LAST EMAIL(roteiro)
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LAST EMAIL(roteiro)
Relembrando a primeira mensagem :
Sinopse:
"Koburo vive pacificamente em uma cidade normal, tem uma vida tranquila, até que ele chega. Um e-mail chega ao celular de Koburo, cujo conteúdo é uma declaração de suicídio de um indivíduo. Koburo agora corre contra o tempo para evitar que o suicida cometa um erro eterno, em meio dessa confusão lembranças são trazidas à tona."
Sinopse:
"Koburo vive pacificamente em uma cidade normal, tem uma vida tranquila, até que ele chega. Um e-mail chega ao celular de Koburo, cujo conteúdo é uma declaração de suicídio de um indivíduo. Koburo agora corre contra o tempo para evitar que o suicida cometa um erro eterno, em meio dessa confusão lembranças são trazidas à tona."
Capítulo 1
- Spoiler:
- Caractere 1: Um E-mail
“Sou Koburo, moro em Oiko desde que nasci... conheço todos os habitantes desta cidade, só não garanto que todos eles me conheçam.
“Ultimamente tem chegado muitos imigrantes de Zorotta. Um terremoto devastou a cidade nos últimos meses.
“Aqui, além de ser uma cidade razoavelmente grande, é um lugar muito acolhedor, com suas praças e pessoas alegres.
“Eu amo essa cidade”
O telefone de Koburo toca e ele olha: “Um novo E-mail”
Koburo abre o e-mail.
Koburo (pensa): Número desconhecido...
O e-mail dizia:“Tirar a vida que me pertence irei.
Marcado às 17 horas o fim está, sem atrasos ou precipitações.
Me ajude, você é a minha última chance.
RTG”
Koburo olha por alguns segundos e relê o pequeno poema.
“Tirar a vida...” “... 17 horas...” “Me ajude...” “Última chance”, essas frases mudaram por completo a vida de Koburo a partir que a informação foi armazenada em sua memória de curto prazo através de suas meras pupilas.
Agora ele suava.
- Será trote de gente que não tem nada pra fazer? - se perguntava Koburo
Mas a frase martelava a sua mente: “Me ajude...”.
Uma buzina de caminhão é tocada no momento em que ele arregala os olhos.
Tinha uma expressão de extremo pavor.
Ele correu sua mão vagarosamente, levando o celular até o bolso direito da jaqueta.
Agora ele andava, ou melhor, andava rápido.
Não. Ele corria.
O pânico, assim como a dúvida, tinha tomado por completo a sua mente.
Ele corria e chorava.
- Por que choro? Pode ser apenas uma infeliz brincadeira... – ele dizia-se, tentando recuperar o autocontrole.
Mas as frases não o deixavam pensar, “Tirar a vida...” “Me ajude...” “Última chance.” “17 horas...”.
Ele ouvia as vozes das pessoas, estavam entrando pelos seus ouvidos aleatoriamente, mas ele só conseguia pensar naquelas frases, “Tirar a vida...” “17 horas...”
Ele parou de repente.
- Não posso ter esse comportamento...
E frase voltava “17 horas...”
- Tenho que pensar com cautela. “17 horas”, sim...
Koburo olha o relógio digital e negro que está preso ao seu pulso: 15:37:12
- Tenho menos de uma hora e meia. Mesmo que haja a dúvida da veracidade do e-mail, eu não posso correr o risco de deixar alguém cometer um erro eterno.
Ele pega o celular no bolso direito de sua jaqueta marrom.
A mensagem ainda está em tela.
Ele analisa com toda a sagacidade.
Decide confiar no conteúdo.
Olha as letras escritas no final do pequenino texto. “RTG”.
- Essa sigla... é o nome de algum lugar...talvez um comércio...não me é estranho... – pensa Koburo.
Ele anda até o final da rua onde há uma loja.
Ele abre a porta da loja e o sininho alarma sua entrada.
A lojinha é constituída por várias estantes, preenchidas por revistas, utensílios e alguns pacotes de alimentos.
O balconista está a discutir com um comprador. A atenção deles não é desviada para Koburo.
Na loja só estão Koburo, uma Funcionária que está em um dos corredores, o Freguês que usa uma jaqueta e boné vermelhos e que mantém o tom de voz alto o suficiente para competir com o Vendedor, que tem uma idade superior à de todos já citados.
- Neste produto está dizendo um preço e o senhor vem me cobrar mais caro! – diz o Freguês mostrando uma lata de ervilhas para o Vendedor.
- O preço foi alterado, o rótulo irias ser mudado depois das 17 horas, entenda! – diz o Vendedor sem se intimidar diante do Freguês.
A frase volta martelar na mente de Koburo, “17 horas...”, e ele olha o relógio de parede da loja: 15:39:53
Isso lhe faz lembrar o seu objetivo.
- Procurar na lista telefônica o local de nome RTG e o seu endereço, ele deve tentar suicidar neste estabelecimento. – pensa Koburo.
Ele anda até uma prateleira giratória e põe a mão sobre uma lista de capa azul e espessura mediana.
Observa a Funcionária que varre o chão da loja.
Ela aparenta uns 26 anos.
Ele a olha e ela o olha. Os olhos dela são cansados e depressivos, tomados por intensas olheiras.
Ele não resiste à tensão e retorna seus olhos para a lista.
Pega a lista e se dirige ao caixa.
Os dois indivíduos continuam a discutir.
- Dane-se a mudança, eu exijo meus direitos! – diz o Freguês.
- Eu também tenho os meus direitos! – diz o Vendedor.
Koburo tenta chamar a atenção do vendedor para poder pagar pela lista.
- Com licença... Com licença eu quero comprar isso... Eu tenho pressa...! – diz Koburo.
Nada. Nem sinal de que algum deles notou a presença do jovem.
- Com licença! – ele diz.
Eles tenta aumentar a voz, mas esta já é baixa por natureza.
- Com licença – Ele tenta novamente com toda a sua paciência.
Neste momento uma linda Jovem sai de trás da loja e vem atender Koburo.
Ele se impressiona com tamanha beleza.
- Me desculpe pelo meu pai. Eles dois discutem pelo menos uma vez por semana – diz a Jovem com sua voz suave e meiga.
-... – Koburo fica sem voz.
-... Sabe, isso é um tipo de amor... – continua Jovem, ficando com o rosto corado.
- Sem problemas... – diz ele depois de certo esforço.
- Eu sou Enny.
- P-prazer, me chamo Koburo. – Ele fica com a face avermelhada.
Eles olham para baixo e tem-se um momento de silêncio.
- Ah, eu vou levar e-essa lista telefônica...
- Ah, sim...
Koburo paga a moça e sai da loja.
Se vira e olha através da vitrine aquela jovem beldade, que também o olhava.
Ela fica vermelha e sorri envergonhada, e ele retribui o sorriso.
Koburo desvia o olhar para o relógio: 15:49:02
- A hora passa rápido quando se tem pressa – pensa Koburo consigo mesmo.
Ele anda até um banco que tem ali perto. O banco fica em frente a uma casa abandonada.
Ele abre a lista e começa a procurar.
- RTG... RTG...
Sua procura é interrompida por um “psiu”.
Ele olha para os lados, e nada.
- RTG... RTG... – ele ignora e continua a sua procura.
- Psiu.
Ele olha para os lados. Nada.
- Espera... – pensa ele.
Koburo se vira e olha a casa abandonada.
- Psiu – ouve-se novamente.
- Calma ai... Essa casa não está abandonada?
- Ei, você no banco!
Koburo se levanta em um pulo e vai se afastando, de costas, da casa.
Capítulo 2
- Spoiler:
- Caractere 2: Uma Dívida
Koburo olha para o banco e percebe que deixou a lista sobre ele.
- Droga! A lista! – pensa ele
Se aproxima do banco, muito cauteloso, de olho na casa.
Ele está chegando perto...
- Psiu!
- Droga! Será que essa casa foi invadida por fantasmas? – pensa alto o Koburo.
Ele olha para lista na segunda linha página que ficou aberta: “RTG”.
- A-achei...! – pensa ele.
De repente um bêbado se levanta de trás do banco.
- Koburo é você! Tava chamando o cara daqui do banco, não sabia que era você maninho!...
- Nossa que bafo de cachaça – pensa Koburo fazendo um cara de nojo – Naharo... Só podia ser... – diz
- E ai mano tudo em cima?
- O que você quer?
- Cê tem fogo?
- Naharo, você está me devendo 50, cadê o dinheiro?
- Calma carinha! Se Naharo deve, Naharo paga!
- Então por que não me paga agora?
- Eu vou pagar só não tô com a grana agora... Mas a prioridade é o fogo. Tem? – diz Naharo tirando um cigarro do bolso de sua camisa encardida.
- Eu sempre tenho fogo – Koburo diz com um sorriso esboçado no rosto.
Ele coloca a mão no bolso da jaqueta e tira a mão acenando com o dedo do meio.
- Tá aqui seu fogo! – diz Koburo tirando o sorriso do rosto.
- Hei, Koburo, onde estão seus modos?
Koburo pega a lista em cima do banco, marcando a página desejada com o dedo.
Ele sai andando.
- Da próxima vez que nos encontrarmos é melhor que esteja com o dinheiro, se não quem vai te cobrar é polícia.
Koburo continua andando.
- O que há de errado com você? – pensa alto Naharo.
Koburo consegue ouvir.
Koburo para.
- Não sou eu o errado nessa história – diz Koburo.
- Nossa! Ele ouviu! – pensa Naharo com uma expressão de espanto.
- Enquanto uma pessoa está a ponto de tirar a própria vida, vocês estão desperdiçando-as por coisas inúteis, como brigar... Beber e mendigar pela rua. – Koburo bem que queria ter dito isso, mas as palavras não ultrapassaram a fina linha que separa as palavras concretas dos pensamentos.
Koburo continua andando deixando Naharo para trás.
Ele abre a lista e logo vê “RTG”. Olha o endereço: Rua Memorial Ethor.
Ele esbarra em uma pessoa e pede desculpas, mas isto não foi recíproco.
Ele vê o homem indo embora e olha a placa que o tal acabou de ultrapassar.
“Rua Memorial Ethor”
- Nossa, às vezes eu me assusto com o universo... – pensa Koburo.
Ele olha de onde veio.
- Se eu vim de lá... Então o tal RTG deve ser para lá – diz ele olhando em direção ao final da rua. – Sorte que não é em outra cidade ou algo do tipo... – diz ele aliviado.
Koburo continua a andar e percebe uma Velha pedindo esmola. A moça, que estava um pouco mais a frente de Koburo, ignora a Velha.
Koburo olha pra cima, respira fundo e anda em direção a Velha.
- Droga! Por que eu tenho que ser sempre tão bonzinho com as pessoas.
Ele chega perto dela.
- Por favor, meu jovem pode doar-me um pouco que tens?
