LAST EMAIL(roteiro)
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LAST EMAIL(roteiro)
Relembrando a primeira mensagem :
Sinopse:
"Koburo vive pacificamente em uma cidade normal, tem uma vida tranquila, até que ele chega. Um e-mail chega ao celular de Koburo, cujo conteúdo é uma declaração de suicídio de um indivíduo. Koburo agora corre contra o tempo para evitar que o suicida cometa um erro eterno, em meio dessa confusão lembranças são trazidas à tona."
Sinopse:
"Koburo vive pacificamente em uma cidade normal, tem uma vida tranquila, até que ele chega. Um e-mail chega ao celular de Koburo, cujo conteúdo é uma declaração de suicídio de um indivíduo. Koburo agora corre contra o tempo para evitar que o suicida cometa um erro eterno, em meio dessa confusão lembranças são trazidas à tona."
Capítulo 1
- Spoiler:
- Caractere 1: Um E-mail
“Sou Koburo, moro em Oiko desde que nasci... conheço todos os habitantes desta cidade, só não garanto que todos eles me conheçam.
“Ultimamente tem chegado muitos imigrantes de Zorotta. Um terremoto devastou a cidade nos últimos meses.
“Aqui, além de ser uma cidade razoavelmente grande, é um lugar muito acolhedor, com suas praças e pessoas alegres.
“Eu amo essa cidade”
O telefone de Koburo toca e ele olha: “Um novo E-mail”
Koburo abre o e-mail.
Koburo (pensa): Número desconhecido...
O e-mail dizia:“Tirar a vida que me pertence irei.
Marcado às 17 horas o fim está, sem atrasos ou precipitações.
Me ajude, você é a minha última chance.
RTG”
Koburo olha por alguns segundos e relê o pequeno poema.
“Tirar a vida...” “... 17 horas...” “Me ajude...” “Última chance”, essas frases mudaram por completo a vida de Koburo a partir que a informação foi armazenada em sua memória de curto prazo através de suas meras pupilas.
Agora ele suava.
- Será trote de gente que não tem nada pra fazer? - se perguntava Koburo
Mas a frase martelava a sua mente: “Me ajude...”.
Uma buzina de caminhão é tocada no momento em que ele arregala os olhos.
Tinha uma expressão de extremo pavor.
Ele correu sua mão vagarosamente, levando o celular até o bolso direito da jaqueta.
Agora ele andava, ou melhor, andava rápido.
Não. Ele corria.
O pânico, assim como a dúvida, tinha tomado por completo a sua mente.
Ele corria e chorava.
- Por que choro? Pode ser apenas uma infeliz brincadeira... – ele dizia-se, tentando recuperar o autocontrole.
Mas as frases não o deixavam pensar, “Tirar a vida...” “Me ajude...” “Última chance.” “17 horas...”.
Ele ouvia as vozes das pessoas, estavam entrando pelos seus ouvidos aleatoriamente, mas ele só conseguia pensar naquelas frases, “Tirar a vida...” “17 horas...”
Ele parou de repente.
- Não posso ter esse comportamento...
E frase voltava “17 horas...”
- Tenho que pensar com cautela. “17 horas”, sim...
Koburo olha o relógio digital e negro que está preso ao seu pulso: 15:37:12
- Tenho menos de uma hora e meia. Mesmo que haja a dúvida da veracidade do e-mail, eu não posso correr o risco de deixar alguém cometer um erro eterno.
Ele pega o celular no bolso direito de sua jaqueta marrom.
A mensagem ainda está em tela.
Ele analisa com toda a sagacidade.
Decide confiar no conteúdo.
Olha as letras escritas no final do pequenino texto. “RTG”.
- Essa sigla... é o nome de algum lugar...talvez um comércio...não me é estranho... – pensa Koburo.
Ele anda até o final da rua onde há uma loja.
Ele abre a porta da loja e o sininho alarma sua entrada.
A lojinha é constituída por várias estantes, preenchidas por revistas, utensílios e alguns pacotes de alimentos.
O balconista está a discutir com um comprador. A atenção deles não é desviada para Koburo.
Na loja só estão Koburo, uma Funcionária que está em um dos corredores, o Freguês que usa uma jaqueta e boné vermelhos e que mantém o tom de voz alto o suficiente para competir com o Vendedor, que tem uma idade superior à de todos já citados.
- Neste produto está dizendo um preço e o senhor vem me cobrar mais caro! – diz o Freguês mostrando uma lata de ervilhas para o Vendedor.
- O preço foi alterado, o rótulo irias ser mudado depois das 17 horas, entenda! – diz o Vendedor sem se intimidar diante do Freguês.
A frase volta martelar na mente de Koburo, “17 horas...”, e ele olha o relógio de parede da loja: 15:39:53
Isso lhe faz lembrar o seu objetivo.
- Procurar na lista telefônica o local de nome RTG e o seu endereço, ele deve tentar suicidar neste estabelecimento. – pensa Koburo.
Ele anda até uma prateleira giratória e põe a mão sobre uma lista de capa azul e espessura mediana.
Observa a Funcionária que varre o chão da loja.
Ela aparenta uns 26 anos.
Ele a olha e ela o olha. Os olhos dela são cansados e depressivos, tomados por intensas olheiras.
Ele não resiste à tensão e retorna seus olhos para a lista.
Pega a lista e se dirige ao caixa.
Os dois indivíduos continuam a discutir.
- Dane-se a mudança, eu exijo meus direitos! – diz o Freguês.
- Eu também tenho os meus direitos! – diz o Vendedor.
Koburo tenta chamar a atenção do vendedor para poder pagar pela lista.
- Com licença... Com licença eu quero comprar isso... Eu tenho pressa...! – diz Koburo.
Nada. Nem sinal de que algum deles notou a presença do jovem.
- Com licença! – ele diz.
Eles tenta aumentar a voz, mas esta já é baixa por natureza.
- Com licença – Ele tenta novamente com toda a sua paciência.
Neste momento uma linda Jovem sai de trás da loja e vem atender Koburo.
Ele se impressiona com tamanha beleza.
- Me desculpe pelo meu pai. Eles dois discutem pelo menos uma vez por semana – diz a Jovem com sua voz suave e meiga.
-... – Koburo fica sem voz.
-... Sabe, isso é um tipo de amor... – continua Jovem, ficando com o rosto corado.
- Sem problemas... – diz ele depois de certo esforço.
- Eu sou Enny.
- P-prazer, me chamo Koburo. – Ele fica com a face avermelhada.
Eles olham para baixo e tem-se um momento de silêncio.
- Ah, eu vou levar e-essa lista telefônica...
- Ah, sim...
Koburo paga a moça e sai da loja.
Se vira e olha através da vitrine aquela jovem beldade, que também o olhava.
Ela fica vermelha e sorri envergonhada, e ele retribui o sorriso.
Koburo desvia o olhar para o relógio: 15:49:02
- A hora passa rápido quando se tem pressa – pensa Koburo consigo mesmo.
Ele anda até um banco que tem ali perto. O banco fica em frente a uma casa abandonada.
Ele abre a lista e começa a procurar.
- RTG... RTG...
Sua procura é interrompida por um “psiu”.
Ele olha para os lados, e nada.
- RTG... RTG... – ele ignora e continua a sua procura.
- Psiu.
Ele olha para os lados. Nada.
- Espera... – pensa ele.
Koburo se vira e olha a casa abandonada.
- Psiu – ouve-se novamente.
- Calma ai... Essa casa não está abandonada?
- Ei, você no banco!
Koburo se levanta em um pulo e vai se afastando, de costas, da casa.
Capítulo 2
- Spoiler:
- Caractere 2: Uma Dívida
Koburo olha para o banco e percebe que deixou a lista sobre ele.
- Droga! A lista! – pensa ele
Se aproxima do banco, muito cauteloso, de olho na casa.
Ele está chegando perto...
- Psiu!
- Droga! Será que essa casa foi invadida por fantasmas? – pensa alto o Koburo.
Ele olha para lista na segunda linha página que ficou aberta: “RTG”.
- A-achei...! – pensa ele.
De repente um bêbado se levanta de trás do banco.
- Koburo é você! Tava chamando o cara daqui do banco, não sabia que era você maninho!...
- Nossa que bafo de cachaça – pensa Koburo fazendo um cara de nojo – Naharo... Só podia ser... – diz
- E ai mano tudo em cima?
- O que você quer?
- Cê tem fogo?
- Naharo, você está me devendo 50, cadê o dinheiro?
- Calma carinha! Se Naharo deve, Naharo paga!
- Então por que não me paga agora?
- Eu vou pagar só não tô com a grana agora... Mas a prioridade é o fogo. Tem? – diz Naharo tirando um cigarro do bolso de sua camisa encardida.
- Eu sempre tenho fogo – Koburo diz com um sorriso esboçado no rosto.
