[one-shot] Hideaway
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[one-shot] Hideaway
Olá!
Antes de me dedicar a uma história longa como Sketch, que eu já postei aqui uma prévia, eu prefiro treinar um pouco mais com one-shots. Isso porque quero ficar fera em quadrinização, coloração e narrativa antes de embarcar em um projeto que vai gastar muito tempo e trabalho.
Então está aqui meu roteiro-guia. A hq não será necessariamente idêntica a esse roteiro (eu sempre mudo uma fala ou duas), mas a história é rigorosamente essa. Também não dividi o roteiro em páginas porque acho um saco de ler quando é dividido. A única divisão que farei é em parte 1 e parte 2, pra não ficar um texto muito grande pra ler de uma vez.
Atenção: se você for um babaca homofóbico, essa história é pra você mesmo. Eu não sou yaoi fangirl, mas defendo o direito de cada um amar quem quiser.
Hideaway (esconderijo) parte 1
É dia, mas o céu é cinzento e a grama está coberta por neve. Entre pinheiros e arbustos, um menino corre. Ele tinha uns sete anos de idade e se chamava Henry.
Caption: Quando eu era menino, era também explorador.
O menino levanta uma pedra, pega um inseto.
Caption: Caçava tesouros. Não importava o que fosse, eu sempre encontrava algum. Até que um dia...
O menino parece surpreso ao se deparar com um buraco no tronco de uma árvore.
Caption: naquele dia... nao foi um inseto ou uma folha ou uma pedra que eu encontrei. Foi um menino.
Dentro do buraco na árvore havia um menino encolhido, embora parecesse despreocupado. Ele era um pouco mais velho, tinha uns onze ou doze anos de idade.
O menino da árvore era moreno e despenteado. O explorador era loiro e bem cuidado.
Henry: Oh. Wow. Quem é você?
Menino da árvore: Oscar.
Henry: Mas o que está fazendo aí?
Oscar: Me escondendo.
Henry: Escondendo de que? o_õ
Oscar: De monstros.
Henry riu e sentou-se sobre a neve que sobria a grama. Achava engraçado que um garoto mais velho acreditasse em monstros que nem ele acreditava mais.
Henry: Não seja bobo, monstros não existem! Você vai ficar com frio aí!
Oscar: Existem, sim.
Nesse momento Oscar puxa um cigarro do bolso e começa a fumar. Suas roupas eram desgastadas e pareciam muito finas para um inverno rigoroso. Talvez por isso ele estivesse encolhido.
Henry: Hey! Você tá fumando? Isso vai te matar!
Oscar: talvez.
Henry então se levanta e estende a mão para Oscar.
Henry: Vem. Saia daí. Você deve estar com frio.
Oscar não respondeu. Não parecia se importar.
Henry: Vamos, não há monstros aqui. Eu ando por essa floresta todos os dias. Pode sair.
Oscar: Eu não sei se você é um monstro.
Henry ri de novo.
Henry: Eu não sou monstro, sou um menino! Bem, tome isso.
Henry entregou seu gorro a Oscar.
Henry: Já que você não vai sair, usa o gorro. Vai ficar mais quente. Minha mãe que fez.
Oscar não agradeceu, nem vestiu o gorro. Apenas colocou-o sobre o colo e tragou mais um pouco do cigarro.
Henry: Então... você mora aqui? Amanhã eu volto, tá?
Henry então saiu correndo de volta para casa, pois já era tarde.
Os quadros seguintes já retratam os próximos dias, quando Henry e Oscar saiam juntos pela floresta a descobrir tesouros. Mas Oscar se recusava a chegar perto da casa de Henry, e sempre voltava a seu tronco de árvore no fim do dia.
**
Um caminhão de mudança. A neve começando a derreter. Uma mãe furiosa.
Mãe: Henry! Henry, cadê você??
Henry estava na entrada do bosque, e Oscar estava logo adiante, com seu cigarro na boca.
Henry: você pode ficar com a nossa casa! Está mofada! Ninguém vai se mudar pra lá.
Mais uma vez, Oscar não respondeu. voltou para a floresta. Esse foi seu adeus.
Dentro do carro, o pequeno Henry olhava pela janela.
Caption: naquela época jurei a mim mesmo que voltaria para ver meu amigo em algumas semanas...
No quadro seguinte, um homem adulto e completamente tatuado está na exata mesma posição a olhar pela janela do carro. Percebe-se que Henry cresceu.
Caption:... mas só voltei depois de vinte anos.
