passageiros, a maioria estava tentando olhar pela janela.
Eu desci, já estava com o cigarro apagado mas ao chegar fora do ônibus eu o acendi de novo, ao longe vi um homem vindo mancando no meio da rua, aparentemente o caminhão tinha tentado desviar desse homem e acabou perdendo o controle e saio fora da pista, mas devido a dimensão do caminhão, a carga estava bloqueando a passagem, impedindo assim a gente seguir viagem.
- 3° fragmento – Carlos:
- Eu vinha tranquilamente pela estrada até alcançar um ônibus que estava indo na mesma direção que eu, eu geralmente não gosto de dirigir durante a madrugada, mas como tinha que entregar um software que a pouco terminei de programar, não tive muita escolha, mas quando for o dono da minha própria empresa de programação, isso nunca mais vai acontecer!
Decidi não ultrapassar o ônibus, é melhor chegar um pouco mais tarde do que não chegar, estranhamente, o ônibus foi reduzindo a velocidade, ameacei ultrapassá-lo, foi quando vi um caminhão tombado na pista, impedindo assim a passagem, tanto de quem vem de lá pra cá, quanto de cá pra lá.
Reparei que um homem vinha mancando em nossa direção, assim como vários passageiros do ônibus eu também desci do meu carro e fui olhar mais de perto.
Uma mulher desceu do ônibus e parou do meu lado e acendeu um cigarro, aquele cheiro insuportável me fez chegar mais perto do acidente, o motorista do ônibus correu em direção ao homem que vinha mancando.
Motorista – Você está bem?
Eu nem poderia imaginar o que aconteceria logo em seguida.
Uma voz sai do meio do mato.
Voz – Não se aproxime desse homem!
Quando olhei para o motorista novamente, ele estava com a mão no ombro do homem que estava mancando, logo depois, o homem ferido se virou bruscamente e mordeu o braço do motorista, arrancando um pedaço, o motorista se jogou no chão com a mão segurando a ferida, se debatendo de dor.
Nisso, um homem segurando um facão em uma mão e carregando uma garotinha na outra, saiu do meio do mato.
Ele parou, colocou a menina no chão e disse:
Homem que saio do mato – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Ver aquela menina tão nova segurando uma arma pra mim foi meio que um choque, mas foi um choque ainda maior quando o homem que acabou de sair do meio do mato pegou o seu facão correu até onde o motorista estava e arrancou a cabeça do homem que havia mordido o motorista sem qualquer hesitação, após isso ele olhou para o motorista e disse:
Pedro – Me desculpe.
O grito de medo e suplica do motorista nunca mais vai me deixar dormir.
- 4° fragmento – Maria:
- Estava frio, como todas as noites, eu não conseguia dormir, mesmo com o Pedro me abraçando e ter me enrolado na única coberta que a gente tinha.
O relógio da catedral marcava 4:00 am.
Alguns jovens saiam da balada, tropeçando em suas próprias pernas, passaram pela gente falando palavrões e obscenidades alto, um deles até veio em nossa direção e vomitou do nosso lado, Pedro se levantou bravo.
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes puxou um revolver e mirou em Pedro.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Todos riam, menos eu e o Pedro.
Do fundo do beco, uma mulher vinha se escorando nas paredes, seus cabelos cobriam seu rosto e ela andava meio desengonçada, no momento achei que ela estava bêbada também, mas eu estava errada!
Ela foi se aproximando do rapaz que tinha acabado de vomitar, ele a viu chegando e começou a falar:
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Ele limpou a boca e deu uma boa apalpada no peito daquela mulher, apertou de um jeito que até eu senti dor, o Pedro segurava seu facão, que estava atrás de mim, caso eles tentassem alguma coisa, mas parecia que eles tinham encontrado outra pessoa para encher o saco.
A mulher não teve reação alguma com relação ao rapaz que apertava seus seios, apenas colocou uma mão do lado direito do pescoço do rapaz, colocou a outra segurando o ombro dele.
Rapaz 2– Nossa você é bem forte!
Após isso ela o mordeu no pescoço com tanta força que os esguichos de sangue respingaram em meu rosto.
Rapaz 2 - Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Ele caiu no chão e o outro que segurava a arma começou a atirar, era estranho, ela parecia sentir os tiros, mas não demonstrava dor, sempre seguindo em direção a eles, ela acabou atacando o rapaz que segurava a arma, os outros correram desesperadamente.