Ele coloca a mão no bolso da jaqueta e tira a mão acenando com o dedo do meio.
- Tá aqui seu fogo! – diz Koburo tirando o sorriso do rosto.
- Hei, Koburo, onde estão seus modos?
Koburo pega a lista em cima do banco, marcando a página desejada com o dedo.
Ele sai andando.
- Da próxima vez que nos encontrarmos é melhor que esteja com o dinheiro, se não quem vai te cobrar é polícia.
Koburo continua andando.
- O que há de errado com você? – pensa alto Naharo.
Koburo consegue ouvir.
Koburo para.
- Não sou eu o errado nessa história – diz Koburo.
- Nossa! Ele ouviu! – pensa Naharo com uma expressão de espanto.
- Enquanto uma pessoa está a ponto de tirar a própria vida, vocês estão desperdiçando-as por coisas inúteis, como brigar... Beber e mendigar pela rua. – Koburo bem que queria ter dito isso, mas as palavras não ultrapassaram a fina linha que separa as palavras concretas dos pensamentos.
Koburo continua andando deixando Naharo para trás.
Ele abre a lista e logo vê “RTG”. Olha o endereço: Rua Memorial Ethor.
Ele esbarra em uma pessoa e pede desculpas, mas isto não foi recíproco.
Ele vê o homem indo embora e olha a placa que o tal acabou de ultrapassar.
“Rua Memorial Ethor”
- Nossa, às vezes eu me assusto com o universo... – pensa Koburo.
Ele olha de onde veio.
- Se eu vim de lá... Então o tal RTG deve ser para lá – diz ele olhando em direção ao final da rua. – Sorte que não é em outra cidade ou algo do tipo... – diz ele aliviado.
Koburo continua a andar e percebe uma Velha pedindo esmola. A moça, que estava um pouco mais a frente de Koburo, ignora a Velha.
Koburo olha pra cima, respira fundo e anda em direção a Velha.
- Droga! Por que eu tenho que ser sempre tão bonzinho com as pessoas.
Ele chega perto dela.
- Por favor, meu jovem pode doar-me um pouco que tens?
- Sim senhora – Koburo diz com um grande sorriso – Aqui está – ele coloca a moeda, que já tinha preparado, dentro da caneca de alumínio que a Velha tem em mão.
Koburo sai andando.
- Pelo menos fiz uma boa ação por alguém menos favorecido que eu – diz isso sorrindo.
A Velha olha para dentro da caneca.
- Só isso?! Que miséria!
Koburo para e tira o sorriso que lhe prevalecia anteriormente.
- O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊS?! – berra isso sem ao menos virar-se para a Velha.
Ele está ofegante.
Todos estão o olhando. Ele abre a lista e a olha para se esconder dos olhares de reprovação dos demais.
Ele anda assim até chegar a um pequeno edifício no final da rua.
“RTG – Seu correio local”
- Ah, então é um lugar onde se recebem e enviam e-mails... – diz Koburo a si mesmo
Ele olha para seu relógio: 16:00:07
- Ainda estou a tempo de salvar a vida de quem está em dúvida entre a vida e a morte... – Pensa Koburo respirando fundo – Estranho ele estar em um correio – diz ele em voz baixa.
Capítulo 3
- Spoiler:
- Caractere 3: Um Amigo
Começa a chover fraco.
Koburo entra no correio e ao fundo se toca uma música suave.
Só há um Funcionário presente.
Koburo se aproxima.
- O que deseja? Enviar ou receber? – diz o funcionário que parecia energético.
- É meio difícil ser ele, mas eu vou perguntar – pensa Koburo – Eu sou Koburo, foi você q... – diz
- Ah, Koburo! Uma Moça deixou uma correspondência para você!
- Uma Moça?... Que me conhece?!... – pensa Koburo.
- Espera um instante que eu vou ver aqui – diz o Funcionário se abaixando e mexendo em uma caixa.
Koburo olha para uma frase que está escrita em uma faixa presa à parede:
“A salvação só depende de teus atos, de tuas escolhas”
O Funcionário se levanta segurando um envelope.
- Aqui está senhor Koburo – ele entrega o envelope à Koburo – se não for para o senhor, por favor, devolva.
-?
- A Moça que me entregou isso não deu descrição do destinatário, então... Pode não ser o senhor.
- Tudo bem! – diz Koburo dando um sorriso – Qual é o autor daquela frase? – diz apontando para a faixa lida anteriormente...
O funcionário dá uma olhada.
-Ah, não sei, deve ser de algum desses filósofos antigos...
Os dois riem.
Koburo olha o envelope.
- Como era a Moça que lhe entregou isso?
- Ah... – O Funcionário segura o queixo e olha para cima – muito bonita!
- Obrigado!
Koburo diz e sai da loja e fica debaixo da marquise.
- Ohhh! Grande descrição a dele... – pensa.
Koburo abre o envelope e tira um papel com vários caracteres.
- Droga! Está em outra língua!
Koburo olha para ver se acha assinatura. Nada.
- E agora... Aqui na cidade não tem tradutores... A não ser... Hentei... – pensa Koburo.
Ele guarda o e-mail dentro do envelope.
- Ele é um poliglota e trabalha fora do país como professor de línguas. Nesta época do ano ele volta para casa, aqui em Oiko. – pensa ele.
Koburo acena para um taxi e entra no primeiro que para.
- Avenida Hashima, por favor. – diz Koburo ao Taxista.
- Há anos não nos falamos... Desde a morte dos meus pais... – pensa Koburo e um flash de lembrança invade sua cabeça. Há fogo. – como ele deve estar agora? Será que casou e tem filhos? Ou só vive para o emprego?
O táxi dá uma freada brusca.
- Desculpe senhor Koburo... Sabe a chuva atrapalha a visão. Uma criança passou correndo aqui em frente!... – diz o Motorista.
- Sem problemas Kraz – diz Koburo sorrindo.
Kraz vê o envelope na mão de Koburo através do retrovisor.
- Vai visitar alguém senhor Koburo?
- Ah, sim. O Hentei.
- Hentei! Nossa faz tempo que vocês não se vêem! Desde o incidente na ponte 13, não é?
- Sim.
- Diga que mandei um abraço para ele! E meus pêsames também...
- Pêsames? – pensa Koburo.
O carro para.
- Pronto é aqui.
- Quanto que foi?
- Não, não. Essa fica por cortesia da casa, considere como um presente de Natal adiantado! – Kraz sorri.
- Obrigado senhor Kraz! – Koburo retribui o sorriso – Há horas que percebemos que realmente existem pessoas boas. Amigos, uma das velas acesa em meio à escuridão – reflete Koburo olhando o rosto de Kraz.
Koburo corre, cobrindo a cabeça com a jaqueta protegendo com toda a cautela a carta, e para debaixo de uma marquise.
Ele toca a campainha da casa de Hentei.
Pelo vidro fosco percebe-se uma silueta de baixa estatura se aproximando da porta.
Última edição por Dariks em Qua maio 30, 2012 2:46 pm, editado 5 vez(es)
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Mto... Depois q o cara me contou me deixou com menos vontade ainda de dirigir... **** o cara foi cortado pelo cima ao meio...
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Re: LAST EMAIL(roteiro)
Dariks escreveu:
- LAST EMAIL - VOLUME 1 (1-5):
Sinopse:
"Koburo vive pacificamente em uma cidade normal, tem uma vida tranquila, até que ele chega. Um e-mail chega ao celular de Koburo, cujo conteúdo é uma declaração de suicídio de um indivíduo. Koburo agora corre contra o tempo para evitar que o suicida cometa um erro eterno, em meio dessa confusão lembranças são trazidas à tona."Capítulo 1
- Spoiler:
Caractere 1: Um E-mail
“Sou Koburo, moro em Oiko desde que nasci... conheço todos os habitantes desta cidade, só não garanto que todos eles me conheçam.
“Ultimamente tem chegado muitos imigrantes de Zorotta. Um terremoto devastou a cidade nos últimos meses.
“Aqui, além de ser uma cidade razoavelmente grande, é um lugar muito acolhedor, com suas praças e pessoas alegres.
“Eu amo essa cidade”
O telefone de Koburo toca e ele olha: “Um novo E-mail”
Koburo abre o e-mail.
Koburo (pensa): Número desconhecido...
O e-mail dizia:“Tirar a vida que me pertence irei.
Marcado às 17 horas o fim está, sem atrasos ou precipitações.
Me ajude, você é a minha última chance.
RTG”
Koburo olha por alguns segundos e relê o pequeno poema.
“Tirar a vida...” “... 17 horas...” “Me ajude...” “Última chance”, essas frases mudaram por completo a vida de Koburo a partir que a informação foi armazenada em sua memória de curto prazo através de suas meras pupilas.
Agora ele suava.
