Preciso de um Desenhista

Capitulo 1: O inicio

23:00 Da Noite
Dia : 05/06/2006

-O que está acontecendo aqui? Aquela coisa está matando a todos, ******!-falei tremendo de medo com tudo o que estava acontecendo.
Eu não sabia a resposta para nada do que estava acontecendo, mais um calafrio percorre a minha espinha ao olhar o local escuro, e todo destruído a nossa volta. A luz fraca daquele ambiente que apenas piorava todo aquele caos. Aquelas duas formas desfiguradas que um dia foram garotas, estavam jogadas ao chão ensanguentas com suas vísceras expostas, mal lembrando de suas formas delicadas e sutis que foram um dia. Irion e eu tentávamos não olha para aquele cena, mas era praticamente impossível. O cenário irreal que nos cobria havia se transformado tão rapidamente... que eu sentia vontade de gritar, mas a minha garganta ficava cada vez mais áspera sempre que tentava respirar. Irion devia estar passando por algo parecido, a julgar pela expressão do seu rosto. Ele colocou a mão tremula em meu ombro e o aperta, tentando achar algum ponto fixo naquele estranho cenário.
- Derick, que droga! O que era aquilo?
Eu ainda não tinha a resposta... mas tentei manter a calma. Uma estranha frieza e uma certeza tomaram conta de mim.
- Não sei, mas aquilo foi para o casarão e está matando a todos. Vamos sair daqui, agora.
Me levantei e comecei a caminhar rente a parede. As lâmpadas estavam quebradas e havia sangue por toda parte, mas Irion me segurava e falava
-Derick fugir para onde?
Irion falou com a voz trêmula e fina, o sangue de nossos amigos mortos escorrendo por todo lugar.
-Aquela coisa tem garras afiadas,olhos vermelhos e 2 chifres, aquilo é um demônio só pode, não ha como fugir daqui.
Enquanto eu me levantava, após passar sorrateiramente juntamente à parede e escapar da vista das janelas, Irion olhava bem em meus olhos.
-Se ficarmos aqui vamos morrer do mesmo jeito, então vamos tentar sair daqui depressa.
O lugar era grande, um salão de festa com 2 banheiros e a cozinha, todos os nossos amigos estava mortos, eu Irion começamos a caminhar em direção a saída, até que ouvimos um barulho que vinha do banheiro, quando olhei na direção da qual vinha o barulho, que a cada vez mais se parecia com uma tênue voz, era a Milena é ela parecia que estava me chamando.
-Ei Milena vamos sair daqui tem uma coisa muito estranha, matando as pessoas.-foi o que eu disse enquanto a fitava com estranha surpresa, e por algum motivo com um pesar em meu coração, como se uma sombra carregada de pavor tivesse pousado sobre mim.
Irion começa a caminhar para a porta de saída ate que a garota falou.
-Se vocês tentarem sair, vão morrer venham para cá rápido, aquela coisa estala fora e daqui alguns minuto ela vai poder entrar.
Ouvia o que ela dizia e achava estranho.
-Como assim? Se ficarmos ela nos mata aqui!
Nessa hora Irion para em frente a porta e ficava olhando ate que começou a me chamar de um modo frenético:
-De... De…rick , Derick, Deeeeeeeeeeeriiickkk.....
-Droga, aquela coisa está ali.
Ele apontava para uma árvore que estava a uns 3 metros da porta quando eu me virei para ver, aquela coisa estava mastigando a cabeça de uma adolescente de uns 15 anos, como se fosse chiclete.
-Sai daí Irion.
Comecei a me afastar para traz, indo em direção onde estava Milena, Irion correu para junto de mim, quando cheguei perto de Milena vi que ela não estava com medo, e sim normal.
-Ei Milena, você sabe o que é essa coisa ?
Ela abaixava a cabeça e ficou quieta por alguns segundos, depois olhou para mim e disse:
-Vocês devem entrar dentro do banheiro e ficar escondido, aquilo não vai atrás de vocês.
Irion entrava dentro do banheiro e parecia mexer em algo lá dentro.
-Venha Derick! Tem uma janela aqui, podemos quebrar e sair, vamos logo, ei garota você também vem logo.
Mas quando olhei para ela e vi sua expressão de tristeza falei:
-Como assim ela não vai traz de nos? Aquilo tá matando a todos sem escolher suas vitimas!
Ela ficou quieta e olhou para mim, e, foi quando palavras estavam se desenhavam sem seus lábios para dizer algo, ouvimos um barulho da porta, estava escuro, dava para ver um vulto, quando 2 olhos vermelhos apareceram.
Aquilo começou a caminhar pela parede e vir em nossa direção, dava para ouvir os pingos de sangue que caiam por onde aquela coisa passava.
A garota tentou me empurrar para dentro, mais quando olhei para aquela coisa ela já estava em cima de nós, no teto a 1 metro, o demônio abriu sua boca, que havia vários dentes e um tipo estranho de língua, e exalava um cheiro fétido, como de enxofre ou cadáveres decompostos, foi quando ela pulou em cima de mim.