O rapaz que havia sido mordido por primeiro foi pouco a pouco parando de se debater no chão, quando finalmente ele parou de se mexer, tive a certeza de que ele estava morto.
- 5° Fragmento – Pedro:
- Eu não queria que a Maria sentisse frio, então eu a cobri e a abracei, para que meu corpo pudesse a manter aquecida.
Alguns filhinhos de papai apareceram e um deles começou a vomitar perto de Maria, eu fiquei muito bravo, até onde vai o desrespeito desses moleques malditos!
Pedro – Ei! Você não está vendo que tem uma garotinha aqui?! Vá vomitar em outro lugar!
Um dos rapazes resolveu bancar o herói e puxou um revolver e mirando em mim, eu poderia cortá-lo no meio com o facão que estava guardado atrás da Maria, pra mim seria mais fácil do que cortar um tablete de manteiga, mas eu queria poupar ela desse tipo de cena, mesmo assim o garoto insistia em me provocar.
Rapaz 1– Ei, seu vagabundo! Acho melhor você ficar bem quietinho se não quiser ir passear no outro mundo! Hahahahah!
Aqueles pivetes estavam se divertindo, mas era por muito pouco tempo.
Percebi que uma mulher vinha se aproximando, aqueles garotos, ao vê-la encontraram algo mais interessante para fazer do que maltratar mendigos.
Rapaz 2 – Ai galera, uma puta pra gente se divertir, está vendo, mesmo eu nessa situação ela me quer! Deixa eu ver esses peitinhos!
Enquanto ele se aproveitava daquela mulher, eu segurava meu facão pronto pra defender a Maria, caso fosse necessário.
Rapaz2 – Nossa você é bem forte!
Eu estava olhando pro garoto que segurava a arma quando o outro garoto começou a gritar.
Rapaz2 – Me solta! WAAAAAAAAHHHH!!!
Por medo o garoto começou a atirar na mulher que foi avançando em sua direção até que se jogou em cima do garoto com a arma, ele gritava pedindo ajuda, mas seus companheiros já tinham saído correndo.
Os dois moleques estavam mortos, vi o medo muito evidente nos olhos da Maria.
Aquela mulher se levantou e se virou para a nossa direção, não poderia permitir que ela fizesse o mesmo comigo ou com a Maria, com toda minha força, atingi ela no meio do crânio.
Ela caiu, mas estranhamente os dois rapazes que acabaram de morrer por ela se levantaram, eu esperava que fosse um sonho, mas infelizmente não era.
Após matar os dois, dei a arma para a Maria e saímos em busca de algum abrigo, quanto mais a gente andava, mais dessas coisas a gente encontrava, eles só morriam com golpes fortes na cabeça.
Pedro – Acho que não tem lugar seguro aqui em Guará...
Depois disso, fomos em direção a pista, foi quando vi ao longe um caminhão perder a direção por causa de um desses monstros, vi também um ônibus parando por perto, então corri para tentar evitar o pior.
Vi um homem chegando perto daquele monstro sem saber o risco que corria e tentei avisá-lo.
Pedro – Não se aproxime desse homem!
Infelizmente eu cheguei tarde de mais, o homem que parecia ser o motorista do ônibus se debatia no chão enquanto aquele monstro se alimentava de sua carne.
Antes de seguir em direção daquela coisa, coloquei a Maria no chão e disse.
Pedro – Maria fique ali, perto das pessoas, se alguém agir estranho, você já sabe o que fazer, certo!?
Maria – Ok Pedro!
Eu deixei a Maria com a arma que pegamos com aquele moleque, infelizmente eu não podia mais privar ela daquela realidade cruel a qual todos estávamos presos.
Antes de matar o motorista eu só pude dizer:
Pedro – Me desculpe.
Ele já não era mais humano.
- 6° Fragmento – Striker:
- O relógio no meu pulso estava manchado de sangue marcavam 5:30 am, até que enfim aqueles braceletes que meu pai deixou pra mim foram úteis, eles rasgavam a carne daqueles defuntos que perambulavam por ai tão fácil que era quase prazeroso, infelizmente, cada vez aparecia mais e mais desses defuntos, e por mais que eu seja forte, bonito, inteligente, interessante, elegante e... Eu já falei forte? Bom que seja, eu não dou conta de todas essas coisas sozinho.
