Duelo de Roteiristas - Espaço pra Roteiros
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Duelo de Roteiristas - Espaço pra Roteiros
Aqui é pra organizar melhor, então os roteiros poderão ser colocados nesse tópico.
ROTEIROS
goldslash- Mensagens : 2685
Data de inscrição : 12/04/2012
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Localização : é o termo usado em geografia e áreas afins para designar a posição de algo num espaço físico.
Re: Duelo de Roteiristas - Espaço pra Roteiros
Roteiro da Batalha #1 ChenLong x Juanito.
Gênero: Drama
Sub-Gênero: Slice of Life
Juizes: Gold, Dariks, Amily.
Gênero: Drama
Sub-Gênero: Slice of Life
Juizes: Gold, Dariks, Amily.
Sandro é um jovem que possui problemas sociais.
Principalmente quando se trata de conversar com garotas!
Mas isso está prestes a mudar, pois Sandro precisa encarar seu destino.
- Face Your Destiny:
Pg 1.
São Paulo. 2009.
O protagonista, por volta de seus 18 anos, está andando pela cidade...
Há muitos prédios no seu bairro, alguns chegam a ter mais de 10 andares.
Ele entra em um prédio, pega o elevador e sobe até o quinto andar.
Entra em seu apartamento e seu celular toca. Mesmo sendo um número desconhecido, ele atende.
- Alô?
- Sandro? Quem fala é o Lucas, amigo dos seus pais.
- Sei...
- Hmmm... Você está em casa?
- Sim. Mas meus pais não estão aqui.
- Eu sei... hmmm... é sobre eles que eu quero conversar.
- Algum problema com eles??
- Eles...
- O quê?
- Eles sofreram um acidente...
Pg 2.
"Já passou três anos desde que meus pais morreram...
Minha vida mudou. Pirou...!
Eu era o tipo de garoto que tinha tudo.
Meus pais sempre me deram conforto.
Eles me amavam! Me apoiavam...
Mas com a morte deles, acabei me excluindo.
Perdi tudo o que tinha...
Me tornei Anti social."
Pg 3.
Sandro está na varanda do apartamento que herdou de seus pais.
E ao seu lado, há um garoto sentado no para peito...
O garoto está de costas para o apartamento e com os pés balançando para fora do prédio.
- Ela está saindo! -Ele diz apontando para baixo.
- É eu vi... -Sandro comenta.
Ambos ficam observando uma garota de cabelos e olhos escuros sair do prédio à frente.
- Quando vai tomar coragem para conversar com ela? -O garoto pergunta com um sorriso.
- Isso nunca vai acontecer... -Sandro vira o olhar para o apartamento e percebe que há um barulho de batidas vindo de lá.
Ele entra no seu apartamento.
O lugar está com apenas alguns móveis, tornando o apartamento praticamente vazio.
Alguém batia na porta.
Pg 4.
- Sandro. Sou eu... vim trazer o almoço. -Diz a pessoa atrás da porta.
Ele abre a porta e depara-se com um homem vestido com roupas sociais e segurando uma marmita em suas mãos.
"O porteiro do prédio. É a única pessoa com quem eu mantenho contato desde que meus pais morreram.
Ele tem me ajudado... Mas eu posso ver em seus olhos.... ele sente pena de mim."
- Obrigado. -Sandro diz ao porteiro enquanto pega a marmita e fecha a porta.
- Cara, você precisa tomar uma atitude! -O garoto diz enquanto observa o apartamento que estava quase vazio.
- Isso é irritante! -Sandro pensa.
- Eu sei! -O garoto comenta sorrindo.
Pg 5.
"Cheguei a um certo ponto solidão.
E comecei a surtar!
E então... esse garoto...
Minha imaginação deve ter criado para amenizar minha solidão...
Assim eu posso conversar com alguém...
comigo mesmo..."
- Que patético...! -O garoto diz coçando o nariz.
- É! Eu sei... -Sandro retorna para a varanda.
- 11h45! Ela já deve estar voltando! -O garoto comenta enquanto sobe e fica de pé no para peito.
Eles ficam observando as pessoas na rua e enxergam a garota que estava voltando com uma sacola em mãos.
Pg 6.
- É tão simples se aproximar das pessoas. -Garoto diz como se estivesse zombando de Sandro.
A garota entra no prédio onde mora.
- Ficar observando não vai adiantar... -Garoto comenta.
- Mesmo sendo tão simples, por que eu não consigo? -Sandro retira um bilhete do bolso.
Ele fica olhando para o bilhete por alguns instantes.
- Cinco meses, doze dias e três horas...
- Desde a última vez que você saiu desse apartamento! -Garoto diz enquanto pula para a varanda.
- E nada mudou... Tudo continua completamente igual... -Sandro pensa.
Pg 7.
- Não é verdade...
- Você sabe o que mudou! -O garoto diz apontando para um feirante na esquina.
- Tsc... Grande coisa... um feirante casou! -Sandro começa a rir e completa:
- Não foi difícil perceber...
- A feira fechou por algumas semanas e quando o dono voltou, já estava usando uma aliança de casamento.
- E aquela mulher? -Garoto pergunta e olha para uma mulher que estava no final da rua.
- Ela se mudou para esse bairro recentemente... -Sandro responde desanimado.
- Você viu o caminhão de mudanças não é?
- De qualquer forma, ela é muito gostosa! -Garoto comenta com malicia ao ver os peitos fartos que a mulher tem.
Sandro fica observando as pessoas.
Assistindo elas viverem suas vidas...
Então o garoto vai até o para peito e se inclina para ver os apartamentos abaixo.
Pg 8.
- Alguém abriu um escritório de contabilidade nesse prédio... -Ele diz ao ver uma placa pendurada em uma janela.
- Já sei disso... -Sandro diz.
- Uma coisa eles tem em comum.
- Todos estão fazendo algo para mudar ou levar a vida adiante. -Garoto comenta.
Sandro fica quieto e observando o bilhete por alguns minutos.
- Você precisa fazer o mesmo! -O garoto praticamente grita essa frase nos pensamentos de Sandro.
- Preciso arranjar um emprego e o mais rápido possível. -Sandro comenta enquanto guarda o bilhete no bolso.
- Por que você não faz como daquela vez? -Garoto pergunta.
- Hmmph... E depois pedir demissão por estar insatisfeito? -Sandro fica irritado.
- Isso não importa agora!
- Aquela técnica funcionou uma vez... pode funcionar novamente! -O garoto comenta de forma pensativa.
Pg 9.
[Flashback]
Sandro está em seu quarto, se arrumando para sair.
O quarto está muito bem organizado e mobiliado, diferente do lugar vazio que é atualmente.
"Hoje vou fazer minha 7º entrevista de emprego...
Não posso dizer que estou animado.
O emprego é ruim! O salário é uma miséria! E o lugar fica a duas horas daqui..."
Ele se veste, guarda os documentos e sai do quarto.
"Passei os últimos três dias me preparando para essa ******.
Ao contrário do que fiz nas últimas 6 entrevistas em que falhei.
Dessa vez tenho um plano para disfarçar meu desanimo ao entrevistador."
Sandro passa pela sala e vai em direção a porta.
Ele para ao ver um bilhete de seus pais na estante.
Pg 10.
No bilhete havia escrito:
"Fomos trabalhar.
Boa sorte na sua entrevista hoje.
Deixamos a comida pronta, basta esquentar.
Beijos da sua mãe e abraços do seu pai."
Sandro deixa o bilhete onde estava e sai do apartamento pensando.
"Eles saíram mais cedo hoje."
Após passar duas horas andando em três ônibus diferentes.
Ele finalmente chega no local da entrevista e lá aguarda por mais de 40 minutos até ser chamado.
Pg 11.
- Hmmm... Sandro.
- Você tem problemas com o público? -O entrevistador pergunta após ler o currículo dele.
"- Com certeza! Detesto aglomerações!
Essa seria a minha resposta para essa pergunta, mas..."
- Não senhor! Nem um pouco! Interagir com pessoas novas faz bem a qualquer um!
- Por quê você quer trabalhar nessa empresa? -O entrevistador pergunta novamente.
"A ideia é distorcer as perguntas para algo que eu goste.
Assim poderei respondê-las com maior sinceridade!
Imaginei então: - Por quê você quer desenhar esse mangá?"
Pg 12.
"Respondi empolgado."
- Além da experiência que posso adquirir, quero conhecer pessoas que tenham objetivos semelhantes aos meus!
"Menti e menti...
Fiquei quase 1 hora mentindo na entrevista...
Foi divertido e ao mesmo tempo cansativo."
Sandro aperta a mão do entrevistador e sai do pequeno escritório onde acabara de fazer a entrevista.
[Fim do Flashback]
Pg 13.
- No mesmo dia te ligaram e te contrataram!
- Deu certo não foi? -Garoto pergunta para Sandro.
- E mais tarde... naquele dia...
- Lucas ligou avisando que minha mãe e meu pai estavam mortos... -Sandro retira o bilhete do bolso.
E o lê novamente...
"Fomos trabalhar.
Boa sorte na sua entrevista hoje.
Deixamos a comida pronta, basta esquentar.
Beijos da sua mãe e abraços do seu pai."
- Eu não pude me despedir! -Sandro sussurra focando a leitura na última frase do bilhete.
Pg 14.
Ambos ficam em silêncio e observando as pessoas por alguns minutos.
Sandro percebe um homem no final da rua e esse estava abordando as pessoas e lhes entregando panfletos.
O homem parecia estar feliz com o que estava fazendo.
- Como ele consegue? -Sandro pensa.
- O quê...? Trabalhar entregando panfletos? -Garoto pergunta.
- Não...
- Digo, abordar desconhecidos com tanta facilidade... -Sandro responde.
- Ele tem um motivo para isso! -Garoto comenta.
- Então eu devo ter um para conversar com as pessoas?
- Não sei...
- Não faço ideia de como isso funciona... -Garoto encolhe os ombros como se não se importasse e completa:
- Mas você deveria ao menos tentar!
Pg 15.
- Certo.
- Amanhã vou imprimir o currículo e procurar um emprego. -Sandro diz empolgado.
- Por que não faz isso agora? -Garoto diz com um sorriso.
- Err... É... preciso fazer a barba, me arrumar, ajeitar o currículo e...
- Inventar mais desculpas! -Garoto comenta e começa a rir.
...
No outro dia, Sandro acorda pela manhã.
Mas não consegue levantar da cama...
O medo de sair começou a consumir seus pensamentos.
Pg 16.
Sandro permanece deitado por 20 minutos.
- Droga! Acho melhor deixar para semana que vem... -Ele pensa.
Até que resolve sair da cama...
E após comer as sobras da marmita do dia anterior, ele vai até a varanda e escuta batidas do seu lado.
Sandro vira o olhar para o lado e vê o garoto aplaudindo.
- Parabéns!
- Fracassou novamente... -O garoto diz com uma expressão séria.
Sandro baixa a cabeça por um instante e escora os cotovelos no para peito da varanda.
- Tomar decisões...
- É algo que fazemos todos os dias, há todo instante...
- Você não pode fugir disso! -Garoto comenta com raiva.
Pg 17.
Sandro fica calado e observa as pessoas novamente.
- Ela... mudou a rotina? -Ele se pergunta ao ver a garota saindo do prédio a frente.
A garota estava vestida diferente do habitual e carregava uma pasta em suas mãos.
Parecia apressada... caminhou até a beira da calçada, olhou para os lados e...
Atravessou a rua... logo ela saiu do alcance dos olhos de Sandro.
- Mas... o que é isso!?
- Justo no dia que você ia sair, ela saiu mais cedo também!
- O destino estava pronto para colocar vocês juntos!!! -Garoto gritou e continuou:
- E como de costume você estragou tudo!
- Desistiu novamente de seguir em frente!!!
- TOMOU A DECISÃO ERRADA!
Pg 18.
Sandro ficou paralisado e sentindo muita raiva...
- Por quê? Por que eu não consigo seguir adiante??? -Ele podia sentir seu coração batendo de forma desesperada.
- Se você não tomar suas próprias decisões, o destino tomará por você...
- A prova disso, é o que está para acontecer daqui à duas semanas. -Garoto disse de forma mais tranquila.
Sandro arregalou os olhos, pois acabara de lembrar de uma coisa:
- Droga! O apartamento...!
- O dinheiro para pagar as despesas está acabando...!
Pg 19.
- Vai continuar pedindo para o porteiro vender os móveis do apartamento?
- ... Quanto tempo acha que poderá viver dessa maneira? -Garoto começa a bocejar.
- Tsc! -Sandro range os dentes.
- Por mais perdidos que estejamos...
- O destino sempre dará um jeito de nos mostrar o caminho novamente!
- Porém cabe a cada um decidir se o seguirá ou não! -Garoto comenta sorrindo.
Pg 20.
- Qual é o meu destino então? -Sandro pergunta sussurrando.
- Isso você terá que descobrir...
- Mas ao que parece, ele quer que você encontre essa garota. -Garoto responde e esboça um sorriso.
Sandro fica surpreso, entretanto não sabe no que acreditar, afinal o garoto não passava de uma criação sua...
- Acordarei cedo amanhã! -Respira fundo e diz para si mesmo:
- E sem desistir dessa vez, vou fazer meu currículo e sair em busca de um emprego!
Pg 21.
Sandro acorda as 7h45 e sem pensar duas vezes, levanta e se veste para sair.
Pega seus documentos, dinheiro e um pendrive.
Ele sai do apartamento e ao trancar a porta, observa o corredor do andar.
"Acho melhor eu descer pelas escadas..."
Ele segue o corredor, passando pela entrada do elevador e parando em frente a porta que levava para as escadas.
Ao abrir aquela porta, ele encontra o garoto sentado nas escadas...
- Está com medo de encontrar com alguém no elevador? -Garoto diz enquanto balança a cabeça.
Sandro ignora e começa a descer as escadas.
- É esse tipo de obstáculo que você precisa enfrentar! -Sandro escuta o garoto gritar isso.
Pg 22.
Após descer cinco andares, Sandro chega na portaria e o porteiro fica surpreso ao vê-lo ali.
- Sandro? Algum problema...? -O porteiro pergunta preocupado.
- Ah! É... não... eu vou até a Lan House imprimir um currículo.
- Vai procurar um emprego é? -Porteiro fica com os olhos arregalados.
- Pretendo! -Sandro responde e sai do prédio.
Ele para e fica olhando ao redor...
Todas aquelas pessoas passando por ele, aquilo o incomodava muito.
- Você está nervoso!? -Garoto pergunta enquanto passa caminhando como se fosse mais uma daquelas pessoas.
Pg 23.
Sandro olha para o prédio da frente como se procurasse pela garota.
Logo ele se vira e segue seu caminho até a Lan House.
"Parece que todo estão olhando para mim...
Isso é desconfortante!"
- Isso não passa da sua imaginação tentando te amedrontar! -Garoto diz.
- Eu sei! Mas é difícil não pensar nisso... -Sandro responde.
- Você precisa enfrentar a si próprio!
- Somente assim poderá seguir adiante... -Garoto comenta.
Sandro olha para o lado e acaba esbarrando em alguém...
Pg 24.
- Me desculpe, eu sou tão desastrada! -Uma voz suave diz.
Sandro se vira para ver quem está ali e nota uma mulher loira a sua frente.
- Ah! Eu... é... foi mal!
A mulher sorri e continua andando...
- Eu devia ter puxado assunto com ela!? -Sandro se pergunta.
- Impossível! Você precisa ir com calma...
- Esse tipo de coisa acontece com muita frequência e você precisa aprender quando deve dar atenção ou não para a pessoa. -Garoto comenta tranquilamente.
- Isso é difícil! -Sandro pensa e continua caminhando.
Pg 25.
Ele finalmente a vista uma Lan House e ao se aproximar dela, retira o dinheiro e o pendrive do bolso.
Sandro empurra a porta de vidro, entra na Lan House e fica surpreso ao deparar-se com a atendente.
A garota de cabelos e olhos escuros estava lá!
O olhar dos dois se cruzam por alguns segundos e Sandro começa a tremer ao sentir seu coração disparar...
Ele não consegue dar sequer dar um passo a frente.
"Volte para o apartamento...
Ela é boa demais para você...
Saia rápido daqui...
Você vai passar vergonha..."
Sandro estava sendo tomado por pensamentos ruins.
Pg 26.
Então ele dá um curto passo para trás, mas percebe que a garota estava vermelha e olhando diretamente em seus olhos.
- Oo... Oii! Posso ajudar? -Ela pergunta sem jeito.
- Por que ela está vermelha? -Sandro pensa.
[Flashback - 3 Anos atrás]
- Mãeee! Vou me atrasar para o curso!
- Estou indo! Tchau! -A garota grita enquanto sai de seu apartamento.
Ela corre até o elevador que logo em seguida chega.
Ao entrar nele, ela sorri para sua amiga que estava ali.
- Quase perdeu o elevador Luana? -A amiga dentro do elevador pergunta.
- Me atrasei me arrumando... -Luana entra no elevador.
7º Andar... É possível notar pelo número digital que o elevador demonstra.
...
Após saírem do prédio, Luana e sua amiga caminham até o ponto de ônibus e lá ficam por alguns minutos.
Então Sandro aparece... Ele estava bem vestido, porém desanimado...
Pg 27.
Apenas três metros os separam...
Algumas pessoas estavam entre os dois, dificultando que Sandro a percebesse...
Por algum motivo, Luana ficou encantada com Sandro desde o momento em que o viu.
...
Um ônibus chega, entretanto, somente Sandro e algumas pessoas embarcam.
...
Alguns dias depois...
Luana está na varanda de seu apartamento e então enxerga Sandro na varanda do prédio a frente, dois andares abaixo do seu.
Pg 28.
Praticamente todos os dias, Sandro e Luana ficavam na varanda...
Enquanto Sandro observava as pessoas abaixo, Luana o observava intrigada, tentando o entender...
[Fim do Flashback]
Pg 29.
- Eu não posso recuar! Eu não posso recuar! -Sandro dizia para si mesmo.
Ele estava muito trêmulo, mas sabia que era sua chance de mudar...
De seguir adiante... Seguir seu caminho...
Relutante, dá alguns passos a frente e cumprimenta a garota:
- É... Oi...
- Meu... Nome é Sandro! -Ele diz com um curto sorriso no rosto.
Luana esboça um sorriso e responde.
- Luana!
- Me chamo Luana...!
Pg 30.
Sandro escuta o garoto falando.
A voz estava ficando cada vez mais distante.
- Ei! Sandro!?
- Esse é o seu destino!
- Agora você tem com quem conversar!
- Até...!
ChenLong- Mensagens : 644
Data de inscrição : 18/05/2012
Idade : 35
Localização : Rio Grande do Sul - RS
Re: Duelo de Roteiristas - Espaço pra Roteiros
Roteiro da Batalha #2 Goldslash X João Paiva
Gênero: Esporte/Jogos
Sub-Gênero: Fantasia
Público Alvo: Shõnen
Juizes: ChenLong ,Kreby, J-Lucas.
Dragonom
Gênero: Esporte/Jogos
Sub-Gênero: Fantasia
Público Alvo: Shõnen
Juizes: ChenLong ,Kreby, J-Lucas.
- Spoiler:
- Tyllen é um mestre de dragão e para poder ganhar o Torneio de Dragonom ele terá que mostrar seu valor na arena para si e para os jogadores do seu time
Dragonom
- Spoiler:
- Página 1
“Em uma era de castelos, cavaleiros e magia”
“Existiam os chamados mestres de dragões. Muito usados em guerras, na época da formação das grandes cidades e países, como força militar”
“Com o fim das guerras, as grandes cidades, já com seus territórios delimitados, firmaram um tratado de paz e para comemorar esse dia, foi criado um jogo”
“Dragonom”
“Um jogo criado pelos mestres de dragões antigos, onde visava exaltar a glória, força e a união do homem com seu dragão”
“O torneio de Dragonom é uma tradição em todo o mundo médio, e mais que isso, uma forma de manter unidas as nações”
“Reino de Gondor”
*Um homem em um quarto, observa um jovem deitado em uma cama, o jovem aparenta estar com muita dor, enquanto um velho o examina*
Página 2
Homem: Então? É grave? Ele vai poder jogar o próximo jogo?