- Sim senhora – Koburo diz com um grande sorriso – Aqui está – ele coloca a moeda, que já tinha preparado, dentro da caneca de alumínio que a Velha tem em mão.
Koburo sai andando.
- Pelo menos fiz uma boa ação por alguém menos favorecido que eu – diz isso sorrindo.
A Velha olha para dentro da caneca.
- Só isso?! Que miséria!
Koburo para e tira o sorriso que lhe prevalecia anteriormente.
- O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊS?! – berra isso sem ao menos virar-se para a Velha.
Ele está ofegante.
Todos estão o olhando. Ele abre a lista e a olha para se esconder dos olhares de reprovação dos demais.
Ele anda assim até chegar a um pequeno edifício no final da rua.
“RTG – Seu correio local”
- Ah, então é um lugar onde se recebem e enviam e-mails... – diz Koburo a si mesmo
Ele olha para seu relógio: 16:00:07
- Ainda estou a tempo de salvar a vida de quem está em dúvida entre a vida e a morte... – Pensa Koburo respirando fundo – Estranho ele estar em um correio – diz ele em voz baixa.
Capítulo 3
- Spoiler:
- Caractere 3: Um Amigo
Começa a chover fraco.
Koburo entra no correio e ao fundo se toca uma música suave.
Só há um Funcionário presente.
Koburo se aproxima.
- O que deseja? Enviar ou receber? – diz o funcionário que parecia energético.
- É meio difícil ser ele, mas eu vou perguntar – pensa Koburo – Eu sou Koburo, foi você q... – diz
- Ah, Koburo! Uma Moça deixou uma correspondência para você!
- Uma Moça?... Que me conhece?!... – pensa Koburo.
- Espera um instante que eu vou ver aqui – diz o Funcionário se abaixando e mexendo em uma caixa.
Koburo olha para uma frase que está escrita em uma faixa presa à parede:
“A salvação só depende de teus atos, de tuas escolhas”
O Funcionário se levanta segurando um envelope.
- Aqui está senhor Koburo – ele entrega o envelope à Koburo – se não for para o senhor, por favor, devolva.
-?
- A Moça que me entregou isso não deu descrição do destinatário, então... Pode não ser o senhor.
- Tudo bem! – diz Koburo dando um sorriso – Qual é o autor daquela frase? – diz apontando para a faixa lida anteriormente...
O funcionário dá uma olhada.
-Ah, não sei, deve ser de algum desses filósofos antigos...
Os dois riem.
Koburo olha o envelope.
- Como era a Moça que lhe entregou isso?
- Ah... – O Funcionário segura o queixo e olha para cima – muito bonita!
- Obrigado!
Koburo diz e sai da loja e fica debaixo da marquise.
- Ohhh! Grande descrição a dele... – pensa.
Koburo abre o envelope e tira um papel com vários caracteres.
- Droga! Está em outra língua!
Koburo olha para ver se acha assinatura. Nada.
- E agora... Aqui na cidade não tem tradutores... A não ser... Hentei... – pensa Koburo.
Ele guarda o e-mail dentro do envelope.
- Ele é um poliglota e trabalha fora do país como professor de línguas. Nesta época do ano ele volta para casa, aqui em Oiko. – pensa ele.
Koburo acena para um taxi e entra no primeiro que para.
- Avenida Hashima, por favor. – diz Koburo ao Taxista.
- Há anos não nos falamos... Desde a morte dos meus pais... – pensa Koburo e um flash de lembrança invade sua cabeça. Há fogo. – como ele deve estar agora? Será que casou e tem filhos? Ou só vive para o emprego?
O táxi dá uma freada brusca.
- Desculpe senhor Koburo... Sabe a chuva atrapalha a visão. Uma criança passou correndo aqui em frente!... – diz o Motorista.
- Sem problemas Kraz – diz Koburo sorrindo.
Kraz vê o envelope na mão de Koburo através do retrovisor.
- Vai visitar alguém senhor Koburo?
- Ah, sim. O Hentei.
- Hentei! Nossa faz tempo que vocês não se vêem! Desde o incidente na ponte 13, não é?
- Sim.
- Diga que mandei um abraço para ele! E meus pêsames também...
- Pêsames? – pensa Koburo.
O carro para.
- Pronto é aqui.
- Quanto que foi?
- Não, não. Essa fica por cortesia da casa, considere como um presente de Natal adiantado! – Kraz sorri.
- Obrigado senhor Kraz! – Koburo retribui o sorriso – Há horas que percebemos que realmente existem pessoas boas. Amigos, uma das velas acesa em meio à escuridão – reflete Koburo olhando o rosto de Kraz.
Koburo corre, cobrindo a cabeça com a jaqueta protegendo com toda a cautela a carta, e para debaixo de uma marquise.
Ele toca a campainha da casa de Hentei.
Pelo vidro fosco percebe-se uma silueta de baixa estatura se aproximando da porta.
Última edição por Dariks em Qua maio 30, 2012 2:46 pm, editado 5 vez(es)
Re: LAST EMAIL(roteiro)
goldslash escreveu:dashuadshuus maneiro... È corrida contra o tempo... A possível mule vai se mata...
Acho q ela gosta dele e ele é um motivo de ela se matar...
Mas aí posta os 10 caps pow.
HHEHEHE vc nunca vai saber... na verdade vai saber sim kkkk... Mas acho que o final vai ser meio decepcionante, sei lá kkkkkkk Daqui a pouco começam os flashbacks da história... Vocês perdem por esperar kakkakaka zoa
Re: LAST EMAIL(roteiro)
quando sai o manga?
kreby- Mensagens : 1473
Data de inscrição : 23/04/2012
Idade : 38
Re: LAST EMAIL(roteiro)
kreby escreveu:quando sai o manga?
Um dia desses sai... zoa zoa kakkaka
Eu tinha parado um pouco de desenhar, mas agora eu voltei to na metade do manuscrito do 1º capítulo. To meio enrolado com ele, mas pode deixar q eu vou tentar terminar pelomenos os cap 1 o mais rápido possível
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Ipsilon escreveu:Dariks escreveu:kreby escreveu:quando sai o manga?
Um dia desses sai... zoa zoa kakkaka
Eu tinha parado um pouco de desenhar, mas agora eu voltei to na metade do manuscrito do 1º capítulo. To meio enrolado com ele, mas pode deixar q eu vou tentar terminar pelomenos os cap 1 o mais rápido possível
Manda oq vc fez...
*Le eu ando sumido*
Não não pow, ainda tá a lápis... E nem foi metade do capítulo ainda... Mas depois eu vou postar na minha galeria umas páginas dele
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Ipsilon escreveu:Dariks escreveu:Ipsilon escreveu:Dariks escreveu:kreby escreveu:quando sai o manga?
Um dia desses sai... zoa zoa kakkaka
Eu tinha parado um pouco de desenhar, mas agora eu voltei to na metade do manuscrito do 1º capítulo. To meio enrolado com ele, mas pode deixar q eu vou tentar terminar pelomenos os cap 1 o mais rápido possível
Manda oq vc fez...
*Le eu ando sumido*
Não não pow, ainda tá a lápis... E nem foi metade do capítulo ainda... Mas depois eu vou postar na minha galeria umas páginas dele
A lapis? Ta no Name ainda?
Não pow, o name eu já terminei faz tempo, tá no manuscrito ainda, não comecei a finalizar ainda.
Re: LAST EMAIL(roteiro)
kara gostei muito parabéns
edvan hug- Mensagens : 320
Data de inscrição : 25/05/2012
Localização : MORO NO INTERIOR DE MINHA CASA!!
Re: LAST EMAIL(roteiro)
[quote="Dariks"]
Dariks escreveu:Sinopse:
"Koburo vive pacificamente em uma cidade normal, tem uma vida tranquila, até que ele chega. Um e-mail chega ao celular de Koburo, cujo conteúdo é uma declaração de suicídio de um indivíduo. Koburo agora corre contra o tempo para evitar que o suicida cometa um erro eterno, em meio dessa confusão lembranças são trazidas à tona."Capítulo 1
- Spoiler:
Caractere 1: Um E-mail
“Sou Koburo, moro em Oiko desde que nasci... conheço todos os habitantes desta cidade, só não garanto que todos eles me conheçam.
“Ultimamente tem chegado muitos imigrantes de Zorotta. Um terremoto devastou a cidade nos últimos meses.
“Aqui, além de ser uma cidade razoavelmente grande, é um lugar muito acolhedor, com suas praças e pessoas alegres.
“Eu amo essa cidade”
O telefone de Koburo toca e ele olha: “Um novo E-mail”
Koburo abre o e-mail.
Koburo (pensa): Número desconhecido...
O e-mail dizia:“Tirar a vida que me pertence irei.
Marcado às 17 horas o fim está, sem atrasos ou precipitações.
Me ajude, você é a minha última chance.
RTG”
Koburo olha por alguns segundos e relê o pequeno poema.
“Tirar a vida...” “... 17 horas...” “Me ajude...” “Última chance”, essas frases mudaram por completo a vida de Koburo a partir que a informação foi armazenada em sua memória de curto prazo através de suas meras pupilas.
Agora ele suava.
- Será trote de gente que não tem nada pra fazer? - se perguntava Koburo
Mas a frase martelava a sua mente: “Me ajude...”.
Uma buzina de caminhão é tocada no momento em que ele arregala os olhos.
Tinha uma expressão de extremo pavor.
Ele correu sua mão vagarosamente, levando o celular até o bolso direito da jaqueta.
Agora ele andava, ou melhor, andava rápido.
Não. Ele corria.
O pânico, assim como a dúvida, tinha tomado por completo a sua mente.
Ele corria e chorava.
- Por que choro? Pode ser apenas uma infeliz brincadeira... – ele dizia-se, tentando recuperar o autocontrole.
Mas as frases não o deixavam pensar, “Tirar a vida...” “Me ajude...” “Última chance.” “17 horas...”.
Ele ouvia as vozes das pessoas, estavam entrando pelos seus ouvidos aleatoriamente, mas ele só conseguia pensar naquelas frases, “Tirar a vida...” “17 horas...”
Ele parou de repente.
- Não posso ter esse comportamento...
E frase voltava “17 horas...”
- Tenho que pensar com cautela. “17 horas”, sim...
Koburo olha o relógio digital e negro que está preso ao seu pulso: 15:37:12
- Tenho menos de uma hora e meia. Mesmo que haja a dúvida da veracidade do e-mail, eu não posso correr o risco de deixar alguém cometer um erro eterno.
Ele pega o celular no bolso direito de sua jaqueta marrom.
A mensagem ainda está em tela.
Ele analisa com toda a sagacidade.
Decide confiar no conteúdo.
Olha as letras escritas no final do pequenino texto. “RTG”.
- Essa sigla... é o nome de algum lugar...talvez um comércio...não me é estranho... – pensa Koburo.
Ele anda até o final da rua onde há uma loja.