Antes de me dedicar a uma história longa como Sketch, que eu já postei aqui uma prévia, eu prefiro treinar um pouco mais com one-shots. Isso porque quero ficar fera em quadrinização, coloração e narrativa antes de embarcar em um projeto que vai gastar muito tempo e trabalho.
Então está aqui meu roteiro-guia. A hq não será necessariamente idêntica a esse roteiro (eu sempre mudo uma fala ou duas), mas a história é rigorosamente essa. Também não dividi o roteiro em páginas porque acho um saco de ler quando é dividido. A única divisão que farei é em parte 1 e parte 2, pra não ficar um texto muito grande pra ler de uma vez.
Atenção: se você for um babaca homofóbico, essa história é pra você mesmo. Eu não sou yaoi fangirl, mas defendo o direito de cada um amar quem quiser.
Hideaway (esconderijo) parte 1
É dia, mas o céu é cinzento e a grama está coberta por neve. Entre pinheiros e arbustos, um menino corre. Ele tinha uns sete anos de idade e se chamava Henry.
Caption: Quando eu era menino, era também explorador.
O menino levanta uma pedra, pega um inseto.
Caption: Caçava tesouros. Não importava o que fosse, eu sempre encontrava algum. Até que um dia...
O menino parece surpreso ao se deparar com um buraco no tronco de uma árvore.
Caption: naquele dia... nao foi um inseto ou uma folha ou uma pedra que eu encontrei. Foi um menino.
Dentro do buraco na árvore havia um menino encolhido, embora parecesse despreocupado. Ele era um pouco mais velho, tinha uns onze ou doze anos de idade.
O menino da árvore era moreno e despenteado. O explorador era loiro e bem cuidado.
Henry: Oh. Wow. Quem é você?
Menino da árvore: Oscar.
Henry: Mas o que está fazendo aí?
Oscar: Me escondendo.
Henry: Escondendo de que? o_õ
Oscar: De monstros.
Henry riu e sentou-se sobre a neve que sobria a grama. Achava engraçado que um garoto mais velho acreditasse em monstros que nem ele acreditava mais.
Henry: Não seja bobo, monstros não existem! Você vai ficar com frio aí!
Oscar: Existem, sim.
Nesse momento Oscar puxa um cigarro do bolso e começa a fumar. Suas roupas eram desgastadas e pareciam muito finas para um inverno rigoroso. Talvez por isso ele estivesse encolhido.
Henry: Hey! Você tá fumando? Isso vai te matar!
Oscar: talvez.
Henry então se levanta e estende a mão para Oscar.
Henry: Vem. Saia daí. Você deve estar com frio.
Oscar não respondeu. Não parecia se importar.
Henry: Vamos, não há monstros aqui. Eu ando por essa floresta todos os dias. Pode sair.
Oscar: Eu não sei se você é um monstro.
Henry ri de novo.
Henry: Eu não sou monstro, sou um menino! Bem, tome isso.
Henry entregou seu gorro a Oscar.
Henry: Já que você não vai sair, usa o gorro. Vai ficar mais quente. Minha mãe que fez.
Oscar não agradeceu, nem vestiu o gorro. Apenas colocou-o sobre o colo e tragou mais um pouco do cigarro.
Henry: Então... você mora aqui? Amanhã eu volto, tá?
Henry então saiu correndo de volta para casa, pois já era tarde.
Os quadros seguintes já retratam os próximos dias, quando Henry e Oscar saiam juntos pela floresta a descobrir tesouros. Mas Oscar se recusava a chegar perto da casa de Henry, e sempre voltava a seu tronco de árvore no fim do dia.
**
Um caminhão de mudança. A neve começando a derreter. Uma mãe furiosa.
Mãe: Henry! Henry, cadê você??
Henry estava na entrada do bosque, e Oscar estava logo adiante, com seu cigarro na boca.
Henry: você pode ficar com a nossa casa! Está mofada! Ninguém vai se mudar pra lá.
Mais uma vez, Oscar não respondeu. voltou para a floresta. Esse foi seu adeus.
Dentro do carro, o pequeno Henry olhava pela janela.
Caption: naquela época jurei a mim mesmo que voltaria para ver meu amigo em algumas semanas...
No quadro seguinte, um homem adulto e completamente tatuado está na exata mesma posição a olhar pela janela do carro. Percebe-se que Henry cresceu.
Caption:... mas só voltei depois de vinte anos.