Assim que tive uma oportunidade, peguei uma moto e parti, infelizmente a moto que peguei fazia muito barulho e isso acabou atraindo vários deles, apenas queria fugir, mas quando dei por mim, havia um caminhão impedindo minha passagem, tinha também um ônibus, um carro e várias pessoas olhando em direção do acidente, não, na verdade, todos estavam olhando para um homem que estava executando alguém que estava caído no chão, ele segurava um facão e parecia um mendigo.
Como estava distraído com aquela cena, não vi que um desses defuntos estava se arrastando pela pista e acabei o atropelando e com isso perdi um pouco o controle da moto e acabei batendo no carro que estava perto do ônibus.
Carlos – Meu carro! O que você fez seu maluco?!
Striker – Ora! Você deveria estar feliz de Striker estar aqui! Striker acaba de salvar sua vida, um desses defuntos estava vindo por traz de vocês e vocês nem iam perceber, fora que logo ali atrás vem uma horda e Striker está aqui pra ajudá-los!
Carlos – Quem diabos é Striker?
Striker – Mas sou eu mesmo! Eu poderia te dar um autógrafo, mas o tempo ruge!
Carlos – Eu tenho que salvar meu notebook!
O rapazinho foi todo desesperado e pegou sua bolsa, só com isso ele ficou todo ofegante.
Striker – Deixe isso para lá, rapazinho, Striker está aqui e está decidido! Vocês todos estão a salvo!!
Carlos – Não, agora com esse barulho e com esse fogo, mais dessas coisas vão vir pra cá!
Striker – Ops!
- 7° Fragmento – Leon:
- Leon – Que dia longo...
Finalmente estava tirando minha folga do quartel que estava sendo adiada há algum tempo, as primeiras coisas que me vieram à cabeça foram: tomar algumas bebidas, fazer um sexo e brigar com alguém; eu não queria mais nada, então fui direto ao bar que sempre vou.
Barman – Olha se não é o jovem Leon, como estão as coisas?
Leon – Uma bela duma droga, como de costume, me manda um mata leão ai pra eu começar bem a folga!
Barman – Claro, está na mão, vou deixar a garrafa aqui caso precise dela!
Leon – É cara, você me conhece bem.
Bebi como se hoje fosse o fim do mundo, o que eu não sabia é que realmente era.
Eu acordei no banheiro do bar, abraçado com o vaso que estava todo vomitado, minha cabeça doía e eu estava um pouco tonto, decidi fazer o que a gente faz neste tipo de situação... Lavar o rosto, enxaguar a boca, olhar pro espelho e dizer:
Leon – Tá lindo!
Ao sair do banheiro ouvi barulho de freada e logo em seguida um estrondo muito forte, fui até o lado de fora do bar, estranhamente, não tinha mais ninguém no bar, nem mesmo o dono e mesmo assim estava tudo aberto.
Olhei para a direção que veio o barulho e lá estava um caminhão atravessado na pista, passado algum tempo ouvi mais um acidente, foi nessa hora que decidi ir ver o que estava acontecendo.
Por causa do horário talvez, não tinha muitos carros parados, do meu lado tinha uma van e mais dois carros populares, eu ainda não tinha entendido, achei muito estranho os veículos estarem vazios, dei a volta no caminhão e vi um ônibus, um carro e uma moto que tinha batido no carro.
Havia discussões, as pessoas estavam nervosas, tinha uma garotinha segurando um revolver e um cara um facão.
De dentro do ônibus saiu um outro cara segurando numa mão um violão e na outra uma arma, decidi me impor naquela baderna.
Leon – Eu sou militar, por favor...
Antes que eu terminasse a frase, um tiro veio em minha direção, eu pude ouvir o zumbido quando a bala passou rente a minha orelha, só depois percebi que um corpo tinha caído logo atrás de mim.
Me virei para ver, era um homem de meia idade, quando voltei a olhar na direção daquela bagunça, eles estavam vindo em minha direção.
Leon – Parem se não eu atiro!!
Aquele homem segurando o facão era realmente muito rápido antes que eu pudesse perceber, ele já estava muito próximo de mim, com um movimento muito rápido, ele baixou minha arma ao mesmo tempo em que encostou aquele facão em minha garganta, fui completamente rendido, eu suei frio e engoli seco.
Pedro – Venha com a gente, e eu explicarei tudo.