Ele abre a porta da loja e o sininho alarma sua entrada.
A lojinha é constituída por várias estantes, preenchidas por revistas, utensílios e alguns pacotes de alimentos.
O balconista está a discutir com um comprador. A atenção deles não é desviada para Koburo.
Na loja só estão Koburo, uma Funcionária que está em um dos corredores, o Freguês que usa uma jaqueta e boné vermelhos e que mantém o tom de voz alto o suficiente para competir com o Vendedor, que tem uma idade superior à de todos já citados.
- Neste produto está dizendo um preço e o senhor vem me cobrar mais caro! – diz o Freguês mostrando uma lata de ervilhas para o Vendedor.
- O preço foi alterado, o rótulo irias ser mudado depois das 17 horas, entenda! – diz o Vendedor sem se intimidar diante do Freguês.
A frase volta martelar na mente de Koburo, “17 horas...”, e ele olha o relógio de parede da loja: 15:39:53
Isso lhe faz lembrar o seu objetivo.
- Procurar na lista telefônica o local de nome RTG e o seu endereço, ele deve tentar suicidar neste estabelecimento. – pensa Koburo.
Ele anda até uma prateleira giratória e põe a mão sobre uma lista de capa azul e espessura mediana.
Observa a Funcionária que varre o chão da loja.
Ela aparenta uns 26 anos.
Ele a olha e ela o olha. Os olhos dela são cansados e depressivos, tomados por intensas olheiras.
Ele não resiste à tensão e retorna seus olhos para a lista.
Pega a lista e se dirige ao caixa.
Os dois indivíduos continuam a discutir.
- Dane-se a mudança, eu exijo meus direitos! – diz o Freguês.
- Eu também tenho os meus direitos! – diz o Vendedor.
Koburo tenta chamar a atenção do vendedor para poder pagar pela lista.
- Com licença... Com licença eu quero comprar isso... Eu tenho pressa...! – diz Koburo.
Nada. Nem sinal de que algum deles notou a presença do jovem.
- Com licença! – ele diz.
Eles tenta aumentar a voz, mas esta já é baixa por natureza.
- Com licença – Ele tenta novamente com toda a sua paciência.
Neste momento uma linda Jovem sai de trás da loja e vem atender Koburo.
Ele se impressiona com tamanha beleza.
- Me desculpe pelo meu pai. Eles dois discutem pelo menos uma vez por semana – diz a Jovem com sua voz suave e meiga.
-... – Koburo fica sem voz.
-... Sabe, isso é um tipo de amor... – continua Jovem, ficando com o rosto corado.
- Sem problemas... – diz ele depois de certo esforço.
- Eu sou Enny.
- P-prazer, me chamo Koburo. – Ele fica com a face avermelhada.
Eles olham para baixo e tem-se um momento de silêncio.
- Ah, eu vou levar e-essa lista telefônica...
- Ah, sim...
Koburo paga a moça e sai da loja.
Se vira e olha através da vitrine aquela jovem beldade, que também o olhava.
Ela fica vermelha e sorri envergonhada, e ele retribui o sorriso.
Koburo desvia o olhar para o relógio: 15:49:02
- A hora passa rápido quando se tem pressa – pensa Koburo consigo mesmo.
Ele anda até um banco que tem ali perto. O banco fica em frente a uma casa abandonada.
Ele abre a lista e começa a procurar.
- RTG... RTG...
Sua procura é interrompida por um “psiu”.
Ele olha para os lados, e nada.
- RTG... RTG... – ele ignora e continua a sua procura.
- Psiu.
Ele olha para os lados. Nada.
- Espera... – pensa ele.
Koburo se vira e olha a casa abandonada.
- Psiu – ouve-se novamente.
- Calma ai... Essa casa não está abandonada?
- Ei, você no banco!
Koburo se levanta em um pulo e vai se afastando, de costas, da casa.Capítulo 2
- Spoiler:
Caractere 2: Uma Dívida
Koburo olha para o banco e percebe que deixou a lista sobre ele.
- Droga! A lista! – pensa ele
Se aproxima do banco, muito cauteloso, de olho na casa.
Ele está chegando perto...
- Psiu!
- Droga! Será que essa casa foi invadida por fantasmas? – pensa alto o Koburo.
Ele olha para lista na segunda linha página que ficou aberta: “RTG”.
- A-achei...! – pensa ele.
De repente um bêbado se levanta de trás do banco.
- Koburo é você! Tava chamando o cara daqui do banco, não sabia que era você maninho!...
- Nossa que bafo de cachaça – pensa Koburo fazendo um cara de nojo – Naharo... Só podia ser... – diz
- E ai mano tudo em cima?
- O que você quer?
- Cê tem fogo?
- Naharo, você está me devendo 50, cadê o dinheiro?
- Calma carinha! Se Naharo deve, Naharo paga!
- Então por que não me paga agora?
- Eu vou pagar só não tô com a grana agora... Mas a prioridade é o fogo. Tem? – diz Naharo tirando um cigarro do bolso de sua camisa encardida.
- Eu sempre tenho fogo – Koburo diz com um sorriso esboçado no rosto.
Ele coloca a mão no bolso da jaqueta e tira a mão acenando com o dedo do meio.
- Tá aqui seu fogo! – diz Koburo tirando o sorriso do rosto.
- Hei, Koburo, onde estão seus modos?
Koburo pega a lista em cima do banco, marcando a página desejada com o dedo.
Ele sai andando.
- Da próxima vez que nos encontrarmos é melhor que esteja com o dinheiro, se não quem vai te cobrar é polícia.
Koburo continua andando.
- O que há de errado com você? – pensa alto Naharo.
Koburo consegue ouvir.
Koburo para.
- Não sou eu o errado nessa história – diz Koburo.
- Nossa! Ele ouviu! – pensa Naharo com uma expressão de espanto.
- Enquanto uma pessoa está a ponto de tirar a própria vida, vocês estão desperdiçando-as por coisas inúteis, como brigar... Beber e mendigar pela rua. – Koburo bem que queria ter dito isso, mas as palavras não ultrapassaram a fina linha que separa as palavras concretas dos pensamentos.
Koburo continua andando deixando Naharo para trás.
Ele abre a lista e logo vê “RTG”. Olha o endereço: Rua Memorial Ethor.
Ele esbarra em uma pessoa e pede desculpas, mas isto não foi recíproco.
Ele vê o homem indo embora e olha a placa que o tal acabou de ultrapassar.
“Rua Memorial Ethor”
- Nossa, às vezes eu me assusto com o universo... – pensa Koburo.
Ele olha de onde veio.
- Se eu vim de lá... Então o tal RTG deve ser para lá – diz ele olhando em direção ao final da rua. – Sorte que não é em outra cidade ou algo do tipo... – diz ele aliviado.
Koburo continua a andar e percebe uma Velha pedindo esmola. A moça, que estava um pouco mais a frente de Koburo, ignora a Velha.
Koburo olha pra cima, respira fundo e anda em direção a Velha.
- Droga! Por que eu tenho que ser sempre tão bonzinho com as pessoas.
Ele chega perto dela.
- Por favor, meu jovem pode doar-me um pouco que tens?
- Sim senhora – Koburo diz com um grande sorriso – Aqui está – ele coloca a moeda, que já tinha preparado, dentro da caneca de alumínio que a Velha tem em mão.
Koburo sai andando.
- Pelo menos fiz uma boa ação por alguém menos favorecido que eu – diz isso sorrindo.
A Velha olha para dentro da caneca.
- Só isso?! Que miséria!
Koburo para e tira o sorriso que lhe prevalecia anteriormente.
- O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊS?! – berra isso sem ao menos virar-se para a Velha.
Ele está ofegante.
Todos estão o olhando. Ele abre a lista e a olha para se esconder dos olhares de reprovação dos demais.
Ele anda assim até chegar a um pequeno edifício no final da rua.
“RTG – Seu correio local”
- Ah, então é um lugar onde se recebem e enviam e-mails... – diz Koburo a si mesmo
Ele olha para seu relógio: 16:00:07
- Ainda estou a tempo de salvar a vida de quem está em dúvida entre a vida e a morte... – Pensa Koburo respirando fundo – Estranho ele estar em um correio – diz ele em voz baixa.Capítulo 3
- Spoiler:
Caractere 3: Um Amigo
Começa a chover fraco.
Koburo entra no correio e ao fundo se toca uma música suave.
Só há um Funcionário presente.
Koburo se aproxima.
- O que deseja? Enviar ou receber? – diz o funcionário que parecia energético.
- É meio difícil ser ele, mas eu vou perguntar – pensa Koburo – Eu sou Koburo, foi você q... – diz
- Ah, Koburo! Uma Moça deixou uma correspondência para você!
- Uma Moça?... Que me conhece?!... – pensa Koburo.
- Espera um instante que eu vou ver aqui – diz o Funcionário se abaixando e mexendo em uma caixa.
Koburo olha para uma frase que está escrita em uma faixa presa à parede:
“A salvação só depende de teus atos, de tuas escolhas”
O Funcionário se levanta segurando um envelope.
- Aqui está senhor Koburo – ele entrega o envelope à Koburo – se não for para o senhor, por favor, devolva.
-?
- A Moça que me entregou isso não deu descrição do destinatário, então... Pode não ser o senhor.
- Tudo bem! – diz Koburo dando um sorriso – Qual é o autor daquela frase? – diz apontando para a faixa lida anteriormente...
O funcionário dá uma olhada.
-Ah, não sei, deve ser de algum desses filósofos antigos...
Os dois riem.
Koburo olha o envelope.
- Como era a Moça que lhe entregou isso?
- Ah... – O Funcionário segura o queixo e olha para cima – muito bonita!
- Obrigado!
Koburo diz e sai da loja e fica debaixo da marquise.
- Ohhh! Grande descrição a dele... – pensa.
Koburo abre o envelope e tira um papel com vários caracteres.
- Droga! Está em outra língua!
Koburo olha para ver se acha assinatura. Nada.
- E agora... Aqui na cidade não tem tradutores... A não ser... Hentei... – pensa Koburo.
Ele guarda o e-mail dentro do envelope.
- Ele é um poliglota e trabalha fora do país como professor de línguas. Nesta época do ano ele volta para casa, aqui em Oiko. – pensa ele.
Koburo acena para um taxi e entra no primeiro que para.
- Avenida Hashima, por favor. – diz Koburo ao Taxista.
- Há anos não nos falamos... Desde a morte dos meus pais... – pensa Koburo e um flash de lembrança invade sua cabeça. Há fogo. – como ele deve estar agora? Será que casou e tem filhos? Ou só vive para o emprego?
O táxi dá uma freada brusca.
- Desculpe senhor Koburo... Sabe a chuva atrapalha a visão. Uma criança passou correndo aqui em frente!... – diz o Motorista.
- Sem problemas Kraz – diz Koburo sorrindo.