- Será trote de gente que não tem nada pra fazer? - se perguntava Koburo
Mas a frase martelava a sua mente: “Me ajude...”.
Uma buzina de caminhão é tocada no momento em que ele arregala os olhos.
Tinha uma expressão de extremo pavor.
Ele correu sua mão vagarosamente, levando o celular até o bolso direito da jaqueta.
Agora ele andava, ou melhor, andava rápido.
Não. Ele corria.
O pânico, assim como a dúvida, tinha tomado por completo a sua mente.
Ele corria e chorava.
- Por que choro? Pode ser apenas uma infeliz brincadeira... – ele dizia-se, tentando recuperar o autocontrole.
Mas as frases não o deixavam pensar, “Tirar a vida...” “Me ajude...” “Última chance.” “17 horas...”.
Ele ouvia as vozes das pessoas, estavam entrando pelos seus ouvidos aleatoriamente, mas ele só conseguia pensar naquelas frases, “Tirar a vida...” “17 horas...”
Ele parou de repente.
- Não posso ter esse comportamento...
E frase voltava “17 horas...”
- Tenho que pensar com cautela. “17 horas”, sim...
Koburo olha o relógio digital e negro que está preso ao seu pulso: 15:37:12
- Tenho menos de uma hora e meia. Mesmo que haja a dúvida da veracidade do e-mail, eu não posso correr o risco de deixar alguém cometer um erro eterno.
Ele pega o celular no bolso direito de sua jaqueta marrom.
A mensagem ainda está em tela.
Ele analisa com toda a sagacidade.
Decide confiar no conteúdo.
Olha as letras escritas no final do pequenino texto. “RTG”.
- Essa sigla... é o nome de algum lugar...talvez um comércio...não me é estranho... – pensa Koburo.
Ele anda até o final da rua onde há uma loja.
Ele abre a porta da loja e o sininho alarma sua entrada.
A lojinha é constituída por várias estantes, preenchidas por revistas, utensílios e alguns pacotes de alimentos.
O balconista está a discutir com um comprador. A atenção deles não é desviada para Koburo.
Na loja só estão Koburo, uma Funcionária que está em um dos corredores, o Freguês que usa uma jaqueta e boné vermelhos e que mantém o tom de voz alto o suficiente para competir com o Vendedor, que tem uma idade superior à de todos já citados.
- Neste produto está dizendo um preço e o senhor vem me cobrar mais caro! – diz o Freguês mostrando uma lata de ervilhas para o Vendedor.
- O preço foi alterado, o rótulo irias ser mudado depois das 17 horas, entenda! – diz o Vendedor sem se intimidar diante do Freguês.
A frase volta martelar na mente de Koburo, “17 horas...”, e ele olha o relógio de parede da loja: 15:39:53
Isso lhe faz lembrar o seu objetivo.
- Procurar na lista telefônica o local de nome RTG e o seu endereço, ele deve tentar suicidar neste estabelecimento. – pensa Koburo.
Ele anda até uma prateleira giratória e põe a mão sobre uma lista de capa azul e espessura mediana.
Observa a Funcionária que varre o chão da loja.
Ela aparenta uns 26 anos.
Ele a olha e ela o olha. Os olhos dela são cansados e depressivos, tomados por intensas olheiras.
Ele não resiste à tensão e retorna seus olhos para a lista.
Pega a lista e se dirige ao caixa.
Os dois indivíduos continuam a discutir.
- Dane-se a mudança, eu exijo meus direitos! – diz o Freguês.
- Eu também tenho os meus direitos! – diz o Vendedor.
Koburo tenta chamar a atenção do vendedor para poder pagar pela lista.
- Com licença... Com licença eu quero comprar isso... Eu tenho pressa...! – diz Koburo.
Nada. Nem sinal de que algum deles notou a presença do jovem.
- Com licença! – ele diz.
Eles tenta aumentar a voz, mas esta já é baixa por natureza.
- Com licença – Ele tenta novamente com toda a sua paciência.
Neste momento uma linda Jovem sai de trás da loja e vem atender Koburo.
Ele se impressiona com tamanha beleza.
- Me desculpe pelo meu pai. Eles dois discutem pelo menos uma vez por semana – diz a Jovem com sua voz suave e meiga.
-... – Koburo fica sem voz.
-... Sabe, isso é um tipo de amor... – continua Jovem, ficando com o rosto corado.
- Sem problemas... – diz ele depois de certo esforço.
- Eu sou Enny.
- P-prazer, me chamo Koburo. – Ele fica com a face avermelhada.
Eles olham para baixo e tem-se um momento de silêncio.
- Ah, eu vou levar e-essa lista telefônica...
- Ah, sim...
Koburo paga a moça e sai da loja.
Se vira e olha através da vitrine aquela jovem beldade, que também o olhava.
Ela fica vermelha e sorri envergonhada, e ele retribui o sorriso.
Koburo desvia o olhar para o relógio: 15:49:02
- A hora passa rápido quando se tem pressa – pensa Koburo consigo mesmo.
Ele anda até um banco que tem ali perto. O banco fica em frente a uma casa abandonada.
Ele abre a lista e começa a procurar.
- RTG... RTG...
Sua procura é interrompida por um “psiu”.
Ele olha para os lados, e nada.
- RTG... RTG... – ele ignora e continua a sua procura.
- Psiu.
Ele olha para os lados. Nada.
- Espera... – pensa ele.
Koburo se vira e olha a casa abandonada.
- Psiu – ouve-se novamente.
- Calma ai... Essa casa não está abandonada?
- Ei, você no banco!
Koburo se levanta em um pulo e vai se afastando, de costas, da casa.Capítulo 2
- Spoiler:
Caractere 2: Uma Dívida
Koburo olha para o banco e percebe que deixou a lista sobre ele.
- Droga! A lista! – pensa ele
Se aproxima do banco, muito cauteloso, de olho na casa.
Ele está chegando perto...
- Psiu!
- Droga! Será que essa casa foi invadida por fantasmas? – pensa alto o Koburo.
Ele olha para lista na segunda linha página que ficou aberta: “RTG”.
- A-achei...! – pensa ele.
De repente um bêbado se levanta de trás do banco.
- Koburo é você! Tava chamando o cara daqui do banco, não sabia que era você maninho!...
- Nossa que bafo de cachaça – pensa Koburo fazendo um cara de nojo – Naharo... Só podia ser... – diz
- E ai mano tudo em cima?
- O que você quer?
- Cê tem fogo?
- Naharo, você está me devendo 50, cadê o dinheiro?
- Calma carinha! Se Naharo deve, Naharo paga!
- Então por que não me paga agora?
- Eu vou pagar só não tô com a grana agora... Mas a prioridade é o fogo. Tem? – diz Naharo tirando um cigarro do bolso de sua camisa encardida.
- Eu sempre tenho fogo – Koburo diz com um sorriso esboçado no rosto.
Ele coloca a mão no bolso da jaqueta e tira a mão acenando com o dedo do meio.
- Tá aqui seu fogo! – diz Koburo tirando o sorriso do rosto.
- Hei, Koburo, onde estão seus modos?
Koburo pega a lista em cima do banco, marcando a página desejada com o dedo.
Ele sai andando.
- Da próxima vez que nos encontrarmos é melhor que esteja com o dinheiro, se não quem vai te cobrar é polícia.
Koburo continua andando.
- O que há de errado com você? – pensa alto Naharo.
Koburo consegue ouvir.
Koburo para.
- Não sou eu o errado nessa história – diz Koburo.
- Nossa! Ele ouviu! – pensa Naharo com uma expressão de espanto.
- Enquanto uma pessoa está a ponto de tirar a própria vida, vocês estão desperdiçando-as por coisas inúteis, como brigar... Beber e mendigar pela rua. – Koburo bem que queria ter dito isso, mas as palavras não ultrapassaram a fina linha que separa as palavras concretas dos pensamentos.
Koburo continua andando deixando Naharo para trás.
Ele abre a lista e logo vê “RTG”. Olha o endereço: Rua Memorial Ethor.
Ele esbarra em uma pessoa e pede desculpas, mas isto não foi recíproco.
Ele vê o homem indo embora e olha a placa que o tal acabou de ultrapassar.
“Rua Memorial Ethor”
- Nossa, às vezes eu me assusto com o universo... – pensa Koburo.
Ele olha de onde veio.
- Se eu vim de lá... Então o tal RTG deve ser para lá – diz ele olhando em direção ao final da rua. – Sorte que não é em outra cidade ou algo do tipo... – diz ele aliviado.
Koburo continua a andar e percebe uma Velha pedindo esmola. A moça, que estava um pouco mais a frente de Koburo, ignora a Velha.
Koburo olha pra cima, respira fundo e anda em direção a Velha.
- Droga! Por que eu tenho que ser sempre tão bonzinho com as pessoas.
Ele chega perto dela.