Muita gente entrou no ônibus, 15 pessoas vieram em minha direção, subimos todos na van, e eu fui dirigindo.
- 8° Fragmento – Isabela:
- Eu já estava cansada de ser perseguida por repórteres tentando revirar a minha vida para fazerem suas carreiras, era desgastante e humilhante, eu não suportava mais aquela pressão sobre minha cabeça.
Quando eu vi aquele senhor perto da minha casa, Lancelot de Saleil, famoso repórter investigativo, esse homem tem um histórico de furos de reportagens inigualáveis, se esse homem começasse a fuçar em minha vida eu nunca mais iria ter paz.
Meu relógio marcava 5:30 da manhã, mexi em uma das gavetas do meu closet, e de lá, peguei uma das poucas
lembranças que tenho de meu pai, aquela arma era bonita, pequena e mortal, assim como eu gostaria de ser.
Eu o abordei antes que pudesse entrar em áreas movimentadas, não estava nada confiante, eu tremia e minhas mãos soavam muito, mesmo assim ele me olhava sem nenhum medo, aquela atitude me irritava.
Isabela – Vamos!
Lancelot – E pra onde deveríamos ir?
Isabela – Pra qualquer lugar longe daqui!
Mas antes que pudéssemos sair, um grito veio de uma rua por perto.
Lancelot – Acho que você vai ter que esperar um pouco.
Ele disse isso e logo saiu em disparada com aquele carro velho.
- 9° fragmento – Lancelot:
- Há muito a se pensar quando se tem uma arma apontada para sua cabeça. Era por volta das 6 da manhã e eu tinha me levantado para ir comprar pão, foi ai que ela apareceu, com sua arma em punho, tremendo.
Eu deveria ter pensado na minha família ou nos melhores momentos da minha vida, mas não, eu só conseguia pensar nos 785g que aquela Beretta Px4 deveria pesar, também pensava na capacidade de dar 10 tiros, também me veio a mente que talvez aquela bela arma nunca tinha sido usada antes devido a conservação dela, seria uma peça de colecionador?
Ela simplesmente entrou em meu carro.
Isabela – Vamos!
Lancelot – E pra onde deveríamos ir?
Isabela – Pra qualquer lugar longe daqui!
Mesmo querendo obedecer, eu não pude ignorar os gritos que vinham da rua ao lado.
Lancelot – Acho que você vai ter que esperar um pouco.
Lá eu vi uma bela mulher de cabelos ruivos sendo perseguida por algumas pessoas.
Lancelot – Desculpe-me, mas tenho que ajudar aquela jovem, eu vou parar o carro ao lado dela e então você abre a porta.
Isabela – Espere... O que?!
E aquilo foi exatamente o que eu fiz, a moça entrou no carro, infelizmente meu velho carro me deixou na mão na hora da fuga.
Estávamos nós três, cercados por aquelas pessoas cobertas de sangue. Só me veio a cabeça uma frase: É só esperar para morrer!
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: Carpe mors (releitura)
Só queria compartilhar com vocês uma curiosidade... eu estava sem muito o que fazer, ai fui ver uns videos no youtube e encontrei um game play de Injustice: Gods Among, que é o novo jogo que saiu ai acho que pra xbox e playstation e ele segue a mesma linha de raciocínio dessa nova leitura de carpe mors... achei bem legal o jogo!!
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Página 2 de 4 • 1, 2, 3, 4
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Dom Set 15, 2024 12:57 pm por Alexandre
» Entre á ilusão e a realidade ato 1
Dom Set 15, 2024 3:26 am por Alexandre
» Ilustrações e esboços ~ Bruno Alex
Sex Set 13, 2024 9:10 am por Bruno
» [Roteiro] Soul´s Reaper - A procura de desenhistas
Qui Set 12, 2024 10:39 pm por Alexandre
» Guia definitivo para desenhar bem
Sáb Jul 06, 2024 5:09 pm por juanito
» Quadrinho em andamento.
Sex Jun 21, 2024 5:41 pm por Bruno
» IlustraLab Podcast - Sulamoon - Superando Dificuldades Iniciais na Arte
Sex Jun 21, 2024 2:46 pm por Bruno
» FireAlpaca - Soft para pintura gratuita
Sex maio 10, 2024 12:08 pm por Bruno
» YOO meu desenhos toscos
Sáb Abr 20, 2024 2:41 pm por juanito