Kraz vê o envelope na mão de Koburo através do retrovisor.
- Vai visitar alguém senhor Koburo?
- Ah, sim. O Hentei.
- Hentei! Nossa faz tempo que vocês não se vêem! Desde o incidente na ponte 13, não é?
- Sim.
- Diga que mandei um abraço para ele! E meus pêsames também...
- Pêsames? – pensa Koburo.
O carro para.
- Pronto é aqui.
- Quanto que foi?
- Não, não. Essa fica por cortesia da casa, considere como um presente de Natal adiantado! – Kraz sorri.
- Obrigado senhor Kraz! – Koburo retribui o sorriso – Há horas que percebemos que realmente existem pessoas boas. Amigos, uma das velas acesa em meio à escuridão – reflete Koburo olhando o rosto de Kraz.
Koburo corre, cobrindo a cabeça com a jaqueta protegendo com toda a cautela a carta, e para debaixo de uma marquise.
Ele toca a campainha da casa de Hentei.
Pelo vidro fosco percebe-se uma silueta de baixa estatura se aproximando da porta.Capítulo 4
- Spoiler:
Caractere 4: Um Enigma
A porta é aberta.
Por uma Menina de boa aparência, de aproximadamente 6 anos.
- Pai, um moço molhado está aqui na porta! – diz a Menina
- Sim Ellena, já vou... – diz um homem
No fim do corredor, um homem contorna a curva e para.
Ele expressa espanto.
- Hentei... Como vai? – Inicia Koburo.
Ellena volta correndo e abraça o pai se escondendo atrás dele.
- M-mas... – Hentei inspira e tira os óculos para limpá-los – há quanto tempo, não?
- É... – diz Koburo
Tem-se um momento de silêncio, que é quebrado pela pequena Ellena.
- Pai, quem é ele?
- Um velho amigo, minha filha... – Hentei diz isso enquanto olha para Koburo o olhando.
Hentei vê o envelope na mão de Koburo.
- Venha entre que vou preparar um chá – Ele põe os óculos – Vejo que precisa de mim...
Koburo entra e fecha a porta.
(...)
Koburo observa fotos de Hentei e sua esposa.
- Agora eu entendi... – Koburo pensa
Koburo se lembra do que Kraz disse: “Pêsames”
Hentei chega e coloca a caneca de chá sobre a mesinha que fica no meio da sala.
Ellena brinca com um mini game na poltrona.
As luzes da casa estão apagadas e tudo é iluminado pelas chamas da lareira, que os aquece.
Koburo pega o chá.
- Cuidado que ainda está quente... – diz Hentei.
Koburo bebe um gole.
- Deve ter sido difícil para você – Koburo diz e olha para uma fotografia da esposa de Hentei.
Hentei faz o mesmo.
Ellena brinca com o mini game.
- Katharine era a pessoa mais alegre e bondosa que eu já tinha conhecido... Ela sempre se preocupava com as pessoas mais do que com ela mesma...
Koburo vê uma foto de Katharine, Ellena e Hentei.
- Ela queria engravidar e assim foi feito. Nós tivemos a Ellena. E então veio a notícia... – diz Hentei tirando os óculos e os limpando por estarem embaçados – Os médicos disseram que ela tinha câncer... Foi um choque para mim, mas parecia que Katharine já sabia. – Hentei começa a chorar – Ela disse não ter contado para que não nos preocupássemos, estávamos todos felizes pela gravidez, ela não queria estragar o momento... – Hentei limpa as lágrimas
-... – Koburo se sente mal pelo sofrimento do amigo.
- Katharine faleceu três dias depois...
- Eu sinto muito.
- Não sinta... Ela deixou essa dádiva para mim – Diz enquanto olha Ellena – Ela é o motivo de eu continuar seguindo... O último pedido de Katharine foi “Cuide dela, pois assim como você, ela é uma parte de mim”... e assim eu tenho feito todos esses anos.
- Eu sinto muito mesmo...
- Já se passaram 6 anos, não tem problemas – Hentei dá um sorriso
Hentei vê o envelope na mão de Koburo.
- O que é isso?
Koburo olha o envelope.
- Ah... – Koburo entrega o envelope a Hentei – preciso de sua ajuda com isso.
Hentei abre o envelope e vê o e-mail (carta).
- Entendo, você quer que eu traduza?
- Sim, por favor!
Põe os óculos. Ele pega um papel e um lápis que estavam sobre a mesa e começa a traduzir a carta.
Após terminar faz uma expressão de desentendimento.
- O que foi? O que está escrito? – diz Koburo percebendo a expressão de Hentei.
- Não entendo! Isso aqui não faz sentido! Só são palavras soltas sem ligação nenhuma!
- Me deixe ver... – Koburo pega o e-mail e também não entende.
- Quem lhe enviou essa carta?
Koburo tira o celular e mostra a mensagem, que ainda está em tela, para Hentei.
Hentei lê e devolve o celular a Koburo, que o guarda no mesmo bolso de antes.
- Então você vai mesmo tentar impedir que ele se mate? – diz enfim Hentei.
- Na verdade é “Ela”, uma mulher. Esta não deixou o endereço de onde é lugar onde está. Só deixou essas letras no final do e-mail.
- Sim. RTG é o nome do correio local...
- Lá me entregaram esse outro e-mail... – Koburo inspira – Agora não sei o que fazer...
- Que horas são?
Koburo olha o relógio: 16:34:58
- 16 horas e 35 minutos...
- Não temos muito tempo... – Hentei para e pensa um pouco – Espera... Ele tem se comunicado através de enigmas, então é óbvio que esta carta também seja um!
- Claro! Como que não pensei?!
Eles põem a folha com a tradução sobre a mesa.
Inspecionam com toda cautela.
- Uma mensagem... Um código... Em algum lugar... – Ambos pensavam enquanto tentavam desvendar o enigma.
Seus olhos são rápidos e atentos.
- Achei! – Grita Koburo
“Essa é a palavra que salvaria a vida da moça suicida?”
“Não perca o próximo capítulo: ‘Uma Visão’”
“O Tempo corre sem parar, impiedoso, cruel, frio deus do tempo”
Capítulo 5
- Spoiler:
- Caractere 5: Uma Visão
- Onde? – diz Hentei espantado.
- Aqui! Na segunda coluna na vertical, tem uma frase que faz um pouco de sentido. – Koburo pega o lápis e começa a contornar a frase
- Entendo... Então não era para se ler na horizontal, como normalmente se lê.
Estava escrito: “Olhar Terceiro Telescópio”
Os dois lêem em voz alta.
- Talvez seja um planeta que devemos olhar – diz Hentei.
- Só se ela for um extraterrestre.
Os dois riem.
- Espera, ela pode estar falando dos telescópios da Torre de Observação de Oiko... – diz Hentei depois de pensar um pouco.
- É, é isso!
- Quantos telescópios existem lá?
- Uns cinco ou seis, eu acho... Com certeza é lá!
Koburo se levanta.
- Eu já vou! Muito obrigado Hentei, fico te devendo esta.
Koburo ameaça a ir embora.
- Espera, eu vou com você! – diz Hentei
- Não. Não quero te envolver nisso.
- Eu já estou envolvido. Você sempre me envolvia na suas confusões quando éramos crianças...
Koburo sorri.
- Por isso não posso te envolver em mais confusões.
- Você acha mesmo que eu vou deixar de participar de uma aventura dessas, e deixar meu melhor amigo de infância na mão?
- Ah, vem logo...
Hentei sorri e pega seu casaco.
Ele se aproxima de Ellena e se abaixa para ficar na altura dela.
Ele coloca as mãos nos ombros dela.
- Fique aqui que o papai vai sair e já volta. Não abra a porta para ninguém. Qualquer coisa já sabe meu número, não é?
- Sim papai! Pode comer biscoito? – diz Ellena com um sorriso angelical
- Pode sim – Hentei se levanta e passa a mão na cabeça dela. – Vamos!
Koburo abre a porta e a chuva tinha cessado.
- A chuva parou – diz Koburo
- É, mas vamos logo, por que ela sempre volta...
Eles entram no carro de Hentei.
O carro começa a andar e Koburo olha o relógio: 16:47: 19
- Koburo.
- Hã?
- Você tem se comunicado com Stella?
- O que?
- Vai falar que se esqueceu da Stella?
Koburo tem um flash de lembrança (uma menininha sorrindo)
- Não, não esqueci. Há anos que eu não falo com ela, perdemos contato.
- É, eu também. Quando chegou a notícia do acidente, meus pais foram embora imediatamente...
- Eu me lembro.
- Desde então nunca mais falei com ela, é uma pena. Mas vocês trocavam e-mails, digo cartas, não?
- Sim, mas quando tínhamos 17 anos ela disse que iria fazer faculdade fora do país. Então nunca mais nos falamos.
- É uma pena não é?
- É...
- Ela era bem apaixonada por você se lembra? Até de deu um beijo debaixo daquela árvore, não lembra?
- Disso eu não lembro – diz Koburo envergonhado –na verdade eu me lembro – pensa ele.
Koburo tem uma lembrança.
[lembrança]
Hentei e Stella (ambos 10 anos) estavam sentados debaixo de uma árvore que projetava uma sombra sobre eles.
Koburo chega e se ajoelha em frente a Stella e estende as mãos segurando uma flor violeta.
- A-aqui, achei uma flor t-tão bonita quanto você Stella! – diz Koburo de olhos fechados e envergonhado.
Stella fica espantada e sorri vendo o rosto de Koburo.
Ela apenas dá um beijo nele, e Koburo se espanta.
[fim]
- Não se lembra mesmo? Você disse até “Nossa você é linda como a flor, me dá uma beijo?”, não lembra? – diz Hentei.
- Não! – Koburo diz e fica ainda mais vermelho.
Hentei o vê naquele estado.
- HEHEHE, sei...
Eles param em frente a um edifício grande.
- É aqui, vamos que não temos muito tempo...! – diz Hentei
Eles saem do carro e um Guarda de trânsito se aproxima.
- Senhor não pode estacionar aqui! – diz o Guarda apontando para a placa de “Proibido Estacionar”.
- Ah, desculpa! Eu vou colocar o carro do outro lado da rua. – diz envergonhado – Koburo vai indo na frente! – grita ele.
Koburo entra no prédio.
Existe um salão bem grande com um balcão, pessoas, etc.
Ele anda até o elevador e vê o mapa. O observatório é no último andar.
Ele entra no elevador que está vazio.
- Stella era muito bonita naquela época... Como ela deve estar agora?... – pensa
Ele olha o medidor, só faltam três andares para o topo.
- Esses elevadores são bem rápidos mesmo, não? – comenta sozinho
Chegado ao ultimo andar ele se dirige aos telescópios.
Tem uma placa presa ao terceiro, “Quebrado” estava escrito.
- O que há de errado com este aqui? – pergunta ele a um dos Funcionários.