Mad Diana- Mensagens : 231
Data de inscrição : 28/08/2012
Idade : 30
Localização : Wonderland
Re: [one-shot] Hideaway
O rascunho do Henry e do Oscar eu creio que vocês já tenham visto na minha galeria aqui do fórum. Aqui estão alguns outros desenhos:
(Henry em cima e Oscar em baixo)
close no Oscar
(Henry em cima e Oscar em baixo)
close no Oscar
Mad Diana- Mensagens : 231
Data de inscrição : 28/08/2012
Idade : 30
Localização : Wonderland
Re: [one-shot] Hideaway
Acho que aquele desenho dos dois poderia dar uma boa capa
FFAngel- Mensagens : 255
Data de inscrição : 28/08/2012
Idade : 33
Localização : Passos-MG
Re: [one-shot] Hideaway
Não sei se é uma boa ideia deixar dois homens nus logo na capa haha
Mad Diana- Mensagens : 231
Data de inscrição : 28/08/2012
Idade : 30
Localização : Wonderland
Re: [one-shot] Hideaway
Mad Diana escreveu:Não sei se é uma boa ideia deixar dois homens nus logo na capa haha
Uai, que que tem? O nú artístico já foi muito explorado...e eles não estão fazendo nada demais, não tem eroticidade nenhuma ali
FFAngel- Mensagens : 255
Data de inscrição : 28/08/2012
Idade : 33
Localização : Passos-MG
Re: [one-shot] Hideaway
Parte 2
A casa estava velha. Era feita de madeira, mas as paredes estavam tão puídas e mofadas que parecia estar ali há uma centena de anos. Era outono e os dias estavam cinzentos, mas não havia neve no chão ainda.
Henry: Oscar?
Ninguém respondeu. Talvez houvesse sido tolice, afinal, achar que Oscar realmente estivesse vivendo ali. Mas para onde mais ele podia ter ido?
Henry caminhou pelos cômodos da casa. Reparou que havia alguns objetos novos por ali, e havia também comida, prova de que alguém vivia ali.
Henry: Oscar, é você? Oscar!
No quarto havia uma cama de casal desarrumada e um sujeito doentio sobre ela, quase caindo. O cabelo bagunçado identificava Oscar, mas ele estava ainda mais magro do que era há vinte anos. Henry correu para ajudá-lo.
Henry: Caramba, você está bem? O que houve?
Olheiras fundas circundavam os olhos de Oscar. Ele parecia exausto e atordoado.
Oscar: Henry...?
Henry ajudou o velho a migo a sentar-se sobre o colchão e trouxe-lhe um copo de água. Oscar bebeu.
Oscar: Você voltou.
Henry: Sim.
Oscar sorriu, melancólico. Não encarava Henry no rosto.
No quadro seguinte, estavam os dois sentados à mesa comendo o jantar. Estavam de frente um para o outro.
Henry: Estou trabalhando como tatuador. Tenho minha própria casa em Nova York e conheci uma mulher incrível, Oscar. Vou pedi-la em noivado mês que vem.
Oscar: Isso é ótimo.
Henry: E você? Como está vivendo?
Oscar: Como sempre. Aqui. Você sabe... trabalho por um dia em algum lugar às vezes. Conheço gente legal. Às vezes durmo com alguém... ninguém fixo.
Henry: Legal... legal.
Caption: Oscar... que houve com você durante esses anos?
Nos quadros seguintes, os amigos estão caminhando juntos por diversos lugares. Conversam. Arrumam a casa.
Caption: Não pode ser o cigarro a única coisa que lhe tira a vida aos poucos. Por que se esconde? Do que tem medo? Quem são os monstros?...
Henry está comendo torradas. É manhã, e ele prepara seu café matinal. Quando fica pronto, ele carrega uma xícara em cada mão e, com o ombro, abre a porta do quarto de Oscar.
Henry: Oscar, aqui está seu........
Silêncio absoluto. Na cama, ao lado de Oscar, dorme um homem desconhecido. Oscar não dormia. Parecia nunca dormir.
Henry: Ah... bem... seu café está na mesa.
Fechou a porta. Com cara de assustado, levou as xícaras à mesa.
Caption: Como eu não tinha pensado nisso antes? Henry, sua anta.
Oscar saiu do quarto (sozinho). Vestia apenas uma samba-canção e estava parado em frente à porta. Pegou um cigarro.
Oscar: Me desculpe.
Henry: Tudo bem.