Velho: O ferimento é grave e profundo, vai demorar algum tempo até o jovem Taylor se recuperar por completo. Sinto-lhe dizer, senhor Henegar, mas terá que tira-lo do time, ele não esta em condições de participar do torneio de Dragonom desse ano.
*O homem dá um soco numa mesa*
Henegar: Maldição! Não podemos perder um atacante tão bom como ele agora. Justo agora, que estamos nas quartas de finais do torneio.
Velho: Compreendo sua frustração, senhor, mas temos que prezar pela saúde do rapaz.
Henegar: Certo, certo...
Taylor: Sinto muito, treinador... Ugh!
Henegar: A culpa não é sua, Taylor. Muito pelo contrário, você foi o herói do último jogo, sua destreza e habilidade junto com seu dragão nos deram a vitória e nossa vaga para as semifinais do torneio, agora trate de descansar. Tenho que ir atrás de um novo atacante e rápido...
*Henegar se dirige a porta, mas Taylor o segura pelo braço*
Taylor: Treinador, acho que conheço alguém pra vaga de atacante.
Página 3
“Vilarejo de Grymsville”
*Agora aparece Henegar montado em um cavalo, pedindo informações a uns aldeões. Depois, ele se dirige a uma cabana, afastada do vilarejo, situada num enorme campo. Henegar bate a porta. Um homem a abre*
Homem: Henegar! Há quanto tempo, meu velho amigo!
Henegar: Bastante tempo mesmo, hein? Billdor!
Billdor: Vamos entre, entre.
*Henegar e Billdor se sentam ao redor de uma mesa*
Billdor: Então, Henegar, como anda meu garoto Taylor? Soube que vocês venceram o último jogo. Sabe, eu tenho o maior orgulho em dizer, pro pessoal do vilarejo que meu filho é o atacante do time de Gondor! HAHAHAHAHA
Henegar: Então... Sobre isso que eu quero falar...
*Billdor nota a seriedade na voz de Henegar*
Página 4
Henegar: Seu filho, no último jogo foi nocauteado por um defensor do time adversário e está gravemente ferido.
*Billdor se levanta da cadeira*
Billdor: O quê!? Meu menino!?
Henegar: Calma, nos já o tratamos, ele esta em repouso no momento, só que ele não irá poder jogar no torneio de Dragonom esse ano.
*Billdor se senta novamente*
Billdor: Isso me deixa menos preocupado, agradeço por vir me avisar.
Henegar: Como Taylor não poderá jogar, a vaga para atacante está vaga. E Taylor acha que seu irmão mais novo esta apto para substituí-lo como atacante no torneio.
*Billdor acaricia a sua barba*
Billdor: Hmmm... O jovem Tyllen treina todo dia com seu dragão, ele sonha com o dia em que poderá jogar no time de Gondor, acho que finalmente ele terá essa chance.
*Billdor se levanta*
Billdor: Venha.
Página 5
*Billdor e Henegar saem da cabana e se dirigem a um vasto campo, que fica no quintal da cabana. Existe uma floresta no final desse campo, ficando a alguns quilômetros da cabana*
Billdor: TYLLEEENN!!!
*As arvores da floresta começam a se mexer e dentre as arvores surge um dragão com um jovem montado no pescoço, o dragão pousa na frente de Henegar e Billdor*
Henegar: Hmmm... Você tem um belo dragão, jovem Tyllen! Um genuíno dragão planar arbóreo, encontrado muitos na região das florestas a Oeste de Gondor.
Tyllen: Ele se chama Hanzo... Eu acho que conheço o senhor...
Billdor: Filho, este é o treinador do time de Gondor, Henegar. O treinador do seu irmão.
*Tyllen salta do pescoço de Hanzo e se aproxima*
Página 6
Tyllen: UAU!! Então o senhor é o treinador dos Gondor!? Parabéns pela vitória contra os Vanisters, os dragões deles nem se comparam com os nossos.
Henegar: Vejo que se interessa por Dragonom...
Tyllen: Eu amo jogar Dragonom, eu treino todo dia com Hanzo. Meu irmão e eu, antigamente, costumávamos disputar ali, tem até os postes que fizemos alguns anos atrás, pra jogar.
Henegar: Percebi e é sobre isso que eu vi tratar com você.
Billdor: Vamos, entrar. Irei preparar algo pra tomar enquanto isso.
*Tyllen chega próximo de seu dragão Hanzo*
Tyllen: Hanzo, descanse um pouco, mas não vá muito longe.
*O dragão abre asas e sai voando*
*Billdor, Henegar e Tyllen entram na cabana. Henegar explica a situação para Tyllen. Anoitece e Tyllen sai da cabana e anda até o campo, onde se encontra com Hanzo*
Página 7
Tyllen: Ei, Hanzo, ótimas notícias. Iremos jogar no time de Gondor, no torneio de Dragonom. E como atacante! Não é incrível?
*Tyllen acaricia a cabeça de Hanzo*
Tyllen: Só fico triste em saber que meu irmão está machucado... Mas, não iremos desaponta-lo, não é? Ele me escolheu, e iremos honrar a escolha dele. Nós iremos a Gondor amanhã pela manhã e treinaremos no campo dos Gondors, então descanse, meu amigo.
*Pela manhã, Henegar a cavalo e Tyllen montando o Hanzo, partem para Gondor. Eles chegam à arena de Dragonom, que pertence ao time de Gondor. A arena se resume a uma extensa área de areia, em formato retangular dividido em duas partes, de ambos os lados existem postes altíssimos, um poste de cada lado, e na extremidade dos postes existe um aro de grande diâmetro, colocado verticalmente*
Henegar: Bem vindo, Tyllen! Ao campo de treinamento de Dragonom dos Gondors.
*Tyllen se aproxima do meio do campo*
Página 8
Tyllen: Nossa, é enorme. Então aqui, nessa arena, que são disputadas as competições do Torneio de Dragonom desse ano?
Henegar: Isso mesmo, e será aqui que você irá treinar agora. Seu irmão pode lhe encher de elogios, mas eu ainda não vi suas habilidades como jogador de Dragonom. Espero que você não confunda, eu lhe chamei aqui porque eu confio na palavra do seu irmão e ele me garantiu que você seria um bom atacante. Agora cabe a você, honrar o voto que ele o depositou.
Tyllen: Certo, eu mostrarei a todos quanto eu sou tão bom jogador de Dragonom como meu irmão.
Henegar: Esse é o espírito. Enquanto, colocamos a cela e os outros equipamentos no seu dragão. Irei lhe explicar algumas coisas sobre o jogo em si de Dragonom...
Tyllen: Há! Isso eu sei, é bem simples. Temos um poste ali e do outro lado temos outro poste, ambos com aros verticais na extremidade. São divididos dois times, com quatro jogadores cada time, e o objetivo é invadir o campo adversário e acertar a bola no aro do adversário, quem acertar mais vezes, faz mais pontos e é o ganhador da partida.
*Nesse instante, chegam uns homens, trazendo Hanzo, com uma cela atrás. Um dos homens chega perto de Henegar*
Página 9
Homem: Senhor, o dragão está pronto. Aqui está a bola, como pediu.
*O homem dá uma bola de couro a Henegar, enquanto Hanzo se aproxima de Tyllen*
Tyllen: Hanzo, desculpe garoto! Mas, você vai ter que usar esse equipamento nos jogos...
Henegar: Tyllen, pega!
*Henegar arremessa a bola para Tyllen*
Tyllen: Wow! Essa aqui é um pouco mais pesada...
Henegar: De fato, ela é. Aqui, treinamos com uma bola mais pesada que a do jogo oficial, para treinar a força do arremesso do jogador. Algum problema?
Tyllen: Nenhum...
*Nesse instante, chega à arena, próximo de onde Henegar, Tyllen e Hanzo estão, três dragões, um pouco maiores que Hanzo.Em cada um, existe uma pessoa montada. Elas descem e chegam próximo de Henegar*
Página 10
Henegar: Chegaram, finalmente. Tyllen quero lhe apresentar o resto do time. Esse da direita é Sitka, o do meio é Baruk e o da esquerda é Heitor.
Heitor: Então, treinador, ele que vai substituir Taylor como atacante?!
Henegar: Isso mesmo. O nome dele é Tyllen. Taylor e ele treinam desde criança, e Taylor acredita que ele seja capaz de ocupar a vaga de atacante.
*Heitor se aproxima de Tyllen e o encara*
Heitor: Hmmm... Só existe um jeito de descobrir se você é tão bom como seu irmão diz.
Você e eu, agora, mano a mano, numa disputa de Dragonom.
Tyllen: Aceito!
*Heitor corre em direção ao seu dragão e o monta. Tyllen monta em Hanzo*
Heitor: Vamos, Dan! Pra cima!
*Heitor e seu dragão Dan ganham os céus e se aproximam de um dos postes, do outro lado, Hanzo com Tyllen mantém posição, Tyllen está segurando a bola*
Página 11
Heitor: Você tem que acertar a bola no aro do meu lado...
Tyllen: Eu sei o que fazer!!!
*Nesse instante, Hanzo arranca em alta velocidade em direção a Dan e Heitor*
Heitor: ... Mas, terá que passar por mim antes disso.
*Hanzo num movimento rápido, consegue passar por cima de Dan, e Tyllen já se prepara para arremessar a bola*
Tyllen (pensamento): Huh! Muito fácil!
*Antes de lançar a bola, Dan aplica um golpe de cauda em Hanzo, que o faz cair na areia da arena, Tyllen deixa a bola cair também*
Heitor: Você achou mesmo que passaria tão fácil...
Página 12
*Dan voa rasante e Heitor pega a bola do chão. Ele fica voando sobre Hanzo e Tyllen jogados na areia da arena*
Heitor: Uma das regras de Dragonom diz que se ou o dragão ou o seu mestre tocar no chão da arena, ele deverá ficar fora do jogo por uma chama de tempo. Isso significaria que teríamos um a menos no jogo, por um período de uma das sete chamas de tempo que um jogo de Dragonom tem oficialmente. Você estaria comprometendo todo o time.
*Dan se volta para o outro poste e voa na direção dele*
Heitor: Vejo que Taylor estava errado, teremos que achar outro atacante, esse não dá cont...
*Nesse instante, aparece Hanzo do lado de Dan, mas Tyllen não está na cela*
Heitor: Mas, o quê?! Muito rápid...
Tyllen: Ainda não acabou, Heitor!
*Tyllen está em pé na parte de trás de Dan, ele sai correndo pelo corpo de Dan e consegue tirar a bola das mãos de Heitor, depois ele pula na cela de Hanzo*
Página 13
Heitor (pensamento):Isso é impossível!? Ele estava em pé num dragão em movimento, como é possível?! Ah não ser que...
*Henegar olha surpreso para Tyllen*
Henegar: Isso é algo que não via a muito tempo... Uma habilidade de um legitimo mestre de dragão!
Sitka: Treinador, o que foi isso? O que isso quer dizer?
Henegar: Quer dizer que ele é a pessoa certa pra atacante.
*Tyllen montado em Hanzo, se dirigem para o outro poste e arremessa a bola, que atravessa o aro*
Tyllen: Bom, acho que ganhei.
*Hanzo aterrissa perto de Henegar e os outros do time. Em seguida, chega Dan com Heitor*
Página 14
Tyllen: Então, treinador, estou apto pra entrar no time como atacante?
Henegar: Tyllen me responda uma coisa. Ficar em pé em um dragão em movimento, como fez?
Tyllen: Aquilo foi um truque que eu aprendi quando era criança, por quê? É proibido isso no jogo oficial?
Henegar: Não, não...
Tyllen: Então?
Henegar: Será que você ainda não percebeu!? Um mestre de dragão dos dias de hoje não consegue fazer esses tipos de truques, no passado, na época da guerra via-se bastante esse tipo de coisa e muito mais, porque isso é magia.
Tyllen: Mágica?! Sério?!
Baruk: HAHAHAHA! Essa foi boa, treinador. O senhor acredita nesse lance de magia...O senhor está brincando,não é?
Henegar: Não, não estou! O que digo é algo sério e real. Não vemos mais esses tipos de truques porque nos dias de paz que nos encontramos, a magia ficou em desuso, por parte dos mestres, ela ficou esquecida...
Página 15
Sitka: Então treinador, antigamente, na época da guerra, era normal um mestre de dragão usar magia nas batalhas?
Henegar: Não era normal... Só os prodigiosos mestres de dragão conseguiam usar a magia em seu total potencial. Ficar em pé em um dragão em movimento era o básico.
Baruk: Então, eu como mestre de dragão, posso fazer esse tipo de coisa? Posso usar... Magia?
Henegar: Depende muito, Baruk. Uma das coisas fundamentais nisso é o vinculo com seu dragão, a interação com seu dragão é um laço muito especial, creio que isso desperte a magia que reside no mestre. Mas é claro que acho muito difícil, afinal por isso que não vemos mais esse tipo de coisa.
Henegar (pensamento): Embora essa magia só se aplica ao seu dragão, conseguir fazê-la com um dragão de outro, já é outro nível... Esse garoto com certeza é especial.
*Baruk se volta para seu dragão*
Baruk: Se entrosamento é o que basta pra fazer esses truques bacanas então vamos nos entrosar mais, não é, Bones?
Henegar: Cheguem de papo! O jogo das semifinais será daqui a três dias, temos que treinar nossas jogadas junto com Tyllen, já que ele é novo no time.
Página 16
*Todos indo montar seus respectivos dragões, antes de Tyllen subir no dele, Heitor o segura pelo braço*
Heitor: Não pense que só porque sabe fazer esses truques bestas você é o melhor. Seus atos no jogo é que decidirão isso.
*Tyllen e Heitor se encaram. Depois Heitor vai montar seu dragão Dan. Tyllen monta em Hanzo*
Tyllen: Acho que ele gosta da gente, né Hanzo?
*Durantes os três dias, eles treinavam de dia até a noite. Chega o dia do jogo da semifinal. O rei de Gondor está em uma parte da arquibancada separada do público, ele está junto com sua esposa e sua filha, e alguns nobres e lideres de outros reinos e cidades. A torcida esta eufórica, na arena está três dragões com três homens os montando, os juízes, dois dos três juízes, cada um vai para um lado da arena, o juiz do meio começa a anunciar os times*
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Juiz: Iremos começar o jogo da semifinal do Torneio de Dragonom, que esse ano, está sendo sediado aqui em Gondor. Do meu lado direito, recebam o time da casa, o time de Gondor!
*De uma parte da arquibancada que estava coberta, sai os dragões e seus respectivos mestres, era o time de Gondor assumindo suas posições, no ar, e no seu lado da arena. Todos vão a loucura*
Juiz: Do meu lado esquerdo, um time que vem do Sul distante e gelado, eles são o time de Frost!
*Eles saem de outra parte da arquibancada coberta, assumindo suas posições na arena, do lado oposto ao time de Gondor. O juiz chama os atacantes de cada time, eles se aproximam*
Juiz: Você do time de Gondor, escolha: Mestre ou Dragão?
Tyllen: Dragão.
Juiz: Então você, do time de Frost ficará com Mestre.
*O juiz arremessa uma moeda ao alto e apara*
Juiz: Dragão! A bola começa com o time de Gondor.
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*Tyllen recebe a bola, e ambos os jogadores voltam pra sua posição. O juiz se afasta do meio do campo, deixando só os mestres de dragões no campo, de um lado o time de Frost, do outro, o time de Gondor. O juiz faz um sinal pra uma pessoa que esta numa torre próxima da arena. Essa pessoa bota fogo numa espécie de vela, postas em sequencia, uma do lado da outra*
Juiz: Bom, o tempo será de sete chamas, qualquer infração indevida será punida com o afastamento do jogador por uma chama de tempo, conforme a regra oficial. Todos prontos, comecem!!
*Nesse instante, dois dragões do time de Frost vão em direção a Hanzo, já que Tyllen detêm a bola. Hanzo se eleva no último segundo, até que Baruk, com seu dragão Bones e Heitor com Dan acertam com um golpe os dois dragões do time de Frost*
Baruk: Tyllen!! Avance!
*Hanzo então adentra o campo inimigo, logo os outros dois dragões do time de Frost que ficaram atrás tentam intercepta-lo. Hanzo é ágil e se esquiva do primeiro, porém o segundo já está bem em cima*
Sitka: Tyllen!! Desça, agora!!
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*Nesse instante, Hanzo faz uma manobra pra baixo, deixando o caminho livre para Sitka vir com seu dragão Sury, dando um golpe de cauda, no segundo dragão do time de Frost. Deixando o caminho livre pra Tyllen fazer o primeiro ponto para o time de Gondor. O público aplaude*
Baruk: Muito bem, Tyllen!
Sitka: Agora é a vez de eles atacarem, vamos armar a nossa linha de defesa. Tyllen, fique atento ao contra ataque.
Tyllen: Certo!
*Com ambos, os times se organizando nos seus respectivos lados. O time de Gondor se organiza numa nova configuração, afinal o time de Frost que vai atacar. Iniciando o ataque, vêm dois dragões do time de Frost formando uma barreira e por trás dessa barreira, vem o atacante com a bola*
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Sitka: Segurem essa barreira!!
*Dan e Bones, dragões do Heitor e Baruk, respectivamente, se esbarram com a barreira, formada por dragões do time de Frost. Então o atacante de Frost que estava atrás passa por cima da barreira, mas é surpreendido por Sury, dragão de Sitka, ele esbarra no outro dragão e consegue roubar a bola, e passa, rapidamente para Tyllen*
Sitka: Vai! Tyllen! Faz o ponto!
*Mas nesse instante, um dragão do time de Frost vem em direção a Hanzo e aplica um empurrão que faz Tyllen largar a bola, Hanzo começa a cair*
Tyllen: Hanzo! Acorde, garoto! Vamos! Hanzooo!
*Hanzo então abre os olhos e olha para Tyllen*
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Hanzo: ... Tyllen...
*Tyllen se surpreende. Hanzo consegue subir voo de novo, sem tocar no chão da arena. Mas, o time de Frost já havia feito o ponto*
Tyllen: Hanzo... Você falou comigo?
Baruk: Ei, Tyllen! Venha logo pra sua posição!
Tyllen (pensamento): Não, devo ter me confundido...
*Tyllen volta para seu lado do campo, junto com os outros*
Sitka: Eles jogam bem, mas nós jogamos melhor! Vamos, Gondors!
Baruk, Heitor e Sitka: UUUOOOOOHHHH!!
*Sitka olha para Tyllen meio atordoado*
Sitka: Tudo bem, Tyllen?
Tyllen: Hãn? Ah! Tudo certo!
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*O jogo continua, até o final da sexta chama de tempo, equilibrado. O time de Frost marca, logo em seguida, o time de Gondor marca também. Até que chega a sétima chama de tempo, e na metade dela, o time de Frost está ganhando por um ponto de diferença. O time de Gondor esta todo reunido, preparando uma tática pra esses momentos finais da partida*
Sitka: Então, estamos perdendo por um ponto, mas ainda não é o fim, temos ainda um pouco de tempo.
Heitor: Nossa única chance de vencer essa partida seria acertando o aro do adversário do nosso campo.
Baruk:Isso! Um Dragon Run! Desse modo, como é um Dragon Run ganharíamos três pontos em vez de um e venceríamos a partida.
Sitka: Certo, então será assim, eu e Heitor avançaremos até o campo adversário e bloquearemos o máximo de dragões que conseguirmos, atrás ficará o Tyllen dando suporte ao Baruk que ficará atrás pra fazer o arremesso. Certo? Vamos lá!
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*Todos em suas posições. A bola começa com o time de Gondor, com o atacante Tyllen. O juiz apita para começar a partida. Nesse instante, Dan e Sury avançam rapidamente para o campo adversário bloqueando dois dragões do time de Frost, os outros dois entram a toda velocidade no campo do time de Gondor, um vai em direção a Bones e o imobiliza com marcação pesada, e o outro persegue Hanzo*
Baruk: Tyllen!! Não passa pra mim! Estou bloqueado!