- Ele não se meche mais, parece enferrujado.
- Estranho... – pensa Koburo.
Então ele percebe que tem uma moeda sobre o telescópio.
- Tem problema se eu o usar?
- Contanto que não mexa com sua base...
- Obrigado...
Koburo pega a moeda e coloca no telescópio, para que assim possa usá-lo.
Ele olha e vê um prédio.
Aproxima o zoom e vê uma pessoa sentada na beirada do terraço.
- É ela! Como será seu rosto? – pensa Koburo.
Ele aproxima o zoom ainda mais e consegue ver o rosto da moça.
Vem uma imagem na mente dele. Uma menininha sorrindo.
Ele afasta os olhos do telescópio. Estão arregalados.
Com esforço ele diz uma palavra.
- S... Stella!
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Finalmente descobrimos quem é!
Agora só resta saber o porque ela está fazendo isso
Ansioso pelo próximo.
At.
Agora só resta saber o porque ela está fazendo isso
Ansioso pelo próximo.
At.
ChenLong- Mensagens : 644
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Localização : Rio Grande do Sul - RS
Re: LAST EMAIL(roteiro)
vlw por ler man
Agora vou enrolar um pouco até, pq começa o próximo volumes e talz kkk Mas não vou enrolar muito não, em breve em posto o resto
Acho que o final que eu fiz ficou meio fraquinho, mas...
Agora vou enrolar um pouco até, pq começa o próximo volumes e talz kkk Mas não vou enrolar muito não, em breve em posto o resto
Acho que o final que eu fiz ficou meio fraquinho, mas...
Re: LAST EMAIL(roteiro)
goldslash escreveu:dashuadshuus maneiro... È corrida contra o tempo... A possível mule vai se mata...
Acho q ela gosta dele e ele é um motivo de ela se matar...
Mas aí posta os 10 caps pow.
Como eu digo... Míticooo!! Viu q ela gosta/gostava dele...
hentei = hentai! KKK zoa...
Então descobrimos quem é, agora é esperar pra q ela se atire logo do prédio... Acho q é o melhor.
goldslash- Mensagens : 2685
Data de inscrição : 12/04/2012
Idade : 31
Localização : é o termo usado em geografia e áreas afins para designar a posição de algo num espaço físico.
Re: LAST EMAIL(roteiro)
goldslash escreveu:goldslash escreveu:dashuadshuus maneiro... È corrida contra o tempo... A possível mule vai se mata...
Acho q ela gosta dele e ele é um motivo de ela se matar...
Mas aí posta os 10 caps pow.
Como eu digo... Míticooo!! Viu q ela gosta/gostava dele...
hentei = hentai! KKK zoa...
Então descobrimos quem é, agora é esperar pra q ela se atire logo do prédio... Acho q é o melhor.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
manoooo tu é muito do mal, ce descobriu de onde eu tirei o nome... Tipo, "que nome eu vou por", ai num sei pq veio Hentai... daí Hentei kkkkkkkk
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Anciosa pelo proximo cap. kkkk
DestinyHeart- Mensagens : 159
Data de inscrição : 09/06/2012
Idade : 27
Re: LAST EMAIL(roteiro)
goldslash escreveu:
Como eu digo... Míticooo!! Viu q ela gosta/gostava dele...
hentei = hentai! KKK zoa...
Então descobrimos quem é, agora é esperar pra q ela se atire logo do prédio... Acho q é o melhor.
Dariks escreveu:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
manoooo tu é muito do mal, ce descobriu de onde eu tirei o nome... Tipo, "que nome eu vou por", ai num sei pq veio Hentai... daí Hentei kkkkkkkk
dashuuadshuadshu poha man... Mais isso eu descobri?KKK ... TO parecendo o L véi... Mim achei agora...
Mas aí também pensei na hipótese de ter sido Entei do pokemon... Mas quando vi q era um gordinho, sozinho e taus... Pensei é HENTAI!!! KKK
Tem q cuida aq é o chuck norris da dedução heehe..
Esperando novos cap mwhaha ;D
goldslash- Mensagens : 2685
Data de inscrição : 12/04/2012
Idade : 31
Localização : é o termo usado em geografia e áreas afins para designar a posição de algo num espaço físico.
Re: LAST EMAIL(roteiro)
- LAST EMAIL - VOLUME 1 (1-5):
Sinopse:
"Koburo vive pacificamente em uma cidade normal, tem uma vida tranquila, até que ele chega. Um e-mail chega ao celular de Koburo, cujo conteúdo é uma declaração de suicídio de um indivíduo. Koburo agora corre contra o tempo para evitar que o suicida cometa um erro eterno, em meio dessa confusão lembranças são trazidas à tona."Capítulo 1- Spoiler:
- Caractere 1: Um E-mail
“Sou Koburo, moro em Oiko desde que nasci... conheço todos os habitantes desta cidade, só não garanto que todos eles me conheçam.
“Ultimamente tem chegado muitos imigrantes de Zorotta. Um terremoto devastou a cidade nos últimos meses.
“Aqui, além de ser uma cidade razoavelmente grande, é um lugar muito acolhedor, com suas praças e pessoas alegres.
“Eu amo essa cidade”
O telefone de Koburo toca e ele olha: “Um novo E-mail”
Koburo abre o e-mail.
Koburo (pensa): Número desconhecido...
O e-mail dizia:“Tirar a vida que me pertence irei.
Marcado às 17 horas o fim está, sem atrasos ou precipitações.
Me ajude, você é a minha última chance.
RTG”
Koburo olha por alguns segundos e relê o pequeno poema.
“Tirar a vida...” “... 17 horas...” “Me ajude...” “Última chance”, essas frases mudaram por completo a vida de Koburo a partir que a informação foi armazenada em sua memória de curto prazo através de suas meras pupilas.
Agora ele suava.
- Será trote de gente que não tem nada pra fazer? - se perguntava Koburo
Mas a frase martelava a sua mente: “Me ajude...”.
Uma buzina de caminhão é tocada no momento em que ele arregala os olhos.
Tinha uma expressão de extremo pavor.
Ele correu sua mão vagarosamente, levando o celular até o bolso direito da jaqueta.
Agora ele andava, ou melhor, andava rápido.
Não. Ele corria.
O pânico, assim como a dúvida, tinha tomado por completo a sua mente.
Ele corria e chorava.
- Por que choro? Pode ser apenas uma infeliz brincadeira... – ele dizia-se, tentando recuperar o autocontrole.
Mas as frases não o deixavam pensar, “Tirar a vida...” “Me ajude...” “Última chance.” “17 horas...”.
Ele ouvia as vozes das pessoas, estavam entrando pelos seus ouvidos aleatoriamente, mas ele só conseguia pensar naquelas frases, “Tirar a vida...” “17 horas...”
Ele parou de repente.
- Não posso ter esse comportamento...
E frase voltava “17 horas...”
- Tenho que pensar com cautela. “17 horas”, sim...
Koburo olha o relógio digital e negro que está preso ao seu pulso: 15:37:12
- Tenho menos de uma hora e meia. Mesmo que haja a dúvida da veracidade do e-mail, eu não posso correr o risco de deixar alguém cometer um erro eterno.
Ele pega o celular no bolso direito de sua jaqueta marrom.
A mensagem ainda está em tela.
Ele analisa com toda a sagacidade.
Decide confiar no conteúdo.
Olha as letras escritas no final do pequenino texto. “RTG”.
- Essa sigla... é o nome de algum lugar...talvez um comércio...não me é estranho... – pensa Koburo.
Ele anda até o final da rua onde há uma loja.
Ele abre a porta da loja e o sininho alarma sua entrada.
A lojinha é constituída por várias estantes, preenchidas por revistas, utensílios e alguns pacotes de alimentos.
O balconista está a discutir com um comprador. A atenção deles não é desviada para Koburo.
Na loja só estão Koburo, uma Funcionária que está em um dos corredores, o Freguês que usa uma jaqueta e boné vermelhos e que mantém o tom de voz alto o suficiente para competir com o Vendedor, que tem uma idade superior à de todos já citados.
- Neste produto está dizendo um preço e o senhor vem me cobrar mais caro! – diz o Freguês mostrando uma lata de ervilhas para o Vendedor.
- O preço foi alterado, o rótulo irias ser mudado depois das 17 horas, entenda! – diz o Vendedor sem se intimidar diante do Freguês.
A frase volta martelar na mente de Koburo, “17 horas...”, e ele olha o relógio de parede da loja: 15:39:53
Isso lhe faz lembrar o seu objetivo.
- Procurar na lista telefônica o local de nome RTG e o seu endereço, ele deve tentar suicidar neste estabelecimento. – pensa Koburo.
Ele anda até uma prateleira giratória e põe a mão sobre uma lista de capa azul e espessura mediana.
Observa a Funcionária que varre o chão da loja.
Ela aparenta uns 26 anos.
Ele a olha e ela o olha. Os olhos dela são cansados e depressivos, tomados por intensas olheiras.
Ele não resiste à tensão e retorna seus olhos para a lista.
Pega a lista e se dirige ao caixa.
Os dois indivíduos continuam a discutir.
- Dane-se a mudança, eu exijo meus direitos! – diz o Freguês.
- Eu também tenho os meus direitos! – diz o Vendedor.
Koburo tenta chamar a atenção do vendedor para poder pagar pela lista.
- Com licença... Com licença eu quero comprar isso... Eu tenho pressa...! – diz Koburo.
Nada. Nem sinal de que algum deles notou a presença do jovem.
- Com licença! – ele diz.
Eles tenta aumentar a voz, mas esta já é baixa por natureza.
- Com licença – Ele tenta novamente com toda a sua paciência.
Neste momento uma linda Jovem sai de trás da loja e vem atender Koburo.
Ele se impressiona com tamanha beleza.
- Me desculpe pelo meu pai. Eles dois discutem pelo menos uma vez por semana – diz a Jovem com sua voz suave e meiga.
-... – Koburo fica sem voz.
-... Sabe, isso é um tipo de amor... – continua Jovem, ficando com o rosto corado.
- Sem problemas... – diz ele depois de certo esforço.
- Eu sou Enny.
- P-prazer, me chamo Koburo. – Ele fica com a face avermelhada.
Eles olham para baixo e tem-se um momento de silêncio.
- Ah, eu vou levar e-essa lista telefônica...
- Ah, sim...
Koburo paga a moça e sai da loja.
Se vira e olha através da vitrine aquela jovem beldade, que também o olhava.
Ela fica vermelha e sorri envergonhada, e ele retribui o sorriso.
Koburo desvia o olhar para o relógio: 15:49:02
- A hora passa rápido quando se tem pressa – pensa Koburo consigo mesmo.
Ele anda até um banco que tem ali perto. O banco fica em frente a uma casa abandonada.
Ele abre a lista e começa a procurar.
- RTG... RTG...
Sua procura é interrompida por um “psiu”.