- Por favor, meu jovem pode doar-me um pouco que tens?
- Sim senhora – Koburo diz com um grande sorriso – Aqui está – ele coloca a moeda, que já tinha preparado, dentro da caneca de alumínio que a Velha tem em mão.
Koburo sai andando.
- Pelo menos fiz uma boa ação por alguém menos favorecido que eu – diz isso sorrindo.
A Velha olha para dentro da caneca.
- Só isso?! Que miséria!
Koburo para e tira o sorriso que lhe prevalecia anteriormente.
- O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊS?! – berra isso sem ao menos virar-se para a Velha.
Ele está ofegante.
Todos estão o olhando. Ele abre a lista e a olha para se esconder dos olhares de reprovação dos demais.
Ele anda assim até chegar a um pequeno edifício no final da rua.
“RTG – Seu correio local”
- Ah, então é um lugar onde se recebem e enviam e-mails... – diz Koburo a si mesmo
Ele olha para seu relógio: 16:00:07
- Ainda estou a tempo de salvar a vida de quem está em dúvida entre a vida e a morte... – Pensa Koburo respirando fundo – Estranho ele estar em um correio – diz ele em voz baixa.Capítulo 3
- Spoiler:
Caractere 3: Um Amigo
Começa a chover fraco.
Koburo entra no correio e ao fundo se toca uma música suave.
Só há um Funcionário presente.
Koburo se aproxima.
- O que deseja? Enviar ou receber? – diz o funcionário que parecia energético.
- É meio difícil ser ele, mas eu vou perguntar – pensa Koburo – Eu sou Koburo, foi você q... – diz
- Ah, Koburo! Uma Moça deixou uma correspondência para você!
- Uma Moça?... Que me conhece?!... – pensa Koburo.
- Espera um instante que eu vou ver aqui – diz o Funcionário se abaixando e mexendo em uma caixa.
Koburo olha para uma frase que está escrita em uma faixa presa à parede:
“A salvação só depende de teus atos, de tuas escolhas”
O Funcionário se levanta segurando um envelope.
- Aqui está senhor Koburo – ele entrega o envelope à Koburo – se não for para o senhor, por favor, devolva.
-?
- A Moça que me entregou isso não deu descrição do destinatário, então... Pode não ser o senhor.
- Tudo bem! – diz Koburo dando um sorriso – Qual é o autor daquela frase? – diz apontando para a faixa lida anteriormente...
O funcionário dá uma olhada.
-Ah, não sei, deve ser de algum desses filósofos antigos...
Os dois riem.
Koburo olha o envelope.
- Como era a Moça que lhe entregou isso?
- Ah... – O Funcionário segura o queixo e olha para cima – muito bonita!
- Obrigado!
Koburo diz e sai da loja e fica debaixo da marquise.
- Ohhh! Grande descrição a dele... – pensa.
Koburo abre o envelope e tira um papel com vários caracteres.
- Droga! Está em outra língua!
Koburo olha para ver se acha assinatura. Nada.
- E agora... Aqui na cidade não tem tradutores... A não ser... Hentei... – pensa Koburo.
Ele guarda o e-mail dentro do envelope.
- Ele é um poliglota e trabalha fora do país como professor de línguas. Nesta época do ano ele volta para casa, aqui em Oiko. – pensa ele.
Koburo acena para um taxi e entra no primeiro que para.
- Avenida Hashima, por favor. – diz Koburo ao Taxista.
- Há anos não nos falamos... Desde a morte dos meus pais... – pensa Koburo e um flash de lembrança invade sua cabeça. Há fogo. – como ele deve estar agora? Será que casou e tem filhos? Ou só vive para o emprego?
O táxi dá uma freada brusca.
- Desculpe senhor Koburo... Sabe a chuva atrapalha a visão. Uma criança passou correndo aqui em frente!... – diz o Motorista.
- Sem problemas Kraz – diz Koburo sorrindo.
Kraz vê o envelope na mão de Koburo através do retrovisor.
- Vai visitar alguém senhor Koburo?
- Ah, sim. O Hentei.
- Hentei! Nossa faz tempo que vocês não se vêem! Desde o incidente na ponte 13, não é?
- Sim.
- Diga que mandei um abraço para ele! E meus pêsames também...
- Pêsames? – pensa Koburo.
O carro para.
- Pronto é aqui.
- Quanto que foi?
- Não, não. Essa fica por cortesia da casa, considere como um presente de Natal adiantado! – Kraz sorri.
- Obrigado senhor Kraz! – Koburo retribui o sorriso – Há horas que percebemos que realmente existem pessoas boas. Amigos, uma das velas acesa em meio à escuridão – reflete Koburo olhando o rosto de Kraz.
Koburo corre, cobrindo a cabeça com a jaqueta protegendo com toda a cautela a carta, e para debaixo de uma marquise.
Ele toca a campainha da casa de Hentei.
Pelo vidro fosco percebe-se uma silueta de baixa estatura se aproximando da porta.Capítulo 4
- Spoiler:
Caractere 4: Um Enigma
A porta é aberta.
Por uma Menina de boa aparência, de aproximadamente 6 anos.
- Pai, um moço molhado está aqui na porta! – diz a Menina
- Sim Ellena, já vou... – diz um homem
No fim do corredor, um homem contorna a curva e para.
Ele expressa espanto.
- Hentei... Como vai? – Inicia Koburo.
Ellena volta correndo e abraça o pai se escondendo atrás dele.
- M-mas... – Hentei inspira e tira os óculos para limpá-los – há quanto tempo, não?
- É... – diz Koburo
Tem-se um momento de silêncio, que é quebrado pela pequena Ellena.
- Pai, quem é ele?
- Um velho amigo, minha filha... – Hentei diz isso enquanto olha para Koburo o olhando.
Hentei vê o envelope na mão de Koburo.
- Venha entre que vou preparar um chá – Ele põe os óculos – Vejo que precisa de mim...
Koburo entra e fecha a porta.
(...)
Koburo observa fotos de Hentei e sua esposa.
- Agora eu entendi... – Koburo pensa
Koburo se lembra do que Kraz disse: “Pêsames”
Hentei chega e coloca a caneca de chá sobre a mesinha que fica no meio da sala.
Ellena brinca com um mini game na poltrona.
As luzes da casa estão apagadas e tudo é iluminado pelas chamas da lareira, que os aquece.
Koburo pega o chá.
- Cuidado que ainda está quente... – diz Hentei.
Koburo bebe um gole.
- Deve ter sido difícil para você – Koburo diz e olha para uma fotografia da esposa de Hentei.
Hentei faz o mesmo.
Ellena brinca com o mini game.
- Katharine era a pessoa mais alegre e bondosa que eu já tinha conhecido... Ela sempre se preocupava com as pessoas mais do que com ela mesma...
Koburo vê uma foto de Katharine, Ellena e Hentei.
- Ela queria engravidar e assim foi feito. Nós tivemos a Ellena. E então veio a notícia... – diz Hentei tirando os óculos e os limpando por estarem embaçados – Os médicos disseram que ela tinha câncer... Foi um choque para mim, mas parecia que Katharine já sabia. – Hentei começa a chorar – Ela disse não ter contado para que não nos preocupássemos, estávamos todos felizes pela gravidez, ela não queria estragar o momento... – Hentei limpa as lágrimas
-... – Koburo se sente mal pelo sofrimento do amigo.
- Katharine faleceu três dias depois...
- Eu sinto muito.
- Não sinta... Ela deixou essa dádiva para mim – Diz enquanto olha Ellena – Ela é o motivo de eu continuar seguindo... O último pedido de Katharine foi “Cuide dela, pois assim como você, ela é uma parte de mim”... e assim eu tenho feito todos esses anos.
- Eu sinto muito mesmo...
- Já se passaram 6 anos, não tem problemas – Hentei dá um sorriso
Hentei vê o envelope na mão de Koburo.
- O que é isso?
Koburo olha o envelope.
- Ah... – Koburo entrega o envelope a Hentei – preciso de sua ajuda com isso.
Hentei abre o envelope e vê o e-mail (carta).
- Entendo, você quer que eu traduza?
- Sim, por favor!
Põe os óculos. Ele pega um papel e um lápis que estavam sobre a mesa e começa a traduzir a carta.
Após terminar faz uma expressão de desentendimento.
- O que foi? O que está escrito? – diz Koburo percebendo a expressão de Hentei.
- Não entendo! Isso aqui não faz sentido! Só são palavras soltas sem ligação nenhuma!
- Me deixe ver... – Koburo pega o e-mail e também não entende.
- Quem lhe enviou essa carta?
Koburo tira o celular e mostra a mensagem, que ainda está em tela, para Hentei.
Hentei lê e devolve o celular a Koburo, que o guarda no mesmo bolso de antes.
- Então você vai mesmo tentar impedir que ele se mate? – diz enfim Hentei.