Tyllen: Droga! Nem se eu pudesse!
Tyllen (pensamento): Preciso fazer alguma coisa, se eu conseguisse pelo menos despistar esse aqui...
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*Nesse instante, Bones vem carregando com empurrões os dois dragões do time de Frost, o que foi lhe marcar e o que estava perseguindo Hanzo*
Baruk: Rápido! Vou segurar eles! Faça você um Dragon Run!
Tyllen (pensamento): Eu, fazer um Dragon Run?! Mas como? Não dá, não tenho tanta força e ...
*Uma voz vem na cabeça de Tyllen*
Voz: ....Tyllen... Vamos lá Tyllen, você consegue.
Tyllen (pensamento): Essa voz de novo... É você Hanzo?!
Hanzo: Tyllen, lembre-se da magia... Use-a. Você consegue.
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*Tyllen então toma postura. Voa até o meio do campo, sem passar para o campo adversário, ele procura se alinhar com o aro do time adversário. Então, ele sai da cela e corre ate a ponta da cauda do Hanzo, ele se agacha, segura firme a bola e com a outra mão segura a cauda de Hanzo*
Tyllen: Hanzo! Agora!
*Hanzo começa a girar em forma de anel e num golpe de cauda ele arremessa Tyllen com bola e tudo em direção ao aro. O público, os juízes, os nobres, todos ficam pasmos. Tyllen passa pelo aro e cai com tudo na areia da arena. O público vai a loucura. O juiz apita*
Juiz: A sétima chama se apagou. É fim de jogo. E o vencedor é o time de Gondor!
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*Dan, Bones e Sury pousam rapidamente perto de Tyllen que está caído na areia da arena*
Sitka: Tylleeen!! Você está bem?
*Tyllen se vira rindo e se levanta com os braços esticados olhando para o céu*
Tyllen: Eu consegui! Eu consegui! Eu consegui...
*Então ele desmaia e Sitka e os outros rapidamente o leva a enfermaria. Depois, na saída do público da arena, dois sujeitos vestindo uma túnica e cobrindo os rostos com o capuz, andam tranquilamente*
Sujeito#1: Então, o que achou? Parece que o atacante deles é forte e ele pode usar magia... Serão oponentes difíceis nas finais, não acha, Zyon?
Zyon: Huh! Não só ganharemos a partida, mas também faremos sangue jorrar na arena... He He He
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*Na enfermaria, Henegar entra no quarto, onde se encontra Baruk, Sitka e Heitor todos preocupados com a saúde de Tyllen*
Tyllen: Mas, eu já disse que estou bem.
Sitka: Descanse, você merece.
Baruk: Verdade, eu nunca tinha visto aquele movimento antes, cara foi incrível! Tem que me ensinar.
Tyllen: Certo, ensino sim.
*Heitor encara Tyllen e estende as mãos*
Heitor: Perdão, julguei você mal, você é um bom jogador de Dragonom.
Tyllen: Sem problema.
Henegar: Já chega, seus abutres! Deixem-no repousar um momento. Vamos!
*Todos saem do quarto. Henegar chega próximo da cama*
Henegar: Bom trabalho, Tyllen. E descanse pra amanhã, será a final e precisamos da mesma vontade do jogo de hoje pra vencer ou até mais...
Tyllen: Sim, treinador...
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*No dia seguinte, toda a arena já está lotada, pra acompanhar a final do Torneio de Dragonom. O juiz então começa a anunciar*
Juiz: Senhores, reis e rainhas, princesas e príncipes, nobreza e público em geral de todos os cantos do mundo presentes hoje, aqui na arena, para acompanhar a final do Torneio de Dragonom desse ano. Eu vós saúdo!
*Aplausos e gritos da torcida por toda a arena*
Juiz: Do meu lado direito, o time da casa, os Gondors!
*Eles aparecem voando para seu lado na arena e assumindo posição*
Sitka: Ei, Tyllen! Você está melhor?
Tyllen: Estou sim! Vamos vencer esse jogo!
*Na arquibancada, Henegar e Taylor assistem ao jogo. Taylor está com muletas e ataduras pelo corpo*
Henegar: Você é mesmo teimoso. Duvido que o médico saiba que você está aqui. Mal consegue se manter de pé direito.
Página 29
Taylor: Essa é a final do torneio, treinador! Não consegui ficar deitado na cama sabendo que meu irmão estaria na partida.
Juiz: Do meu lado esquerdo, vindo do extremo norte, os atuais campeões do Torneio de Dragonom, os Dracos!
*Os Dracos entram na arena e tomam suas posições*
Henegar: Lembra-se deles no ano passado, Taylor?
Taylor: Sim... Foi esse time que nos eliminou do Torneio do ano passado. O atacante deles, Zyon, com seu dragão Agamenom, são verdadeiros monstros na arena...
Página 30
Henegar: Não me admiro deles estarem na final. Mas esses dias soube algo perturbador, em relação a aquele atacante, Zyon. Fui informado que ele é neto do lendário mestre de dragão Zor.
Taylor: O quê?! O lendário Zor, o negro?! Ouvi dizer que na época da guerra, ele com seu dragão dizimaram exércitos sozinhos e conquistaram boa parte do norte.
Henegar: Se o reino de Draco é o que é, hoje em dia, eles devem tudo a Zor. O principal problema de Zor era seu orgulho e sua crueldade. Espero que seu neto Zyon não tenha herdado esse mal...
*O juiz lança a moeda pra saber quem irá começar com a bola*
Juiz: Deu Dragão! O time de Draco começa com a bola!
Tyllen: Boa sorte!
Zyon: Tsc! Fique com ela... Você irá precisar.
*Com todos nas suas posições. O jogo inicia. Zyon está com a bola. Ele olha para seu time*
Zyon: Ei! Eu quero entrar sozinho!Acho que só eu já basta pra esse time fraco.
Baruk: O quê?!
Página 31
Zyon: Avante! Agamenom!
*Agamenom avança para o campo do time de Gondor em alta velocidade. Bones tenta interceptá-lo, mas Agamenom se esquiva e consegue passar por Hanzo e Dan também*
Zyon: HAHAHA! Muito fácil!
*Então ele arremessa a bola, mas antes dela atravessar o aro, ela é interceptada por Sitka com seu dragão Sury*
Sitka: Dessa vez não! Tyllen! Pega!
*Sitka arremessa a bola para Tyllen que avança num contra ataque junto com Baruk. Eles fazem o primeiro ponto*
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*De volta, todos as posições na arena. Agora, o time de Gondor está com a bola. Zyon olha para seus companheiros*
Zyon: Vamos arrasar eles agora!
Jogador dos Dracos #1: He He He! Zyon está zangado, chegou a hora de usar a força dos Dracos! Já sabem como agir, não é?
Jogadores dos Dracos #2 e #3: Sim!
*O jogo recomeça e continua acirrado. Os Dracos usando a força dos seus dragões para marcar os pontos enquanto os Gondors usando a agilidade dos seus, para marcar também. Chega na sétima chama de tempo e o jogo empatado. Os Gondors com a bola. Tyllen avança para o campo adversário com a bola, porém a marcação impede. Tyllen então passa a bola para Sitka. Quando Sitka recebe a bola, vem em sua direção Zyon, com seu dragão Agamenom, em alta velocidade. Sury desvia por muito pouco, mas Agamenom consegue acertar um golpe de cauda, não em Sury mas diretamente em Sitka que é arremessado do seu dragão e cai com tudo no chão da arena, desacordado*
Página 33
Tyllen: Nãããão!! Sitka!!
Heitor: Espera! Tyllen! Lembre-se que ainda estamos no jogo, você ou seu dragão não podem pisar na arena.
Tyllen: Droga!
*Agamenom faz um voo rasante e pega a bola sem encostar-se ao chão. Ele vai em direção ao campo dos Gondors. Se esquivando de Dan e Bones*
Baruk: Droga, ele é muito rápido!
Heitor: Maldição, ele não pode fazer esse ponto!
Zyon: Iremos levar o troféu novam...
*Nesse instante, Hanzo corta pela frente Agamenom. Tyllen pula então nas costas do dragão de Zyon*
Tyllen: Ainda é cedo de mais pra cantar vitória.
Página 34
*Então Tyllen aplica um soco em Zyon que o faz largar a bola.Tyllen pula de Agamenom em direção a bola, Tyllen consegue pegá-la e em seguida, Hanzo o pega antes de Tyllen se espatifar no solo. Hanzo vai em direção ao campo do adversário. Existem três dragões na defesa do time dos Dracos, ambos na frente do aro*
Tyllen: Vamos nessa, Hanzo!
*Hanzo avança, os três dragões vem em sua direção, em sequencia. Tyllen sai correndo pelo pescoço de Hanzo, com a bola na mão, e no momento ele se joga no primeiro dragão, cai nas costas desse*
Jogador dos Dracos #1: O quê?!
Página 35
*Tyllen sai correndo pelo corpo desse dragão, até que ele pula no outro que vinha atrás desse primeiro, num lance bem rápido, ele corre até a cauda desse segundo, o terceiro dragão que vinha atrás desse segundo tenta morder Tyllen que se encontra na cauda do segundo dragão, Tyllen se esquiva no ultimo minuto, conseguindo pular na cabeça desse terceiro e quando ele a levanta ele pega impulso e pula, com essa corrida de dragão em dragão ele agora está bem próximo do aro do adversário e pula, no ar mesmo, ele arremessa a bola*
Tyllen: AAAAAAHHHH!!!
*Tyllen acerta, é o ponto do desempate, dando a vitória para os Gondors. O público todo começa a gritar de euforia pela sufocante vitória do time da casa*
Página 36
Henegar: Isso! Ganhamos!
Taylor: Uooooohh!! Esse é o meu irmão!
Baruk: Ganhamos?... Ganhamos mesmo? Não estou sonhando?
Heitor: Vencemos, Baruk!
Baruk: Vencemos!!!!
*Mais tarde, no quarto de hospital, todo o time ao redor da cama do Sitka*
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Baruk: Então? Vai conseguir ficar em pé durante a cerimônia de premiação, Sitka?
Sitka: Claro que sim! O golpe não foi tão forte assim, já estou até melhor.
Heitor: Ainda nem acredito que vencemos o torneio...
*Henegar entra no quarto*
Henegar: Aí estão vocês, vamos rápido! A premiação vai começar! Mas cadê o Tyllen?
Baruk: Ele disse que tinha algumas coisas pra fazer e que não era pra se preocupar que ele vai estar na cerimônia.
Henegar: Eu espero que ele esteja mesmo, afinal toda a corte estará presente. O rei quer ver todo o time.
*No quarto de hospital de Taylor, Tyllen e Taylor conversando, olhando pela a janela do quarto*
Página 38
Taylor: Você jogou bem, Tyllen.
Tyllen: Há! Admite logo que jogo melhor que você!
Taylor: Huh! Não exagera, ok?
Tyllen: HAHAHA!Só existe um jeito de descobrir quem é o melhor...
Taylor: Num desafio de Dragonom!
Tyllen: Vamos lá!
*THE END*
João Paiva- Mensagens : 275
Data de inscrição : 26/04/2012
Idade : 30
Localização : Belém/ PA
Re: Duelo de Roteiristas - Espaço pra Roteiros
Roteiro da Batalha #2 Goldslash X João Paiva
Gênero: Esporte/Jogos
Sub-Gênero: Fantasia
Público Alvo: Shõnen
Juizes: ChenLong ,Kreby, J-Lucas.
Finalmente terminei, demorou pra caramba, tava com dificuldade... Mas esta aí , u.u.
Gênero: Esporte/Jogos
Sub-Gênero: Fantasia
Público Alvo: Shõnen
Juizes: ChenLong ,Kreby, J-Lucas.
Finalmente terminei, demorou pra caramba, tava com dificuldade... Mas esta aí , u.u.
- Gogo Game:
1ª Página
Vila Skyrion
È uma das principais vilas que fazem parte do país de Gondam e também do continente Aurea.
A vila é pacata e medieval, assim como outras, com uma extensão média, ela é conhecida pelo comércio de madeira, importante pra outras regiões, mas também é conhecida pela grande quantidade de atletas que se formam pra jogar Gogo Game.
2ª Página
Esse é um esporte popular em Gondam e também em todo o continente de Aurea. Ele consiste em acertar a bola num aro posicionado no fundo da quadra, tendo cerca de 20cm, exatamente o tamanho em largura da bola, esta também pesa 500g.
A bola é feita de um material mais denso. O nome de Gogo se refere à fruta Gogo encontrada nesse continente, é uma fruta semelhante á um coco, que diz a lenda foram as primeiras bolas usadas nesse esporte.
3ª Página
O esporte consiste em 3 jogadores por equipe. O defender/wall q é o último jogador que fica cerca de 10m do aro, sua função é de atirar o mais longe possível e também defender, geralmente jogadores muito fortes detêm essa posição, verdadeiros paredões, .
4ª Página
Em seguida aparece o controller/catcher, esse é o jogador do meio a cerca de 40m do seu aro, sua função é capturar a gogo arremessada pelo wall sem deixar cair e também essa área é livre a contato com o adversário q pode atrapalhar, após a captura da bola, ele tem o direito de tentar o passe ao último homem, caso não consiga a captura ou derrube no chão a posse vai para o outro time. È preciso um pouco de força aliada a habilidade.
5ª Página
Por último vêem o habilidoso e com uma excelente mira, o pointer, também chamado de sword. Ele é considerado a arma do time, é quem muitas vezes faz diferença no jogo. Ele fica 60m distante do seu aro + 15m distante do aro inimigo, só pode se mover 5m.
6ª Página
A quadra tem por volta de 80m, é muito extensa é divida em 3 partes, uma pra cada espécie de jogador dos times, é nessa área que a luta ocorre. Também há algumas áreas delimitadas.
A regra é simples, usar de 3 arremessos para acertar a bola no aro inimigo, o time que chegar a 5 pontos vence. Há também um tempo em que essa jogada deve ocorrer, é um jogo que não ocorre muito contato físico, apenas no centro e requer muita habilidade para jogá-lo, ainda pode-se ter 1 jogador reserva e também há técnico que fica no seu lado, passando instruções.
7ª Página
È mais um dia em Skyrion, a vila está agitada está perto!! O campeonato entre as principais vilas, que além de coroar um time, elegerá o melhor jogador em cada posição pra formar o time que defenderá Gondam, formando o time pra concorrer no campeonato de Aurea, o principal campeonato de Gogo. Skyrion consegue quase sempre eleger 1 jogador a o time nacional.
Em alguns locais da vila já estão vários cartazes avisando sobre o grande evento.
Leky : Ahh!! O campeonato é amanhã, não acredito que não fui selecionado pro time de Skyrion novamente, já é a 3º vez.
Silan: Cara sempre tem uma nova vez, ano que vem vc consegue.
Leky: Mais eu sei tudo sobre esse esporte. O melhor local para se posicionar na quadra, todas as regras, como funciona e... Eu sou rápido!
8ª Página
Silan: È vc sempre foi mto inteligente, mas...
Leky: Também sei algumas jogadas e qual melhor forma de jogar bola, e...
Silan: Não é o suficiente, vc não tem habilidade com o jogo!!
Leky: Valeu... Grande amigo vc hein (¬¬)
Silan: Só disse a verdade... Mas esquece, vamos lá comprar os ingressos.
9ª Página
È chegado o dia, o campeonato está para começar, o narrador anuncia. Enquanto isso Silan e Leky estão nas arquibancadas.
Leky: Olha, olha... È o time de Skyrion e lá está Gruby(“O ogro”), ele é realmente muito forte nada passa por ele, também tem sua técnica de fogo, mesmo que a bola passe por ele, ela se queima.
Silan: Ele é um grande jogador, mas veja só o time de Liomu tem Slyx(“A adaga”), é o melhor pontuador, a cada 3 arremessos dizem que ele acerta 2.
10ª Página
Leky: Impressionante, mas Skyrion tem grandes chances de ganhar a taça.
Silan: Não sei, será duro contra Liomu, Nara, esse ano estão com novos jogadores habilidosos, veja aquele controller de Nara, Crill ele tem uma técnica de ar, assim ele agarra a gogo firme e também atrapalha outros controllers.
Os jogos passam e as equipes de Liomu, Nara e Skyrion vencem seus jogos, por (5x4),(5x2) e (5x1), respectivamente.
11ª Página
O campeonato segue com partidas fáceis para essas equipes, até que chegam as semifinais, Nara X Skyrion.
O jogo começa quente, as duas equipes marcam rapidamente 1x1.
Nara sai com a gogo. Ela é lançada até onde ficam os controllers, Crill agarra e usa o ar pra prendê-la, o adversário tenta dar um tapa, mas ela está presa. Crill lança alto para o sword que atira a bola bate na barriga de Gruby. Ele toma a bola e joga no meio novamente, os controllers saltam, mas com uma corrente de ar a bola fica em Crill novamente, que já joga no ataque rapidamente o sword se aproveita e marca. 2x1.
12ª Página
Gruby lança novamente, o controller de Skyrion não consegue mais uma vez e fica com Crill q liga no ataque, a bola está indo, mas Gruby usa Bafor e salva. Gruby atira, finalmente o controller ganha um q atira ao sword de Skyrion e empata. 2x2.
Nara usa de sua jogada rápida com Crill passando de primeira e fica novamente a frente 3x2.
Gruby tenta jogada No Middle, ele se prepara muito e arremessa a bola novamente entra em chamas, mas agora é diferente ela toma velocidade e chega ao sword que marca e empata novamente. 3x3.
13ª Página
Partida recomeça e a mesma jogada entra em ação, o controller de Skyrion não resiste e Gruby usa novamente a Bafor.
Leky: Gruby realmente está jogando muito não é Silan?
Silan: Ele é bom, mas com esse controller Skyrion não terá chances.
A gogo está no meio e mais uma luta agora o controller de Skyrion vai agarrar, porém a gogo muda o rumo novamente e Crill fica com ela, levando a torcida a gritar seu nome, ele dá um sorriso ironizando os jogadores de Skyrion. Lança ao sword q marca. 4x3. Gruby parece muito cansado. Mesmo assim tenta mais uma jogada No Middle, o atacante de Skyrion se esforça e deixa os 2 times a 1 ponto.4x4
14ª Página
Gruby quase não agüenta em pé é substituído. O jogo chega na reta final, agora os 2 possuem wall não tão confiáveis, isso reflete em qual controller pegar a bola vence.
Leky, Silan: Va-aiii, Skyrion!!
A gogo é disputada, Crill vai pegar a bola, porém estava muito confiante e acaba errando, o controller de Skyrion aproveita e lança para sword q marca. Virada 5x4. Skyrion vence.
15ª Página
Chegam na final, Skyrion está desfalcado sem seu wall e principal jogador. A final começa e acontece o inesperado o time de Skyrion não se acerta. E em pouco tempo o jogo termina, incrível a pior final da história de Skyrion, 5x1 para Liomu, Slyx fez uma apresentação mágica.
Alguns torcedores em menor número comemoram, Liomu vence.
Leky: Droga! O que foi isso...
Silan: Que humilhante.
Leky: Coitado Gruby.
Silan: Fica frio, ele sabe, ganhar ou perder faz parte.
16ª Página
No outro dia, na casa de Silan, Leky e seu amigo estão reunidos comentando.
Leky: Nossa foram escolhidos os melhores o time de Gondam será composto por Gruby, Crill e Slyx, como esperado.
Leky: Eu realmente estou com inveja, queria chegar a ter uma oportunidade dessas.
Silan: Eles mereceram... Mas vc realmente quer ser tanto jogador de Gogo assim??
Leky: Eu... È o meu sonho.
17ª Página
Silan: Como pode ver, meu pai está sempre ocupado nunca está em casa, mas ele sempre me deixa grana eu tenho umas economias...
Silan: Como vc é meu melhor amigo... Posso bancar algumas coisas, vamos juntos para o país vizinho de Kawop, lá estão os melhores centros de treinamento.
Leky: È serio?? Vc faria isso por mim?
Silan : Claro.. Ou tem mais outro otário aqui q só pensa em Gogo Game??
Leky: Hahaha!
18ª Página
País de Kawop, Vila Kawara.