Ele olha para os lados, e nada.
- RTG... RTG... – ele ignora e continua a sua procura.
- Psiu.
Ele olha para os lados. Nada.
- Espera... – pensa ele.
Koburo se vira e olha a casa abandonada.
- Psiu – ouve-se novamente.
- Calma ai... Essa casa não está abandonada?
- Ei, você no banco!
Koburo se levanta em um pulo e vai se afastando, de costas, da casa.
Capítulo 2- Spoiler:
- Caractere 2: Uma Dívida
Koburo olha para o banco e percebe que deixou a lista sobre ele.
- Droga! A lista! – pensa ele
Se aproxima do banco, muito cauteloso, de olho na casa.
Ele está chegando perto...
- Psiu!
- Droga! Será que essa casa foi invadida por fantasmas? – pensa alto o Koburo.
Ele olha para lista na segunda linha página que ficou aberta: “RTG”.
- A-achei...! – pensa ele.
De repente um bêbado se levanta de trás do banco.
- Koburo é você! Tava chamando o cara daqui do banco, não sabia que era você maninho!...
- Nossa que bafo de cachaça – pensa Koburo fazendo um cara de nojo – Naharo... Só podia ser... – diz
- E ai mano tudo em cima?
- O que você quer?
- Cê tem fogo?
- Naharo, você está me devendo 50, cadê o dinheiro?
- Calma carinha! Se Naharo deve, Naharo paga!
- Então por que não me paga agora?
- Eu vou pagar só não tô com a grana agora... Mas a prioridade é o fogo. Tem? – diz Naharo tirando um cigarro do bolso de sua camisa encardida.
- Eu sempre tenho fogo – Koburo diz com um sorriso esboçado no rosto.
Ele coloca a mão no bolso da jaqueta e tira a mão acenando com o dedo do meio.
- Tá aqui seu fogo! – diz Koburo tirando o sorriso do rosto.
- Hei, Koburo, onde estão seus modos?
Koburo pega a lista em cima do banco, marcando a página desejada com o dedo.
Ele sai andando.
- Da próxima vez que nos encontrarmos é melhor que esteja com o dinheiro, se não quem vai te cobrar é polícia.
Koburo continua andando.
- O que há de errado com você? – pensa alto Naharo.
Koburo consegue ouvir.
Koburo para.
- Não sou eu o errado nessa história – diz Koburo.
- Nossa! Ele ouviu! – pensa Naharo com uma expressão de espanto.
- Enquanto uma pessoa está a ponto de tirar a própria vida, vocês estão desperdiçando-as por coisas inúteis, como brigar... Beber e mendigar pela rua. – Koburo bem que queria ter dito isso, mas as palavras não ultrapassaram a fina linha que separa as palavras concretas dos pensamentos.
Koburo continua andando deixando Naharo para trás.
Ele abre a lista e logo vê “RTG”. Olha o endereço: Rua Memorial Ethor.
Ele esbarra em uma pessoa e pede desculpas, mas isto não foi recíproco.
Ele vê o homem indo embora e olha a placa que o tal acabou de ultrapassar.
“Rua Memorial Ethor”
- Nossa, às vezes eu me assusto com o universo... – pensa Koburo.
Ele olha de onde veio.
- Se eu vim de lá... Então o tal RTG deve ser para lá – diz ele olhando em direção ao final da rua. – Sorte que não é em outra cidade ou algo do tipo... – diz ele aliviado.
Koburo continua a andar e percebe uma Velha pedindo esmola. A moça, que estava um pouco mais a frente de Koburo, ignora a Velha.
Koburo olha pra cima, respira fundo e anda em direção a Velha.
- Droga! Por que eu tenho que ser sempre tão bonzinho com as pessoas.
Ele chega perto dela.
- Por favor, meu jovem pode doar-me um pouco que tens?
- Sim senhora – Koburo diz com um grande sorriso – Aqui está – ele coloca a moeda, que já tinha preparado, dentro da caneca de alumínio que a Velha tem em mão.
Koburo sai andando.
- Pelo menos fiz uma boa ação por alguém menos favorecido que eu – diz isso sorrindo.
A Velha olha para dentro da caneca.
- Só isso?! Que miséria!
Koburo para e tira o sorriso que lhe prevalecia anteriormente.
- O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊS?! – berra isso sem ao menos virar-se para a Velha.
Ele está ofegante.
Todos estão o olhando. Ele abre a lista e a olha para se esconder dos olhares de reprovação dos demais.
Ele anda assim até chegar a um pequeno edifício no final da rua.
“RTG – Seu correio local”
- Ah, então é um lugar onde se recebem e enviam e-mails... – diz Koburo a si mesmo
Ele olha para seu relógio: 16:00:07
- Ainda estou a tempo de salvar a vida de quem está em dúvida entre a vida e a morte... – Pensa Koburo respirando fundo – Estranho ele estar em um correio – diz ele em voz baixa.
Capítulo 3- Spoiler:
- Caractere 3: Um Amigo
Começa a chover fraco.
Koburo entra no correio e ao fundo se toca uma música suave.
Só há um Funcionário presente.
Koburo se aproxima.
- O que deseja? Enviar ou receber? – diz o funcionário que parecia energético.
- É meio difícil ser ele, mas eu vou perguntar – pensa Koburo – Eu sou Koburo, foi você q... – diz
- Ah, Koburo! Uma Moça deixou uma correspondência para você!
- Uma Moça?... Que me conhece?!... – pensa Koburo.
- Espera um instante que eu vou ver aqui – diz o Funcionário se abaixando e mexendo em uma caixa.
Koburo olha para uma frase que está escrita em uma faixa presa à parede:
“A salvação só depende de teus atos, de tuas escolhas”
O Funcionário se levanta segurando um envelope.
- Aqui está senhor Koburo – ele entrega o envelope à Koburo – se não for para o senhor, por favor, devolva.
-?
- A Moça que me entregou isso não deu descrição do destinatário, então... Pode não ser o senhor.
- Tudo bem! – diz Koburo dando um sorriso – Qual é o autor daquela frase? – diz apontando para a faixa lida anteriormente...
O funcionário dá uma olhada.
-Ah, não sei, deve ser de algum desses filósofos antigos...
Os dois riem.
Koburo olha o envelope.
- Como era a Moça que lhe entregou isso?
- Ah... – O Funcionário segura o queixo e olha para cima – muito bonita!
- Obrigado!
Koburo diz e sai da loja e fica debaixo da marquise.
- Ohhh! Grande descrição a dele... – pensa.
Koburo abre o envelope e tira um papel com vários caracteres.
- Droga! Está em outra língua!
Koburo olha para ver se acha assinatura. Nada.
- E agora... Aqui na cidade não tem tradutores... A não ser... Hentei... – pensa Koburo.
Ele guarda o e-mail dentro do envelope.
- Ele é um poliglota e trabalha fora do país como professor de línguas. Nesta época do ano ele volta para casa, aqui em Oiko. – pensa ele.
Koburo acena para um taxi e entra no primeiro que para.
- Avenida Hashima, por favor. – diz Koburo ao Taxista.
- Há anos não nos falamos... Desde a morte dos meus pais... – pensa Koburo e um flash de lembrança invade sua cabeça. Há fogo. – como ele deve estar agora? Será que casou e tem filhos? Ou só vive para o emprego?
O táxi dá uma freada brusca.
- Desculpe senhor Koburo... Sabe a chuva atrapalha a visão. Uma criança passou correndo aqui em frente!... – diz o Motorista.
- Sem problemas Kraz – diz Koburo sorrindo.
Kraz vê o envelope na mão de Koburo através do retrovisor.
- Vai visitar alguém senhor Koburo?
- Ah, sim. O Hentei.
- Hentei! Nossa faz tempo que vocês não se vêem! Desde o incidente na ponte 13, não é?
- Sim.
- Diga que mandei um abraço para ele! E meus pêsames também...
- Pêsames? – pensa Koburo.
O carro para.
- Pronto é aqui.
- Quanto que foi?
- Não, não. Essa fica por cortesia da casa, considere como um presente de Natal adiantado! – Kraz sorri.
- Obrigado senhor Kraz! – Koburo retribui o sorriso – Há horas que percebemos que realmente existem pessoas boas. Amigos, uma das velas acesa em meio à escuridão – reflete Koburo olhando o rosto de Kraz.
Koburo corre, cobrindo a cabeça com a jaqueta protegendo com toda a cautela a carta, e para debaixo de uma marquise.
Ele toca a campainha da casa de Hentei.
Pelo vidro fosco percebe-se uma silueta de baixa estatura se aproximando da porta.
Capítulo 4- Spoiler:
- Caractere 4: Um Enigma
A porta é aberta.
Por uma Menina de boa aparência, de aproximadamente 6 anos.
- Pai, um moço molhado está aqui na porta! – diz a Menina
- Sim Ellena, já vou... – diz um homem
No fim do corredor, um homem contorna a curva e para.
Ele expressa espanto.
- Hentei... Como vai? – Inicia Koburo.
Ellena volta correndo e abraça o pai se escondendo atrás dele.
- M-mas... – Hentei inspira e tira os óculos para limpá-los – há quanto tempo, não?
- É... – diz Koburo
Tem-se um momento de silêncio, que é quebrado pela pequena Ellena.
- Pai, quem é ele?
- Um velho amigo, minha filha... – Hentei diz isso enquanto olha para Koburo o olhando.
Hentei vê o envelope na mão de Koburo.
- Venha entre que vou preparar um chá – Ele põe os óculos – Vejo que precisa de mim...
Koburo entra e fecha a porta.
(...)
Koburo observa fotos de Hentei e sua esposa.
- Agora eu entendi... – Koburo pensa
Koburo se lembra do que Kraz disse: “Pêsames”
Hentei chega e coloca a caneca de chá sobre a mesinha que fica no meio da sala.
Ellena brinca com um mini game na poltrona.
As luzes da casa estão apagadas e tudo é iluminado pelas chamas da lareira, que os aquece.
Koburo pega o chá.
- Cuidado que ainda está quente... – diz Hentei.
Koburo bebe um gole.
- Deve ter sido difícil para você – Koburo diz e olha para uma fotografia da esposa de Hentei.
Hentei faz o mesmo.
Ellena brinca com o mini game.
- Katharine era a pessoa mais alegre e bondosa que eu já tinha conhecido... Ela sempre se preocupava com as pessoas mais do que com ela mesma...
Koburo vê uma foto de Katharine, Ellena e Hentei.
- Ela queria engravidar e assim foi feito. Nós tivemos a Ellena. E então veio a notícia... – diz Hentei tirando os óculos e os limpando por estarem embaçados – Os médicos disseram que ela tinha câncer... Foi um choque para mim, mas parecia que Katharine já sabia. – Hentei começa a chorar – Ela disse não ter contado para que não nos preocupássemos, estávamos todos felizes pela gravidez, ela não queria estragar o momento... – Hentei limpa as lágrimas
-... – Koburo se sente mal pelo sofrimento do amigo.