- Na verdade é “Ela”, uma mulher. Esta não deixou o endereço de onde é lugar onde está. Só deixou essas letras no final do e-mail.
- Sim. RTG é o nome do correio local...
- Lá me entregaram esse outro e-mail... – Koburo inspira – Agora não sei o que fazer...
- Que horas são?
Koburo olha o relógio: 16:34:58
- 16 horas e 35 minutos...
- Não temos muito tempo... – Hentei para e pensa um pouco – Espera... Ele tem se comunicado através de enigmas, então é óbvio que esta carta também seja um!
- Claro! Como que não pensei?!
Eles põem a folha com a tradução sobre a mesa.
Inspecionam com toda cautela.
- Uma mensagem... Um código... Em algum lugar... – Ambos pensavam enquanto tentavam desvendar o enigma.
Seus olhos são rápidos e atentos.
- Achei! – Grita Koburo
“Essa é a palavra que salvaria a vida da moça suicida?”
“Não perca o próximo capítulo: ‘Uma Visão’”
“O Tempo corre sem parar, impiedoso, cruel, frio deus do tempo”Capítulo 5
- Spoiler:
Caractere 5: Uma Visão
- Onde? – diz Hentei espantado.
- Aqui! Na segunda coluna na vertical, tem uma frase que faz um pouco de sentido. – Koburo pega o lápis e começa a contornar a frase
- Entendo... Então não era para se ler na horizontal, como normalmente se lê.
Estava escrito: “Olhar Terceiro Telescópio”
Os dois lêem em voz alta.
- Talvez seja um planeta que devemos olhar – diz Hentei.
- Só se ela for um extraterrestre.
Os dois riem.
- Espera, ela pode estar falando dos telescópios da Torre de Observação de Oiko... – diz Hentei depois de pensar um pouco.
- É, é isso!
- Quantos telescópios existem lá?
- Uns cinco ou seis, eu acho... Com certeza é lá!
Koburo se levanta.
- Eu já vou! Muito obrigado Hentei, fico te devendo esta.
Koburo ameaça a ir embora.
- Espera, eu vou com você! – diz Hentei
- Não. Não quero te envolver nisso.
- Eu já estou envolvido. Você sempre me envolvia na suas confusões quando éramos crianças...
Koburo sorri.
- Por isso não posso te envolver em mais confusões.
- Você acha mesmo que eu vou deixar de participar de uma aventura dessas, e deixar meu melhor amigo de infância na mão?
- Ah, vem logo...
Hentei sorri e pega seu casaco.
Ele se aproxima de Ellena e se abaixa para ficar na altura dela.
Ele coloca as mãos nos ombros dela.
- Fique aqui que o papai vai sair e já volta. Não abra a porta para ninguém. Qualquer coisa já sabe meu número, não é?
- Sim papai! Pode comer biscoito? – diz Ellena com um sorriso angelical
- Pode sim – Hentei se levanta e passa a mão na cabeça dela. – Vamos!
Koburo abre a porta e a chuva tinha cessado.
- A chuva parou – diz Koburo
- É, mas vamos logo, por que ela sempre volta...
Eles entram no carro de Hentei.
O carro começa a andar e Koburo olha o relógio: 16:47: 19
- Koburo.
- Hã?
- Você tem se comunicado com Stella?
- O que?
- Vai falar que se esqueceu da Stella?
Koburo tem um flash de lembrança (uma menininha sorrindo)
- Não, não esqueci. Há anos que eu não falo com ela, perdemos contato.
- É, eu também. Quando chegou a notícia do acidente, meus pais foram embora imediatamente...
- Eu me lembro.
- Desde então nunca mais falei com ela, é uma pena. Mas vocês trocavam e-mails, digo cartas, não?
- Sim, mas quando tínhamos 17 anos ela disse que iria fazer faculdade fora do país. Então nunca mais nos falamos.
- É uma pena não é?
- É...
- Ela era bem apaixonada por você se lembra? Até de deu um beijo debaixo daquela árvore, não lembra?
- Disso eu não lembro – diz Koburo envergonhado –na verdade eu me lembro – pensa ele.
Koburo tem uma lembrança.
[lembrança]
Hentei e Stella (ambos 10 anos) estavam sentados debaixo de uma árvore que projetava uma sombra sobre eles.
Koburo chega e se ajoelha em frente a Stella e estende as mãos segurando uma flor violeta.
- A-aqui, achei uma flor t-tão bonita quanto você Stella! – diz Koburo de olhos fechados e envergonhado.
Stella fica espantada e sorri vendo o rosto de Koburo.
Ela apenas dá um beijo nele, e Koburo se espanta.
[fim]
- Não se lembra mesmo? Você disse até “Nossa você é linda como a flor, me dá uma beijo?”, não lembra? – diz Hentei.
- Não! – Koburo diz e fica ainda mais vermelho.
Hentei o vê naquele estado.
- HEHEHE, sei...
Eles param em frente a um edifício grande.
- É aqui, vamos que não temos muito tempo...! – diz Hentei
Eles saem do carro e um Guarda de trânsito se aproxima.
- Senhor não pode estacionar aqui! – diz o Guarda apontando para a placa de “Proibido Estacionar”.
- Ah, desculpa! Eu vou colocar o carro do outro lado da rua. – diz envergonhado – Koburo vai indo na frente! – grita ele.
Koburo entra no prédio.
Existe um salão bem grande com um balcão, pessoas, etc.
Ele anda até o elevador e vê o mapa. O observatório é no último andar.
Ele entra no elevador que está vazio.
- Stella era muito bonita naquela época... Como ela deve estar agora?... – pensa
Ele olha o medidor, só faltam três andares para o topo.
- Esses elevadores são bem rápidos mesmo, não? – comenta sozinho
Chegado ao ultimo andar ele se dirige aos telescópios.
Tem uma placa presa ao terceiro, “Quebrado” estava escrito.
- O que há de errado com este aqui? – pergunta ele a um dos Funcionários.
- Ele não se meche mais, parece enferrujado.
- Estranho... – pensa Koburo.
Então ele percebe que tem uma moeda sobre o telescópio.
- Tem problema se eu o usar?
- Contanto que não mexa com sua base...
- Obrigado...
Koburo pega a moeda e coloca no telescópio, para que assim possa usá-lo.
Ele olha e vê um prédio.
Aproxima o zoom e vê uma pessoa sentada na beirada do terraço.
- É ela! Como será seu rosto? – pensa Koburo.
Ele aproxima o zoom ainda mais e consegue ver o rosto da moça.
Vem uma imagem na mente dele. Uma menininha sorrindo.
Ele afasta os olhos do telescópio. Estão arregalados.
Com esforço ele diz uma palavra.
- S... Stella!
VOLUME 2
Capítulo 6
- Spoiler:
Caractere 6: Uma Lembrança
Koburo cai no chão e se levanta.
- Stella é a suicida...! – diz ele ainda assustado
Koburo sai correndo e passa por Hentei sem dar a mínima atenção a ele.
- Koburo! Aonde você vai? – Hentei pergunta confuso.
Koburo parece não ouvir.
Ele aperta o botão do elevador, mas este ainda está no térreo.
- ******! – diz Koburo muito nervoso.
Ele olha para o lado e vê uma porta com um desenho de escada.
Koburo corre e entra na porta.
- O que houve com ele? – Hentei pergunta ao Funcionário
- Eu não sei! Ele só estava olhando pelo terceiro telescópio e de repente...! – explica o Funcionário confuso e apreensivo.
- Terceiro telescópio!... – pensa Hentei enquanto olha para o telescópio.
Hentei se aproxima do telescópio e olha por ele.
Vê Stella e sua reação não é melhor do que a de Koburo.
- Stella! Droga, então é ela a suicida?! – diz Hentei e começa a correr pegando o celular e fazendo uma ligação.
Ele olha o relógio: 16:56:32
- ****** de tempo! – pensa ele - Alô...?! – diz ao telefone.
(...)
Koburo está a descer a escada. Muito desesperado ele está.
- Stella... Aff... Stella, por quê?... Stella?! – pensa ele.
Ele começa a se lembrar de sua infância.
[lembrança]
16 anos atrás...
Dia 29 de Janeiro...
Interior de Zorotta...
Dois carros estão estacionados e seis adultos, mais duas crianças, estão paradas em frente a uma casa.
- Nossa a gente não vem aqui desde o ano passado! – diz Hentei
- Puxa, é mesmo! – diz Koburo.
Koburo avista uma menina sentada.
- Ei, aquela não a Stella? – diz Koburo depois de certa análise.
- É sim! Vamos lá! – diz Hentei colocando a mão sobre as sobrancelhas para tapar a luz do sol.
Stella estava sentada debaixo de uma árvore que projetava uma enorme sombra. Ela chorava.
- Nossa! Ela ta chorando! – diz Koburo depois de chegar certa distância de Stella.