Silan e Leky estão correndo em volta do campo já há algum tempo, cercado por outro...
Leky: Sii-lan... (puf-puf) Pq não me avisou q era tão difícil assim.
Silan: Vc não quer ser jogador de Gogo?Então continue se esforçando!
Leky: È claro!!! ( Nesse momento Leky acelera um pouco...)
19ª Página
O tempo passa... Silan já avisou seu pai sobre a decisão, este não foi contra. No centro continuam o treinamento e sessões de arremesso, corrida, pegar a gogo, força, entre outros aspectos. E por mês cobra-se uma taxa de cada jogador.
Durante o tempo que treinam eles ouvem as notícias e ficam sabendo que Skyrion não chegou nem nas finais do campeonato.
Após um ano de treino duro. Acontece um jogo sério onde é medido o quanto o jogador evoluiu.
Após todo o treino, então Silan e Leky retornam a Skyrion, eles estão diferentes.
20ª Página
Leky: Sinto que estou preparado, esse estarei no time... E vc vai participar também?
Silan: È claro...
Leky: Vc mudou hein, vc nunca gostou mto de Gogo, também nunca participou da seleção para Skyrion.
Silan: È, mas agora eu treinei também, todo esse esforço não pode ter sido em vão.
Leky: Entao... Vamos passar juntos, seremos JOGADORES de Skyrion!!
Silan: Conseguiremos!(Silan e Leky estão empolgados, eles pulam e batem as mão no ar)
21ª Página
Alguns dias depois, estão reunidos numa quadra, também há um técnico com olhar sério e vários outros atletas, alguns aquecendo. Formam-se algumas equipes, a regra é única quem perdeu é eliminado. No fim, alguns jogadores são escolhidos, principalmente do time que sobrar.
Por sorte Silan e Leky estão no mesmo time, Silan jogará de controller e Leky de sword.
Os jogos passam enquanto Silan e Leky jogam bem, estão dando o seu melhor, até que chegam no jogo final. No outro time está Gruby de wall.
22ª Página
Silan se esforça, mas Leky não consegue fazer nada frente a Gruby, que joga fácil.
Silan: Concentre-se, Leky, desse jeito vamos perder.
Leky: Estou tentando...
Nesse instante a partida se encontra 3x0 para o time de Gruby...
Todos os eliminados que estão assistindo a partida, começam a rir do time de Silan e Leky.
Eliminado #1: Esse é o time q chegou a final??
Eliminado#3: È... Esses moleques não sabem jogar, porque não brincam de boneca.
Eliminado #2: Time pilantra. Haha! Vão conseguir sofrer a maior goleada de Gogo 5x0.
Eliminado #1: Vamos lá!Tomem mais 2 e vão embora seus podres, estou com sono!!
23ª Página
Leky: Malditos...
Silan(pensando): Não acredito, chegamos até aqui e vamos perder assim.
Silan(pensando): Não vou deixar!!!
Nesse momento, as coisas mudam, Silan lança com força para Leky.
Leky está com raiva e atira com toda força e marca seu primeiro. A torcida vaia.
Agora a partida fica estranha, Silan começa ganhar todas no meio, a torcida comenta.
24ª Página
Eliminado#2: O que está acontecendo, esse moleque está sempre se antecipando.
Eliminado#1: Ele é bom...
O jogo se repete Leky tentando vencer a defesa de Gruby. E a cada 5 marca 1. O placar vira para 4x3.
Silan: Vcs não podem vencer!!
Leky(assustado): Silan?! Vc está diferente.
Silan: È minha técnica, Time Break, já vencemos.
25ª Página
Gruby: Vc é inexperiente, jogo não acabou.
Gruby usa seu No Middle, o sword marca, 4x4.
Silan: Não acredito. Leky é se ele fazer de novo... È sua última chance.
Leky: Eu sei...
Leky se concentra é marcar ou marcar... Ele se concentra e lança , seu braço está doendo...
A gogo está indo em direção ao aro, está quase, ela vai entrar... Está tudo indo em direção a vitória...
26ª Página
PORÈM! Gruby solta seu Bafor, a bola não entra.
Gruby: Haha, eu avisei, agora meu último lance.
Gruby tenta mais um No Middle. Sem chances para o time de Leky, 5x4.
A partida de Gogo Game chega ao fim. Os jogadores
27ª Página
Leky: Ahh caramba, não passamos, não foi dessa vez...
Leky: Vamos nessa, quem sabe um dia...
Silan: È quem sabe... Mas eu...
Leky: O que foi? Está machucado?
Silan: Não cara, é que...
Leky: Que foi? Fala...
28ª Página
Silan: Eu... PASSEI no Teste!! Serei o novo controller de Skyrion!!
Leky: O Q-que??? .... ..... Vc me traiu!! Silaan!!!
Nesse momento, Leky demonstra inconformado com tudo, ele e Silan brigam e trocam uns socos, Silan tentando argumentar algo, eles se separam...
29ª Página
Leky está em casa, já fazia 1 semana em que não via Silan e também não lia nada sobre Gogo Game, ele está em seu quarto.
Leky(pensando): Não acredito...Porque ele?? Eu me esforcei tanto...
Leky(pensando): Eu sei que talvez eu não seja tão bom mas... Eu sei sobre Gogo Game, pq não consigo me tornar um jogador???? Por quê??
Leky demonstra um ar de depressão, ele não sabia bem o que fazer...
Então ele decidir ir dar uma volta e...
30ª Página
No caminho, Leky percebe estava no dia do campeonato das vilas... Silan estaria lá e Skyrion jogaria. Ele compra o ingresso e rapidamente se dirige ao local... Bem em tempo!!
Na arquibancada Leky mira Silan entre os competidores, q também está olhando pra ele.
Leky: Lá está ele, o controller um dos cotados para chegar ao time de Gondam, mesmo não apoiando, ele é meu amigo... Tomara q ele se saia bem.
31ª Página
Os jogos passam e os mesmo times do ano passado vêm como favoritos, Nara, Liomu e Skyrion
Nara vence por (5x1).
Leky: Nara jogou bem, o controller deles é realmente bom, aliada a jogada fast way.
Liomu vence sofrido por (5x3). Leky: È o time adversário abriu 3x0, mas em tempo o técnico trocou o defender q está meio mal na partida e após isso o controller melhorou e o Slyx destruiu nesse jogo, ele conseguir fazer os 5 pontos em 6 recepções, ele realmente impressiona.
Agora é a vez de Skyrion...
32ª Página
Silan demostra um pouco de apreensão, ele desvia o olhar de Leky.
O jogo é tenso. Leky está agitado gritando na arquibancada. O time de Skyrion comece apreensivo, Gruby salva diversas vezes. Mas após o empate em 2x2, Silan e os companheiros começaram a se acertar em quadra e fecharam em 5x2.
Leky: Boa Skyrion, mantenham a calma e dêem o melhor de si.
Os jogos seguem, Leky sempre atento, analisando tudo q ocorre... Os times favoritos conseguem chegar novamente as semifinais, mas agora é diferente, próximo jogo uma revanche Skyrion X Liomu.
33ª Página
Leky: Nossa! Estou apreensivo... Se quiserem vencer já sabem oq temq fazer, não deixem a bola chegar no Slyx.
A gogo começa com Skyrion. Gruby pega e lança, os dois controller vão na bola, Silan se esforça e consegue chegar primeiro. O jogo segue assim, a bola não consegue chega em Slyx que reclama com os companheiros. Silan dá um show. Seu desempenho é extraordinário. A torcida começa gritar o seu nome, de longe ele dá um sorriso para Leky.
Leky: ... Já está se achando.
A goleada foi devolvida, 5x1. O time de Liomu, não acredita. Agora o time de Skyrion é o favorito.
34ª Página
Nara vence e vai pra final. Um grande confronto, principalmente entre Crill X Silan. A vantagem é de Skyrion q ainda tem Gruby na defesa, porém Crill está diferente, parece mais forte.
A final começa. Silan usa time break, ele detem a bola, mas no final Crill acerta um tapa na gogo, posse de bola pra Nara.
Crill tenta um fast way jogando rapidamente ao sword a ataca e já abrem o placar 1x0.
35ª Página
O jogo continua com as maiores disputas no meio porém Crill começa ter muito mais vantagem que Silan, mesmo usando o time break, Crill é sempre mais rápido. O jogo fica em 3x1.
Gruby usa um No Middle novamente.
Silan: Qual é Gruby, to jogando.
Gruby: Vc está mal, isso é consequência do último jogo? Concentre-se.
O time de Skyrion reage com no middle de Gruby e passa em 4x3.
A gogo vai para o meio, os 2 controllers se olham, Silan toma iniciativa, se esforça e agarra...Porém novamente no fim a bola é roubada. Crill usa agora uma nova jogada Kick High e consegue 4x4.
Crill(pensando): Só mais uma e acabou...
Leky(nas arquibancadas,pensando): Droga. Silan oq vc está fazendo?? Não percebeu que ele usa o ar pra te roubar depois da sua.
36ª Página
Gruby: Que jogada é essa? Agora vai ser difícil.
Leky: SI-ILAN!! SEU MISERÁVELL, BURRO!!
Silan ouve leky gritando, ele imaginou q o amigo estaria contra ele.
Leky: VC AINDA NÃO ENTENDEU. ELE ESTÁ CRONOMETRANDO SUA TÉCNICA, ENTÃO ENGANE ELE, VC DEVE USAR NO MOMENTO CERTO.
Silan fica espantado em saber q Leky não parece guarda mágoa...
37ª Página
A gogo segue para o meio, Silan observa Crill. Silan vai em direção a gogo e pára no meio. Crill usa o ar se equivoca... Agora, a bola está caindo, Silan vê q Crill não pode alcançá-lo e decidi.
È agora!! Ele usa seu Time Break(Up) com todas as forças, o tempo para longamente, agora é só acerta no aro o wall n pode defender, mas ele está longe .
Silan: Veja Leky, segui seu conselho.
Então ele atira com toda sua força. A gogo segue retilínea e acerta!! Bem no aro.
O estádio fica eufórico, ninguém entende o que aconteceu exatamente, mas a bola está no aro. O jogo acabou!! Skyrion venceu a liga. No meio disso tudo surge um desconhecido.
Mark: Ow... Garoto.
38ª Página
Leky: Sky... Ah, olá... Espere quem é vc?
Mark: Eu... Sou Mark, também conhecido como Searcher.
Leky: Ahn.. Searcher?
Mark: Eu sou designado por Gondam para obter informações sobre Gogo. Eu também sou da comissão onde votarei no time... Silan é seu amigo não é?Acho q ele será o melhor controller.
Leky(meio perdido): È... Acho q será.
Mark: Então me responda, vc gosta de Gogo...?
39ª Página
Leky: Sim...Gosto de saber tudo relacionado ao jogo.
Mark: Estive todo esse tempo te observando e... Tenho uma proposta pra você!!!
Leky: Me observando...
Leky: Hey, espere eu já não sei se quero ser jogador.
Mark: Devido ao seu conhecimento acho q vc poderá ser um bom TÈCNICO... E então qual a sua decisão.
.
.
.
40ª Página
Leky: EU...
Leky(dando um grito bem alto) : ACEITO!!!
- Jogadas e Técnicas:
Como funcionam as técnicas?? Elas despertam em um jogador após muito tempo de treinamento ou então de forma espontânea numa hora de aperto... Só alguns atletas que despertam tais técnicas. È algo raro...
Quanto mais usadas, mais cansaço gera ao jogador, elas consomem stamina. Diferentes técnicas cansam mais.
Bafor (Uma jogada defensiva usada por Gruby, consiste em a bola estar passando mas com um assopro ,ela pega fogo e perde velocidade, não chegando ao aro.
No Middle = (È uma jogada q alguns walls conseguem fazer, um deles é Gruby. Essa jogada
consiste em arremessar a bola com tal força q atravesse o campo inteiro chegando ao ataque, mas pode ser vista mal pelos controllers do time)
Fast Way = (criada por Crill e também usada por outros, se refere a maneira rápida. È uma
jogada que o controller arremessa rapidamente ao sword, q também faz o mesmo sendo uma jogada combinada e rápida, deixando o wall com poucas chances)
Time Break = (Usada por Silan, é uma técnica onde consegue fazer o tempo passar um pouco mais devagar durante alguns segundos dando vantagem.)
Time Break (up) = (Técnica de Silan, è uma evolução do time break, nessa o tempo para por mais tempo, porém o cansaço do usuário é o dobro.)
Kick High = (Usada por Crill, é um lançamento diferente ele é mais forte e vai em direção ao céu, combinado com o atacante que tenha um bom pulo, é uma técnica forte.)
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Re: Duelo de Roteiristas - Espaço pra Roteiros
Roteiro da Batalha #3 Dariks x Kreby
Gênero: Drama
Sub-gênero: Sobrenatural
Público Alvo: Seinen
Juízes: Pedro, ChenLong e King Kenzo
Tradução dos Títulos:
Título: Abnegação do Desejo
Capítulo 1: Espelho...
Capítulo 2: ... Egoísmo...
Capítulo 3: ...Abnegação
Gênero: Drama
Sub-gênero: Sobrenatural
Público Alvo: Seinen
Juízes: Pedro, ChenLong e King Kenzo
Você acha que está preso em um ciclo vicioso da vida. Um ciclo ao qual você não consegue sair? Também assim se depara Adel, mas após receber uma encomenda ele ganha a chance de mudar isso.
Mas como já diziam os antigos: "Não há bonus sem ônus", ou melhor, Desejos vêm com abnegações...
Abnegation of Desire
- Track One: Spiegel…:
Página 1
Dedos brancos, magros e longos batem todos estrategicamente ágeis no teclado de computador. Na tela de computador é mostrada uma tabela com vários caracteres preenchendo todos os uns suas células.
O cursor de texto digita, em uma das células, uma palavra: “Ima...”... Apaga... “Ime...”... Apaga... “Imu...”... Apaga...
Revela-se uma parte de uma testa, e também um olho, que não podemos ver, porque um óculos cuja lente está refletindo toda a luz, está na frente dele. Um suor frio desce lentamente pela testa pálida do homem.
Página 2
O dedão do homem é levado bruscamente até a tecla “Enter” do teclado. Uma boca seca agora é revelada, ela faz um bico, e logo solta um sopro fraco e curto.
“Sabia que sua vida pode ser mudada em questão de milésimos de segundos?”
A mão de dedos brancos longos e magros põe-se a digitar freneticamente novamente.
“...Trabalho nessa empresa há alguns anos...”
Mostra-se o homem, mas de costas, com uma blusa social, sentado em uma cadeira. Suas costas são ligeiramente curvadas, e ele digita olhando para um computador. Na sua mesa têm alguns papéis, clips, canetas, etc. E também uma plaquinha escrita: “...” Não dá pra ver o que está escrita porque ele está com o cotovelo na frente.
“Não sei exatamente o que eu faço, acho que preencho tablas e formulários no computador...”
Página 3
Passa uma mulher no corredor do lado da cabine onde ele está. Ela entrega alguns papéis na mesa dele. Ele a olha. Mas só podemos ver ainda as costas dele.
- Eh... Obrigado... – ele diz encarando a mulher.
O rosto dele é revelado agora. Ele esboça um sorriso meio sem graça e seu rosto não é tão magro. Abaixo de seus olhos podem-se ver claramente olheiras. Ele parece tenso com a situação... Ou será só o calor?
A mulher o encara por uns segundos e continua andando.
Ele expira de alívio.
No crachá dele está escrito: “...”, não dá pra ver também, o crachá é de metal e a luz reflete impossibilitando de vê-lo agora.
Ele retorna o rosto pra a sua mesa. Olha a pequena pilha de papéis que a tal mulher entregou-lhe
- Por que eu agradeço por mais trabalho?... – pensa alto.
Fecha os olhos e expira novamente.
Página 4
Ele se põe a digitar novamente.
“Não é como se eu quisesse trabalhar aqui, não, eu não quero. Mas agora não há tempo pra mudar isso. Ok, eu sei que tenho só 28 anos, tenho muito a viver ainda... ou não...”.
Ele se espreguiça.
“Basta eu querer mudar agora e eu posso. Não é que eu não queira, muito menos como se eu nem tivesse tentado. Eu tentei.”
Ele põe-se a digitar novamente
“Todos os dia antes de dormir eu digo a mim mesmo que eu acordarei e farei algo para mudar toda essa minha situação; faço planos, durmo com lágrimas nos olhos pensando o quão bom será o meu próximo dia...”.
Ele pressiona o “Enter”.
- Ah, acabei essa, vamos para a próxima... – diz ele
Página 5
“E então meu relógio desperta às 6 horas em ponto e tudo aquilo que eu pensei e planejei, é deixado no meu dia anterior...”
Ele começa a digitar de novo.
“A verdade é que eu me acomodei.”
“A única coisa que me impede de mudar de emprego, mudar de vida, é a acomodação. Eu...”.
Ele é interrompido.
Página 6
- E ai, Adel? Trabalhando muito? – diz o homem que acaba de chegar.
- Droga, Agnel... Esse cara, não larga de mim. É mais fácil eu esquecer minha própria existência do que ele a minha... – pensa Adel ainda olhando para o monitor.
Adel, o homem que agora a pouco digitava um formulário, respira fundo e olha para o tal que acabara de aparecer.
- Oi, Agnel. Quer algo? – diz Adel com uma expressão de abnegação e com uma voz meio que desanimada.
- Calma irmãozinho, vim só ver como meu antigo colega de trabalho tá, sabe eu senti muitas saudades depois que eu fui promovido e mudado de andar... – diz Agnel com um sorriso estampado no rosto.
- A melhor coisa que me aconteceu em todos esses anos que eu trabalho aqui, foi sua promoção, que me livrou de você... – diz Adel mentalmente.
- Sabe depois que eu fui promovido, eu passei a trabalhar 1 hora a mais que vocês, mas o bônus no salário compensa, e muito! – se gaba o Agnel – E eu tenho uma novidade para te contar.
Página 7
Adel presta mais atenção.
- O quê? – diz Adel com certo desânimo
- Pedi para me transferir de volta para cá – termina por dizer Agnel.
- M-mas o que?! – diz surpreso Adel – Por que você fez isso?! – Adel diz muito surpreso
- Sim, pois é... Voltei para a companhia de vocês. Irei supervisionar este andar da empresa.
Adel está surpreso e assustado com a notícia.
- Espero que goste da minha presença aqui de novo... – diz Agnel com um sorriso sarcasticamente maldoso...
Adel fica em choque.
Página 8
- Adel! Adel! – grita alguém
Adel se vira e vê seu amigo. Melhor, melhor amigo.
- Já deu a hora, ou vai ficar pra fazer hora extra? – continua o amigo sorrindo.
Adel sorri também
Dentro do elevador...
Adel e seu amigo em pés lado a lado. Ambos carregam uma bolsa, que me parece ser fornecida pela empresa aos seus funcionários. Só estão eles dois.
- Obrigado, Erich... Você me salvou desta, cara... – diz Adel a seu amigo.
- Hehe, eu percebi que o Agnel tinha chegado e foi diretamente a você, e comecei a me preocupar. Pelo que sei ele é a pessoa que você seria capaz de matar sem hesitação... – diz Erich
- Sim... Esse cara me inferniza desde que entrou na empresa. Quando ele foi mudado de andar eu achei que finalmente iria viver em paz... E agora essa... Não sei se eu vou sobreviver...
- Haha tenta usar um perfume diferente.
-? – Adel olha para Erich com uma expressão de confusão.
- Esse cara deve gostar do seu cheiro.
Dois segundos de silêncio se passam eles encarando.
Página 9
Os dois caem na gargalhada.
- Vou tentar... – diz Adel limpando as lágrimas dos olhos causadas de tanto rir.
Diferente de Adel, Erich tinha a pele rosada, talvez por pegar mais sol. Tinha cabelos castanhos escuros e curtos. Olhos verdes.
Uns cinco segundos se passam em silêncio.
- Ah, e como vai a sua esposa, Erich? De quantos meses ela está? – pergunta Adel
- Oh sim! Ele tá bem, 7 meses já! – responde Erich
- E a pequena Emma? Já têm 3 anos né?