- Katharine faleceu três dias depois...
- Eu sinto muito.
- Não sinta... Ela deixou essa dádiva para mim – Diz enquanto olha Ellena – Ela é o motivo de eu continuar seguindo... O último pedido de Katharine foi “Cuide dela, pois assim como você, ela é uma parte de mim”... e assim eu tenho feito todos esses anos.
- Eu sinto muito mesmo...
- Já se passaram 6 anos, não tem problemas – Hentei dá um sorriso
Hentei vê o envelope na mão de Koburo.
- O que é isso?
Koburo olha o envelope.
- Ah... – Koburo entrega o envelope a Hentei – preciso de sua ajuda com isso.
Hentei abre o envelope e vê o e-mail (carta).
- Entendo, você quer que eu traduza?
- Sim, por favor!
Põe os óculos. Ele pega um papel e um lápis que estavam sobre a mesa e começa a traduzir a carta.
Após terminar faz uma expressão de desentendimento.
- O que foi? O que está escrito? – diz Koburo percebendo a expressão de Hentei.
- Não entendo! Isso aqui não faz sentido! Só são palavras soltas sem ligação nenhuma!
- Me deixe ver... – Koburo pega o e-mail e também não entende.
- Quem lhe enviou essa carta?
Koburo tira o celular e mostra a mensagem, que ainda está em tela, para Hentei.
Hentei lê e devolve o celular a Koburo, que o guarda no mesmo bolso de antes.
- Então você vai mesmo tentar impedir que ele se mate? – diz enfim Hentei.
- Na verdade é “Ela”, uma mulher. Esta não deixou o endereço de onde é lugar onde está. Só deixou essas letras no final do e-mail.
- Sim. RTG é o nome do correio local...
- Lá me entregaram esse outro e-mail... – Koburo inspira – Agora não sei o que fazer...
- Que horas são?
Koburo olha o relógio: 16:34:58
- 16 horas e 35 minutos...
- Não temos muito tempo... – Hentei para e pensa um pouco – Espera... Ele tem se comunicado através de enigmas, então é óbvio que esta carta também seja um!
- Claro! Como que não pensei?!
Eles põem a folha com a tradução sobre a mesa.
Inspecionam com toda cautela.
- Uma mensagem... Um código... Em algum lugar... – Ambos pensavam enquanto tentavam desvendar o enigma.
Seus olhos são rápidos e atentos.
- Achei! – Grita Koburo
“Essa é a palavra que salvaria a vida da moça suicida?”
“Não perca o próximo capítulo: ‘Uma Visão’”
“O Tempo corre sem parar, impiedoso, cruel, frio deus do tempo”
Capítulo 5- Spoiler:
- Caractere 5: Uma Visão
- Onde? – diz Hentei espantado.
- Aqui! Na segunda coluna na vertical, tem uma frase que faz um pouco de sentido. – Koburo pega o lápis e começa a contornar a frase
- Entendo... Então não era para se ler na horizontal, como normalmente se lê.
Estava escrito: “Olhar Terceiro Telescópio”
Os dois lêem em voz alta.
- Talvez seja um planeta que devemos olhar – diz Hentei.
- Só se ela for um extraterrestre.
Os dois riem.
- Espera, ela pode estar falando dos telescópios da Torre de Observação de Oiko... – diz Hentei depois de pensar um pouco.
- É, é isso!
- Quantos telescópios existem lá?
- Uns cinco ou seis, eu acho... Com certeza é lá!
Koburo se levanta.
- Eu já vou! Muito obrigado Hentei, fico te devendo esta.
Koburo ameaça a ir embora.
- Espera, eu vou com você! – diz Hentei
- Não. Não quero te envolver nisso.
- Eu já estou envolvido. Você sempre me envolvia na suas confusões quando éramos crianças...
Koburo sorri.
- Por isso não posso te envolver em mais confusões.
- Você acha mesmo que eu vou deixar de participar de uma aventura dessas, e deixar meu melhor amigo de infância na mão?
- Ah, vem logo...
Hentei sorri e pega seu casaco.
Ele se aproxima de Ellena e se abaixa para ficar na altura dela.
Ele coloca as mãos nos ombros dela.
- Fique aqui que o papai vai sair e já volta. Não abra a porta para ninguém. Qualquer coisa já sabe meu número, não é?
- Sim papai! Pode comer biscoito? – diz Ellena com um sorriso angelical
- Pode sim – Hentei se levanta e passa a mão na cabeça dela. – Vamos!
Koburo abre a porta e a chuva tinha cessado.
- A chuva parou – diz Koburo
- É, mas vamos logo, por que ela sempre volta...
Eles entram no carro de Hentei.
O carro começa a andar e Koburo olha o relógio: 16:47: 19
- Koburo.
- Hã?
- Você tem se comunicado com Stella?
- O que?
- Vai falar que se esqueceu da Stella?
Koburo tem um flash de lembrança (uma menininha sorrindo)
- Não, não esqueci. Há anos que eu não falo com ela, perdemos contato.
- É, eu também. Quando chegou a notícia do acidente, meus pais foram embora imediatamente...
- Eu me lembro.
- Desde então nunca mais falei com ela, é uma pena. Mas vocês trocavam e-mails, digo cartas, não?
- Sim, mas quando tínhamos 17 anos ela disse que iria fazer faculdade fora do país. Então nunca mais nos falamos.
- É uma pena não é?
- É...
- Ela era bem apaixonada por você se lembra? Até de deu um beijo debaixo daquela árvore, não lembra?
- Disso eu não lembro – diz Koburo envergonhado –na verdade eu me lembro – pensa ele.
Koburo tem uma lembrança.
[lembrança]
Hentei e Stella (ambos 10 anos) estavam sentados debaixo de uma árvore que projetava uma sombra sobre eles.
Koburo chega e se ajoelha em frente a Stella e estende as mãos segurando uma flor violeta.
- A-aqui, achei uma flor t-tão bonita quanto você Stella! – diz Koburo de olhos fechados e envergonhado.
Stella fica espantada e sorri vendo o rosto de Koburo.
Ela apenas dá um beijo nele, e Koburo se espanta.
[fim]
- Não se lembra mesmo? Você disse até “Nossa você é linda como a flor, me dá uma beijo?”, não lembra? – diz Hentei.
- Não! – Koburo diz e fica ainda mais vermelho.
Hentei o vê naquele estado.
- HEHEHE, sei...
Eles param em frente a um edifício grande.
- É aqui, vamos que não temos muito tempo...! – diz Hentei
Eles saem do carro e um Guarda de trânsito se aproxima.
- Senhor não pode estacionar aqui! – diz o Guarda apontando para a placa de “Proibido Estacionar”.
- Ah, desculpa! Eu vou colocar o carro do outro lado da rua. – diz envergonhado – Koburo vai indo na frente! – grita ele.
Koburo entra no prédio.
Existe um salão bem grande com um balcão, pessoas, etc.
Ele anda até o elevador e vê o mapa. O observatório é no último andar.
Ele entra no elevador que está vazio.
- Stella era muito bonita naquela época... Como ela deve estar agora?... – pensa
Ele olha o medidor, só faltam três andares para o topo.
- Esses elevadores são bem rápidos mesmo, não? – comenta sozinho
Chegado ao ultimo andar ele se dirige aos telescópios.
Tem uma placa presa ao terceiro, “Quebrado” estava escrito.
- O que há de errado com este aqui? – pergunta ele a um dos Funcionários.
- Ele não se meche mais, parece enferrujado.
- Estranho... – pensa Koburo.
Então ele percebe que tem uma moeda sobre o telescópio.
- Tem problema se eu o usar?
- Contanto que não mexa com sua base...
- Obrigado...
Koburo pega a moeda e coloca no telescópio, para que assim possa usá-lo.
Ele olha e vê um prédio.
Aproxima o zoom e vê uma pessoa sentada na beirada do terraço.
- É ela! Como será seu rosto? – pensa Koburo.
Ele aproxima o zoom ainda mais e consegue ver o rosto da moça.
Vem uma imagem na mente dele. Uma menininha sorrindo.
Ele afasta os olhos do telescópio. Estão arregalados.
Com esforço ele diz uma palavra.
- S... Stella!
VOLUME 2
Capítulo 6
- Spoiler:
Caractere 6: Uma Lembrança
Koburo cai no chão e se levanta.
- Stella é a suicida...! – diz ele ainda assustado
Koburo sai correndo e passa por Hentei sem dar a mínima atenção a ele.
- Koburo! Aonde você vai? – Hentei pergunta confuso.
Koburo parece não ouvir.
Ele aperta o botão do elevador, mas este ainda está no térreo.
- ******! – diz Koburo muito nervoso.
Ele olha para o lado e vê uma porta com um desenho de escada.
Koburo corre e entra na porta.
- O que houve com ele? – Hentei pergunta ao Funcionário
- Eu não sei! Ele só estava olhando pelo terceiro telescópio e de repente...! – explica o Funcionário confuso e apreensivo.
- Terceiro telescópio!... – pensa Hentei enquanto olha para o telescópio.
Hentei se aproxima do telescópio e olha por ele.
Vê Stella e sua reação não é melhor do que a de Koburo.
- Stella! Droga, então é ela a suicida?! – diz Hentei e começa a correr pegando o celular e fazendo uma ligação.
Ele olha o relógio: 16:56:32
- ****** de tempo! – pensa ele - Alô...?! – diz ao telefone.
(...)
Koburo está a descer a escada. Muito desesperado ele está.
- Stella... Aff... Stella, por quê?... Stella?! – pensa ele.
Ele começa a se lembrar de sua infância.
[lembrança]
16 anos atrás...
Dia 29 de Janeiro...
Interior de Zorotta...
Dois carros estão estacionados e seis adultos, mais duas crianças, estão paradas em frente a uma casa.
- Nossa a gente não vem aqui desde o ano passado! – diz Hentei
- Puxa, é mesmo! – diz Koburo.
Koburo avista uma menina sentada.
- Ei, aquela não a Stella? – diz Koburo depois de certa análise.
- É sim! Vamos lá! – diz Hentei colocando a mão sobre as sobrancelhas para tapar a luz do sol.
Stella estava sentada debaixo de uma árvore que projetava uma enorme sombra. Ela chorava.
- Nossa! Ela ta chorando! – diz Koburo depois de chegar certa distância de Stella.
- É, deve ser por que a mãe dela tava com uma gripe e morreu a algumas semanas.
- Como que você sabe?
- Ouvi meus pais conversando...
Koburo contrai as sobrancelhas e aumenta a velocidade se seus passos.
Hentei mantêm a mesma velocidade.
Eles chegam perto de Stella.
- Oi Stella! – diz Koburo com um grande sorriso e logo depois Hentei repete o gesto.