- É, deve ser por que a mãe dela tava com uma gripe e morreu a algumas semanas.
- Como que você sabe?
- Ouvi meus pais conversando...
Koburo contrai as sobrancelhas e aumenta a velocidade se seus passos.
Hentei mantêm a mesma velocidade.
Eles chegam perto de Stella.
- Oi Stella! – diz Koburo com um grande sorriso e logo depois Hentei repete o gesto.
Stella, ao perceber que os dois tinham chegado, seca as lágrimas.
- Olá... – diz ela com um olhar triste.
Koburo se senta à esquerda dela e Hentei à direita.
Tem-se um minuto exato de silencio.
- Sabe Stella... – Stella olha para Koburo que acabara de quebrar o silêncio – Quando as tartarugas marinhas ficam grávidas, elas colocam seus ovos na praia e vão embora. Quando os filhotinhos nascem, eles têm de cruzar a areia e entrar no mar, sozinhos. Só alguns conseguem sobreviver às pessoas e animais que pisam e comem eles. Só sobrevivem os que são fortes para seguir... Eu sei que sua mãe foi embora. Mas eu sei que você consegue cruzar a areia. Você é forte!...
Tem-se outro momento de silêncio.
Neste meio tempo Stella olha para Koburo com os olhos arregalados e depois olha para frente apoiando o queixo sobre os braços, que estão sobre as pernas flexionadas.
Ela observa o movimento cuja grama faz com o empurrão do vento.
O silêncio é quebrado por Hentei que se levanta.
- Eu que sou chamado de nerd no colégio e você que fica filosofando?! – diz ele.
Hentei pula em cima de Koburo e eles começam a brincar rolando pela grama. Eles riem.
Stella continua a observar a grama amarelada se movimentando.
- Koburo é gentil – diz ela finalmente
Eles param no mesmo momento.
Hentei por cima e Koburo por baixo.
Koburo olha para Stella e ela sorri.
Koburo fica vermelho.
Hentei começa a rir.
[fim]
Koburo sai do prédio.
Começa a correr pela rua.
- Stella... por quê?! – pensa Koburo.
[Lembrança]
16 anos atrás...
Dia 01 de Fevereiro...
Interior de Zorotta...
Koburo entrega uma flor a Stella.
Stella pega a flor
Stella dá um beijo em Koburo e ele arregala os olhos.
[fim]
Um carro atropela Koburo, mas ele se levanta segurando o braço esquerdo.
O Motorista sai para verificar.
- Me desculpe senhor... O senhor está bem, é que eu não... Perdão...! – diz o Motorista apreensivo.
Koburo ignora e passa pelo motorista sem dá-lo atenção.
- O que há com ele? – diz o motorista vendo Koburo indo embora.
Koburo continua correndo, mas a dor em seu braço dificulta um pouco.
- Droga! Stella...!
[Lembrança]
16 anos atrás...
Dia 4 de Fevereiro...
Interior de Zorotta...
Está chovendo e é noite.
Koburo e seus Pais estão perto do carro deles.
De longe estão Hentei e seus Pais, na casa.
- Vão com cuidado! Daqui a alguns dias nós iremos! – grita um dos Pais de Hentei.
- Sim. Tchau! – grita um dos Pais de Koburo.
Os Pais e Koburo ameaçam a entrar no carro quando Koburo ouve a voz de Stella.
- Espera Koburo!
Ele olha pra trás e ela vem correndo.
- Isso é para você se lembrar de mim sempre... – diz ela entregando algo que ele guarda entre mãos.
Agora ele está dentro do carro e seus Pais dialogam no banco da frente.
Koburo está a jogar um mini game.
Uma luz forte invade o carro e há uma colisão.
(...)
Koburo acorda meio atordoado em uma cama de hospital.
Ele ouve um médico e um policial.
- O acidente foi fatal para os pais... – diz o Médico segurando uma prancheta e preenchendo-a
- É uma pena mesmo, um menino de 10 anos sem os pais. A parte da frente do carro foi destruída por completo, sorte o garoto estar de cinto de segurança no banco de trás... – diz o Policial segurando o seu chapéu em frente ao peito.
Koburo começa a adormecer novamente.
Uma pequena lágrima desce de seu olho.
[fim]
Agora Koburo está correndo e contornando um prédio.
Ao longe ele vê outro prédio e Stella no seu topo.
Ele olha o relógio com certo esforço: 16:59:57
- Stella! – berra ele.
Capítulo 7
- Spoiler:
Caractere 7: Uma Queda
- Stella! – gritou Koburo desesperado.
Em cima do prédio, bem na extremidade estava Stella com um olhar fixo no prédio à sua frente. Sua imagem estava destorcida devido à construção do vidro.
- É assim que eu me sinto – diz Stella para o vento.
O relógio dela desperta e ela olha: 17:00:01
Sem hesitar ela se joga fechando os olhos.
Koburo vê que Stella acaba de se jogar do prédio.
No mesmo momento seus olhos arregalam e ele desmorona, como se algo tivesse arrancado suas pernas naquele momento.
- Não... Stella...! – diz ele com o rosto no asfalto e suas lágrimas descendo.
Com o pouco de energia que lhe restava, ele se ergue com os braços e vê algo ao longe.
Sua expressão triste é substituída por surpresa imensa.
As lágrimas continuavam descontroladamente descendo.
(...)
Stella tomada pela escuridão do interior de suas pálpebras.
- Agora acabou... Essa foi minha última queda... O fim. – pensa ela.
Mas ela abre os olhos assustada por ainda estar viva, e sentir que caiu em algo macio.
Ela caiu em um tipo de colchão de ar gigante.
(...)
Koburo se levanta e continua correndo.
- Ainda não acabou...! – pensa ele – Mas como...? Com a polícia ficou sabendo de tudo...?!
Ele começa a se aproximar e vê Hentei conversando com alguns policiais.
- Hentei... Você conseguiu...! – ele diz bem baixinho por falta de força
Alguns policiais tiram Stella de cima do colchão e a levam até uma cadeira cobrindo-a com um casaco.
Koburo chega perto de Hentei.
Ele está ofegante, suando exageradamente.
Hentei olha para Koburo e Koburo o olha.
Koburo chora mais.
- Ah vamos, para de chorar. Deu tudo certo afinal. – diz Hentei
Koburo seca as lágrimas.
- Hentei... Obrigado.
- Você nunca muda não é? O mesmo moleque de sempre. Claro que não precisa agradecer. Quando vi que era Stella, e o tempo estava acabando, liguei para um amigo da polícia que veio para cá em menos de um minuto – explica Hentei
- Foi bem louca essa correria, não? HEHEHE – diz Koburo já recuperando seu fôlego.
- Como nos velhos tempos amigo... Como antigamente...
Koburo se vira para trás e vê Stella sentada numa cadeira.
Ela parece confusa.
- Vai lá... – diz Hentei
Koburo o olha e recobra a postura.
Ele anda até Stella.
Senta-se em um caixote de madeira que estava próximo dela.
- Deu tudo certo Stella, agora vai dar tudo certo. Você é forte, não precisava apelar para o suicídio – diz ele
quebrando o silêncio.
Stella o olha com o mesmo olhar fixo e confuso.
Koburo a encara.
- Tem algo diferente nela... – pensa ele – Por que você mandou-me o e-mail? – diz Koburo testando-a.
- Escolhi eleatóriamente na lista telefônica. – diz ela sem hesito, sem emoção.
Koburo dá uma risada.
- Entendo.
Ele se levanta
- Ah, isso é seu – diz ele tirando o pingente do pescoço e entregando a Stella, que segura sem nenhuma reação.
Ela fica olhando fixamente para o pingente em suas mãos.
Koburo começa a andar pela rua.
Hentei vê.
- O que houve? - pensa ele.
Koburo caminha com a mente vazia.
Ele não chora. Ele não ri. Só caminha.
Ele vê a Velha Mendiga.
- Jovem me dê um pouco do que tens. – diz ela.
Ele não ouve. Só caminha.
Ele anda até o banco na casa abandonada e se senta.
Dá um sorriso meio triste.
- Minha parte foi feita – diz e abaixa a cabeça, seu sorriso permanece.
(...)
Stella continua olhando para o pingente e os policiais organizando tudo para retirada.
Seus olhos continuam fixos no pingente. Os policiais esvaziam o colchão.
Seus olhos continuam fixos no pingente. Um policial se aproxima dela.
- Te levaremos a uma clínica médica após o fim da organização. Fique tranqüila Stella.
Ela parece nem ouvir. Seus olhos continuam frios, sem emoção.
Seus olhos continuam vidrados no pingente.
Então a expressão de Stella muda por completo. Seus olhos, ainda vidrados, se arregalam. Parece que ela acaba de acordar para o mundo real.