- Oh, sim, vai fazer 4 mês que vem. Aqui, eu tenho uma foto delas. – Erich enfia mão dentro do bolso e tira uma carteira marrom de couro.
De dentro da carteira ele tira uma fotografia. Onde a esposa dele grávida, sentada em uma cadeira, sorri junta à sua filhinha, Emma, sentada ao colo da mãe. Ambas, mãe e filha são loiras, mas esta têm cabelos curtos, e aquela, cabelos longos.
Página 10
Erich segura a foto mostrando-a a Adel.
- Olha como a barriga dela está grande! – diz Erich sorrindo e Adel junto. – E olha Emma, tão grande, acredita que ela já sabe somar e subtrair?!
Os dois riem.
- E ela já sabe falar tudo, aprendeu a jogar xadrez! Imagine só! As professoras não têm uma única reclamação dela... – vai dizendo Erich
Adel olha para o rosto de Erich, o qual continua a falar alegre, olhando a foto.
- Ele é realmente feliz... – pensa Adel.
Página 11
Eles saem do prédio da empresa. Erich toma o caminho da esquerda e Adel o da direita. Eles se despedem.
Adel desce vai descendo a rua.
- Acho que posso dizer que a vida de Erich é feliz. Desde o colegial tudo o que ele queria era um emprego estável, uma esposa e filhos. E ele conseguiu, e eu fico feliz por ele... – pensa consigo Adel
Ele olha para o céu nublado.
- O interior daquela empresa é realmente quente, independente do ar-condicionado. Achei que aqui fora estava sol, mas o clima está frio e nublado... – pensa alto ele olhando o céu.
Passa um velho de lambreta subindo a rua.
Página 12
Adel volta a olhar para frente.
“Como eu ia dizendo, mesmo eu não gostando da minha vida, eu estou preso à acomodação dela.”
Um homem cortando a grama do quintal acena para Adel, que retribui gesto.
“Trabalho há anos na mesma empresa, no mesmo cargo. Ganho o suficiente para sobreviver. Além de que eu trabalho apenas a dois quarteirões da minha casa, não gasto com transporte, nem preciso acordar muito cedo para trabalhar e muito menos preciso comprar um carro, ou algo do tipo...”.
Adel chega a um portãozinho de uma cerca. Ele abre o portãozinho que dá para dentro de um quintal pequeno de uma casa espremida entre outras duas casas medianas.
Ele anda em direção à varanda da pequena e alta casa de madeira, que não aparentava muita velhice, e apesar de pequena parecia estar em bom estado e que por dentro era maior que por fora.
No quintal já não havia grama verde, apenas uma amarelada e areia. Tinhas algumas plantas e flores plantadas. A maioria morta.
- Olá, senhor Adel! – diz uma velhinha, a vizinha do lado esquerdo.
- Oi, senhora Bruehl. Como a senhora vai? – pergunta Adel
- Vou muito bem – diz a velhinha com um sorriso simpático.
“Essa é minha ‘vizinha esquerda’, a senhora Bruehl. Ela é viúva. Perdeu seu marido há anos e teve que criar 4 filhos pequenos. Perdeu um em um acidente de carro, e os outros saíram de casa. Não os vejo visitando-a há muitos anos... Sempre foi simpática comigo desde que moro aqui. Há vezes que do meu quarto, que tem uma das paredes grudadas ao do quarto dela, eu ouço um soluçar de choro... Acho que ela é daquelas pessoas que choram dormindo... Por trás deste sorriso simpático há escondidas lágrimas de sofrimento...”
Página 13
Adel já ia subindo as escadas de madeira da varanda, quando foi chamado pelo vizinho do lado direito.
- Hei, Adel! – diz o vizinho
Adel recua e olha por cima da cerca baixa, o vizinho.
- E ai, como vai Sr. Eduard? – diz Adel
- O carteiro veio mais cedo, à sua casa, entregar um pacote que precisava de sua assinatura, ele disse que voltará amanhã... – diz Sr. Eduard
- Ah, ok, obrigado por me dar o aviso...! – agradece Adel e ameaça a continuar seu percurso que fora interrompido.
- Ei rapaz – Adel volta para ouvir o que Sr. Eduard tem a acrescentar - Não vá se acostumando e achando que eu vou ser seu garoto de recados, não... Eu conheço os do seu tipo, Adel... – diz rancorosamente Sr. Eduard e logo cospe no chão.
- O-ok... – responde Adel meio sem compreender.
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O homem tinha uma expressão brusca e já possuía cabelos grisalhos, mesmo tendo por volta dos 50 anos de idade.
“Esse é o meu ‘vizinho direito’, Sr. Eduard. Dele não tenho muito à falar, sei nada sobre. As únicas coisas que digo é que diferente da Senhora Bruehl, ele é nada simpático, sim bastante mal humorado e estressa-se facilmente. Por volta das 22:00 horas, todos os dias, ele tem uma discussão com a sua esposa. E também todos os dias às 3:30 da manhã, o único filho deles, o qual têm acho que minha idade, chega em casa bêbado, mas nunca ouvi confusão por causa disso...”
Adel se dirige a sua casa, enfia chave na porta e a abre fazendo certo esforço.
- Uff! – diz ele ao entrar em casa, tirando os sapatos.
Adel fecha com a chave, e também com uma correntezinha.
O que antes eu dissera, acaba de ser contradito. O interior da casa é tão pequeno quanto aparenta por fora.
A porta dá direto numa minúscula saleta onde há uma escada de madeira subindo ao segundo andar. Na parede do lado esquerdo desta saleta, há uma porta que dá caminho a uma cozinha pequena, onde há geladeira, fogão, pia, e ao meio desta cozinha uma mesa quadrada com duas cadeiras. Tudo em ótimo estado.
Adel repousa a chave em cima de uma prateleira presa em uma das paredes da saleta.
Página 15
Vai até a cozinha, põe sua bolsa sobre a mesa, abre a geladeira, tira uma maçã e a come.
Adel sobe as escadas lentamente.
As escadas dão diretamente em um quarto, com uma cama, um guarda-roupas, um armário, uma janela guilhotina, e uma porta. Todos de madeira, como tudo na casa. A limpeza é algo bem notável, pois está impecável cada canto da casa.
Adel se dirige a porta que dá acesso a um banheiro de espaço suficiente.
Adel toma um banho e sai do banheiro enxugando o cabelo com uma toalha. Ele está de calça moletom cinza e sem camisa. Nota-se claramente sua magreza ao ver os contornos das costelas sob a pele.
Ele termina de secar-se, põe uma camisa branca, pega o controle remoto da TV, a qual é bem pequena, joga-se na cama e pressiona o botão do tal controle que faz com que televisão ligue.
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A TV tem a imagem péssima.
- Arf... – esboça, ele.
Adel se levanta, mexe na antena...
Passam-se 30 minutos e nenhum progresso na aquela batalha com a TV.
- ****** de televisão! – ele lança o controle dela no chão.
Adel se joga novamente na cama.
- Amanhã isso tudo vai mudar... – pensa alto.
Ele fecha os olhos.
O despertador toca, 6:00. Adel acorda, e o desliga.
Senta-se na cama, leva as mãos ao rosto, respira fundo e diz:
- Vamos lá... Escravo da rotina...
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Adel desce as escadas já trajando sua roupa usual de trabalho. Ele já está com a bolsa.
Pega a chave que está em cima da prateleira.
Abre a porta e ameaça a sair.
Ele interrompe o passo, e olha para o chão de madeira da pequena varanda.
Há um embrulho. Tinha o tamanho de aproximadamente 100 cm x 70 cm... Havia também um bilhete em cima.
- Uhm... Deve ser o tal pacote ao qual o Sr. Bernard se referiu... – pensa Adel – Mas ele disse que necessitava da minha assinatura...
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Adel olha o relógio.
- ******! Vou me atrasar! – diz ele aflito
Adel pega o tal embrulho, com bastante cautela e o põe em cima da mesa da cozinha. E logo sai correndo de casa.
As horas se passaram. O pacote continuou ali, intacto, só não digo que no mesmo lugar, se considerarmos a rotação da Terra...
Logo Adel volta em casa.
- Ah! Trabalhar com o Agnel é a pior das torturas... Se fosse usada como forma para me fazer liberar uma informação, eu a dizia na hora... – diz Adel sozinho.
Repete o de sempre: tranca a porta, tiram os sapatos, guarda a chave, põe a bolsa sobre a mesa, abre a geladeira, tira uma maçã e a come...
Enquanto ele come, nota em cima da mesa o embrulho, e lembra-se do ocorrido de mais cedo.
- Ah, é verdade... – diz ele com a boca cheia.
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Adel pega o bilhete e lê o que há escrito nele.
“Espero que goste”
- “Espero que goste”, humpf! – lê, ele. – Quem enviou isso? Não tem remetente... – diz Adel examinando o bilhete.
Adel pega o embrulho e sobe as escadas, o leva para seu quarto, no segundo andar.
Ele desembrulha e revela o que tem dentro. Pra sua surpresa, o tal objeto, parecia possuir ele. Ou melhor, possuía seu reflexo.
Era um espelho.
- Um espelho?! Quem me enviaria um espelho? Nem mesmo encomendei um... – diz Adel
Ele termina de tirar todo o embrulho.
Examina a moldura dourada. Há caracteres esculpidos nela.
- Uhm... – diz ele passando o dedo sobre os caracteres em alto relevo -... Parece-me grego, ou algo assim...
Página 20
Ele pega e põe o espelho em pé, encostado na parede, sobre o armário.
- De qualquer forma vou ficar com ele. Não tenho muitos espelhos porque quando me olho em um, me lembro de quem sou... – reflete ele. – Mas já tá na hora de mudar...
Adel se olha no espelho. Começa a passar a mão em torno do rosto.
- É... Eu acho que está já na hora de fazer a barba. Ela demora pra crescer então há vezes que me esqueço de fazê-la... – pensa alto
Adel se vira para ir ao banheiro. Põe a mão na fria maçaneta da porta...
“Adel”, ele ouve uma voz familiar, muito familiar.
Adel solta à maçaneta. Olha para a janela. Olha para a porta. A fim de achar a origem da voz.
- Minha imaginação? – se pergunta Adel
Página 21
Adel olha para o teto.
- Ora, agora... Basta eu falar sozinho e agora ouço vozes... haha – diz ele rindo.
Adel olha para o espelho. Encara-se por uns 13 segundo.
- O que você se tornou? – pergunta ele ao seu reflexo.
2 segundos se passam.
- Aquilo que escolheu ser... – responde o reflexo.
Sim, o reflexo responde, e não é uma personificação. A boca do reflexo se moveu, transmitiu fonemas, sem nem mesmo o original ter mexido um único músculo do rosto.
Adel se surpreende. Esfrega os olhos em um movimento clichê de incredibilidade e volta a olhar o tal reflexo de si. O qual esboçava um sorriso estritamente irônico.
- Ma-mas, o quê?! – diz Adel com o rosto completamente surpreso.
Página 22
Adel se aproxima mais do espelho.
- Eu devo ter enlouquecido! – diz ele – O reflexo...
- Olá, Adel... – diz o reflexo.
- Quem diabos é você? Como foi que fez pra projetar uma imagem e voz idênticas a minha nesse espelho?!
- Ao contrário do quê pensas, eu não sou um truque de mágica barato, e muito menos uma projeção de tecnologia avançada. – diz o reflexo sério
Adel endireita a postura, e tenta se recompor.
- Uhm... – tenta se concentrar Adel – O quê você é então?!?! – grita Adel se descontrolando.
- Calmo amigo!
- Que calma o quê?! O que você é? – diz Adel nervoso e assustado com a situação
- Seu reflexo
Página 23
- Disso eu já sei. Mas... Qual o seu nome?
- Adel, ora essa...
- Hã?! – Adel expressa mais surpresa e menos conformação – Ah meu Deus, eu estou conversando com o meu reflexo... – diz ele a si mesmo. – Não tem como eu te chamar pelo meu próprio nome! – berra ele.
- Então me chame de “Leda”*! – diz o reflexo animadamente irônico. (*“Leda” seria “Adel” escrito ao contrário.)
- E agora essa... O reflexo tem senso de humor e faz piadinhas... – diz ainda mais confuso, Adel – Isso só pode ser uma alucinação... Talvez seja a volta do Agnel que tenha me perturbado um pouco... Logo, logo, isso vai sumir... – tenta se justificar Adel.
Eles, Adel e seu reflexo, se encaram por uns segundos.
Página 24
- Então Adel... Você têm direito a 6 pedidos. – diz o reflexo, Leda.
- Hã?! – diz Adel tomando um susto
- Você têm direito a 6 pedidos – repete Leda.
- Eu entendi... Mas o quê quer dizer com isso...?
- Que você pode me fazer 6 pedidos e eu os realizarei...
Adel olha com uma expressão de hesitação.
- Então... Você é um “Gênio do Espelho”?...
- Parcialmente... Chame-me do que quiser... – diz Leda
- Você só pode estar de brincadeira comigo... Essa minha alucinação já está passando dos limites...
Eles se encaram por exatos 4,5 segundos.
- Se não quiser, é só embrulhar o espelho novamente e deixá-lo à porta de alguém... – diz Leda, com uma expressão séria.
Página 25
Adel olha meio assustado para o reflexo autônomo dele.
Agora Adel fecha os olhos, inclina um pouco a cabeça para baixo e dá um sorriso...
- Ok, então eu quero uma televisão nova. – diz Adel com um tom irônico, olhando bem na cara de Leda. – Mas tem da ser daquelas novas, sabe? Tela plana, 3D e tudo mais...
- Uma televisão? – diz Leda com desânimo – Seu primeiro pedido é uma televisão? – ele acentua o desânimo ao dizer “televisão”.
- Sim, uma televisão... Ou você não consegue?
Leda esboça um sorriso irônico. Cruza os braços.
Adel olha atentamente para leda em seu gesto. Adel pisca, sabe a escuridão que você vê por centésimos, ou talvez, milésimos de segundo quando você pisca? Foi o suficiente. Foi nesse ato natural humano que aconteceu.
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Adel piscou, quando abriu, Leda já trajava outra roupa, era uma camisa listrada, azul e branca, um short marrom e curto, uns chinelos, óculos escuros, e uma cartola branca.
Ele tinha seu sorriso sarcástico comum.
Adel se surpreende com a mudança.
- M-mas, o que...?! – diz Adel surpreso.
Leda, ainda sorrindo, com uma das mãos aponta para o lado. Adel olha.
E no lugar da pequena televisão, estava a tal televisão que Adel descrevera.
- Não brinca?! – diz ele surpreso
Adel olha assustado para Leda e depois para a televisão novamente.
Adel repete o mesmo gesto que fizera há alguns minutos. Inclina a cabeça para baixo, e dá um sorriso, mas agora com uma expressão assustadoramente assustada...
- Então... – diz ele
Leda presta mais atenção
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- Eu vou dormir... – diz ele relaxando e indo em direção à cama – As alucinações estão pesadas hoje, amanhã eu vou num médico, porque isso não é normal...
Leda se decepciona.
- Gute Nacht* e durma bem alucinação – diz Adel e logo se deita à cama – Amanhã eu vou me livrar desse espelho... Já me deu muita cabeça por hoje – diz ele a si mesmo; desliga o interruptor que fica perto da cabeceira de sua cama. (* “Gute Nacht” seria “Boa Noite” em alemão)
O despertador toca, 6:00. Adel acorda, e o desliga.
Senta-se na cama, leva as mãos ao rosto, respira fundo e diz:
- Vamos lá... Escravo da rotina...
Ainda sonolento, Adel, se levanta e anda até o espelho. Aproxima o rosto do vidro.
- É, as alucinações de ontem foram totalmente insanas... Eu me pergunto, tudo aquilo aconteceu enquanto eu estava acordado ou dormindo? – Adel, com expressão de dúvida, diz fazendo com que o espelho embace devido a milhares de partículas de saliva que ele expeliu enquanto falava.
Adel se estica e espreguiça.
- Como se meu reflexo no espelho pudesse realizar meus desejos... – diz ele com fazendo uns alongamentos. – Ah, é verdade... A tele... – ele para de falar quando se vira para sua televisão.
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Sim, ali há a televisão nova, grande, de tela plana e 3D.
Adel olha surpreso.
- O que?! Mas, a alucinação e, o... o... – diz ele confuso.
Adel corre até o espelho e olha seu reflexo atentamente. Com o rosto próximo novamente.
- Vai... Diz algo! – fica falando, Adel, a seu reflexo – eu sei que você está ai! – grita ele.
Adel segura com as duas mãos o espelho e dá uma sacudida nele.
- Eu sei que você está ai!! Não brinque comigo!! – grita já nervoso, Adel
- Calma amigo... – diz finalmente o seu reflexo nomeado de Leda.
- Aaaaaaaaaaaaahhhhh – berra Adel se assustando
Adel dá um salto para trás e cai no chão.
- Adel! Está tudo bem ai em cima? – grita de fora a Senhora “Vizinha Esquerda”
- Não, digo, sim, está tudo bem, é que tinha uma... uma... uma barata aqui – diz ele correndo a janela explicando para a senhora.
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Ele volta à frente do espelho.
- Guten Tag! – diz Leda ironicamente (*Guten tag” é “Bom dia” em alemão)
- Olha seu! – diz Adel apontando o dedo para Leda, muito nervoso
- Você vai se atrasar – diz leda com um sorriso sarcástico habitual
Adel olha para o lado e vê que já são 6:54
- Como o tempo passou tão rápido assim? – diz Adel meio em choque
- Que tal, “Mais Tempo” como segundo pedido?
- Pedido?
Adel tem uma flash de me memória em que Leda diz “6 pedidos”.
- Não tenho tempo pra isso, estou atrasado! – Adel pega um monte de roupa e vai se vestindo e andando em direção à porta do quarto - Não vá a nenhum lugar... Como se pudesse - diz Adel dando uma risadinha por final e saindo quarto.
...
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No escritório, tudo muito barulhento, pessoas trabalhando em suas “cabines” e outras passando com papeladas na mão.
Adel em sua cabine, digitando formulários...
- Que calor – diz ele passando a mão na testa e secando o suor. Ele estava de óculos.
Então de repente ele para. Olha por cima das paredes da cabine. Olha para um lado e outro procurando algo ou alguém.
Senta-se.
- Estranho... – diz ele pensativo – Ele não é de faltar... Ah, mas ****-se, hoje vai ser mais fácil e tranquilo de trabalhar sem ele.
Dada o horário do almoço; Adel e Erich almoçam juntos na praça de alimentação da empresa.
- Cara, o que houve com o Agnel? Adoeceu? Morreu? Ele não é de faltar, ganha prêmios e tudo mais de assiduidade e blá blá blá...
- Agnel? – pergunta Erich levando uma garfada à boca.
- É. Sabe o cara chato que faz da minha vida profissional um inferno?
- De quem você tá falando, ficou louco?
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- Ah, vai falar que não se lembra do Agnel, a gente tava falando dele ontem mesmo. Sabe o chato que voltou pro nosso andar?
- Cara, nunca ouvi falar desse ai... Tô achando que você está endoidecendo, você devia é arrumar uma mulher, tá te fazendo bem viver sozinho não hein! – diz Erich apontando o garfo para o rosto de Adel, e dizendo com um sorriso saliente no canto da boca.
- Ah, para com isso. Vai dizer que não se lembra do **** do Agnel?!
- Não, cara. Ninguém nunca com esse nome trabalhou aqui na empresa.
-?
- Arney! – grita ele Erich para um homem estava passando – Você conhece algum “Agnel” aqui da empresa?
- Nunca ouvi falar – diz Arney e continua andando
- Te disse – diz Erich enfiando o garfo na boca novamente.
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Adel olha fixo com os olhos arregalados
Levanta-se meio alterado.
- Ei, cara, que foi? Senta ai. – diz Erich
Adel olha assustado para um lado e para o outro.
- Que tá havendo? Você tá muito estranho hoje, pode me contar, eu sou seu amigo – tenta consolar Erich.
Adel sai correndo meio desesperado.