Stella, ao perceber que os dois tinham chegado, seca as lágrimas.
- Olá... – diz ela com um olhar triste.
Koburo se senta à esquerda dela e Hentei à direita.
Tem-se um minuto exato de silencio.
- Sabe Stella... – Stella olha para Koburo que acabara de quebrar o silêncio – Quando as tartarugas marinhas ficam grávidas, elas colocam seus ovos na praia e vão embora. Quando os filhotinhos nascem, eles têm de cruzar a areia e entrar no mar, sozinhos. Só alguns conseguem sobreviver às pessoas e animais que pisam e comem eles. Só sobrevivem os que são fortes para seguir... Eu sei que sua mãe foi embora. Mas eu sei que você consegue cruzar a areia. Você é forte!...
Tem-se outro momento de silêncio.
Neste meio tempo Stella olha para Koburo com os olhos arregalados e depois olha para frente apoiando o queixo sobre os braços, que estão sobre as pernas flexionadas.
Ela observa o movimento cuja grama faz com o empurrão do vento.
O silêncio é quebrado por Hentei que se levanta.
- Eu que sou chamado de nerd no colégio e você que fica filosofando?! – diz ele.
Hentei pula em cima de Koburo e eles começam a brincar rolando pela grama. Eles riem.
Stella continua a observar a grama amarelada se movimentando.
- Koburo é gentil – diz ela finalmente
Eles param no mesmo momento.
Hentei por cima e Koburo por baixo.
Koburo olha para Stella e ela sorri.
Koburo fica vermelho.
Hentei começa a rir.
[fim]
Koburo sai do prédio.
Começa a correr pela rua.
- Stella... por quê?! – pensa Koburo.
[Lembrança]
16 anos atrás...
Dia 01 de Fevereiro...
Interior de Zorotta...
Koburo entrega uma flor a Stella.
Stella pega a flor
Stella dá um beijo em Koburo e ele arregala os olhos.
[fim]
Um carro atropela Koburo, mas ele se levanta segurando o braço esquerdo.
O Motorista sai para verificar.
- Me desculpe senhor... O senhor está bem, é que eu não... Perdão...! – diz o Motorista apreensivo.
Koburo ignora e passa pelo motorista sem dá-lo atenção.
- O que há com ele? – diz o motorista vendo Koburo indo embora.
Koburo continua correndo, mas a dor em seu braço dificulta um pouco.
- Droga! Stella...!
[Lembrança]
16 anos atrás...
Dia 4 de Fevereiro...
Interior de Zorotta...
Está chovendo e é noite.
Koburo e seus Pais estão perto do carro deles.
De longe estão Hentei e seus Pais, na casa.
- Vão com cuidado! Daqui a alguns dias nós iremos! – grita um dos Pais de Hentei.
- Sim. Tchau! – grita um dos Pais de Koburo.
Os Pais e Koburo ameaçam a entrar no carro quando Koburo ouve a voz de Stella.
- Espera Koburo!
Ele olha pra trás e ela vem correndo.
- Isso é para você se lembrar de mim sempre... – diz ela entregando algo que ele guarda entre mãos.
Agora ele está dentro do carro e seus Pais dialogam no banco da frente.
Koburo está a jogar um mini game.
Uma luz forte invade o carro e há uma colisão.
(...)
Koburo acorda meio atordoado em uma cama de hospital.
Ele ouve um médico e um policial.
- O acidente foi fatal para os pais... – diz o Médico segurando uma prancheta e preenchendo-a
- É uma pena mesmo, um menino de 10 anos sem os pais. A parte da frente do carro foi destruída por completo, sorte o garoto estar de cinto de segurança no banco de trás... – diz o Policial segurando o seu chapéu em frente ao peito.
Koburo começa a adormecer novamente.
Uma pequena lágrima desce de seu olho.
[fim]
Agora Koburo está correndo e contornando um prédio.
Ao longe ele vê outro prédio e Stella no seu topo.
Ele olha o relógio com certo esforço: 16:59:57
- Stella! – berra ele.
Última edição por Dariks em Dom Ago 05, 2012 10:19 pm, editado 3 vez(es)
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Ae, capítulo de abertura do segundo volume de Last Email, agora contando com esse, só faltam 5 capítulos pro fim.
Esse capítulo foi quase todo baseado em flashback e tal. Espero que gostem
Esse capítulo foi quase todo baseado em flashback e tal. Espero que gostem
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Muito bom esse capítulo
O melhor até agora!
Esses flashbacks ficaram show!
A parte em que ele faz uma filosofia sobre tartarugas kkkk
Muito louco xD
Só estranhei o Hentei lembrando de algumas coisas também...
Como se ele tivesse algo com ela HSUAhsua
Edit:
Fiquei curioso para saber o que aconteceu entre eles
Porque não estão juntos
To esperando os próximos
O melhor até agora!
Esses flashbacks ficaram show!
A parte em que ele faz uma filosofia sobre tartarugas kkkk
Muito louco xD
Só estranhei o Hentei lembrando de algumas coisas também...
Como se ele tivesse algo com ela HSUAhsua
Edit:
Fiquei curioso para saber o que aconteceu entre eles
Porque não estão juntos
To esperando os próximos
ChenLong- Mensagens : 644
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Re: LAST EMAIL(roteiro)
ChenLong escreveu:Muito bom esse capítulo
O melhor até agora!
Esses flashbacks ficaram show!
A parte em que ele faz uma filosofia sobre tartarugas kkkk
Muito louco xD
Só estranhei o Hentei lembrando de algumas coisas também...
Como se ele tivesse algo com ela HSUAhsua
Edit:
Fiquei curioso para saber o que aconteceu entre eles
Porque não estão juntos
To esperando os próximos
VLW man
O lance do Hentei, eu errei o nome '-' kkakakkaka Era pra ser o Koburo, já endireitei já
Previsão para quando sai o próximo capítulo: Ano que vem... zoa kakakkaa
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Kakaka... Hentei KKK
Vou ler ele... Se tem até o cap 10 aí?
Powa man sab o i'm hero fico on o link baixei um tanto + e logo ficou off de novo KK, sem noção o cara por no dropbox, 10 download acho q já da pau e estoura o limite.
Vou ler ele... Se tem até o cap 10 aí?
Powa man sab o i'm hero fico on o link baixei um tanto + e logo ficou off de novo KK, sem noção o cara por no dropbox, 10 download acho q já da pau e estoura o limite.
goldslash- Mensagens : 2685
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Localização : é o termo usado em geografia e áreas afins para designar a posição de algo num espaço físico.
Re: LAST EMAIL(roteiro)
goldslash escreveu:Kakaka... Hentei KKK
Vou ler ele... Se tem até o cap 10 aí?
Powa man sab o i'm hero fico on o link baixei um tanto + e logo ficou off de novo KK, sem noção o cara por no dropbox, 10 download acho q já da pau e estoura o limite.
kkkkk é 10 caps só
Os carinhas lá da Wish disseram q tá off msm e eles vão tirar e deixar só MF msm
Última edição por Dariks em Dom Ago 05, 2012 11:49 pm, editado 1 vez(es)
Re: LAST EMAIL(roteiro)
Bem melhor cara... E também tipo...
Tem q por o volume completo no MF, volume completo é mais massa baixar KK
TOmara q sai o 22 logo pra baixar o vol2 tb KK
Mas serio q zika esse dropbox ... =/
Tem q por o volume completo no MF, volume completo é mais massa baixar KK
TOmara q sai o 22 logo pra baixar o vol2 tb KK
Mas serio q zika esse dropbox ... =/
goldslash- Mensagens : 2685
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Re: LAST EMAIL(roteiro)
ow onde tem ******* - diz koburo.
Oq ele diz, meu pau??? Ou então cara.lho KKKK
Se for traduzir a qtd de estrlinha
Agora sakei a parada da tartaruga adshudshuuadshs
Dariks o sabio das tartarugas KK
"Hentei por cima e Koburo por baixo."
Isso ficou realmente gay KKK
Mano dessa parte da sorte por usar cinto foi tenso
Tipo, acho q foi quinta eu conversando com um cara ele me contou de um acidente(gelei qnd ouvi as parada)... Aí ele falando q tipo geral usava sinto de segurança, a irma do cara q tava no banco de trás diz q rasgou a barriga e perfurou o estomago com o sinto... A mulher dele q tava na frente perfurou o pulmão.
E o cara quebro não sei quantas costela com o cinto tb
Depois q ele me contou pensei puts agora de vez q n faço carteira KK... Mto tenso, só o cara sobreviveu... A irma e mulher morreram...
Mas aí achei legal mas o final está + ou - hehe
Esperando mais então.
Oq ele diz, meu pau??? Ou então cara.lho KKKK
Se for traduzir a qtd de estrlinha
Agora sakei a parada da tartaruga adshudshuuadshs
Dariks o sabio das tartarugas KK
"Hentei por cima e Koburo por baixo."
Isso ficou realmente gay KKK
Mano dessa parte da sorte por usar cinto foi tenso
Tipo, acho q foi quinta eu conversando com um cara ele me contou de um acidente(gelei qnd ouvi as parada)... Aí ele falando q tipo geral usava sinto de segurança, a irma do cara q tava no banco de trás diz q rasgou a barriga e perfurou o estomago com o sinto... A mulher dele q tava na frente perfurou o pulmão.
E o cara quebro não sei quantas costela com o cinto tb
Depois q ele me contou pensei puts agora de vez q n faço carteira KK... Mto tenso, só o cara sobreviveu... A irma e mulher morreram...
Mas aí achei legal mas o final está + ou - hehe
Esperando mais então.
goldslash- Mensagens : 2685
Data de inscrição : 12/04/2012
Idade : 31
Localização : é o termo usado em geografia e áreas afins para designar a posição de algo num espaço físico.
Re: LAST EMAIL(roteiro)
goldslash escreveu:ow onde tem ******* - diz koburo.
Oq ele diz, meu pau??? Ou então cara.lho KKKK
Se for traduzir a qtd de estrlinha
Agora sakei a parada da tartaruga adshudshuuadshs
Dariks o sabio das tartarugas KK
"Hentei por cima e Koburo por baixo."
Isso ficou realmente gay KKK
Mano dessa parte da sorte por usar cinto foi tenso
Tipo, acho q foi quinta eu conversando com um cara ele me contou de um acidente(gelei qnd ouvi as parada)... Aí ele falando q tipo geral usava sinto de segurança, a irma do cara q tava no banco de trás diz q rasgou a barriga e perfurou o estomago com o sinto... A mulher dele q tava na frente perfurou o pulmão.
E o cara quebro não sei quantas costela com o cinto tb
Depois q ele me contou pensei puts agora de vez q n faço carteira KK... Mto tenso, só o cara sobreviveu... A irma e mulher morreram...
Mas aí achei legal mas o final está + ou - hehe
Esperando mais então.
tensa a história hein
**** = Merd a
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