- Koburo...! – diz ela, finalmente, ainda olhando o pingente.
Re: LAST EMAIL(roteiro)
:shock:gostei mas ja eo final
paulohugo- Mensagens : 1107
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Re: LAST EMAIL(roteiro)
paulohugo escreveu::shock:gostei mas ja eo final
vlw cara kkk É já tá no finalzinho já. São 10 capítulos, mas praticamente acaba no 9 e o 10º é tipo um especialzinho
paulohugo- Mensagens : 1107
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Re: LAST EMAIL(roteiro)
Ansioso para ver o que ela vai dizer
ChenLong- Mensagens : 644
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Re: LAST EMAIL(roteiro)
Eu percebi que em sua assinatura pedia um comentario meu...Então la vai...
Eu gostei do seu roteiro e vc esta de parabens,eu não sou muito boa em dar conselhor,dicas essas coisas então eu não sei o que dizer, so que estou esparando ansiosa o proximo capitulo \o/.
Eu gostei do seu roteiro e vc esta de parabens,eu não sou muito boa em dar conselhor,dicas essas coisas então eu não sei o que dizer, so que estou esparando ansiosa o proximo capitulo \o/.
laahiane- Mensagens : 12
Data de inscrição : 11/05/2012
Idade : 27
Localização : São josé dos campos -São Paulo
Re: LAST EMAIL(roteiro)
laahiane escreveu:Eu percebi que em sua assinatura pedia um comentario meu...Então la vai...
Eu gostei do seu roteiro e vc esta de parabens,eu não sou muito boa em dar conselhor,dicas essas coisas então eu não sei o que dizer, so que estou esparando ansiosa o proximo capitulo \o/.
vlww por ler Pode deixar q em breve eu posto o próximo capítulo
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Capítulo 8
- Spoiler:
- Caractere 8: Um Pingente
- Koburo...! E-Eu me lembro... – diz Stella
[lembrança]
16 anos atrás...
Dia 8 de Janeiro...
Interior de Zorotta...
Uma casa rosa.
Stella, ainda criança, 10 anos, está no corredor ao lado de seu Pai. Eles andam em direção ao quarto em que sua Mãe está.
Chegam à porta.
- Pai, sinto cheiro forte de rosas. – diz Stella
- Sim minha filha... – o Pai dela está chorando por trás de seus óculos.
- Crianças especiais como você Stella são capazes de sentir o que nós adultos não podemos. – diz a Mãe de Stella.
O quarto em que ela está é meio escuro. As únicas fontes de luz são a porta e as frestas que a cortina não consegue cobrir a janela aberta.
Stella olha para o seu Pai e ele acena com a cabeça positivamente. E acena com as mãos mandando que Stella vá até sua Mãe.
- Vai lá Stella – diz ele baixinho.
Stella anda até sua Mãe.
Sua mãe dá um sorriso.
- Eu sou uma criança especial mãe? – pergunta Stella
- Sim, muito, eu também senti, quando pequena, o cheiro de rosas quando minha vovó estava muito doente. Pouco antes de ela falecer...
- Mãe, a senhora está pálida!
- Não se preocupe com isso Stella, é por causa dessa gripezinha passageira. – a Mãe da Stella diz e começa tossir cobrindo o rosto com o lençol.
- Mãe, a aqui ta sujo... – Stella aponta para o canto da boca.
A Mãe pega um lenço e limpa.
- Sangue?! – pensa ela
- Está tudo bem mãe?
- Sim, filha, está... – A Mãe tosse novamente cobrindo a boca com um lenço, ela olha e o lenço está sujo de sangue – está tudo bem – ela dá um sorriso.
Agora ela fica séria.
Tira o cordão e coloca em Stella.
- Stella. Isso é um pingente que é um amuleto mágico. Ele protegerá a pessoa que usá-lo, de todo o mal.
Stella pega o pingente e fica olhando a imagem nele. Ela não entende.
A Mãe segura a mão desocupada de Stella.
- Ele só funciona se for passado para pessoa que você ama. Então só dê este pingente para pessoa que você mais amar neste mundo.
Stella continua olhando o pingente.
- Stella... Eu te amo... – diz a Mãe.
Essas foram suas ultimas palavras.
O vento movimenta a cortina, fazendo com que ela se levante para dentro, e o quarto é todo iluminado pela luz que passa pela janela
A cortina retorna para seu lugar de normalidade.
Stella olha para mãe e vê que ela fechou os olhos.
- Mãe, você está dormindo? Sua boca está suja de novo... – diz ela apontando por um filete de sangue que escorre pelo canto da boca da Mãe.
O Pai, que tinha ido beber água, volta e vê a Mãe desacordada, com a mancha de sangue.
Ele tem uma expressão de horror e uma lágrima desce de seus olhos novamente.
- Não! – grita ele enquanto corre para cima da Mãe.
[fim]
- Agora eu acordei... Koburo – ela diz com um ar assustado e ainda confuso.
Hentei ao longe conversa com um Médico.
- Parece que ela teve um surto psicótico. Talvez por algum trauma, ou algo do gênero. – diz o Médico
- Entendo... – diz Hentei dando uma rápida olhada em Stella que está sentada na cadeira ao longe, olhando o pingente.
- Koburo foi você que me salvou de novo... e eu...
[lembrança]
16 anos atrás...
Dia 4 de Fevereiro...
Interior de Zorotta...
Todos se despedem de Koburo e seus Pais.
Stella olha para o pingente que está pendurado em seu pescoço.
Ela lembra sua mãe dizendo "... dê este pingente para pessoa que você mais amar neste mundo..."
Stella sai correndo em direção a Koburo.
- Stella, volta aqui – diz o Pai dela.
Stella ignora.
- Koburo! – grita ela.
Koburo a olha e dá um sorriso.
- Isso é para você se lembrar de mim para sempre... – diz ela entregando o pingente na mão de Koburo.
Ele olha o pingente.
[fim]
-... Koburo, você confiou em mim... – Stella se levanta e anda em direção a escadaria do prédio de que acabara de pular. Ninguém a vê - ... E eu te decepcionei...
[lembrança]
Koburo no carro jogando mini game.
Uma luz intensa invade o carro.
O pingente brilha com a luz.
[fim]
- Como pude me esquecer de algo tão importante?... Como?... – diz ela enquanto sobe as escadarias.
“Qual será o próximo passo de Stella?”
“Próximo capítulo: Um Último E-mail”
“Independentemente de nós, o tempo continua seu rumo ao infinito”
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Well... Ninguém leu 'o' mas blz...
E o último capítulo capítulo para vocês(?)
Depois ainda tem o cap 10 que é tipo um "especial"...
E o último capítulo capítulo para vocês(?)
- CAPÍTULO 9:
Logo após os comerciais!...
Depois ainda tem o cap 10 que é tipo um "especial"...
Re: LAST EMAIL(roteiro)
lol gostei
paulohugo- Mensagens : 1107
Data de inscrição : 13/08/2011
Idade : 32
Localização : na tela do seu monitor
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Terminado os comerciais, ai está o último capítulo o/ Espero que não odeiem
Capítulo 9
- Spoiler:
- Caractere 9: Um Último E-mail
Os pés de Stella sobem as escadas.
Koburo está sentado no banco, que não fica muito longe do prédio donde Stella se jogara.
Ele pega o celular que está em seu bolso e escolhe a opção de excluir todos os e-mails.
Ele confirma a operação. “E-mails excluídos com sucesso” é a mensagem que aparece.
Ele pressiona o botão para voltar a tela inicial.
Com o celular ainda em mãos, ele abaixa a cabeça e suspira.
O celular toca. Ele olha.
“Um novo e-mail”
- Droga! Acabei de limpar a caixa de entrada de e-mails! – pensa ele.
Ele abre o e-mail.
- Número desconhecido – pensa ele.
Estava escrito:
“Perdão, você é uma pessoa importante e eu
não poderia me esquecer de você.
Desculpe-me pela decepção.
Obrigada por tudo, você sempre me incentivou.
Agora só me resta dizer ADEUS”
Koburo relê como de costume. “Perdão...” “Obrigada por tudo...” “ADEUS”.
“ADEUS... ADEUS... ADEUS... ADEUS”
Ele entendeu a mensagem.
- Ela vai tentar de novo! – Koburo diz para si.
Ele coloca o celular no bolso se levanta e corre como se sua vida dependesse de correr. A vida dele não, mas a de Stella sim.
(...)
Stella larga o celular. Ele cai no chão
Estava escrito “E-mail enviado com sucesso”
Começa a chover repentinamente.
Ela começa a andar em direção a beira do prédio.
(...)
Koburo corre desesperadamente.
- Não Stella! O que houve?!... – pensa ele – O que fez você se lembrar?!
Ele se lembra dela falando enquanto eles eram pequenos.
[lembrança]
- Isso é para você sempre se lembrar de mim – diz Stella.