- Ei! Adel! Aonde você vai?! – grita Erich se levantando da cadeira.
Ele fica olhando o amigo correndo com um olhar preocupado.
Adel chega correndo dentro do banheiro, esbarra em um homem gordo na porta.
Adel está agora sozinho dentro do banheiro. Ele chega à pia e lava o rosto.
- O que está havendo? – diz ele olhando para o espelho – Ninguém se lembra do Agnel... – diz ele muito apreensivo – É como... É como se ele nuca tivesse existido... – completa ele, falando sozinho.
Passam-se alguns segundos.
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Entra um homem barbudo dentro do banheiro, Adel percebe sua presença. Lava o rosto mais uma vez e sai do banheiro às pressas.
...
Adel chega ao quintal de casa, e ignora todos os “olás” dos vizinhos. Entra em casa. Tranca apenas a porta e sobe as escadas correndo.
Entrando no quarto, ele larga a bolsa no chão e chega ao espelho.
Leda estava a lixar as unhas, sentado em uma cadeira que só existe no espelho.
- Me diz o que você fez? O meu colega de trabalho desapareceu e ninguém se lembra dele a não ser eu! – diz ele um pouco nervoso, mas sem aumentar muito a voz.
- Ah, isso? – diz Leda se levantando com um ar despreocupado. – É a abnegação...
- Abnegação? – diz Adel confuso.
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- Sim. O antônimo de desejo. – diz Leda, ainda despreocupado lixando a unha. – Mas pra você entender melhor, eu diria “Para todo bônus há um ônus”...
Adel vai andando para trás e encosta na parede.
- Então você está dizendo que por causa do meu desejo o Agnel deixou de existir? – pergunta Adel, olhando assustado para Leda
- Exato – diz leda olhado para as unhas enquanto as lixa, despreocupado com a situação.
Adel desliza na parede até sentar no chão.
- Na verdade, isso até que me soa como um Bônus extra... Viver sem o Agnel, hã... Nada mal haha... – diz Adel ainda assustado olhando para o chão, mas agora com um sorriso no rosto. – Mas então...
Ele olha agora para Leda.
- Então... A cada pedido que eu fizer uma pessoa vai deixar de existir nesse mundo? – pergunta Adel com uma voz compreensiva.
- Sim – diz Leda ainda olhando pra a unha sendo lixada.
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- A Abnegação do Desejo... – diz Leda olhando assustadoramente sorridente, para Adel.
Adel olha para assustado para Leda.
Leda o encara com um sorriso maldoso.
- Track Two: ... Selbstsucht...:
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Os dois, Leda e Adel estão a se encarar.
- “Abnegação do Desejo”...? Esse nome me dá certo pavor – diz Adel se levantando e rindo um pouco.
- E o que vais fazer? Desistir? – diz Leda rindo maldosamente.
- Não – Adel olha sério para Leda, que o assusta – Agora que iniciei irei até o final, não importando quais consequências terei de enfrentar. Não posso voltar a ser um acomodado.
- *Gut, gut... – diz Leda batendo palmas (* “Bom” em alemão) – Parece que vemos uma ambição aqui...
- Eu quero uma casa nova. – diz Adel repentinamente
- Hã?!
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- Ficou surdo? Eu disse que quero uma casa nova, completa, com toda a mobília nova também... – continua Adel falando seriamente – Já estou cansado de esbarrar nos móveis e viver nesse cubículo... – flash de memória de Adel topando com o dedo no pé da mesa da cozinha - Me dê uma casa nova!
- Esse é seu segundo pedido? – pergunta Leda
- Sim – diz Adel suando tensamente...
- Então será feito...
Adel pisca os olhos, naquele fechar e logo abrir de olhos, Leda já traja outra coisa. Agora é um daqueles bonés só com a aba, uma blusa polo branca, e um colete amarelo claro, com um short curto e branco.
Adel olha para os lados e vê que nada mudou.
- Cadê a mudança? E quê roupa é esta? – pergunta Adel um pouco mais calmo
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- É minha roupa de tenista de mesa – diz Leda
- Aha, e onde está a raq... – ia dizendo Adel.
No tal ato natural de piscar os olhos, quando ele volta da escuridão, vê que Leda está jogando tênis de mesa, sozinho. Um dos lados da mesa estava suspenso e Leda batia e rebatia a bola contra aquele lado.
- O que ia dizendo? – diz Leda.
- É... Digo... – sacode a cabeça Adel, em um ato tentativa de ignorar o ocorrido – Não sei se você ouviu o meu pedido direito, mas eu pedi uma casa nova, sabe grande e mobílias novas também?
- Calma.
- Hã?
- Tudo há seu tempo
-... Eu vou dormir...
- *Ja – diz Leda (*Quer dizer “Sim” em alemão)
Adel olha meio hesitante para Leda que nem se quer tira os olhos da Bolilha, que se move em uma velocidade sobrenatural.
- Ja... – diz ele demonstrando sua hesitação.
Adel desliga a luz.
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Toca o despertador. Adel se levanta sem nem mesmo hesitar.
- Parece que sua capacidade de realizar desejos está um tanto falha, não? – diz ele olhando para os lados e vendo que nada mudou.
- Se você diz... – diz Leda ainda jogando tênis de mesa, ele está concentrado e sério em sua ação.
-... – Adel demonstra desconfiança. – Eu já vou indo...
Nada responde Leda...
Adel sai pela porta e a tranca.
Ele sai de sua casa, travessa a varanda e chega ao quintal, quando percebe algo.
- Ué... Grama verde no meu quintal? E cadê a cerca da Senhora Bruehl?
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Quando Adel se vira novamente pra sua casa, vê um casarão. Era do tamanho da casa dele mais a casa da sua vizinha.
- Ah... - Adel fica muito surpreso. – Então aconteceu mesmo?!
- Garoto! – diz alguém
Adel olha e é seu vizinho, Sr. Bernard.
- Sim? – diz Adel
- Aqui, o jornaleiro errou o quintal e jogou seu jornal aqui... – diz ele entregando jornal
- Ah... Obrigado... – diz Adel pegando-o – Aliás... O que houve com a Senhora Bruehl e sua casa?
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- “Senhora” o quê?! – pergunta Eduard com desentendimento.
- Bruehl... Sabe, a velhinha que... Não vai me dizer que... – diz Adel compreendendo a situação e começando a se apavorar.
- Garoto, você se drogou ou algo assim?! – diz o Sr. Eduard bastante nervoso. – Não me venha com essas histórias de Bruehl, não!
- Dessa vez quem deixou de existir foi... A senhora Bruehl...? – diz Adel em choque, sem ouvir uma única palavra proclamada pelo Sr. Eduard.
- E não venha me oferecer essas coisas pro meu filho não, que eu te mato, ouviu moleque?!
- Sim... Sim... Já vou indo – diz Adel ainda em choque e saindo pelo portão
- Ora essa agora... – diz Eduard voltando pra dentro de casa.
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Adel está em frente ao computador, entre as 3 paredes da cabine onde ele trabalha na empresa.
- Então dessa vez foi a Senhora Bruehl... – pensa ele com uma expressão de pena – Ela não merecia...
Ele é interrompido em seus pensamentos, por seu amigo Erich.
- Cara, o que houve ontem que você saiu sem mais nem menos? – pergunta Erich preocupado
- AH, é que eu comecei a me sentir mal... Deve ser o calor que faz aqui dentro... he hehe – diz Adel tentando dar uma desculpa
- Uhm... Ok... Qualquer coisa pode falar, hein. Sou ser parceiro, pode contar comigo... – diz Erich
- Claro, eu sei – diz Adel.
Eles batem punho com punho em um tipo de cumprimento humano.
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Adel olha para o relógio redondo e de ponteiros preso em seu pulso...
- Já é hora de ir... – ele olha para a mesa – Fiz quase nada hoje... É impressão minha ou o tempo em passado mais rápido? – pensa ele consigo.
Adel desce a rua em direção a sua casa, olhando céu.
- Será que o que estou fazendo é realmente certo? Acho que eu deveria parar por aqui... – pensa alto ele – O que estou dizendo?! Eu vou com isso até o fim! – diz ele dando pequenos tapas no rosto em um ato despertador - Até o fim! – grita ele e as três únicas pessoas na rua o olham.
Adel entra no portão do quintal de casa e vê seu mais novo casarão.
Ele sorri. Então olha para o lado.
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Em sua cabeça ele vê a imagem da Senhora Bruehl sorrindo.
Ele entra correndo dentro e casa.
Tranca a porta e desliza até o chão recostado nela.
Encolhe as pernas, as abraça enfiando a cabeça entre elas.
- Ele foi a única pessoa que sorriu de verdade para mim – diz ele com a voz alterada enquanto seus olhos expulsão gotas salgadas até o chão. – E eu... eu...
Ele tira a cabeça dentre as perna e olha para frente.
- Matei ela!! – grita ele chorando
A voz dele ecoa por toda a casa.
- Ela já teria perguntado o que estava havendo por causa do meu grito... – diz ele se levantando, chorando e sorrindo ao mesmo tempo... – Agora ela nunca mais vai voltar... Deixou de existir... – diz ele rindo desanimado - Está na hora de parar com isso – diz limpando o rosto com a manga da blusa.
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A sala é ampla, com uma escada no centro, subindo ao terceiro andar. O chão é todo revestido por um carpete cor de vinho, mas um pouco mais escuro.
Adel começa a subir as escadas se apoiando no corrimão, sem prestar muito atenção nas mudanças da casa.
- O que devo fazer com o espelho?... – pensa ele – Talvez vendê-lo...
Ele chega lá em cima, o segundo andar é formado por um longo corredor com algumas portas.
- Seria engraçada a reação da pessoa quando visse seu reflexo falando com ela – diz ele a si mesmo enquanto anda distraído e sorrindo – Talvez essa pessoa possa tirar melhor proveito do espelho que eu...
Ele chega a uma porta que fica mais ou menos no mesmo lugar que era a porta do quanto dele na sua antiga casa. Segura a maçaneta e a abre.
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A porta era de um banheiro. Então ele cai em si.
- Meu pedido foi realizado... – diz ele com os olhos arregalados – A minha casa agora... É essa... – ele começa a sorrir e vai fechando a porta lentamente.
Ele começa a andar pelo corredor abrindo as portas.
- O que deu em mim? Eu não posso parar agora... Mesmo que eu tenha matado, se é que posso dizer isso, senhora Bruehl, não posso parar de jeito nenhum... Teria sido tudo em vão... Não vou fazer o mesmo e voltar a desperdiçar minha vida... Não... Eu vou até o fim – diz ele sozinho enquanto vai de porta em porta.
Até que encontra seu quarto.
- Leda! Eu quero fazer meu próximo pedido... – entra ele no quarto ignorando a diferença entre o antes e o depois.
Leda estava a quicar a bola na raquete. Como se tivesse fazendo embaixadinha, mas usando a raquete.
- Mas já? Agora a pouco estava chorando e lamentando pela existência destruída de sua vizinha esquerda... Que houve para que acontecesse tal mudança?
- Eu não posso abalar-me por apenas uma pessoa, se eu parar agora não vai ter sentido nenhum. E além do mais... Olhe isso, se olhar bem, a abnegação foi tão ruim quanto o desejo foi bom, isso os anula.
- Ham.
- “Ham” o quê?! Agora eu tenho uma casa boa, não posso me preocupar com nada, se ela tivesse aqui ainda eu estaria vivendo naquele cubículo e nada teria mudado...
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- Vejo um traço de egoísmo ai, não? – diz Leda parando o trajeto da bolinha com uma das mão e olhando com um sorriso sarcástico, que ele não dava há tempos, para Adel.
Adel toma um choque, mas se recupera rapidamente.
- Você devia calar a boca e ouvir meu pedido... – diz Adel.
- Ja, Ja – responde Leda
Eles se encaram por alguns segundos, e só o barulho do vendo balançando as janelas folgadas, dava para se ouvir.
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- Eu quero um emprego... – diz Adel
Tem-se 1 segundo de silêncio
- O emprego dos meus sonhos, o que eu planejei na minha adolescência e depois de que eu conheci a vida deixei de lado e vivi a realidade... – prossegue ele – Foi umas das maiores burrices da minha vida, são os sonhos que movem a realidade... Se eu tivesse percebido isso antes não teria me tornado o fraco que sou hoje...
- Um emprego? – pergunta Leda, sério
- Sim – diz Adel igualmente sério
- Cara, eu achei que dessa vez você ia pedir uma mulher – diz Leda rindo
- Não, eu deixei pro próximo – ri também Adel
- Emprego dos sonhos hein... Você só pensa em você mesmo né? Ahahaha – diz Leda cruzando os braços ainda segundo a bolinha e a raquete.
- Cala a boca e realiza o desejo!... – grita ele – Quem será a pessoa a deixar de existir desta vez... Tomara que seja o Sr. Eduard... – pensa ele.
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Como sempre, os milésimos do bater de pálpebras de Adel, foi tempo o suficiente para que Leda já estivesse com uma roupa diferente e branca.
- Smoking? – diz Adel olhando-o de cima a baixo
- É, eu sei... Eu fico charmoso de Smoking – diz Leda endireitando a gravata.
- Fica mesmo... – diz Adel – Quanto tempo vai demorar pra ser realizado o meu pedido?
- Você devia olhar ao seu redor antes de fazer qualquer pergunta...
- Ok...
Adel olha ao redor e nota. Nota a mesa de arquitetura que antes não estava ali.
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- Eu não acredito... – os olhos de Adel se enchem de lágrimas – Foi realizado...
Adel anda até a mesa.
- Tudo o que eu sempre sonhei... – diz ele emocionado.
Nota alguns cartões em cima de uma prateleira. Ele pega um dos cartões.
- Eu realmente sou arquiteto agora... Eu... – o cartão era um cartão de contato dele profissional, umas lágrimas descem dos olhos deles – Com certeza... – ele limpa as lágrimas – Com certeza, esse espelho é a melhor coisa que aconteceu na minha vida...
Ele põe o cartão sobre os outros novamente.
- Eu estou trabalhando em um projeto agora... – ele diz passando a mão sobre os papéis sobre a mesa – Isso me deixa realmente feliz...
Ele sorria.
- Ah! – diz ele parecendo se lembrar de algo.
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- Tenho que ligar pro Erich, agora que a gente não trabalha mais juntos... – pensa ele pegando o celular.
Digita os números velozmente devido a prática.
- Se eu tivesse mais pedidos, pediria um celular novo... – pensa ele enquanto digita.
Ele espera até que o celular seja atendido.
- Alô? – diz Erich do outro lado da linha
- Oi, Erich, sou eu... Adel... – diz Adel
- Ah, oi Adel... Houve alguma coisa?
- Não... É que depois que eu mudei de emprego nós devemos atar nos falando pouco, presumo...
- Sim, é verdade...
-... É... Como vai? Esposa tá bem, e a filhinha, a Emma?
- Hã?
- Perguntei se sua filha, você... Estão bens...
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- Eu estou bem... Mas filha?
- É a Emma...
- Que Emma? Eu não tenho filhos! E se tivesse eu não poria esse nome estranho...
Adel fica assustado.
- A Emma... Foi ela quem desapareceu dessa vez... – pensa ele
- Alô? Tá ai ainda? – diz Erich ao telefone
- Ah, sim... – responde Adel
- Tem certeza de que tá tudo bem?
- Tá, tá sim...
- Que história é essa de filho, cara?
- Ah, é que já se pode dizer que você é pai, não é? Sua esposa já está próxima a dar a luz... Como vai a Vivien e o bebê que ela carrega na barriga? – tenta contornar a situação, Adel.
- Vivien?
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- Sim. Como vai sua esposa...
- Cara você está louco?
- Hã? – não entende Adel
- Eu nunca me casei!
Adel fica em choque, seus olhos arregalam e fixam em um ponto invisível.
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O celular se solta de sua mão e se choca com o chão e Adel continua da mesma forma.
Adel vai virando sua cabeça lentamente ainda em choque até direcionar sua visão para Leda.
Leda está em pé com as mãos no bolso e sua cabeça levemente inclinada para baixo.
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Leda expressa um sorriso estranhamente maldoso enquanto olha para a face de Adel que está apavorada...
- Track Three: …Verzicht:
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Leda, dentro de seu espelho, expressa um sorriso assustadoramente sombrio.
Adel continua apavorado.
Erich chama Adel pelo celular caído ao chão.
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- O que você fez...? – pergunta Adel com seus olhos arregalados.
- Eu não fiz nada... É só o “ônus do Bônus”, se é que me entende. Apenas a Abnegação do Desejo – diz Leda com o mesmo sorriso.
- Mas as abnegações eram para me prejudicar e não prejudicar os outros...! – grita Adel.
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- Não sou eu que faço as regras...
Adel o olha ainda mais assustado. Ale se recosta em uma das paredes.
- Justamente com o Erich?!... – diz Adel pondo as mãos na cabeça e deslizando os pés enquanto se apoiando na parece, assim descendo lentamente até sentar-se ao chão – A família era o que ele tinha de mais importante... Você tirou o sonho dele, tirou a vida... Isso não é justo... E eu sou o culpado disso... Tudo por um emprego melhor... Eu... – sua voz ecoa trêmula
Adel já está sentado no chão, com a cabeça entre as mãos, suas lágrimas descem descontroladamente. Seus joelhos se flexionam tensamente.
- Vais desistir? – diz Leda
-... – Adel responde nada
- Te restam 2 desejos ainda, desejas desistir agora...? – insiste Lerda na pergunta
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- Eu sei tá! – grita Adel enquanto chora – Eu sei... – diz ele mais baixo
Os olhos dele estão apertados e cobertos por lágrimas. Mas repentinamente se abrem, arregalam-se. Um sorriso ilumina seu rosto.
- Já sei... – diz ele baixinho – Já sei! – agora ele grita.
Adel ressurge em um ato próprio da fênix...
- Já sei! – repete ele pela terceira vez.
Leda o olha confuso.
- Eu já sei meu próximo desejo! – grita Adel
O reflexo de um relâmpago invade o quarto pela janela.
- Uma mulher? – pergunta Leda em uma tentativa de acertar o 5º pedido que Adel fara.
Adel tem um sorriso gigante estampado no rosto.
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Em uma loja de conveniências... Perto dali, um tempo depois de Adel fazer seu 5º pedido à Leda.
- Só essas maçãs, senhor? – pergunta a moça que estava no caixa.
- Sim – Adel responde entregando a quantia em dinheiro a ela.
Adel, carregando a sacola, se dirige a porta do estabelecimento para sair.
- Olha! Parece que a chuva parou! – diz ele olhando para trás novamente e sorrindo para moça do caixa.
Quando ele volta a andar esbarra em uma moça, um pouco mais baixa que ele, ruiva, que trazia um cachecol verde lima enrolado ao pescoço. E também trajava uma blusa de lã.
Com o esbarrão, os papéis que a moça carregava foram todos ao chão.
- Ah me desculpa! – diz Adel
- Não, sem problemas... – diz a moça
Ambos se abaixam e começam juntar os papéis.
As mãos deles se tocam.
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- Ah meu nome é Adel... – diz ele entregando alguns papéis a ela.
- E o meu é Apolline. – diz ele ficando um tanto vermelha.
Eles se apertam as mãos.
Encaram-se mutuamente.
Mostra-se o céu, negro, agora com poucas nuvens e uma lua minguante. Era possível também distinguir algumas constelações.
Adel está chagando em casa, abre o portão.
Enquanto caminha pelo seu quintal, enfia a mão no bolso e tira um papelzinho.
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No papel têm um telefone anotado à caneta.
- Isso tudo aconteceu tão estranhamente... – pensa ele alto – Nos encontramos por acaso, como algo do destino, conversamos por umas horinhas, ela acabou de terminar a faculdade e está prestes a ser aceita em uma das maiores empresas do país com certeza... Levei-a em casa e ela me deu seu telefone, algo assim nunca aconteceu comigo antes. – As imagens do que acontecera vão passando pela cabeça dele – Tudo aconteceu como se fosse algo fictício, como naqueles filmes mentirosos de romance... Mas de qualquer forma me deixou feliz como nunca...
Ele guarda o papelzinho no bolso novamente. Olha para cima.