Afinal, vou dividir em 3 partes! heiuehiuehiuh
A casa estava velha. Era feita de madeira, mas as paredes estavam tão puídas e mofadas que parecia estar ali há uma centena de anos. Era outono e os dias estavam cinzentos, mas não havia neve no chão ainda.
Henry: Oscar?
Ninguém respondeu. Talvez houvesse sido tolice, afinal, achar que Oscar realmente estivesse vivendo ali. Mas para onde mais ele podia ter ido?
Henry caminhou pelos cômodos da casa. Reparou que havia alguns objetos novos por ali, e havia também comida, prova de que alguém vivia ali.
Henry: Oscar, é você? Oscar!
No quarto havia uma cama de casal desarrumada e um sujeito doentio sobre ela, quase caindo. O cabelo bagunçado identificava Oscar, mas ele estava ainda mais magro do que era há vinte anos. Henry correu para ajudá-lo.
Henry: Caramba, você está bem? O que houve?
Olheiras fundas circundavam os olhos de Oscar. Ele parecia exausto e atordoado.
Oscar: Henry...?
Henry ajudou o velho a migo a sentar-se sobre o colchão e trouxe-lhe um copo de água. Oscar bebeu.
Oscar: Você voltou.
Henry: Sim.
Oscar sorriu, melancólico. Não encarava Henry no rosto.
No quadro seguinte, estavam os dois sentados à mesa comendo o jantar. Estavam de frente um para o outro.
Henry: Estou trabalhando como tatuador. Tenho minha própria casa em Nova York e conheci uma mulher incrível, Oscar. Vou pedi-la em noivado mês que vem.
Oscar: Isso é ótimo.
Henry: E você? Como está vivendo?
Oscar: Como sempre. Aqui. Você sabe... trabalho por um dia em algum lugar às vezes. Conheço gente legal. Às vezes durmo com alguém... ninguém fixo.
Henry: Legal... legal.
Caption: Oscar... que houve com você durante esses anos?
Nos quadros seguintes, os amigos estão caminhando juntos por diversos lugares. Conversam. Arrumam a casa.
Caption: Não pode ser o cigarro a única coisa que lhe tira a vida aos poucos. Por que se esconde? Do que tem medo? Quem são os monstros?...
Henry está comendo torradas. É manhã, e ele prepara seu café matinal. Quando fica pronto, ele carrega uma xícara em cada mão e, com o ombro, abre a porta do quarto de Oscar.
Henry: Oscar, aqui está seu........
Silêncio absoluto. Na cama, ao lado de Oscar, dorme um homem desconhecido. Oscar não dormia. Parecia nunca dormir.
Henry: Ah... bem... seu café está na mesa.
Fechou a porta. Com cara de assustado, levou as xícaras à mesa.
Caption: Como eu não tinha pensado nisso antes? Henry, sua anta.
Oscar saiu do quarto (sozinho). Vestia apenas uma samba-canção e estava parado em frente à porta. Pegou um cigarro.
Oscar: Me desculpe.
Henry: Tudo bem.
Afinal, vou dividir em 3 partes! heiuehiuehiuh
Mad Diana- Mensagens : 231
Data de inscrição : 28/08/2012
Idade : 30
Localização : Wonderland
Re: [one-shot] Hideaway
Por enquanto não tenho muito o que escrever, apenas que gostei da sua narrativa e com certeza vou ler a parte 2... Na hora que eu fui enviar apareceu a parte 2...
Acho que você escreve muito bem, sua narrativa é bastante envolvente e em tão pouca leitura, seus personagens já me parecem bastante humanos.
Acho que você escreve muito bem, sua narrativa é bastante envolvente e em tão pouca leitura, seus personagens já me parecem bastante humanos.
Pedro La Ruína- Mensagens : 906
Data de inscrição : 06/05/2012
Idade : 32
Localização : GO
Re: [one-shot] Hideaway
aaaaahhhhhhh cade a parte 3
acabei de comentar sobre um roteiro, e disse que na minha opiniao
o segredo para um bom roteiro e sua singularidade, pode crer que o seu tem isso.
paarabrns gostei muito dessas duas partes.
nao demore com a terceira.
acabei de comentar sobre um roteiro, e disse que na minha opiniao
o segredo para um bom roteiro e sua singularidade, pode crer que o seu tem isso.
paarabrns gostei muito dessas duas partes.
nao demore com a terceira.
Alexsandro- Mensagens : 85
Data de inscrição : 17/02/2012
Idade : 30
Localização : Brasilia
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