Koburo olha o pingente
[fim]
- O pingente! – ele se lembra.
Ele continua correndo e vê o prédio ao longe.
(...)
Stella continua andando e sobe no muro que separa o prédio do vazio do ar.
(...)
Koburo está subindo as escadas.
Hentei vê o acontecido.
- Por que Koburo está subindo o prédio? – pensa ele.
Então Hentei percebe que Stella está em lugar nenhum.
- ******! Policia a Stella vai tentar pular de novo! – grita ele e começa a correr em direção ao prédio e dois policiais o seguem.
(...)
Stella está a ponto de pular.
- Agora é o fim. Só me resta o vazio sombrio e gélido da morte. Koburo... Hentei... – Ela se lembra do rosto de Hentei e Koburo rindo quando crianças - Adeus... – diz ela ao vazio.
- STELLA! – grita Koburo.
Ela vira-se para trás.
- Não faça isso – diz ele ofegante, continua a chuva que parece ficar mais forte – Não vale a pena. Ainda há tempo. Você é forte! – diz ele.
[Lembrança]
- Eu confio em você. Você é forte! – diz Koburo
Stella arregala os olhos com uma expressão de surpresa.
[fim]
Stella está com os olhos arregalados, com a mesma expressão que quando menina.
Ela fica com os olhos preenchidos por lágrimas.
Começa a chorar.
- Eu ainda acredito em você. Tudo tem volta. Você ainda é forte - diz ele por fim.
- Perdoe-me, eu não queria ter me esquecido. Eu não sou forte como você disse, eu não mereço sua confiabilidade. Você é importante para mim. E-eu t... – diz ela, mas é interrompida por um algo.
Ela ameaça a voltar, mas seu pé escorrega e ela tomba para trás.
Koburo se antecipa e segura ela pelo braço a puxando para dentro.
Os dois caem ajoelhados abraçados.
“A chuva leva as mágoas e ressentimentos. Permanece o essencial. O invisível.”
“As águas da chuva misturam-se com as lágrimas de ambos.”
Hentei com os policiais chegam ao terraço.
- Pode deixar. Ele a salvou novamente. – Hentei diz sorrindo.
Continua a chover.
“A chuva está a assear. Este não é o Fim.”
“Último capítulo: Uma Fotografia”
“O tempo irá sempre prosseguir, mesmo que a chuva não regue os mortais”
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Quanto tempo eu não apareço por aqui?
Cara, muito doido.
Eu consegui visualizar a cena inteira.
A chuva, os dois abraçados de joelhos.
Muito doido!
Está muito bom! Quero ler logo o próximo
Cara, muito doido.
Eu consegui visualizar a cena inteira.
A chuva, os dois abraçados de joelhos.
Muito doido!
Está muito bom! Quero ler logo o próximo
ChenLong- Mensagens : 644
Data de inscrição : 18/05/2012
Idade : 34
Localização : Rio Grande do Sul - RS
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Aew Chen o/
Vlw cara, eu achei que não iam gostar muito do final e tals... mas parece que gostaram kkk
O próximo capítulo pode não ser muuito agradavel de se ler, pq é meio montado pra mangá e tals
Vlw cara, eu achei que não iam gostar muito do final e tals... mas parece que gostaram kkk
O próximo capítulo pode não ser muuito agradavel de se ler, pq é meio montado pra mangá e tals
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Se for bem detalhado, dá para visualizar bem, então com certeza vai ficar bom
Ansioso xD
At.
Ansioso xD
At.
ChenLong- Mensagens : 644
Data de inscrição : 18/05/2012
Idade : 34
Localização : Rio Grande do Sul - RS
Re: LAST EMAIL(roteiro)
com grande prazer que venho te parabenizar dariks por indicação do kreby eu começei a ler last email, que simplesmente achei espetacular, adoro textos que prendem o leitor, não paro de ler ate chegar ao final..adorei.. mais espero anciosamente os capitulos finais.
cada roteiro que eu for lendo vou deixando comentários ok ^^
cada roteiro que eu for lendo vou deixando comentários ok ^^
Gracii- Mensagens : 9
Data de inscrição : 16/02/2013
Idade : 33
Re: LAST EMAIL(roteiro)
entao posta pra nos... ler
Gracii- Mensagens : 9
Data de inscrição : 16/02/2013
Idade : 33
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Uehue vou postar. Só deixa eu ver se eu acho o roteiro aqui no pc, faz tanto tempo que não vejo a pasta do Last Email...
Agora auto-divulgação:
A estória que estou me dedicando atualmente é esta, deem uma olhadinha no link abaixo do meu tópico; a estória chama-se Olá, eu sou um stalker:
https://dpzine.forumeiros.com/t1879-ola-eu-sou-um-stalker
Até.
Agora auto-divulgação:
A estória que estou me dedicando atualmente é esta, deem uma olhadinha no link abaixo do meu tópico; a estória chama-se Olá, eu sou um stalker:
https://dpzine.forumeiros.com/t1879-ola-eu-sou-um-stalker
Até.
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Sabe, eu geralmente tenho uma imensa preguiça de ler roteiros. Mas tinha ouvido que você escreve muito bem, então, aleatoriamente, escolhi uma de suas estórias. E, sério, está incrível! Eu simplesmente adorei! É uma história que nos prende e nos faz querer ler até o final. Além de que você descreve as cenas maravilhosamente.
Espero que poste o 10° capítulo, pois eu realmente quero ler o final desta obra...
Espero que poste o 10° capítulo, pois eu realmente quero ler o final desta obra...
Marry Costa- Mensagens : 28
Data de inscrição : 18/05/2013
Localização : Teresópolis/RJ
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Muitos arigatos
Ainda bem que você me lembrou; vou postar o último capítulo
PS.: Quem me indicou?? O.o kkkk
Ainda bem que você me lembrou; vou postar o último capítulo
PS.: Quem me indicou?? O.o kkkk
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Aee o ultimo capítulo finalmente.
Este é um capítulo especial, mais propriamente dizendo, e ficaria mais apresentável desenhado... Mas vai assim mesmo.
Este é um capítulo especial, mais propriamente dizendo, e ficaria mais apresentável desenhado... Mas vai assim mesmo.
Caractere 10: Uma Fotografia
- Capítulo 10:
“O tempo prosseguiu”
“Coisas mortais mudam, mudam adjacentes ao tempo”
Cidade de Oiko...
“9 anos se passaram após o último e-mail”
Uma mão de criança abre uma caixa com várias fotografias.
As fotografias estão em ordem de acontecimento.
Koburo e Stella estão se beijando
Stella está grávida
Koburo e Stella se casando, Stella com uma enorme barriga de grávida
Stella com roupa de noiva em uma maca fazendo trabalho de parto
Stella na cama do hospital com um Bebê no colo
Koburo e Stella segurando o Bebê
O Bebê aprendendo a andar
O Bebê tomando banho em uma banheira
Koburo, Stella e Hentei
Koburo, Stella, Hentei, Ellena e o Bebê
Hentei com o Bebê
Hentei sentado ao lado de Ellena segurando o Bebê
Hentei com uma Mulher
Hentei beijando uma Mulher
Hentei no meio, Ellena beijando a bochecha direita e a Mulher beijando a direita
Koburo beijando a barriga de Stella que está grávida.
Uma voz é escutada da varanda. Onde tem uma vidraçaria.
- Filho vem tirar a foto! – diz Stella
A criança que está segurando a tampa da caixa onde estão as fotografias.
Ele as guarda.
Fecha com a tampa. Está escrito: “Memórias.”
A sala está sendo iluminada pela luz que entra pela varanda.
O menino se levanta do chão e contorna a mesinha onde está a caixa.
- Heji, vem logo! – diz Koburo
- Já to chegando! – diz Heji
Heji vai em direção à varanda onde existe um sofá.
O Fotógrafo está preparando para tirar a fotografia.
Ele acena com as mãos.
- Um pouco pra direita... Agora mais um pouco para esquerda... Junta mais... Agora sim...
Digam ZIP! – diz o Fotógrafo.
O flash é ativado.
Uma fotografia em família:
(Começando pela esquerda) Hentei sentado em uma poltrona ao lado do sofá. Sua esposa (Anaze) está sentada no colo dele. Ellena está meio atrás e meio do lado da poltrona.
No sofá estão Koburo, Heji e Stella (grávida). Todos estão com uma blusa correspondente a seus nomes:
Hentei, Anaze, Ellena, Koburo, Heji, Stella e na mesma blusa de Stella está escrito: Anata ( seria o nome do Bebê Menina que virá a nascer)
“O tempo não foi veloz. O tempo não foi vagaroso. O tempo correu como o tempo deve correr. O Deus do Tempo foi gentil.”
--- LAST EMAIL - FIM ---
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Sáb Abr 20, 2024 2:41 pm por juanito
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