- Tudo aconteceu como se... – sua expressão leve de felicidade se converte em espanto – A não ser que...!
Adel corre até em casa, sobe as escadas e vai diretamente ao seu quarto
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Ele entra no quarto e larga a sacola de maçãs no chão. E de frente para o espelho berra:
- Não me diga que você errou o desejo! Eu disse em voz alta e clara que meu 4º desejo era...
[INÍCIO/ Flashback]
- Uma esposa – diz Adel – Meu quarto desejo é uma esposa!
- Então acertei?! – diz Leda com expressão de satisfação
- Espere, mas a esposa não é para mim.
- Hã?- Leda parece não entender – Ich verstehe nicht* – (* “Eu não entendi” em alemão)
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- Eu quero uma esposa para o Erich!
-... – Leda depois de entender parece sério
- Ja, ja... Tem certeza disto?
- Sim – diz Adel convicto
- Gut, gut... Então vamos lá!
Serei curto em minhas palavras: Adel piscou seus olhos. Quando olhou Leda ele estava de cosplay de super herói.
- Já não me assusto com suas fantasias... – diz Adel
- Aff, assim não tem graça... – diz Leda decepcionado
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Adel se senta na cama.
- Você parece tranquilo – diz Leda
- Eu só fiz uma observação. AS abnegações são equivalentes aos desejos, certo?
- Sim.
- E o ultimo desejo demorou certo tempo para se manifestar... Além de que a abnegação não me atingiu, e sim a meu único amigo, causando assim maior impacto que das outras vezes...
- Vá direto ao ponto. – Leda parece sério
- Então, o que quero dizer é que: Não tem outra abnegação que possa e prejudicar mais que essa ultima, e também não vai ser o Erich a desaparecer, pois ele precisa estar vivo para ter a esposa... E eu deduzi que você demorou certo tempo para achar uma abnegação a altura do meu desejo, por isso demorou mais que instantes para realiza-lo da última vez...
-...
- Estou curioso para saber o que você vai fazer desta vez... Leda. – diz Adel em um tom ameaçador
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Leda continua sério.
Adel se levanta e se dirige à um pequeno frigobar que se localizava no mesmo quarto.
- Por enquanto vou apreciar umas maçãs... – diz ele a caminho
Quando abre o frigobar, olha e diz:
- Droga! Acabaram as maçãs... – ele fecha a portinha e pega um casaco – Não saia daí; vou comprar mais - diz em um tom sarcástico e desafiador.
E sai pela porta.
[FIM/ Flashback]
- Não me diga que você errou na hora que conceder o desejo?! – grita Adel
- Calmo, caro... – diz ele com o sorriso sarcástico de volta no rosto – Eu não erro...
- Então... – diz ele olhando assustado para Leda – Não me diga que a abnegação é essa? Conceder o desejo de forma errada.
- Não seja burro! Assim eu não concederia o desejo...
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- Então quer dizer que a Apolline...
- Apolline?
- Esse tipo de coisa acontece mesmo na vida real?... Que louco... Eu... Eu...
Adel cai de joelhos no chão
- Estou tão feliz!! – grita ele olhando para o teto e chorando e de felicidade – Essa é a única coisa 99,9% boa que aconteceu na minha vida!! E sem intervenção minha... – ele se recompõe – Agora as coisas vão dar realmente certo... – diz ele com um sorrisinho, e Leda ri junto.
Ele se levanta.
- Já me decidi. Não vou fazer meu ultimo pedido. Não posso correr o risco de perder tudo. – diz ele olhando para Leda
- Faça como quiser
- Sim... – eles se encaram por uns segundos – Ah, vou ligar para o Erich pra saber como ele está.
Adel pega o celular.
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Disca o número.
- Alô? – diz Erich
- Erich? Sou eu, Adel!
- Oi, Adel, quanto tempo amigo, não nos falamos desde que você mudou de emprego hein! Como vai a vida!
- Vou bem! E a esposa? – diz Adel – Parece que ele não se lembra da nossa conversa há algumas horas – pensa Adel
- Ah, vai bem! Está grávida!
- Ótimo! – diz Adel com um sorriso – Então deu certo... – pensa
- Só não sei se dessa vez vai para frente... Já é a 5ª tentativa...
- Ah... Sinto muito... Mas têm que ter esperanças de que vai vingar!
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- Claro... Obrigado pela força...
-...
-...
- Então eu já vu indo... Tenho uns trabalhos para fazer e... Tchau
- É, eu também... Tchau, Adel!
Adel desliga o telefone e o põe sobre uma estante.
- Erich está de volta... No final deu tudo certo mesmo...
- Sim... – diz Leda
- Vou dormir então, porque já é tarde... – diz Adel se deitando na cama – Agora sim as coisas estão certas... O que eu estou sentindo... Acho que isso é felicidade. – Adel diz com um sorriso alegre no rosto.
Ele apaga a luz.
Página 15
O despertador toca: 09:00.
- Uah – diz Adel se levantando e espreguiçando-se – Não ter que acordar muito cedo é tão bom...!
Adel faz o que tem de fazer de manhã e logo se senta a sua mesa para começar a trabalhar, em seu quarto.
Risca algumas linhas, se apoiando na régua, no papel. Então para, pensa um pouco. Ele vê seu celular em cima de um armário, e ao lado do celular tinha um papel.
- Apolline!! – diz ele subitamente, se lembrando da moça – Como fui esquecer-me dela?!
Página 16
Ele se levanta e pega o tal papel e o celular. Disca o número que fora escrito ali.
“tu... tu... tu...” é o único som que o celular faz.
- Ué... Ela não atende – pensa consigo ele.
Adel disca novamente.
“tu... tu... tu...” se ouve mais uma vez.
Adel guarda o celular dentro do bolso.
- Uhm... Talvez seja melhor eu ir a casa dela, não posso perder essa chance...
Adel pega as chaves de casa, desce as escadas. Tranca e verifica se trancou a porta.
Ele anda em direção da casa da tal moça, que não fica muitos quarteirões dali.
- Uhm... O que eu vou falar para ela quando chegar lá?... – pensa ele consigo – Ah! Talvez eu devesse comprar flores...
Página 17
Adel para em uma floricultura no caminho.
Paga ao floricultor e sai com rosas e tulipas formando um buquê.
- Tomara que a agrade – pensa alto ele enquanto sente o aroma das flores.
Adel anda mais alguns minutos e chaga ao local de destino.
Ele para e olha com os olhos arregalados para frente. Deixa o buquê cair no chão. Seu rosto foi tomado por pavor.
No lugar da casa da moça... Existia... Algo... E esse algo... É... Nada.
Onde antes, Adel levara a moça em casa, agora, existe apenas um espaço. Um terreno plano e vazio.
Adel, sem hesitar correu desesperado para casa. Seu rosto estava assustado, mas ele não chorava.
Página 18
Ele corria desesperadamente.
- Maldito! Agora que eu achei que minha vida estava estabilizada... Eu estava feliz... E também Apolline estava feliz, tinha se ingressado em uma vida melhor agora... Não é justo ela desaparecer... Maldito Leda! – diz ele em pensamento – Talvez ele tenha possibilitado eu ter chances com ela, para que assim pudesse aplicar a abnegação... Maldito!
Adel chega em casa se dirigindo diretamente para o quarto.
Ele chaga e se apoia na parede com um dos braços, e fica de cabeça baixa.
- Uhm... – Leda olha para ele – Vejo que já viu sua abnegação...
Adel fica em silêncio.
- Não vai chorar como das outras vezes... Não lhe reconheço – diz Leda sarcasticamente.
Adel avança para cima do espelho, e pegando-o com as duas mãos, o ergue.
Página 19
- Desgraçado!! – grita Adel – Você acabou de destruir minha vida – lágrimas começam a ser criadas dos olhos de Adel, e seu rosto expressa imensa fúria
- Uhm, agora sim! Esse é o Adel que eu conheço! – Diz Leda com um tom irônico - Faz isso não, seja você mesmo, sua mãe não lhe ensinou?
- Ahh, eu vou te matar!! – grita Adel nervoso
- É? E o que vai fazer? Quebrar o espelho? Você tem seu ultimo pedido, quebrar o espelho agora é desperdiça-lo agora e fazer de tudo em vão...
Adel para com seus olhos arregalados. Abaixa o espelho e o põe no lugar.
- Legal... Amansei a fera – diz Leda suspirando.
- Sim... – Leda olha para Adel que matem seus olhos arregalados, mas agora se pode ver um sorriso no rosto – Sim... Eu não vou desistir... Eu disse que não iria desistir...
Página 20
- Gut, gut... – diz Leda – Se recuperou como das outras vezes...
- Eu já sei! Não vou parar agora... Eu já decidi o que vou pedir!
- Aha... O que vai ser agora no seu ultimo pedido? Um carro?
- Não... Muito melhor...
- Então diga o que é...
- Meu último pedido é... – diz Adel baixinho
- ? – Leda não entende o que ele disse – Diga mais alto, não etedi...
Página 21
- Meu ultimo pedido é que os que deixaram de existir, voltem a existir como antes de eu encontrar o espelho...! – grita Adel
-?! – se assusta Leda
- Assim, tudo voltará como antes... Minha vida era ruim, mas agora, sem essa simples pessoas ela faz ainda menos sentido... Eu quero que elas voltem...
-... – Leda encara seriamente Leda
-... Que foi? Não pode concedê-lo?
Eles se encaram por alguns minutos... Não segundos, mas sim minutos...
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- Gut! Se queres... Este será concedido... Seu último pedido... Que eles existam...
- Sim...
- Então lá vai! – grita Leda abrindo os braços – Aqui chega o limite! Seu ultimo pedido e o maior deles!
Mostra-se a visão panorâmica do quarto.
Agora o rosto suado e assustado de Adel.
Ele inspira, fecha os olhos e expira.
Página 23
“Sabe? O piscar de olhos, levam menos que 1 segundo, leva apenas alguns centésimos dele. A vida de Adel mudou de forma brusca em apenas instantes. Instantes equivalentes a piscar de olhos”.
A visão de Adel está tomada pela escuridão de fechar os olhos. Quando ele abre-os... Não... Ele não os abre. Adel desta vez fecha os olhos e não os abre.
Vê-se do lado de fora da casa de Adel... Não, no lugar da casa dele há nada. Entre a casa de Bernard e da Senhora Bruehl, que agora está de volta, há apenas um terreno vazio. Não existe mais casa, não existe mais Adel.
Página 24
Mas o terreno não está por completo vazio. Nele há um embrulho de dimensões aproximadamente 100 cm x 70 cm.
Em cima tinha um bilhete, que em letras douradas estava escrito:
“Espero que goste”.
Tradução dos Títulos:
Título: Abnegação do Desejo
Capítulo 1: Espelho...
Capítulo 2: ... Egoísmo...
Capítulo 3: ...Abnegação
Re: Duelo de Roteiristas - Espaço pra Roteiros
DARIKS X KREBY
Gênero: Drama
Sub-gênero: Sobrenatural
Público Alvo: Seinen
Desafio: Texto contra Texto
Duração: 3 semanas
Tamanho: 3 capítulos(1º - 20 à 40 pags | 2º e 3º - 10 à 30 pags)
Juízes: Pedro, ChenLong e King Kenzo
DéjàVi
- Cap1... Pacto.:
- -Pg1:
Q1:
Um rádio ligado em algum lugar.
-É isso ae galera, ficamos por aqui...
Q2:
Hiro – Eu sou Hirowaki Suzuki e esse foi o programa som jovem, só aqui toca a trilha sonora da sua vida...
Q3:
Hiro – Um forte abraço a todos e até amanhã!
Q4:
Hiro vai saindo do estúdio.
Q5:
Quando Fábio (só pra nomear ele mesmo, pois em momento algum alguém confirma que esse é o nome dele mesmo!) o aborda.
Fábio – Dae Hiro, vai sair essa noite?
-Pg2:
Q1:
Hiro – Então cara, tenho que encontrar com uma ouvinte fiel, pelas fotos no face dela, ela deve ser um pecadinho...
Q2:
Hiro – Mas sabe como é, depois que inventaram o photoshop não dá pra acreditar em tudo que se vê na net!
Q3:
Fabio – Entendo, mas você não se deu super bem com uma outra garota semana passada? Aquela garota era linda!
Hiro – Era mesmo...
Q4:
Hiro – Mas se eu sair muito com ela pode parecer namoro, sabe como é, não to pronto ainda, se é que você me entende... Kkk!
-Pg3:
Q1:
Hiro indo pro estacionamento.
Q2:
E vê um homem sentado no capô de seu carro.
Q3:
Hiro – Posso te ajudar?
Homem – É...
-Pg4
Q1:
Homem – Não, mas eu posso ajudar você, mas não agora...
Q2:
Só vim te ver por enquanto, a gente se vê em breve!
Q3:
O homem sai andando estranhamente.
Q4:
Hiro – Tem cada maluco nesse mundo!
-Pg5:
Q1:
De noite...
Q2:
Hiro encontra a garota no local marcado...
Q3:
Hiro – Oi, fiquei com medo de você não aparecer...
Q4:
Hiro – Nossa! Você é mais bonita que nas fotos!
Q5:
Mulher – Obrigada, eu também fiquei com medo de você não aparecer, você é tão ocupado!
Hiro – Oh minha linda, você é tão interessante, nosso papo na net foi tão bacana que eu perderia esse encontro por nada!
-Pg6:
Q1:
O casal entra no bar...
Q2:
Começam a dança despreocupadamente como se a noite não tivesse fim...
Q3:
Bebem e conversam, se divertindo bastante...
-Pg7:
Q1:
Moça – O que você acha da gente sair daqui e ir lá pra minha casa?
Hiro – Eu estava ansioso por esse convite.
Q2:
Os dois vão de carro para casa dela...
Q3:
Ela abre a porta e os dois entram...
Q4:
Começam a se beijar e acabam deitados no sofá...
-Pg8:
Q1:
Ele se deita por cima dela, beijando-a e retirando sua blusa...
Q2:
Os toques ficam cada vez mais quentes, ela segura nos cabelos dele e ele a beija próximo aos seios...
Q3:
Os dois estão se olhando carinhosamente, enrolados por um lençol, ele a toca suavemente no rosto como se contornasse seus traços, ela com uma mistura de riso prazer, faz um biquinho como se pedisse um beijo...
-Pg9:
Q1:
Ele a beija segurando o rosto dela com as duas mãos, (cena em close)...
Q2:
É mostrada a janela da casa da moça, apenas a sombra dos dois fazendo sexo podia ser vista...
Q3:
Similar a cena anterior, só que um pouco mais de traz, podia ser visto um homem de costas com a mão se fechando, como quem se prepara para dar um soco...
Q4:
O homem caminha em direção a porta da casa da moça...
Homem – Vagabunda!
Pg10:
Q1:
Os dois estão abraçados, semi nus, com o lençol enrolado neles...
Hiro – Gostaria de ficar assim com você a noite toda.
Moça – Hiro, eu não sei se estou sendo precipitada, mas...
Q2:
Moça – Você me faz sentir de um jeito que eu nunca me senti antes, é como se com outros caras eu tivesse medo de ser feliz, e com você eu...
Q3:
Hiro – (pensando) Droga, ela já gamou! (falando) Não precisa ter medo de nada, nada lá fora importa pra mim, só penso em nós dois aqui e agora, só isso importa!
Q4:
Um ex-namorado da moça abre a porta com um chute...
Pg11:
Q1:
O ex-namorado se mostra nervoso e ofegante, lágrimas tímidas escorrem pelos seus olhos...
Ex – Então foi por esse cara que você me trocou?!
Moça – O que você quer aqui?
Q2:
Moça – Saia daqui agora!! A gente não tem mais nada!
Hiro – Ei cara, fique calmo...
Q3:
O ex-namorado se enfurece e aponta o dedo para cara de Hiro com uma atitude agressiva...
Ex – Cala a boca desgraçado!
Q4:
O ex-namorado transtornado retira uma faca que estava escondida abaixo de suas roupas...
Ex – Eu vou matar você!
Q5:
O homem corre em direção de Hiro, seus olhos expressavam sua cede de sangue...
Pg12:
Q1:
A moça se joga na frente do homem que está completamente fora de si...
Q2:
O homem, num reflexo, atinge o rosto da moça com a faca...
Q3:
Um esguicho de sangue é visto, a moça começa a cair sem perceber que foi atingida...
Q4:
A moça, percebendo que seu rosto está sangrando, põe a mão no corte e chora...
Q5:
Uma cena aberta mostra a moça de joelhos no chão com lágrimas nos olhos, uma das mão no rosto e a outra no chão apoiando o peso do corpo...
Moça – NÃOOOO!
Pg13:
Q1:
O ex-namorado indignado por ter agredido a mulher que ama, sem intenção, aponta mais uma vez a faca para Hiro...
Ex – Você viu só o que você me fez fazer?!
Q2:
Mais uma vez ele vai para cima de Hiro...
Q3:
Que corre em direção a janela...
Q4:
Mas antes que ele pudesse pular, o homem enfurecido consegue cravar a faca nas costas de Hiro, próximo ao rim...
Q5:
O homem puxa a faca para cima, como se quisesse cortar o Hiro no meio, atingindo até o coração...
Pg14:
Q1:
Hiro cambaleava pela rua, caminhando completamente desengonçado...
Q2:
Ele estava seminu, o sangue minava por suas costas...
Q3:
No canto de sua boca, um fio de sangue desenhava uma linha tremula até o seu queixo...
Q4:
Ao longe, um carro vinha em alta velocidade...
Q5:
Sem poder desviar, Hiro é atingido pelo carro...
Pg15:
Q1:
Hiro cai no chão e fica completamente imóvel...
Q2:
O motorista fica com as mãos na cabeça com uma expressão de pavor...
Motorista – Ele surgiu do nada, eu não vi de onde ele veio... Eu juro, eu não vi!!
Alguém – Chamem uma ambulância!
Q3:
Hiro permanecia ali, deitado no chão...
Q4:
E cada vez mais a poça de sangue ia aumentando mais e mais...
Q5:
E Hiro ia perdendo a consciência...
Q6:
Até ficar completamente desmaiado...
Pg16:
Q1:
Tela completamente branca...
Médico1 – Ele perdeu muito sangue...
Q2:
Tela completamente preta...
Médico2 – Aqui, coloquem ele aqui!
Q3:
Hiro abre os olhos e vê apenas as lâmpadas do teto...
Médico1 – O pulso dele está fraco, precisamos levá-lo para o centro cirúrgico agora mesmo!
Q4:
Médico2 – O corte foi profundo, perfurou rim, pulmão e coração, quanto mais demorarmos, menores serão as chances de sobrevivência!
Q5:
Médico1 – Meu Deus, eu acho que ele não vai conseguir!
Médico2 – Não fale isso, acho que ele está consciente!
Q6:
Médico1 – Traga mais sangue...
Médico2 – Você sabe que não temos muitos doadores universais, o estoque está baixo!
Q7:
Tela completamente preta...
- Está dormindo bebê?
Pg17:
Q1:
Hiro se vê frente a frente com um homem...
Hiro – E- eu te conheço...Você é...
Q2:
Hiro – Você é o cara que estava no estacionamento...
Homem – Você tem uma boa memória para um defunto...
Q3:
Homem – E ai, está pronto pra morrer?
Q4:
Hiro se mostra surpreso com a pergunta daquele homem...
Hiro – Eu não quero morrer...
Q5:
O homem se aproxima de Hiro e o abraça...
Homem – Então cara, eu posso te ajudar, você só precisa molhar o dedo em seu sangue e passar aqui nessa linha pontilhada!
Pg18:
Q1:
Hiro mais uma vez se vê surpreso..
Hiro – Espera, você por acaso está sugerindo um pacto?!
Q2:
O homem responde com um tom irônico...
Homem – Não, é um cartinha pro papai Noel!!
Hiro – Não vou vender minha alma!
Q3:
O homem balançando o dedo indicador para Hiro responde...
Homem – Sabe, gostei de você, tenho uma contraproposta...
Pg19:
Q1:
O homem, com um sorriso demoníaco, abre os braços e se justifica...