06:50 da manha . (16:10 antes antes do acontecido)

Acordo meio sonolento em mais um dia comum.
-Droga dormi demais.
Procuro o despertador que está em cima de uma cômoda do lado da cama e vejo que ele não está mais lá e sim no chão caído sem pilhas, olho para a parede a traz da cama, aonde tem um relógio de parede, redondo e vermelho com uma cerejeira estampada atrás dos ponteiros, marcando 6:50.
-Waaaaha! Já são 6:50 da manhã! Estou atrasado para a aula! Droga.
Me levanto rapidamente e começo a me trocar, pegando o uniforme que estava todo jogado pelo chão e corro para ir ao banheiro escovar os dentes, vejo que a porta está encostada mas estou com presa e abro com tudo .
Vejo Sara pelada tomando um banho, passando um sabonete no corpo e esfregando em seu seio, meu pai esta namorando com a mãe dela, elas estão morando em casa a uns 2 meses já, cena era muito constrangedora, mas não conseguia parar de olha , até que ela me vê olhando para ela.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!
Ela começa a gritar sem parar, pegando uma tolha e se enrolando.
-Derick sai daqui AGORA!!
Ela pegava o sabonete e joga contra mim, após levar um sabonetada na cabeça, pego e fecho a porta
-Desculpa, Sara.
Fico meio assustado, mas para piorar meu pai estava do lado de fora me fitando com um olhar de desconfiança que me deixava envergonhado.
-Derick, sei que esta na faze da adolescência, mais acho que não é apropriado você espionar ela, e se a mãe dela descobrir, hummmmm.
Fico com muita vergonha e balançando a cabeça para o lado em gesto de dizer não.
-Pai não é o que você está pensando, eu não tava espionando ela.
-Acalme-se filho, eu entendo tudo.
Sara sai do banho, com uma expressão em seu olhar que dava medo.
- Pode entrar, Derick!
Falando com muita raiva e uma voz fria, eu entrei rápido para o banheiro e escovei os dentes, arrumei as coisas e desci para ir para a escola, quando passei pelo meu pai a Sara e a Carol a Mãe dela.
-Tchau pai, tchau Sara, tchau Carol.
Olhei-as com o canto do olho, pois não me atreveria a virar a cabeça e encarar Sara e sua mãe.
Sara estava com uma expressão de raiva e a mãe dela parecia muito brava.
Chegando na escola vi meu amigo Irion que me esperava perto do portão, quando me viu ele começou a andar em minha direção.
-Ei Derick, treinou mais sua habilidade ?
-Que habilidade ?
-Como assim, sua habilidade de movimentar as coisa com o pensamento (telecinésia) é muito maneiro cara! Como você faz isso ?
Ele pega uma colher e a coloca em minha frente.
-Vai, entorta essa colher aqui.
-Não, hoje já me meti em confusão .
-Haa (com um olhar de desapontamento e deboche) por favor só mais uma vez vai isso é maneiro de mais.
-Tudo bem.
Olhando para a colher e começando a entorta lá, logo começo a sentir uma leve dor de cabeça
-Ai que dor, minha cabeça!
Irion fica espantado como sempre ao ver a manipulação de objeto a longa distância.
-Maneiro de mais Derick, você pode ir para o guinness book assim.
Olho para o Irion com um leve dor de cabeça.
-Não, já tenho confusão de mais, vamos logo para a aula.