Homem – Sua alma só será minha quando você morrer, então eu te concedo a habilidade de prever sua morte, o que acha?
Q2:
Hiro se mostra indignado e empurrando o homem responde...
Hiro – Não! Eu já disse isso, não venderei minha alma!
O homem se mostra com uma calma incrível...
Homem – Afe, Então não tenho escolha...
Q3:
O home aparenta estar furioso
Homem – Eu estava aqui fazendo de tudo pra você não sentir dor, estou aqui te oferecendo uma segunda chance, alias...
Q4:
Homem – Quantas segundas chances você quiser e você me diz não...
Q5:
Homem – Então ta, tenha uma morte longa e dolorosa!
Q6:
O homem estala os dedos em direção a Hiro...
Q7:
Hiro começa a se contorcer de dor...
Hiro – WAAAAAHHHH!!!!
Pg20:
Q1:
Médico1 – Ele está tendo uma convulsão!!
Médico2 – Aplique o sedativo!
Q2:
Médico1 – Não, ele é alérgico!
Hiro – WAAAAAAAHHHHHH!
Q3:
Hiro olha para o nada ...
Hiro – Eu... E – e – e – eu topo!
Q4:
O eletrocardiograma fica com uma linha reta indicando uma parada cardíaca...
Pg21:
Q1:
Imagem mostra um pássaro pousando numa arvore...
Q2:
Hiro está deitado, dormindo numa cama no quarto de hospital...
Q3:
Hiro abre lentamente os olhos...
Q4:
Passa a mão em seu braço e sente uma agulha cravada nele...
Q5:
Num puxão, ele retira a agulha que injeta soro em sua corrente sanguínea...
Pg22:
Q1:
Hiro – Ai... Que droga é essa?
Q2:
Hiro fica olhando para os próprios braços...
Hiro – Parece que eu não estou morto, acho que se estivesse não sentiria tanta dor.
Q3:
O homem aparece de repente sem que Hiro percebesse...
Homem – É, vai pensando que é assim que funciona!
Hiro – Você?!
Q4:
Hiro se mostra surpreso...
Hiro – Afinal, quem é você?
Q5:
O home sorri um assombroso sorriso, seus olhos fitando intensamente Hiro com um olhar maligno...
Homem – Várias culturas, vários nomes, aqui no Brasil em particular, tudo que não presta tem um prefixo comum...
Q6:
Com os braços abertos e ar de deboche o homem revela seu nome...
Homem – Pode me chamar de Mc Azazel!
Pg23:
Q1:
A surpresa de Hiro está estampada em seu rosto...
Hiro – Azazel?! O primogênito de Lúcifer?
Azazel – É isso aê!
Q2:
Hiro parece estar completamente confuso, enquanto Azazel põem a mão em seu ombro...
Hiro – Não faz sentido...
Azazel – Olha bebê...
Q3:
Azazel – tem muitos mistérios no mundo, coisas que você não tem estomago pra digerir!
Hiro – Não...
Q4:
Hiro – Isso não pode estar acontecendo...
Azazel – Olha Hirowaki...
Pg24:
Q1:
Azazel se mostra mais uma vez com ar de deboche...
Azazel – Aliás, que nomezinho de boiola, vou te chamar de... Sashimi, combina mais com essa sua cara de peixe morto...
Q2:
A sala é coberta por uma névoa branca...
Azazel – Então Sashimi, o negocio é o seguinte...
Q3:
Surgem atrás de Azazel, imagens do inferno e do Diabo...
Azazel – Eu tive um desentendimento com meu “papai”, ai, por puro capricho, em vez de levar almas pra ele, eu dou a eles a habilidade de prever suas próprias mortes...
Q4:
Azazel – Assim, o papai fica muito bravo, eu me vingo e você continua vivo, todo mundo ganha, todo mundo sai feliz!
Q5:
Hiro olha para Azazel tentando se forçar a acreditar, mas sua mão apertando forte a fronha da cama demonstrava sua negação...
Pg25:
Q1:
Azazel coloca a mão na cabeça de Hiro e o olha com uma expressão de piedade...
Azazel – Relaxa cara...
Q2:
Azazel – O que está feito, está feito! Só tenta aproveitar!
Q3:
Azazel caminha em direção a janela olhando e acenando para Hiro...
Azazel – Bom, vou nessa, qualquer dia eu apareço por ai!
Q4:
Azazel pula a janela...
Q5:
E desaparece...
- Cap2... A marca.:
- Pg1:
Q1:
O ombro de Hiro começa a queimar, saindo bastante fumaça como se queimasse de dentro pra fora...
Q2:
Hiro põem a mão no ombro apertando bem forte...
Hiro – WAAAAHHHH!!
Q3:
O ombro para de queimar e Hiro retira a mão...
Q4:
Caminha até um espelho para olhar seu ombro...
Q5:
Ele vê o que parece uma tatuagem em seu ombro, essa tatuagem lembra um “C” virado para cima...
Q6:
Hiro – Mas que ****** é essa?
Pg2:
Q1:
O médico 1 entra no quarto de Hiro...
Q2:
Ao ver hiro de pé, se assusta e vai até ele com intenção de repreendê-lo...
Q3:
O médico segura no braço de Hiro...
Médico1 – O que você está fazendo de pé?!
Q4:
O médico vai encaminhando Hiro para a cama...
Médico1 – Tudo bem, o senhor já teve uma recuperação milagrosa, mas não deveria ficar abusando.
Q5:
Hiro rejeita os conselhos do medico e o empurra...
Hiro – Isso não tem nada a ver com milagre...
Médico1 – Deixa disso...
Q6:
Médico – Por favor repouse, creio que amanhã o senhor vai poder voltar para casa.
Pg3:
Q1:
Imagem mostra o prédio da rádio onde trabalha Hiro...
Três dias depois...
Q2:
Hiro está atrás da mesa de som mexendo nos botões...
Q3:
Hiro – É galera, a próxima musica é oferecida para a Marina que está fazendo aniversário hoje, um beijo pra você marina, felicidades e...
Q4:
Hiro fica estático, paralisado olhando para o nada...
Pg4:
Q1:
Uma imagem completamente esbranquiçada, o rosto de Hiro estava quase apagado...
Q2:
Ele vê uma cena, ele volta dirigindo por uma rua e começa a musica Fire in the rain da Adelle...
Q3:
Hiro está atento a musica quando começa o refrão...
Q4:
Ele nem percebe que um cachorro atravessa a rua...
Q5:
Ele percebe bem em cima e tenta desviar, perdendo o controle do carro...
Q6:
O carro capota...
Q7:
Ele se assusta com uma mão tocando em seu ombro...
Fábio – Hiro...
Pg5:
Q1:
Hiro olha para Fábio assustado...
Fábio – Acorda cara, você ainda está no ar!
Hiro – Hum?!
Q2:
Ele volta a falar ao microfone...
Hiro – Ah, desculpem... É...
Q3:
Hiro solta uma musica...
Hiro – Som Jovem, só aqui toca a trilha sonora da sua vida!
Q4:
Se vira, ficando de costas para a mesa de som...
Q5:
Hiro coloca as mãos na cabeça...
Hiro – O que foi isso?
Pg6:
Q1:
Fábio – Cara, você está legal?
Hiro – Não...
Q2:
Hiro – Eu não estou nada bem...
Fábio – Vai embora cara, vai descansar, está na cara que você não está 100%! Pode ir, eu encerro aqui.
Q3:
Hiro vai se levantando...
Hiro – Obrigado cara, vou ficar te devendo essa.
Q4:
E sai da sala...
Q5:
Hiro entra no carro para ir embora...
Q6:
Ele está dirigindo calmamente e começa a toca fire in the rain...
Pg7:
Q1:
Hiro dá uma freada brusca...
Q2:
O carro que está logo atraz dele passa buzinando...
Q3:
O motorista passa por ele mostrando o dedo do meio...
Motorista – Filho da p*t*...
Q4:
A expressão de medo no rosto de Hiro era evidente, sua respiração estava acelerada...
Q5:
Quando começou o refrão da musica ouviu-se um barulho de derrapagem...
Q6:
Logo depois um barulho de batida...
Q7:
Hiro desolado põem as mãos na cabeça...
Hiro – Meu Deus, eu matei aquele cara!
Pg8:
Q1:
Hiro desce do carro com bastante pressa...
Q2:
E começa a correr em direção ao acidente...
Q4:
Ele vê um carro batido em um poste...
Q5:
Dentro do carro, um homem que estava com a testa sangrando, este homem se encontrava inconsciente...
Q6:
Hiro olhou para o lado e viu várias pessoas olhando de longe, algumas tiravam fotos, outras filmavam, Hiro nervoso começa a grita enquanto tenta abrir a porta...
Hiro – Alguém! Chame um médico! Rápido!
Q7:
Hiro agarra uma pedra grande que está no chão...
Pg9:
Q1:
Hiro atira a pedra com toda força no vidro do carro, no lado do passageiro...
Q2:
O vidro se estilhaça...
Q3:
Ele abre a porta desesperadamente...
Q4:
Retira o sinto que está prendendo o motorista...
Q5:
E retira o homem que está dentro do carro...
Q6:
Por fim, ele deita o homem no chão...
Pg10:
Q1:
Hiro começa a dar leves empurrões no homem que parece estar desacordado...
Hiro – Ei, ei, você pode me ouvir?
Q2:
Sem ter resposta, hiro se desespera mais...
Hiro – Ei! Não vai morrer agora, por favor, acorda!
Homem – Ah... Ai...
Q3:
Homem – Quem é você?
Hiro – A ambulância já deve estar chegando, só não apaga agora, ta legal?!
Q4:
O homem demonstra uma expressão de confusão segurando firme no ombro de Hiro...
Homem – Cara...
Q5:
Homem – Eu não consigo sentir minhas pernas!
Pg11:
Q1:
Os olhos do homem começaram a encher de lágrimas, Hiro começava a se sentir impotente perante tal situação...
Q2:
Homem – Cara, minhas pernas... Minhas pernas não se mechem...
Q3:
Hiro perante aquela situação fica completamente desorientado...
Hiro – Fica calmo cara, o que importa é que você está vivo!
Homem – Vivo o caralh*!
Q4:
O homem empurra Hiro que cai para traz... (os comentários a seguir do personagem são completamente pejorativos, porém não reflete a opinião do autor, apenas foram postas dessa forma como simulação a reação natural de uma pessoa com o tipo de personalidade imaginada pelo mesmo, nenhuma parte do texto deve ser considerada como qualquer tipo de discriminação por parte do autor.)
Homem – Minhas pernas cara! Eu não quero ser um ****** de um aleijado!Eu não vou poder dirigir mais ou jogar bola, talvez nem tranzar mais eu vou poder!
Q5:
Homem – Acha que isso é vida?! Acha mesmo que eu quero uma porr* de uma vida dessas?!
Q6:
Hiro se sente responsável e envergonhado...
Hiro – Eu... Sinto muito...
Homem – Sente muito?!
Q7:
Homem – Então dê a porr* das suas pernas para mim, seu c*zão, ou pega um caco de vidro e arranca minha cabeça!
Pg12:
Q1:
Homem – Você desgraçou minha vida e eu nunca vou te perdoar!
Q2:
A ambulâcia chega...
Q3:
O homem continua gritando com Hiro enquanto os socorristas o deslocam para a ambulância...
Homem – Você deveria ter me deixado morrer!
Q4:
Mesmo com a porta da ambulância fechada, hiro ainda podia ouvir as ofensas daquele homem indignado...
Home – Seu desgraçado! Acha que foi um herói, você é um cretino! Eu prefiro morrer a viver assim!
Pg13:
Q1:
O ombro de Hiro começa a queimar novamente...
Q2:
Ele olha no retrovisor do carro que foi deixado para traz...
Q3:
Um risco, ou melhor, uma seta apontando para baixo verticalmente, cortando ao meio o “C” virado para cima...
Q4:
A marca fica nítida, se parece com um tridente...
Q5:
Hiro – O que é isso?
- Cap3... Decisão.:
- Pg1:
Q1:
A policia chega ao local...
Voltando para onde tinha deixado seu carro...
Q2:
Fazendo perguntas para várias testemunhas...
Q3:
Um dos policiais está falando com Hiro que se mantinha com o semblante carregado e triste...
Policial – Muito obrigado pelo seu depoimento Sr Hirowaki, o senhor foi um verdadeiro heroi, meus parabéns!
Hiro – Infelizmente eu não me sinto um herói, mas obrigado.
Q4:
Hiro começa a caminhar de cabeça baixa...
Q5:
Porem, o carro já não estava mais lá...
Hiro – Mais essa agora!
Pg2:
Q1:
Mais uma vez, Hiro fica paralisado, a névoa branca o toma de novo...
Q2:
Ele começa a ver uma nova cena em sua mente...
Q3:
Ele está voltando para casa a pé, passando por uma rua escura, ouve um meado de algum gato assustado e se vira para olhar...
Q4:
Quando ele se vira para frente de novo...
Q5:
Um homem segurando uma arma o aborda...
Pg3:
Q1:
Hiro coopera com o homem e entrega todos os seus pertences...
Q2:
O homem manda Hiro ir embora...
Q3:
Quando Hiro se vira para ir embora...
Q4:
O homem covardemente atira em Hiro pelas costas...
Q5:
Tudo fica preto, ele ouve um forte barulho e logo em seguida ele ouve uma voz...
Motorista – Vai subir...
Q6:
Hiro acorda de sua visão e vê que o barulho forte que ele ouviu era um ônibus que tinha parado a sua frente e a voz que ouviu era do motorista desse ônibus...
Motorista – Ou vai ficar ai parado com essa cara de idiota?
Hiro – Ah... Eu... Vou subir...!
Pg4:
Q1:
Hiro sobe no ônibus e vê que está quase vazio...
Q2:
Se senta perto da janela...
Q3:
E fica olhando para fora como se procurasse algo de bom no percurso...
Q4:
Ele olha para o para brisa como se reconhecesse o local...
Hiro (pensando) – Agora já estou perto de casa, acho que desse jeito consegui evitar minha morte.
Pg5:
Q1:
Desce do ônibus...
Q2:
E vai andando para sua casa que fica a apenas três quarteirões dali...
Q3:
De repente a luz do poste se apaga deixando a rua bem escura...
Q4:
Ele ouve um meado de gato...
Q5:
E se vira para olhar...
Hiro – Droga!
Pg6:
Q1:
Um home está atraz dele apontando uma arma para seu tronco...
Homem – Ai irmão!
Q2:
Hiro se vira para o homem e fica olhando para a arma...
Homem – Racha com a favela e descola uma grana ai, mano!
Q3:
Hiro fica com as mãos levantadas...
Q4:
E caminha em direção ao homem...
Hiro – Na boa cara, leva tudo, não tenho quase nada, mas pode pegar pra você!
Q5:
Hiro enfia as mãos nos bolsos...
Pg7:
Q1:
Estende o braço esquerdo segurando a carteira...
Q2:
O bandido chega mais perto para pegá-la sem perceber que Hiro ainda não tinha tirado a mão direita do bolso...
Q3:
Quando o bandido pega a carteira de Hiro, o mesmo não percebe que a mão direita dele está fechada com a chave do carro passando por entre os vãos dos dedos...
Q4:
Apenas por puro reflexo, Hiro, usando as chaves como arma, ele se prepara para dar um soco no bandido...
Pg8:
Q1:
Ele atinge um soco bem no pescoço do delinqüente...
Q2:
Causando um rasgo bastante grande...
Q3:
O bandido cai no chão...
Q4:
Tentando parar o sangramento com as mãos...
Q5:
Hiro pega a arma que o bandido deixou cair no chão...
Hiro – Você ia me matar de qualquer jeito não é mesmo...?!
Q6:
A cena mostra o bairro de Hiro por cima, ouvindo apenas o barulho de um tiro...
Pg9
Q1:
Hiro olha para o céu, gritando de dor, seu ombro queima mais uma vez...
Q2:
Ele arranha o próprio ombro como se quisesse arrancar na unha aquela marca...
Q3:
O símbolo “Omega” surge pouco abaixo do “C” virado para cima, bem no meio da seta apontando para baixo...
Pg10:
Q1:
Hiro se encontra chorando e tremendo...
Q2:
Sai correndo desesperadamente...
Q3:
Até chegar a sua casa...
Q4:
Ele entra mas deixa a porta meio aberta...
Q5:
Derruba o molho de chaves todo ensangüentado no chão...
Q6:
E se senta no chão, num canto da sala...
Azazel – E ae Sashimi!
Pg11:
Q1:
Hiro olha para Azazel com ódio no olhar...
Hiro – O que você quer?
Q2:
Azazel se senta em frente de Hiro...
Azazel – Só contar uma historinha...
Q3:
Azazel – Você sabia que cada vez que você escapa de uma morte pré-destinada...
Q4:
Azazel – Uma realidade alternativa se abre, e uma versão de você de outra dimensão morre e como você tem um pacto comigo, todas as almas de todas suas versões serão minhas,...
Q5:
Azazel – Eu salvo sua vida enquanto você mata outras verções de você mesmo, é bem bacana, você não acha?!
Pg12:
Q1:
Hiro fica cara a cara com Azazel, com fúria e indignação nos olhos...
Hiro – Desgraçado!
Q2:
Azazel se mostrava calmo e irônico como sempre...
Hiro – Você me usou!
Azazel – Ah, não esquenta o cabaço com isso, eu não usei só você!
Q3:
Enquanto fala, Azazel brinca com uma moeda, jogando-a para cima e pegando no ar...
Azazel – Você se lembra do cara que te esfaqueou?
Hiro – Como poderia me esquecer?
Q4:
Azazel agora coloca a moeda no vão dos dedos passando de um para o outro...
Azazel – Então, ele tinha um contrato comigo, ele vendeu a arma só pra poder matar o cara que estava traçando a namorada dele!
Hiro – Desgraçado, você armou pra mim desde o inicio!
Q5:
Hiro – Espera, eu li nos jornais, ele se matou depois de me atacar!
Azazel – Não é legal?! Foi nessa hora que eu levei a alma dele!
Pg13:
Q1:
Hiro – Mas você não cumpriu com o trato! Eu estou vivo!
Azazel – Cara, eu gosto de você, sabe, Mas você é tão burro, você estava predestinado a morrer naquele dia, você sobreviveu, mas uma nova realidade alternativa se abriu e nessa você morre, o trato foi cumprido e essa foi também a primeira versão de você que eu levei!
Q2:
Azazel – Viu só, eu cumpri o trato com todo mundo!
Hiro – Mas por que eu?^
Azazel – Cara...
Q3:
Azazel – Não é todo mundo que tem potencial pra usar essa habilidade, uma pessoa normal entraria em combustão quando surgisse a primeira marca do nosso pacto, sabe, iguais a você devem existir só mais umas 30 pessoas no mundo todo!
Pg14:
Q1:
Hiro fica de cabeça baixa, fecha bem as mãos e lágrimas de sangue escorrem por seus olhos...
Hiro – Eu cansei de brincar disso!
Q2:
O ombro de Hiro começa a queimar mais uma vez, mas diferente das outras vezes, ele não demonstra dor alguma...
Q3:
Surgem na tatuagem mais três pequenos riscos horizontais paralelos, o primeiro um pouco acima do “C” virado pra cima, o segundo, entre o “c” virado pra cima e o símbolo “Omega” e o ultimo, abaixo do “Omega”, todos os três “sendo transpassados” pela seta que aponta para baixo...
Q4:
Hiro põem a arma na boca...
Q5:
A parede fica toda ensangüentada e o corpo de Hiro fica caído ali no chão...
Pg15:
Q1:
Azazel mostrava uma reação de admiração, como quem assiste um bom filme...
Azazel – Ele fez!! HAHAHAHAHAHAH!
Q2:
Azazel muda completamente o semblante para uma cara de tédio...
Azazel – Ah droga, agora vou ter que achar outro...
Q3:
Azazel vai saindo da casa de hiro...
Azazel – Fazer o que?!
Q4:
Azazel vai andando pela rua cantarolando e dançando...
Azazel - I got you… under my skin…
Fim…?
kreby- Mensagens : 1473
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