Entrei na escola junto com Irion, mas por alguns segundo o ar ficou gelado, e ao olhar para o Irion vejo ele normal, não parecia ter sentido aquele frio.
-Nossa, que frio é esse de repente Irion? Meu sangue parece ter congelado.
-Frio? Que frio Derick? Está um calor danado, você deve estar doente!
Achei estranho estar sentido frio tão de repente. Foi quando olhei para o lado rumo a caixa d'água por um instante, os pelos do meu corpo se arrepiaram, e um pesar caiu sobre minha alma, não sei se foi minha imaginação mas, havia um garoto com roupas rasgadas e sujo de sangue com um buraco atravessando em sua garganta, mas por algum motivo parecia que apenas eu estava vendo aquela cena.
Então disse com a voz tênue, fina como um fio.
-Iri... Irion...
Apontei para a caixa d'água, com a mão trêmula, meu corpo estava todo arrepiado.
-O que é aquele garoto ?
Irion se vira para a caixa d'água, mas parecia não ver nada lá.
-Ei Derick, não tem nada lá, vamos logo para sala de aula.
Fiquei sem entender nada, mas aquele garoto fitava-me com um olhar frio e sombrio, então acompanhou-me com o olhar até a sala. Quando virei me novamente para vê-lo ele desapareceu envolto em fumaça negra, eu não conseguia controlar meu corpo e cai sentando no chão tremendo, nunca tinha visto nada igual, ele sumiu na minha frente, dava para ver as outras coisas no fundo atrás do buraco aberto em sua garganta.
Irion começa a tentar me levantar .
-Ei Derick o que você está bem? Por sentou ai no chão ?
As pessoas começavam a passar por mim e dar risada, mas eu não me importava, só queria saber o que era aquilo, aquele monstro, ou um fantasma, ou que quer que fosse aquilo ? Eu não sabia dizer o que diabos era aquilo. Então, depois de alguns minutos finalmente me levanto e começo a andar rumo ao bebedouro e então falo com o Irion.
-Eu vi um fantasma.
Falo baixo, bem próximo dele para que ninguém ouça e comece a tirar sarro de mim, eu dizia ainda tremendo com uma voz surda.
Irion se espanta com o que eu disse e pensa no comportamento do mesmo desde que o viu algo mais cedo, mas parecia acreditar nele, já sabendo das coisas que eu sou capaz de fazer.
-Fantasma! Cara você viu um! Irado!
Ele falava gritando e vários alunos que passavam pelo corredor ouviram e começaram a dar risada. Olhei para o Irion e disse:
-Fale baixo! Se fosse para gritar, eu mesmo tinha feito isso Irion.
Digo com um tom de raiva e o rosto vermelho, porém com as pernas ainda tremendo.
-Acalme-se Derick. Cara essas suas habilidades são muito maneiras cara.
Olho para ele com uma expressão séria, pois ele falava como se ver um aquela cena fosse algo "normal", e do bem e que não traria consequências.
-Não tem nada de maneiro nisso, você não viu o que eu vi e não sentiu o que eu senti.
Comecei a caminhar para a sala de aula, e ele me seguiu.
-Espera ai Derick, eu estava brincando com você cara.
Quando cheguei na sala de aula, vi uma garota linda de olhos verdes e cabelos ruivos ela deveria ser a garota nova, que viria transferida para essa escola.